A presidente da Sanlu, principal empresa responsável pelo escândalo de contaminação do leite na China, Tian Wenhua, confessou sua culpa no tribunal. Ela pode ser condenada à morte.
Cerca de 300 mil crianças ficaram doentes e pelo menos seis morreram depois de ingerir leite ou produtos lácteos contaminados com melamima, uma substância usada para fraudar a fiscalização, deixando parecer que o conteúdo de proteína do leite é maior do que o real.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
Dow Jones tem pior ano desde 1931
Sob o impacto da crise financeira global iniciada nos Estados Unidos, o Índice Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais ações da Bolsa de Nova Iorque, perdeu mais de 30% do valor. Foi o pior desempenho desde 1931, no início da Grande Depressão (1929-39).
As ações da General Motors, que já foi a maior empresa do mundo, caíram 80%. No final do ano, o presidente George W. Bush liberou um empréstimo de emergência de US$ 17,4 bilhões para a GM e a Chrysler, que já pegaram as primeiras parcelas, de US$ 4 bilhões para cada um.
Na Bolsa de Hong Kong, na China, a queda foi ainda pior, de 48%.
Com a queda nas exportações e o medo do consumidor doméstico, a produção industrial da Coréia do Sul diminuiu 10,7% em novembro, na comparação com outubro, e 14% em um ano.
O índice de desemprego na França subiu para 8,5%.
As ações da General Motors, que já foi a maior empresa do mundo, caíram 80%. No final do ano, o presidente George W. Bush liberou um empréstimo de emergência de US$ 17,4 bilhões para a GM e a Chrysler, que já pegaram as primeiras parcelas, de US$ 4 bilhões para cada um.
Na Bolsa de Hong Kong, na China, a queda foi ainda pior, de 48%.
Com a queda nas exportações e o medo do consumidor doméstico, a produção industrial da Coréia do Sul diminuiu 10,7% em novembro, na comparação com outubro, e 14% em um ano.
O índice de desemprego na França subiu para 8,5%.
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Hamas aceita trégua se Israel levantar bloqueio
Do exílio na Síria, o dirigente máximo do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), Khaled Mechal, afirmou estar pronto para aceitar uma trégua com Israel em troca da suspensão do bloqueio militar israelense à Faixa de Gaza.
A oferta foi feita através do ministro do Exterior da Rússia, Serguei Lavrov. Israel exige o fim dos ataques de foguetes palestinos contra seu território.
A oferta foi feita através do ministro do Exterior da Rússia, Serguei Lavrov. Israel exige o fim dos ataques de foguetes palestinos contra seu território.
Israel rejeita apelos por trégua em Gaza
Apesar de um novo apelo, desta vez do ministro do Exterior da França, Bernard Kouchner, o gabinete de guerra de Israel decidiu hoje manter a ofensiva contra o Movimento de Resistência Islâmica, o Hamas.
A Força Aérea de Israel realizou hoje pelo menos 60 missões de ataque. Os palestinos contra-atacaram com 50 foguetes.
Para a ministra do Exterior de Israel, Tzipi Livni, a proposta francesa de um cessar-fogo de 48 horas é "irrealista". A operação militar seria a única maneira de proteger a população civil do Sul de Israel, atacada incessantemente pelo grupo fundamentalista palestino.
Em Ramala, na Cisjordânia, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, exigiu um cessar-fogo imediato e ameaçou romper as negociações de paz com Israel.
A Força Aérea de Israel realizou hoje pelo menos 60 missões de ataque. Os palestinos contra-atacaram com 50 foguetes.
Para a ministra do Exterior de Israel, Tzipi Livni, a proposta francesa de um cessar-fogo de 48 horas é "irrealista". A operação militar seria a única maneira de proteger a população civil do Sul de Israel, atacada incessantemente pelo grupo fundamentalista palestino.
Em Ramala, na Cisjordânia, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, exigiu um cessar-fogo imediato e ameaçou romper as negociações de paz com Israel.
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Quarteto pede trégua imediata em Gaza
Os países e organizações internacionais do Quarteto (Estados Unidos, União Européia, Nações Unidas e Rússia), que negociam a paz no Oriente Médio, fizeram um apelo hoje por um cessar-fogo imediato no Faixa de Gaza.
Pelo menos 384 palestinos morreram e outros 1,7 mil foram feridos em quatro dias de intenso bombardeio israelense do território palestino dominado há um ano e meio pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas). Os ataques de foguetes disparados por militantes palestinos mataram seis israelenses.
Pelo menos 384 palestinos morreram e outros 1,7 mil foram feridos em quatro dias de intenso bombardeio israelense do território palestino dominado há um ano e meio pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas). Os ataques de foguetes disparados por militantes palestinos mataram seis israelenses.
Bolsa de Tóquio tem pior ano da História
O governo do Japão anunciou hoje a intenção de criar um fundo no valor equivalente a US$ 110 bilhões para comprar papéis podres em poder dos bancos do país.
A medida provocou uma alta de 1,3% no índice Nikkei, que avalia o desempenho das 225 principais ações a venda no mercado japonês. Mas a Bolsa de Valores de Tóquio sofreu este ano a maior queda de História, com desvalorização média das ações de 42%.
Na comparação, as bolsas européias perderam na média 45%. Em Nova Iorque, o Índice Dow Jones baixou 34% e a bolsa Nasdaq, das ações de empresas de alta tecnologia, 40%.
A medida provocou uma alta de 1,3% no índice Nikkei, que avalia o desempenho das 225 principais ações a venda no mercado japonês. Mas a Bolsa de Valores de Tóquio sofreu este ano a maior queda de História, com desvalorização média das ações de 42%.
Na comparação, as bolsas européias perderam na média 45%. Em Nova Iorque, o Índice Dow Jones baixou 34% e a bolsa Nasdaq, das ações de empresas de alta tecnologia, 40%.
Diretor do BCE prevê recessão na eurozona
A economia dos 15 países que adotam o euro como moeda deve produzir 1% menos riqueza em 2009, previu hoje um diretor do Banco Central da Europa.
Preços das casas caem 18% nos EUA
Em mais um sinal de que a crise não cede no setor habitacional dos Estados Unidos, onde começou, os preços das moradias caíram 18%, em média, em 20 regiões metropolitanas do país.
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Presidente provisório da Somália renuncia
Sem qualquer poder real, o presidente interino da Somália, Abdullahi Yusuf, renunciou hoje ao cargo acusando a sociedade internacional de não dar o apoio necessário para pacificar o país, que vive em estado de anarquia há 17 anos.
Israel mantém ofensiva que já matou 345 árabes
O governo de Israel prometeu hoje levar a atual ofensiva militar contra a Faixa de Gaza às "últimas conseqüências". Seu objetivo é desarmar o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), que controla Gaza, não reconhece Israel e rompeu há 10 dias um cessar-fogo de seis meses.
Em três dias de bombardeio maciço, pelo menos 345 palestinos foram mortos e outros 1.550 feridos.
A ação militar provocou uma onda de protestos em todo o mundo muçulmano. O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, fez um apelo para uma trégua urgente.
Em três dias de bombardeio maciço, pelo menos 345 palestinos foram mortos e outros 1.550 feridos.
A ação militar provocou uma onda de protestos em todo o mundo muçulmano. O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, fez um apelo para uma trégua urgente.
União Africana suspende governo golpista da Guiné
Em protesto contra o golpe militar da semana passada, a União Africana suspendeu a República da Guiné, mas a organização regional dos países da África Ocidental reconheceu a junta militar na prática.
Os militares tomaram o poder depois da morte do ditador Lansana Conté. Eles prometem realizar eleições dentro de dois anos.
Os militares tomaram o poder depois da morte do ditador Lansana Conté. Eles prometem realizar eleições dentro de dois anos.
França cresceu 0,1% no terceiro trimestre
A França, sexta maior economia do mundo, ainda não entrou oficialmente em recessão.
O instituto nacional de estatísticas francês confirmou um crescimento de 0,1% no terceiro trimestre deste ano. Mas as previsões são de queda no fim do ano e no primeiro e no segundo trimestres de 2009.
O instituto nacional de estatísticas francês confirmou um crescimento de 0,1% no terceiro trimestre deste ano. Mas as previsões são de queda no fim do ano e no primeiro e no segundo trimestres de 2009.
domingo, 28 de dezembro de 2008
Células-tronco revertem lesão cerebral congênita
Cientistas da Universidade Hebraica de Jerusalém conseguiram reverter defeitos genéticos congênitos e ambientais em cobaias, substituindo as células cerebrais defeituosas por células-tronco.
