Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
segunda-feira, 7 de abril de 2008
Protesto abrevia passagem da tocha por Paris
Uma onda de manifestantes contra a ocupação chinesa do Tibete abreviou a passagem da tocha da Olimpíada de Beijim por Paris nesta segunda-feira, 7 de abril de 2008. Durante visita à China, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, pediu uma solução pacífica para o conflito no Tibete para evitar uma onda de protestos durante os jogos.
Depois da tumultuada passagem no domingo por Londres, quando pelo menos 35 pessoas foram presas, a capital da França viveu uma confusão semelhante. A chama olímpica foi apagada pelo menos três vezes e passou pela Avenida dos Champs Elisée, a mais famosa de Paris, dentro de um ônibus e sob vaias.
Uma bandeira com os anéis olímpicos representados por algemas foi colocada na Torre Eiffel. O jornal esquerdista Libération usou a mesma imagem na capa, pedindo "liberdade para os Jogos Olimpícos".
Diante da Assembléia Nacional, deputados, na maioria da oposição socialista, gritavam: "Liberdade para o Tibete".
A polícia francesa foi bem mais violenta do que a britânica, que apenas imobilizou os manifestantes. Mesmo sangrando, um jovem tibetano não se rendeu e derrou: "Libertem o Tibete".
Na Prefeitura de Paris, controlada pelos socialistas, uma bandeira tibetana apareceu na janela. A tocha, que deveria passar por lá, não apareceu.
O revezamento foi suspenso e a tocha levada diretamente para um estádio próximo ao Comitê Olímpico da França, encerrando sua tumultuada jornada de quatro horas pelo país que reinventou as olimpíadas na era moderna.
Agora, a chama olímpica segue para São Francisco da Califórnia, nos Estados Unidos, onde manifestantes já penduraram faixas no maior símbolo da cidade, a Ponte Golden Gate, pedindo liberdade no Tibete.
A China executou cerca de 6 mil pessoas no ano passado e mantém 14 mil presos políticos. Por isso, desperta a ira dos grupos de defesa dos direitos. A violenta repressão às recentes manifestações pela autonomia do Tibete só agravaram o problema.
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