O trabalho da equipe chefiada pelo prof. Joseph Yanai no Hospital Universitário Hadassah foi apresentado na Conferência de Telavive sobre Células-Tronco, no início do ano. Deve ser reapresentado e publicado na 7ª Conferência Anual da Sociedade Internacional sobre Pesquisas com Células-Tronco, a ser realizada em Barcelona em 2009.
Além de Yanai, o prof. Tamir Ben-Hur, diretor do Departamento de Neurologia da Universidade Hebraica e o prof. Ted Slotkin, da Universidade de Duke, na Carolina do Norte, lideram as pesquisas. Eles observam que os defeitos dos bebês são mais difíceis de rastrear por causa das muitas substâncias teratogênicas, capazes de causar anormalidades.
Na experiência, os pesquisadores conseguiram resolver esse problema usando células-tronco embrionárias nervosas. Elas migraram dentro do cérebro em busca da deficiência e se diferenciaram nas células nervosas (neurônios) necessárias para reparar o mal.
As células-tronco embrionárias se transformam para criar todas as células do corpo. Neste caso, Yanai e sua equipe foram capazes de evitar os danos em cobaias expostas a organofosforados (agrotóxicos) e heroína. Para isso, células-tronco foram transplantadas para o cérebro das cobaias recém-nascidas. A recuperação foi de quase 100%.
Como a terapia com células-tronco funcionou mesmo quando a maioria das células implantadas morreram, os cientistas descobriram que, antes de morrer, as células-tronco induzem o cérebro a produzir as células-tronco necessárias para reparar o dano.
Essa descoberta, considerada um grande avanço nas pesquisas com células-tronco, foi relatada numa das principais revistas da especialidade, Molecular Psychiatry.
O trabalho da equipe chefiada pelo prof. Joseph Yanai no Hospital Universitário Hadassah foi apresentado na Conferência de Telavive sobre Células-Tronco, no início do ano. Deve ser reapresentado e publicado na 7ª Conferência Anual da Sociedade Internacional sobre Pesquisas com Células-Tronco, a ser realizada em Barcelona em 2009.
Além de Yanai, o prof. Tamir Ben-Hur, diretor do Departamento de Neurologia da Universidade Hebraica e o prof. Ted Slotkin, da Universidade de Duke, na Carolina do Norte, lideram as pesquisas. Eles observam que os defeitos dos bebês são mais difíceis de rastrear por causa das muitas substâncias teratogênicas, capazes de causar anormalidades.
Na experiência, os pesquisadores conseguiram resolver esse problema usando células-tronco embrionárias nervosas. Elas migraram dentro do cérebro em busca da deficiência e se diferenciaram nas células nervosas (neurônios) necessárias para reparar o mal.
As células-tronco embrionárias se transformam para criar todas as células do corpo. Neste caso, Yanai e sua equipe foram capazes de evitar os danos em cobaias expostas a organofosforados (agrotóxicos) e heroína. Para isso, células-tronco foram transplantadas para o cérebro das cobaias recém-nascidas. A recuperação foi de quase 100%.
Como a terapia com células-tronco funcionou mesmo quando a maioria das células implantadas morreram, os cientistas descobriram que, antes de morrer, as células-tronco induzem o cérebro a produzir as células-tronco necessárias para reparar o dano.
Essa descoberta, considerada um grande avanço nas pesquisas com células-tronco, foi relatada numa das principais revistas da especialidade, Molecular Psychiatry.
Total de mortos em Gaza chega a 277
No segundo dia de uma ofensiva de Israel contra o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), o total de mortos na Faixa de Gaza chegou a 277 pessoas, com mais de 700 feridos.
A ministra do Exterior israelense, Tzipi Livni, candidata a primeira-ministra nas eleições de fevereiro, justificou a operação alegando que Israel é um Estado soberano e não pode assistir passivamente a ataques de foguetes contra sua população civil.
O Exército de Israel disse ao governo que a maioria dos alvos pré-selecionados foram atingidos, com o objetivo de neutralizar a capacidade militar do Hamas. Entre eles, estão túneis que ligam a Faixa de Gaza ao Egito. Esses túneis são usados para traficar armas para a resistência palestina.
A ministra do Exterior israelense, Tzipi Livni, candidata a primeira-ministra nas eleições de fevereiro, justificou a operação alegando que Israel é um Estado soberano e não pode assistir passivamente a ataques de foguetes contra sua população civil.
O Exército de Israel disse ao governo que a maioria dos alvos pré-selecionados foram atingidos, com o objetivo de neutralizar a capacidade militar do Hamas. Entre eles, estão túneis que ligam a Faixa de Gaza ao Egito. Esses túneis são usados para traficar armas para a resistência palestina.
Oposição chinesa desafia governo com Carta 08
A perseguida oposição política da China lançou uma Carta 08, reivindicando mais liberdade e abertura política.
Sob a inspiração da Carta 77, lançada pela oposição da Tcheco-Eslováquia em plena Guerra Fria, os dissidentes chineses exigem o fim do monopólio de poder do Partido Comunista e propõem um programa de transição de 19 pontos rumo a uma sociedade democrática no modelo ocidental.
Sob a inspiração da Carta 77, lançada pela oposição da Tcheco-Eslováquia em plena Guerra Fria, os dissidentes chineses exigem o fim do monopólio de poder do Partido Comunista e propõem um programa de transição de 19 pontos rumo a uma sociedade democrática no modelo ocidental.
sábado, 27 de dezembro de 2008
Israel mata 225 em bombardeio à Faixa de Gaza
Com mais de 50 aviões bombardeiros e helicópteros de combate, a Força Aérea de Israel fez hoje um bombardeio maciço contra a Faixa de Gaxa, em retaliação contra ataques de foguetes atribuídos ao Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).
Pelo menos 225 palestinos foram mortos e outros 700 ficaram feridos.
Os alvos teriam sido 100 bases, residências e pontos de encontros da liderança do Hamas. Revoltado, o movimento fundamentalista palestino, que venceu as eleições parlamentares de 25 de janeiro de 2005, convocou uma terceira intifada (revolta das pedras) contra Israel.
Pelo menos 225 palestinos foram mortos e outros 700 ficaram feridos.
Os alvos teriam sido 100 bases, residências e pontos de encontros da liderança do Hamas. Revoltado, o movimento fundamentalista palestino, que venceu as eleições parlamentares de 25 de janeiro de 2005, convocou uma terceira intifada (revolta das pedras) contra Israel.
Vendas no varejo desabam nos EUA
Apesar das ofertas e superdescontos, as vendas no varejo desabaram nos Estados Unidos, registrando queda de 5,5% em novembro e 8% em dezembro até o Natal, na comparação com os mesmos períodos no ano anterior.
As vendas de sapatos e roupas masculinas caíram 14%, de móveis 20%, de roupas femininas 23%, de eletroeletrônicos e eletrodomésticos 27% e de artigos de luxo 35%, de acordo com o Pulso de Gastos, uma avaliação da empresa de cartões de crédito Mastercard.
As vendas de sapatos e roupas masculinas caíram 14%, de móveis 20%, de roupas femininas 23%, de eletroeletrônicos e eletrodomésticos 27% e de artigos de luxo 35%, de acordo com o Pulso de Gastos, uma avaliação da empresa de cartões de crédito Mastercard.
CIA distribui Viagra no Afeganistão
Para conquistar a lealdade de líderes tribais mais velhos, a Agência Central de Inteligência (CIA), o serviço de espionagem da Presidência dos Estados Unidos, distribui pílulas para aumentar a potência sexual, revelou o jornal The Washington Post.
Japão tem queda recorde na produção industrial
A produção industrial do Japão teve a maior queda da história em novembro, na comparação com o mês anterior. Foram 8,1% menos, anunciou na sexta-feira, 26 de dezembro de 2008, o Ministério da Economia, Indústria e Comércio.
Segunda maior economia do mundo, com produto interno bruto superior a US$ 5 trilhões, o Japão fortemente orientado para o exterior. Depende das exportações, sobretudo para os Estados Unidos e a Europa, onde a crise financeira global provocou uma forte retração do consumo.
Segunda maior economia do mundo, com produto interno bruto superior a US$ 5 trilhões, o Japão fortemente orientado para o exterior. Depende das exportações, sobretudo para os Estados Unidos e a Europa, onde a crise financeira global provocou uma forte retração do consumo.
Paquistão reforça fronteira com a Índia
O Exército do Paquistão deslocou soldados que estavam na fronteira noroeste do país, junto ao Afeganistão, para a fronteira com a Índia. Teme um ataque contra as bases e centros de treinamento do grupo terrorista Lashkar-e-Taiba, acusado pelo governo indiano pelas ações terroristas iniciadas em 26 de novembro de 2008 em Mumbai, a antiga Bombaim.
VIRTUA ME DEU FOLGA
Por falta de funcionamento do serviço de banda larga da Net na casa onde estou na minha folga de Natal, não tive condições de atualizar este blog ontem.
Peço desculpas aos leitores.
Peço desculpas aos leitores.
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
Governo da Guiné se rende aos golpistas
O primeiro-ministro da Guiné, Ahmed Tidiane Souaré, e vários ministros de seu governo se entregaram hoje na capital, Conacri, aos militares que deram um golpe de Estado depois da morte do presidente Lansana Conté, na segunda-feira, 22 de dezembro de 2008.
Na terça-feira, quando estava escondido, Souaré telefonou para os meios de comunicação declarando ter o controle da situação. Ele fez apelos à sociedade internacional para que impedisse a concretização do golpe militar.
Ontem, o líder golpista, capitão Moussa Dadis Camara, foi eleito líder de uma junta militar de 32 membros que na terça-feira suspendeu a Constituição e declarou que o governo já não tinha mais autoridade sobre o país.
"Não tenho a ambição de ser candidato a presidente", disse Camara à Rádio França Internacional. "Nunca tive ambição pelo poder". Veremos
Na terça-feira, quando estava escondido, Souaré telefonou para os meios de comunicação declarando ter o controle da situação. Ele fez apelos à sociedade internacional para que impedisse a concretização do golpe militar.
Ontem, o líder golpista, capitão Moussa Dadis Camara, foi eleito líder de uma junta militar de 32 membros que na terça-feira suspendeu a Constituição e declarou que o governo já não tinha mais autoridade sobre o país.
"Não tenho a ambição de ser candidato a presidente", disse Camara à Rádio França Internacional. "Nunca tive ambição pelo poder". Veremos
Harold Pinter morre aos 78 anos
O escritor britânico Harold Pinter, um dos mais influentes dramaturgos da sua geração, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 2005, morreu de câncer na garganta na quarta-feira, 25 de dezembro de 2008. A notícia foi divulgada por sua atual mulher, Lady Antonia Fraser.
"Pinter restaurou os elementos básicos do teatro: um espaço fechado e um diálogo imprevisível onde as pessoas estão à mercê umas das outras", justificou na época o Comitê do Nobel.
Marxista radical, ele foi um dos maiores críticos da participação do Reino Unido na invasão do Iraque. O prêmio lhe deu a oportunidade de denunciar o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e o então primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair.
"O invasão do Iraque foi um ato de banditismo, um ato flagrante de terrorismo de Estado, demonstrando absoluto desprezo pelo conceito de direito internacional", declarou Pinter em sua aula como ganhador do Nobel. "Quantas pessoas é preciso matar antes de poder ser enquadrado por assassinato em massa ou como criminoso de guerra: 100 mil?"
"Pinter restaurou os elementos básicos do teatro: um espaço fechado e um diálogo imprevisível onde as pessoas estão à mercê umas das outras", justificou na época o Comitê do Nobel.
Marxista radical, ele foi um dos maiores críticos da participação do Reino Unido na invasão do Iraque. O prêmio lhe deu a oportunidade de denunciar o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e o então primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair.
"O invasão do Iraque foi um ato de banditismo, um ato flagrante de terrorismo de Estado, demonstrando absoluto desprezo pelo conceito de direito internacional", declarou Pinter em sua aula como ganhador do Nobel. "Quantas pessoas é preciso matar antes de poder ser enquadrado por assassinato em massa ou como criminoso de guerra: 100 mil?"
Ahmadinejad deseja Feliz Natal aos cristãos
Em uma crítica aos Estados Unidos, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, mandou uma mensagem de Natal aos cristãos declarando que, "se Jesus Cristo vivesse hoje na Terra, estaria com o povo contra as potências mal-humoradas, provocadoras e expansionistas".
O Feliz Natal do presidente radical iraniano será transmitido hoje à noite no Reino Unido pelo Channel 4: "Se Jesus estivesse hoje na Terra, sem dúvida, lutaria as políticas tiranas que imperam na economia global e nos sistemas políticos, como fez no seu tempo", acrescentou Ahmadinejad.
Para o presidente do Irã, provável candidato à reeleição em 2009, "a solução para todos os problemas" está na pregação dos "profetas divinos".
O Feliz Natal do presidente radical iraniano será transmitido hoje à noite no Reino Unido pelo Channel 4: "Se Jesus estivesse hoje na Terra, sem dúvida, lutaria as políticas tiranas que imperam na economia global e nos sistemas políticos, como fez no seu tempo", acrescentou Ahmadinejad.
Para o presidente do Irã, provável candidato à reeleição em 2009, "a solução para todos os problemas" está na pregação dos "profetas divinos".
Maioria aprova plano anticrise de Obama
Cerca de 56% dos americanos aprovam o plano de estímulo a ser lançado no início do governo Barack Obama, a partir de 20 de janeir.
As metas são gerar 3 milhões de empregos em dois anos e tirar os Estados Unidos de sua pior crise econômica desde a Grande Depressão (1929-39).
As metas são gerar 3 milhões de empregos em dois anos e tirar os Estados Unidos de sua pior crise econômica desde a Grande Depressão (1929-39).
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
FELIZ NATAL!!!
Como no ano passado, desejo a todos um Feliz Natal ao ritmo de John Lennon sonhando que The War is Over (If You Want It). As imagens são fortes.
Aqui, a mensagem de paz de Lennon.
Aqui, a mensagem de paz de Lennon.
Morte de presidente gera tentativa de golpe
Um grupo de militares rebelados ocupou rádio e televisão depois da morte do presidente da República da Guiné, Lansana Conté, na terça-feira.
Agora há pouco, o primeiro-ministro apelou à sociedade internacional para que não reconheça o governo liderado pelo líder golpista, capitão Moussa Dadis Camara, que se autoproclamou presidente do Conselho Nacional pela Democracia e do país, prometendo realizar eleições dentro de dois anos resistem.
Consumo caiu 0,6% em novembro nos EUA
Os consumidores americanos gastaram em novembro 0,6% a menos do que em outubro, revelou hoje o Departamento do Comércio, reforçando suas poupanças para enfrentar a crise econômica. Mas, excluídos os combustíveis, que caíram de preço com a queda do petróleo, houve aumento do consumo.
Já na França, o consumo aumentou em 0,3% em novembro, enquanto a queda do produto interno bruto do Reino Unido no terceiro trimestre foi revisada para 0,6%.
Na semana passada, o número de pedidos de seguro-desemprego aumentou em 30 mil, a maior alta em 26 anos.
Já na França, o consumo aumentou em 0,3% em novembro, enquanto a queda do produto interno bruto do Reino Unido no terceiro trimestre foi revisada para 0,6%.
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Venda de casas usadas cai 8,6% nos EUA
Em mais um indicador de deterioração no setor habitacional dos Estados Unidos, origem da crise financeira global, a venda de casas usadas caiu mais 8,6% em novembro, na comparação com o mês anterior, para um ritmo anual de 4,49 milhões.
A venda de casas novas caiu mais 2,9%. Os preços dos casas também baixaram. Mas a estimativa do produto interno bruto (PIB) para o terceiro trimestre se manteve em queda de 20%.
O preço médio dos imóveis residenciais usados caiu 13,2% em novembro na comparação com o ano passado, de US$ 208 mil para US$ 181,3 mil.
Para o jornal The Wall Street Journal, a recessão profunda e o aperto de crédito contribuem para que os preços dos imóveis residenciais continuem caindo até meados de 2009.
China corta juro básico para 5,31%
O Banco Popular da China cortou sua taxa básica de juros pela quinta vez em três meses. Desta vez, a queda foi de 5,58% para 5,31% ao ano.
Com o agravamento da crise internacional, cresce o desemprego na China e o Partido Comunista que governa o país teme ter sua autoridade contestada, caso a situação socioeconômica se agrave.
Com o agravamento da crise internacional, cresce o desemprego na China e o Partido Comunista que governa o país teme ter sua autoridade contestada, caso a situação socioeconômica se agrave.
A queda nos juros não impediu a baixa nas bolsas de valores asiáticas, com Xangai perdendo 4,6%.
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Toyota tem prejuízo de US$ 1,5 bilhão
A empresa japonesa Toyota, que se encaminha para superar a General Motors e se tornar a maior fabricante de automóveis do mundo, admitiu hoje que deve ter um prejuízo de US$ 1,5 bilhão.
Será o primeiro prejuízo da Toyota em 75 anos de atividade. O principal motivo é a queda das vendas nos Estados Unidos.
Será o primeiro prejuízo da Toyota em 75 anos de atividade. O principal motivo é a queda das vendas nos Estados Unidos.
Exportações do Japão caem 27%
Por causa da redução da demanda provocada pela crise econômica global e da valorização do iene, as exportações do Japão tiveram em novembro uma queda recorde de 27% em relação ao ano anterior.
domingo, 21 de dezembro de 2008
Obama já fala em 3 milhões de empregos
Diante da crise econômica global, o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, já planeja criar 3 milhões de empregos em dois anos com o programa de estímulo ao crescimento econômico a ser anunciado logo depois da posse do novo governo, em 20 de janeiro.
O plano deve chegar a US$ 850 bilhões.
Dois estudos entregues ao presidente eleito indicam que a real situação econômica é pior do que se sabe até agora. Nas condições atuais, a previsão é de uma perda de mais 4 milhões de empregos em 2009.
Obama precisa virar esse jogo a seu favor.
O plano deve chegar a US$ 850 bilhões.
Dois estudos entregues ao presidente eleito indicam que a real situação econômica é pior do que se sabe até agora. Nas condições atuais, a previsão é de uma perda de mais 4 milhões de empregos em 2009.
Obama precisa virar esse jogo a seu favor.
Israel ameaça invadir Gaza
Com o fim de trégua de seis meses do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), pelo oito foguetes foram disparados por militantes palestinos da Faixa de Gaza contra o território de Israel.
O governo israelense ameaça lançar uma grande ofensiva em busca das bases de lançamentos de foguetes em Gaza.
O governo israelense ameaça lançar uma grande ofensiva em busca das bases de lançamentos de foguetes em Gaza.
FMI adverte para piora da crise
O Fundo Monetário Internacional alerta os países ricos de que precisam gastar muito mais dinheiro para evitar que a recessão se transforme numa depressão.
Para o economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard, é preciso um estímulo muito mais vigoroso.
Para o economista-chefe do FMI, Olivier Blanchard, é preciso um estímulo muito mais vigoroso.
sábado, 20 de dezembro de 2008
Dez bilhões para comprar pão
Para enfrentar a maior hiperinflação hoje no mundo, de mais de 231 milhões por cento ao ano, o Zimbábue lançou na semana passada a nota de 10 bilhões de dólares zimbabuanos, que vale cerca de US$ 20.
Com o dinheiro, é possível comprar 20 baguetes.
O Zimbábue está à beira do colapso, em grave crise desde o segundo turno da eleição presidencial, realizado em junho, com a desistência do candidato da oposição, Morgan Tsvangirai, que teria ganho no primeiro turno.
Nos últimos meses, foi aberto um diálogo entre a oposição e o governo, mas o ditador Robert Mugabe, no poder há 28 anos, se nega a fazer as concessões necessárias a uma partilha do poder.
A população enfrenta uma epidemia de cólera que já matou mil pessoas, enquanto o governo afirma ter controlado a doença e acusa a antiga potência colonial, o Reino Unido, de vetar créditos para a recuperação econômica do Zimbábue.
Como observou um zimbabuano entrevistado pela BBC, hoje em dia não são mais as potências coloniais que exploram os africanos, são os próprios africanos.
Com o dinheiro, é possível comprar 20 baguetes.
O Zimbábue está à beira do colapso, em grave crise desde o segundo turno da eleição presidencial, realizado em junho, com a desistência do candidato da oposição, Morgan Tsvangirai, que teria ganho no primeiro turno.
Nos últimos meses, foi aberto um diálogo entre a oposição e o governo, mas o ditador Robert Mugabe, no poder há 28 anos, se nega a fazer as concessões necessárias a uma partilha do poder.
A população enfrenta uma epidemia de cólera que já matou mil pessoas, enquanto o governo afirma ter controlado a doença e acusa a antiga potência colonial, o Reino Unido, de vetar créditos para a recuperação econômica do Zimbábue.
Como observou um zimbabuano entrevistado pela BBC, hoje em dia não são mais as potências coloniais que exploram os africanos, são os próprios africanos.
EUA terão mais 30 mil soldados no Afeganistão
Em sua estratégia de concentrar o combate ao terrorismo dos fundamentalistas muçulmanos no Afeganistão, o próximo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deve enviar, até junho de 2009, mais 20 ou 30 mil soldados para a luta contra a milícia dos Talebã.
A revelação foi feita pelo almirante Mike Mullen, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos EUA.
O secretário da Defesa, Robert Gates, que continuará no governo Obama, confirmou hoje que 3 mil soldados serão enviados em janeiro e os outros durante a primavera no Hemisfério Norte.
A revelação foi feita pelo almirante Mike Mullen, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos EUA.
O secretário da Defesa, Robert Gates, que continuará no governo Obama, confirmou hoje que 3 mil soldados serão enviados em janeiro e os outros durante a primavera no Hemisfério Norte.
Paulson quer segunda parcela
Depois de usar US$ 17,3 bilhões para salvar a General Motors e a Chrysler da falência, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson, vai pedir ao Congresso a segunda parcela dos US$ 700 bilhões do Plano de Estabilização Financeira.
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Argentina quer afastar juízes que soltaram Astiz
O governo da Argentina pretende abrir um processo de impeachment contra os dois juízes do Tribunal Federal de Recursos de Buenos Aires, que ordenaram a libertação de 21 acusados de assassinato e tortura durante a guerra suja dos anos 70 e 80.
Entre eles, está o ex-capitão Alfredo Astiz, o Anjo da Morte, denunciado por matar pelas costas uma menina de 17 anos e pelo desaparecimento de duas freiras francesas, além de outros crimes contra a humanidade.
A corte de apelação alegou que a lei só permite a prisão preventiva por três anos e os acusados estão presos desde 2001.
Em discurso no mais notório centro de detenção e tortura da última ditadura militar (1976-83), a Escola de Mecânica da Armada (ESMA), a presidente Cristina Kirchner considerou a decisão "uma vergonha para a Argentina e para a humanidade".
O procurador já recorreu ao Supremo Tribunal pedindo a suspensão e a anulação da sentença.
Grupos de defesa dos direitos humanos estimam em 30 mil o total de mortos na guerra suja dos governos militares contra a esquerda argentina. Cerca de 1,8 mil policiais e militares suspeitos foram beneficiados pelas leis Ponto Final e de Obediência Devida, aprovadas no governo Raúl Alfonsín (1983-89).
Em 2005, a pedido do então presidente Néstor Kirchner, o Supremo Tribunal revogou as leis e os processos foram retomados. Vários generais das juntas militares que aterrorizaram a Argentina estão hoje em prisão domiciliar pelo seqüestros de bebês cujas mãos foram assassinadas pela repressão.
Entre eles, está o ex-capitão Alfredo Astiz, o Anjo da Morte, denunciado por matar pelas costas uma menina de 17 anos e pelo desaparecimento de duas freiras francesas, além de outros crimes contra a humanidade.
A corte de apelação alegou que a lei só permite a prisão preventiva por três anos e os acusados estão presos desde 2001.
Em discurso no mais notório centro de detenção e tortura da última ditadura militar (1976-83), a Escola de Mecânica da Armada (ESMA), a presidente Cristina Kirchner considerou a decisão "uma vergonha para a Argentina e para a humanidade".
O procurador já recorreu ao Supremo Tribunal pedindo a suspensão e a anulação da sentença.
Grupos de defesa dos direitos humanos estimam em 30 mil o total de mortos na guerra suja dos governos militares contra a esquerda argentina. Cerca de 1,8 mil policiais e militares suspeitos foram beneficiados pelas leis Ponto Final e de Obediência Devida, aprovadas no governo Raúl Alfonsín (1983-89).
Em 2005, a pedido do então presidente Néstor Kirchner, o Supremo Tribunal revogou as leis e os processos foram retomados. Vários generais das juntas militares que aterrorizaram a Argentina estão hoje em prisão domiciliar pelo seqüestros de bebês cujas mãos foram assassinadas pela repressão.
Morre a fonte secreta do escândalo de Watergate
Ele era subdiretor do FBI, a polícia federal dos Estados Unidos. Mas Mark Felt ficou mais conhecido como Garganta Profunda, a principal fonte secreta dos jornalistas que revelaram o Escândalo de Watergate, que derrubou o presidente Richard Nixon, em 1974. Feld morreu ontem em sua casa em Santa Rosa, na Califórnia, aos 95 anos.
Durante a campanha eleitoral de 1972, a sede do diretório nacional do Partido Democrata no Hotel Watergate, em Washington, foi invadida.
O que parecia um crime comum logo despertou a atenção de Bob Woodward e Carl Bernstein, do jornal The Washington Post. Afinal, ladrões pés-de-chinelo não contratariam advogados caríssimos.
Felt, indignado, encontrava-se com os repórteres num estacionamento em Washington e os aconselhava a seguir a trilha do dinheiro. Isso os levou à Casa Branca e ao próprio presidente dos EUA.
Dois anos depois, Nixon renunciou. Ao contrário do que acontece no Brasil, todos os altos funcionários americanos envolvidos no escândalo foram para a cadeia.
Felt continuou em sigilo até 2005. O compromisso dos repórteres era só revelar a fonte depois de sua morte. Mas ele resolveu tirar proveito em vida e ter um pouco da fama e reconhecimento pelo esforço para derrubar um presidente criminoso.
Durante a campanha eleitoral de 1972, a sede do diretório nacional do Partido Democrata no Hotel Watergate, em Washington, foi invadida.
O que parecia um crime comum logo despertou a atenção de Bob Woodward e Carl Bernstein, do jornal The Washington Post. Afinal, ladrões pés-de-chinelo não contratariam advogados caríssimos.
Felt, indignado, encontrava-se com os repórteres num estacionamento em Washington e os aconselhava a seguir a trilha do dinheiro. Isso os levou à Casa Branca e ao próprio presidente dos EUA.
Dois anos depois, Nixon renunciou. Ao contrário do que acontece no Brasil, todos os altos funcionários americanos envolvidos no escândalo foram para a cadeia.
Felt continuou em sigilo até 2005. O compromisso dos repórteres era só revelar a fonte depois de sua morte. Mas ele resolveu tirar proveito em vida e ter um pouco da fama e reconhecimento pelo esforço para derrubar um presidente criminoso.
Crise desempregou 6,7 milhões de chineses
A China é a grande esperança para evitar uma recessão global. Mas, desde o início da crise, cerca de 670 mil pequenas empresas fecharam no país e 6,7 milhões de pessoas perderam o emprego, alertou hoje um assessor do Conselho de Estado.
O total de desempregados na China chegou a 8,3 milhões. Aumenta a preocupação do regime comunista com a estabilidade social.
O total de desempregados na China chegou a 8,3 milhões. Aumenta a preocupação do regime comunista com a estabilidade social.
Bush dá ajuda de US$ 17,4 bilhões a montadoras
O presidente George W. Bush acaba de anunciar que seu governo dará empréstimos de emergências às três grandes empresas automobilísticas dos Estados Unidos - General Motors, Ford e Chrysler - no valor de US$ 17,4 bilhões.
As companhias têm até 31 de março para apresentar planos de recuperação viáveis. Caso contrário, terão de pagar imediatamente os empréstimos.
As companhias têm até 31 de março para apresentar planos de recuperação viáveis. Caso contrário, terão de pagar imediatamente os empréstimos.
Banco do Japão corta taxa de juros para 0,1% ao ano
O Banco do Japão acaba de cortar sua taxa básica de juros de 0,3% para 0,1% ao ano, numa tentativa de enfraquecer o iene e impulsionar a retomada do crescimento econômico.
De 1999 a 2006, o país adotou uma política de juro zero para combater um misto de deflação com estagnação econômica, sem muito sucesso. Essa política só funcionou em conjunto com outras, adotadas a partir da posse do primeiro-ministro Junichiro Koizumi, em 2001, incluindo um saneamento financeiro.
Além da recessão, as grandes empresas japonesas, como Toyota, Sony, Honda, Canon, sofrem com a valorização da moeda do país.
De 1999 a 2006, o país adotou uma política de juro zero para combater um misto de deflação com estagnação econômica, sem muito sucesso. Essa política só funcionou em conjunto com outras, adotadas a partir da posse do primeiro-ministro Junichiro Koizumi, em 2001, incluindo um saneamento financeiro.
Além da recessão, as grandes empresas japonesas, como Toyota, Sony, Honda, Canon, sofrem com a valorização da moeda do país.
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Obama faz plano de US$ 800 bilhões
A equipe econômica do presidente eleito, Barack Obama, está elaborando um grande plano de US$ 800 bilhões para impulsionar a retomada do crescimento econômico nos Estados Unidos.
Hoje, a Casa Branca indicou que deve optar pela concordada das grandes empresas automobilísticas que não tem dinheiro em caixa para fechar as contas no fim do ano.
Quando a bancada republicana sulista no Senado negou apoio ao projeto que dava empréstimos de emergência de US$ 14 bilhões à General Motors e a Chrysler, a Casa Branca indicou que socorreria essas empresas, símbolos do capitalismo americano.
Agora, o presidente George Walker Bush fala em concordata. As empresas alegaram nas audiências no Congresso que iriam para liquidação. Seus atuais gestores, sim, estão liquidados.
Se a GM e a Chrysler pedirem concordata (proteção contra os credores) à Justiça, passam para administração judicial. A Justiça vai indicar novos gestores para recuperar ou liquidar as empresas.
Hoje, a Casa Branca indicou que deve optar pela concordada das grandes empresas automobilísticas que não tem dinheiro em caixa para fechar as contas no fim do ano.
Quando a bancada republicana sulista no Senado negou apoio ao projeto que dava empréstimos de emergência de US$ 14 bilhões à General Motors e a Chrysler, a Casa Branca indicou que socorreria essas empresas, símbolos do capitalismo americano.
Agora, o presidente George Walker Bush fala em concordata. As empresas alegaram nas audiências no Congresso que iriam para liquidação. Seus atuais gestores, sim, estão liquidados.
Se a GM e a Chrysler pedirem concordata (proteção contra os credores) à Justiça, passam para administração judicial. A Justiça vai indicar novos gestores para recuperar ou liquidar as empresas.
CEPAL prevê menos crescimento em 2009
A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) das Nações Unidas, com sede em Santiago, no Chile, previu uma queda de mais da metade no crescimento dos países da região, de uma média de 4,6% em 2008 para 1,9% em 2009.
No país que mais cresce atualmente na região, o Peru, o crescimento vai cair de 9,4% este ano para 5% no próximo.
O Brasil deve crescer 5,9% em 2008 e 2% em 2009, pelas estimativas da CEPAL.
No país que mais cresce atualmente na região, o Peru, o crescimento vai cair de 9,4% este ano para 5% no próximo.
O Brasil deve crescer 5,9% em 2008 e 2% em 2009, pelas estimativas da CEPAL.
Tribunal da ONU condena genocidas de Ruanda
O tribunal especial das Nações Unidas sobre o genocídio de Ruanda condenou hoje, pela primeira vez, os mandantes dos crimes contra a humanidade cometidos em 100 dias a partir de 6 de abril de 1994, quando a Frente Patriótica de Ruanda matou o então presidente do país, Juvenal Habyarimana.
Em Arucha, na Tanzânia, sede do tribunal, o ex-coronel Theoneste Bagosora foi considerado culpado de genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade, por ter planejado e organizado os massacres.
Já Protais Zigiranyirazo, o Senhor Z, um líder da elite da etnia hutu, pegou 20 anos de cadeia por organizar milícias e esquadrões da morte, pelo assassinato de opositores do antigo regime depois e por enterrar os mortos em cemitérios clandestinos para encobrir os crimes.
Depois da morte de Habyarimana, o regime hutu decidiu exterminar o povo tútsi, vitorioso na guerra civil. O Exército hutu em fuga e a milícia Interahamwe mataram entre 800 mil e 1 milhão de pessoas.
Foi o maior matança no mundo depois da Segunda Guerra Mundial, só superada pelo genocídio cometido pelo regime de Pol Pot contra seu próprio povo, no Camboja, de 1975 a 1978.
Em Arucha, na Tanzânia, sede do tribunal, o ex-coronel Theoneste Bagosora foi considerado culpado de genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade, por ter planejado e organizado os massacres.
Já Protais Zigiranyirazo, o Senhor Z, um líder da elite da etnia hutu, pegou 20 anos de cadeia por organizar milícias e esquadrões da morte, pelo assassinato de opositores do antigo regime depois e por enterrar os mortos em cemitérios clandestinos para encobrir os crimes.
Depois da morte de Habyarimana, o regime hutu decidiu exterminar o povo tútsi, vitorioso na guerra civil. O Exército hutu em fuga e a milícia Interahamwe mataram entre 800 mil e 1 milhão de pessoas.
Foi o maior matança no mundo depois da Segunda Guerra Mundial, só superada pelo genocídio cometido pelo regime de Pol Pot contra seu próprio povo, no Camboja, de 1975 a 1978.
China festeja 30 anos de reformas econômicas
Há exatamente 30 anos, durante uma reunião da liderança do Partido Comunista da China, o dirigente Deng Xiaoping, reabilitado depois da Revolução Cultural (1966-76), derrotou os maoístas na disputa interna e lançou o programa das quatro modernizações, início da abertura econômica chinesa.
É o maior e mais rápido crescimento econômico da História e também a maior experiência de redução da pobreza. Cerca de 200 milhões de chineses saíram da pobreza com o desenvolvimento do país.
Houve cerimônia em Pequim, com discurso do presidente Hu Jintao falando sobre como o partido deve combater a burocracia e a corrupção.
É o maior e mais rápido crescimento econômico da História e também a maior experiência de redução da pobreza. Cerca de 200 milhões de chineses saíram da pobreza com o desenvolvimento do país.
Houve cerimônia em Pequim, com discurso do presidente Hu Jintao falando sobre como o partido deve combater a burocracia e a corrupção.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
Chrysler pára produção por um mês nos EUA
A Chrysler anunciou agora há pouco a suspensão das atividades em todas as 30 fábricas da empresa nos Estados Unidos, no México e no Canadá, a partir de sexta-feira.
Em nota, a companhia justificou a medida como uma maneira de adequar a oferta de carros Chrysler à queda da demanda no país. As vendas da empresa caíram 47%.
No mercado, especula-se se algum dia essas fábricas voltarão a funcionar. Desde que o Senado derrubou empréstimos de emergência de US$ 14 bilhões à General Motors e à Chrysler, a Casa Branca prometeu encontrar uma solução.
A maioria dos republicanos e gente do próprio governo acredita que uma empresa falida deve quebrar ou pedir concordata para renegociar suas dívidas. Os democratas temem que o colapso da indústria automobilística de Detroit custe 3 milhões de empregos em plena crise.
Em nota, a companhia justificou a medida como uma maneira de adequar a oferta de carros Chrysler à queda da demanda no país. As vendas da empresa caíram 47%.
No mercado, especula-se se algum dia essas fábricas voltarão a funcionar. Desde que o Senado derrubou empréstimos de emergência de US$ 14 bilhões à General Motors e à Chrysler, a Casa Branca prometeu encontrar uma solução.
A maioria dos republicanos e gente do próprio governo acredita que uma empresa falida deve quebrar ou pedir concordata para renegociar suas dívidas. Os democratas temem que o colapso da indústria automobilística de Detroit custe 3 milhões de empregos em plena crise.
Inflação na eurozona cai para 2,1% ao ano
O índice de preços ao consumidor nos 15 países que usam o euro como moeda caiu para 2,1% ao ano em novembro. Em outubro, a taxa estava em 3,2%, depois de chegar em julho ao recorde de 4% ao ano.
Esta tendência de queda forte aponta para o risco de deflação. Mas o presidente do Banco Central da Europa, Jean-Claude Trichet, sinaliza uma pausa nos cortes de juros, indicando que não vai adotar uma política de juro zero como fez ontem o banco central dos Estados Unidos.
Esta tendência de queda forte aponta para o risco de deflação. Mas o presidente do Banco Central da Europa, Jean-Claude Trichet, sinaliza uma pausa nos cortes de juros, indicando que não vai adotar uma política de juro zero como fez ontem o banco central dos Estados Unidos.
Britânicos desempregados já são 1,86 milhão
De agosto a setembro, 137 mil postos de trabalho foram extintos no Reino Unido, elevando o total de desempregados para mais de 1,864 milhão, 6% da força de trabalho do país.
No início dos anos 80, quando Margaret Thatcher começou a implantar suas reformas liberalizantes, o número de desempregados atingiu o recorde de 3 milhões. Caiu para menos de 1 milhão no governo Tony Blair, mas caminha rumo aos 2 milhões.
A economia britânica pode encolher até 4% em 2009 e a libra está perto de valor um euro.
Apesar de tudo, o primeiro-ministro Gordon Brown estaria inclinado a convocar eleições antecipadas para 4 de junho do próximo ano.
Hoje, Brown esteve no Iraque pela quarta vez como primeiro-ministro britânico. Em visita-surpresa, esteve com o primeiro-ministro Nuri al-Maliki e confirmou o fim da missão em 31 de maio próximo e a retirada total das forças britânicas do Iraque até julho de 2009. As datas se ajustam ao calendário eleitoral dos sonhos de Brown.
Pela lei, como os deputados britânicos têm mandato de cinco anos e as últimas eleições foram em 2005, o primeiro-ministro tem prazo até 2010. Como tem o direito de dissolver o Parlamento Britânico, renunciar e convocar eleições antecipadas, é costume escolher um momento que lhe seja politicamente favorável.
Extremamente impopular nas pesquisas de opinião, Brown cresceu como administrador da crise. Foi ministro das Finanças de Blair durante 10 anos. Presidiu ao momento de crescimento prometendo acabar com os ciclos de euforia e depressão que caracterizam a história econômica do país.
Mesmo assim, foi buscar no modelo sueco, usado contra uma crise bancária no país nórdico em 1991-91, a fórmula para combater a crise, investindo nos ativos dos bancos em dificuldades e assumindo a responsabilidade pelos passivos até que a situação se estabilize e o Estado possa sair do mercado financeiro.
Isso lhe valeu o elogio de "salvador do mundo", dado pelo economista Paul Krugman em sua coluna no jornal The New York Times. É como salvador do mundo que Brown pretende se apresentar ao eleitorado no meio da crise. Talvez seja forçado a mudar de idéia mais uma vez, na esperança de que a recuperação, em 2010, renda melhores frutos eleitorais.
No início dos anos 80, quando Margaret Thatcher começou a implantar suas reformas liberalizantes, o número de desempregados atingiu o recorde de 3 milhões. Caiu para menos de 1 milhão no governo Tony Blair, mas caminha rumo aos 2 milhões.
A economia britânica pode encolher até 4% em 2009 e a libra está perto de valor um euro.
Apesar de tudo, o primeiro-ministro Gordon Brown estaria inclinado a convocar eleições antecipadas para 4 de junho do próximo ano.
Hoje, Brown esteve no Iraque pela quarta vez como primeiro-ministro britânico. Em visita-surpresa, esteve com o primeiro-ministro Nuri al-Maliki e confirmou o fim da missão em 31 de maio próximo e a retirada total das forças britânicas do Iraque até julho de 2009. As datas se ajustam ao calendário eleitoral dos sonhos de Brown.
Pela lei, como os deputados britânicos têm mandato de cinco anos e as últimas eleições foram em 2005, o primeiro-ministro tem prazo até 2010. Como tem o direito de dissolver o Parlamento Britânico, renunciar e convocar eleições antecipadas, é costume escolher um momento que lhe seja politicamente favorável.
Extremamente impopular nas pesquisas de opinião, Brown cresceu como administrador da crise. Foi ministro das Finanças de Blair durante 10 anos. Presidiu ao momento de crescimento prometendo acabar com os ciclos de euforia e depressão que caracterizam a história econômica do país.
Mesmo assim, foi buscar no modelo sueco, usado contra uma crise bancária no país nórdico em 1991-91, a fórmula para combater a crise, investindo nos ativos dos bancos em dificuldades e assumindo a responsabilidade pelos passivos até que a situação se estabilize e o Estado possa sair do mercado financeiro.
Isso lhe valeu o elogio de "salvador do mundo", dado pelo economista Paul Krugman em sua coluna no jornal The New York Times. É como salvador do mundo que Brown pretende se apresentar ao eleitorado no meio da crise. Talvez seja forçado a mudar de idéia mais uma vez, na esperança de que a recuperação, em 2010, renda melhores frutos eleitorais.
Lucro da Honda deve cair 67% este ano
A Honda, segunda maior empresa do setor automotivo no Japão, anunciou hoje uma queda de 67% do lucro previsto para este ano, que deve ser de 185 bilhões de ienes, cerca de US$ 2,11 bilhões, em vez dos ¥485 bilhões (US$ 5,53 bilhões) esperados antes.
"Desde setembro, por causa da crise financeira, tivemos de lidar com uma súbita mudança no ambiente de negócios da indústria automobilística", declarou o presidente da Honda, Takeo Fukui. "A situação piora a cada dia e não há até o momento nenhum sinal de recuperação a vista".
Em tom pessimista sobre 2009, o presidente da Honda observou: "Temos de trabalhar na expectativa de que o próximo ano será ainda mais difícil".
"Desde setembro, por causa da crise financeira, tivemos de lidar com uma súbita mudança no ambiente de negócios da indústria automobilística", declarou o presidente da Honda, Takeo Fukui. "A situação piora a cada dia e não há até o momento nenhum sinal de recuperação a vista".
Em tom pessimista sobre 2009, o presidente da Honda observou: "Temos de trabalhar na expectativa de que o próximo ano será ainda mais difícil".
OPEP corta produção em 2,2 milhões de barris
Em uma reunião ministerial na Argélia, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) anunciou um corte na produção de 2,2 milhões de barris por dia. Já tinha feitos cortes de 2 milhões de barris em setembro e outubro. Dá um total de 4,2 milhões de barris a menos no mercado por dia.
Mesmo assim, o preço do petróleo continuou caindo, com o barril fechando na Bolsa Mercantil de Nova Iorque em US$ 40,15.
Uma das razões foi o aumento dos estoques nos Estados Unidos, um sinal de queda na demanda.
Mesmo assim, o preço do petróleo continuou caindo, com o barril fechando na Bolsa Mercantil de Nova Iorque em US$ 40,15.
Uma das razões foi o aumento dos estoques nos Estados Unidos, um sinal de queda na demanda.
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
EUA têm deflação recorde no pós-guerra
O índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos teve em novembro uma queda de 1,7%, a maior em 61 anos, desde em 1947, quando a pesquisa começou a ser feita. A expectativa média do mercado era de uma queda de 1,3%. O núcleo do índice, excluídos os preços de energia e alimentos, ficou em zero.
Nos últimos 12 meses, a inflação nos EUA foi de 1,1%, uma forte queda em relação a outubro, quando a taxa anual estava em 3,8%. A Reserva Federal (Fed), o banco central americano, costuma perseguir informalmente uma taxa de inflação de 1% a 2% ao ano.
Diante do risco iminente de deflação, o Fed decidiu adotar uma política de juro zero, como fez o Banco do Japão durante seis anos para combater a estagdeflação. Mas a economia japonesa é muito menos flexível do que a americana e tende a responder mais rapidamente.
Nos últimos 12 meses, a inflação nos EUA foi de 1,1%, uma forte queda em relação a outubro, quando a taxa anual estava em 3,8%. A Reserva Federal (Fed), o banco central americano, costuma perseguir informalmente uma taxa de inflação de 1% a 2% ao ano.
Diante do risco iminente de deflação, o Fed decidiu adotar uma política de juro zero, como fez o Banco do Japão durante seis anos para combater a estagdeflação. Mas a economia japonesa é muito menos flexível do que a americana e tende a responder mais rapidamente.
Fed adota política de juro zero
Por unanimidade, o Comitê do Mercado Aberto da Reserva Federal (Fed), o comitê de política monetária do banco central dos Estados Unidos, decidiu hoje adotar uma política de juro zero, baixando sua taxa básica de 1% para uma faixa de flutuação de zero a 0,25% ao ano. É a menor taxa da história e pela primeira vez é uma banda de flutuação.
Ao justificar a decisão, o Fed argumenta que houve uma deterioração do mercado de trabalho, do investimento, do consumo e da produção industrial.
O Japão adotou uma política de juro zero durante seis anos para combater a deflação e a estagnação econômica do país, com sucesso limitado. Mas o presidente do Fed, Ben Bernanke, um especialista na Grande Depressão (1929-39), está usando todo o arsenal de medidas para movimentar a economia e o crédito.
Ainda neste mês, o Fed vai começar a comprar US$ 600 bilhões em papéis podres, os títulos das dívidas incobráveis do setor financeiro.
Bernanke publicou um livro, Ensaios sobre a Grande Depressão (New Jersey: Princeton University Press, 2000), onde conclui que a depressão é um colapso da demanda agregada, com declínio acentuado da produção e dos preços.
No caso de 1929-39, diz o presidente do banco central americano, "o principal fator que deprimiu a demanda agregada foi uma contração mundial na oferta de moeda. O colapso financeiro foi o resultado de um sistema financeiro internacional tecnicamente falho e mal administrado (o padrão-ouro, como reconstruído depois da Primeira Guerra Mundial)."
Outra observação é que os países que abandonaram o padrão-ouro em 1931, quando as crises cambiais se sucediam, se recuperaram antes. Quem insistiu em manter o padrão-ouro enfrentou mais deflação.
Além desta tese, proposta inicialmente por Barry Eichengreen, outro economista especializado com livros sobre a Grande Depressão, Bernanke examina a contribuição das corridas a bancos e falências de empresas para o estrangulamento do crédito e conseqüentemente para o colapso da economia como um todo.
Ao justificar a decisão, o Fed argumenta que houve uma deterioração do mercado de trabalho, do investimento, do consumo e da produção industrial.
O Japão adotou uma política de juro zero durante seis anos para combater a deflação e a estagnação econômica do país, com sucesso limitado. Mas o presidente do Fed, Ben Bernanke, um especialista na Grande Depressão (1929-39), está usando todo o arsenal de medidas para movimentar a economia e o crédito.
Ainda neste mês, o Fed vai começar a comprar US$ 600 bilhões em papéis podres, os títulos das dívidas incobráveis do setor financeiro.
Bernanke publicou um livro, Ensaios sobre a Grande Depressão (New Jersey: Princeton University Press, 2000), onde conclui que a depressão é um colapso da demanda agregada, com declínio acentuado da produção e dos preços.
No caso de 1929-39, diz o presidente do banco central americano, "o principal fator que deprimiu a demanda agregada foi uma contração mundial na oferta de moeda. O colapso financeiro foi o resultado de um sistema financeiro internacional tecnicamente falho e mal administrado (o padrão-ouro, como reconstruído depois da Primeira Guerra Mundial)."
Outra observação é que os países que abandonaram o padrão-ouro em 1931, quando as crises cambiais se sucediam, se recuperaram antes. Quem insistiu em manter o padrão-ouro enfrentou mais deflação.
Além desta tese, proposta inicialmente por Barry Eichengreen, outro economista especializado com livros sobre a Grande Depressão, Bernanke examina a contribuição das corridas a bancos e falências de empresas para o estrangulamento do crédito e conseqüentemente para o colapso da economia como um todo.
Venda de carros na Europa cai 25%
A venda de carros na Europa caiu 25,8% em novembro na comparação com o ano passado, com queda de 36,8% no Reino Unido e de 49,6% na Espanha.
Por empresa, foram menos 17,4% da VW, 26,9% da Peugeot Citröen e 21,8% da Renault.
Por empresa, foram menos 17,4% da VW, 26,9% da Peugeot Citröen e 21,8% da Renault.
França tem deflação de 0,5%
Com o decrescimento de 0,5% no índice de preços ao consumidor em novembro de 2008, a França teve uma deflação, o que ameaça provocar uma espiral com queda de produção, preços e empregos.
A taxa anual caiu para 1,6%, abaixo da meta do Banco Central da Europa para os países que adotam o euro, que é de 2% ao ano. Estava em 2,7% em outubro, o que indica uma forte queda de preços e risco de deflação.
O índice de compras de gerentes também baixou, sinalizando forte retração econômica.
A taxa anual caiu para 1,6%, abaixo da meta do Banco Central da Europa para os países que adotam o euro, que é de 2% ao ano. Estava em 2,7% em outubro, o que indica uma forte queda de preços e risco de deflação.
O índice de compras de gerentes também baixou, sinalizando forte retração econômica.
Iraquianos pedem libertação de agressor de Bush
A família, a televisão e uma grande manifestação de xiitas no Sul de Bagdá pediram ontem a libertação de Muntazer al-Zaidi, o jornalista iraquiano que jogou dois sapatos contra o presidente George W. Bush durante uma entrevista coletiva no domingo na capital do Iraque.
Al-Zaidi, que foi preso e torturado na anarquia que se seguiu à ocupação americana, teria a intenção de humilhar o presidente dos Estados Unidos.
Na Cidade de Sáder, um grande bairro pobre xiita na periferia sul de Bagdá, cerca de 10 mil pessoas marcharam em protesto contra a prisão do repórter da TV Al Baghdaddia, sediada no Egito. Um sapato foi pendurado num poste com a expressão: "Fora, EUA". Bandeiras americanas foram queimadas.
Al-Zaidi, que foi preso e torturado na anarquia que se seguiu à ocupação americana, teria a intenção de humilhar o presidente dos Estados Unidos.
Na Cidade de Sáder, um grande bairro pobre xiita na periferia sul de Bagdá, cerca de 10 mil pessoas marcharam em protesto contra a prisão do repórter da TV Al Baghdaddia, sediada no Egito. Um sapato foi pendurado num poste com a expressão: "Fora, EUA". Bandeiras americanas foram queimadas.
Nobel de Física será secretário de Energia
Para dirigir o Departamento de Energia e aplicar seu ambicioso programa para reduzir a dependência americana do petróleo do Oriente Médio, o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, nomeou ontem para chefiá-lo Steven Ch, ganhador do Prêmio Nobel de Física em 1997
O senador pelo estado do Colorado Ken Salazar será o secretário do Interior do governo Barack Obama, revelou esta noite The Wall Street Journal, o jornal econômico-financeiro mais vendido dos Estados Unidos, citando como fonte altos funcionários do Partido Democrata.
Obama anunciou ontem suas equipes de energia e meio ambiente, e prometeu indicar o secretário do Interior ainda nesta semana.
O senador pelo estado do Colorado Ken Salazar será o secretário do Interior do governo Barack Obama, revelou esta noite The Wall Street Journal, o jornal econômico-financeiro mais vendido dos Estados Unidos, citando como fonte altos funcionários do Partido Democrata.
Obama anunciou ontem suas equipes de energia e meio ambiente, e prometeu indicar o secretário do Interior ainda nesta semana.
Caroline Kennedy será senadora na vaga de Hillary
A filha do presidente John Fitzgerald Kennedy, Caroline Kennedy, deve ser indicada para o Senado como representante do estado de Nova Iorque na vaga aberta com a nomeação da ex-primeira-dama Hillary Clinton para secretária de Estado do governo Barack Obama, que toma posse em 20 de janeiro.
Caroline é a última sobrevivente do núcleo familiar do presidente Kennedy. Seu irmão, JFK Jr., morreu tragicamente num acidente com um avião que pilotava. Ela sempre foi discreta e o comentário geral é que não tinha ambições políticas.
Ao lado do tio, o senador Ted Kennedy, que luta contra um câncer no cérebro, Caroline apoiou Obama no início do ano, quando ele ainda disputava com Hillary, nas eleições prévias, a candidatura do Partido Democrata à Presidência dos EUA.
Agora, teria sondado o governador de Nova Iorque, responsável pela indicação em caso de vacância do cargo.
Esses arcaísmos da legislação eleitoral americana, como o Colégio Eleitoral que elege o presidente e a escolha sem eleição dos substitutos do presidente eleito Barack Obama e da futura secretária de Estado, Hillary Clinton, são resultados da estabilidade política criada pela Constituição dos EUA.
Como o país não teve ditaduras militares, não foi preciso refundar o país. A grande mudança foi a abolição da escravatura, a Guerra da Secessão (1861-65), até hoje a guerra mais importante da História dos EUA, com mais de 600 mil mortes
É um conflito que até hoje divide o país. Agora, senadores sulistas derrubaram a ajuda para as empresas automobilísticas de Detroit, no Norte, exigindo redução de salários para reduzir o poder dos sindicatos.
As fábricas de automóveis japonesas e coreanas estão no Sul dos EUA, livres da pressão dos sindicatos do Norte.
Toda mudança importante - da abolição da escravatura ao voto feminino e os direitos civis para os negros - foi objeto de muita luta. E o resto não mudou.
No caso do Colégio Eleitoral, que deve ter se reunido clandestinamente em 15 de dezembro, sobrevive por causa do peso relativamente maior que dá aos pequenos estados. Ninguém faz campanha presidencial na Califórnia ou em Nova Iorque porque são redutos tradicionalmente democratas, onde a eleição está decidida, assim como o Texas se tornou vitória certa para os republicanos.
Então, a reta final da campanha é nos estados indefinidos, que têm suas questões específicas, na Flórida, Ohio, Pensilvânia, Virgínia, Indiana. Obama é contra o o fim da sobretaxa sobre a importação de etanol brasileiro para não contrariar os produtores de milho do Meio-Oeste.
Esse sistema que nos parece arcaico e aristocrático, porque reserva a palavra final aos grandes eleitores, aumenta o cacife dos estados menores. Para mudar a Constituição, além de 3/5 dos votos dos votos na Câmara e no Senado, é necessária a aprovação de uma maioria qualificada de estados.
Há uma inércia embutida no sistema. Como dizia Jean Monnet, o pai da União Européia, os homens (líderes) tomam as iniciativas, mas para torná-las permanentes são necessárias instituições. A Constituição Americana criou instituições sólidas, que sobrevivem à sua utilidade.
Caroline é a última sobrevivente do núcleo familiar do presidente Kennedy. Seu irmão, JFK Jr., morreu tragicamente num acidente com um avião que pilotava. Ela sempre foi discreta e o comentário geral é que não tinha ambições políticas.
Ao lado do tio, o senador Ted Kennedy, que luta contra um câncer no cérebro, Caroline apoiou Obama no início do ano, quando ele ainda disputava com Hillary, nas eleições prévias, a candidatura do Partido Democrata à Presidência dos EUA.
Agora, teria sondado o governador de Nova Iorque, responsável pela indicação em caso de vacância do cargo.
Esses arcaísmos da legislação eleitoral americana, como o Colégio Eleitoral que elege o presidente e a escolha sem eleição dos substitutos do presidente eleito Barack Obama e da futura secretária de Estado, Hillary Clinton, são resultados da estabilidade política criada pela Constituição dos EUA.
Como o país não teve ditaduras militares, não foi preciso refundar o país. A grande mudança foi a abolição da escravatura, a Guerra da Secessão (1861-65), até hoje a guerra mais importante da História dos EUA, com mais de 600 mil mortes
É um conflito que até hoje divide o país. Agora, senadores sulistas derrubaram a ajuda para as empresas automobilísticas de Detroit, no Norte, exigindo redução de salários para reduzir o poder dos sindicatos.
As fábricas de automóveis japonesas e coreanas estão no Sul dos EUA, livres da pressão dos sindicatos do Norte.
Toda mudança importante - da abolição da escravatura ao voto feminino e os direitos civis para os negros - foi objeto de muita luta. E o resto não mudou.
No caso do Colégio Eleitoral, que deve ter se reunido clandestinamente em 15 de dezembro, sobrevive por causa do peso relativamente maior que dá aos pequenos estados. Ninguém faz campanha presidencial na Califórnia ou em Nova Iorque porque são redutos tradicionalmente democratas, onde a eleição está decidida, assim como o Texas se tornou vitória certa para os republicanos.
Então, a reta final da campanha é nos estados indefinidos, que têm suas questões específicas, na Flórida, Ohio, Pensilvânia, Virgínia, Indiana. Obama é contra o o fim da sobretaxa sobre a importação de etanol brasileiro para não contrariar os produtores de milho do Meio-Oeste.
Esse sistema que nos parece arcaico e aristocrático, porque reserva a palavra final aos grandes eleitores, aumenta o cacife dos estados menores. Para mudar a Constituição, além de 3/5 dos votos dos votos na Câmara e no Senado, é necessária a aprovação de uma maioria qualificada de estados.
Há uma inércia embutida no sistema. Como dizia Jean Monnet, o pai da União Européia, os homens (líderes) tomam as iniciativas, mas para torná-las permanentes são necessárias instituições. A Constituição Americana criou instituições sólidas, que sobrevivem à sua utilidade.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Israel liberta 227 prisioneiros palestinos
Num gesto de boa vontade com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, Israel libertou hoje 227 prisioneiros palestinos, todos do partido Fatah (Luta). Nesta semana, termina uma trégua de seis meses entre o governo israelense e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), que ameaça não renová-la.
Abbas e a ANP dominam a parte da Cisjordânia parcialmente controlada pelos palestinos e o Hamas controla a Faixa de Gaza, numa luta intestina.
O governo de Israel declarou dos prisioneiros tinha "as mãos sujas de sangue". A expressão é usada para descrever palestinos que tenham cometido crimes de sangue contra israelenses.
No momento, Israel detém mais de 10 mil palestinos por razões de segurança. Entre os libertados hoje, 209 foram entregues em Beitúnia e entraram em território sob o controle da Fatah, um movimento nacionalista secular.
Abbas e a ANP dominam a parte da Cisjordânia parcialmente controlada pelos palestinos e o Hamas controla a Faixa de Gaza, numa luta intestina.
O governo de Israel declarou dos prisioneiros tinha "as mãos sujas de sangue". A expressão é usada para descrever palestinos que tenham cometido crimes de sangue contra israelenses.
No momento, Israel detém mais de 10 mil palestinos por razões de segurança. Entre os libertados hoje, 209 foram entregues em Beitúnia e entraram em território sob o controle da Fatah, um movimento nacionalista secular.
Indústria dos EUA produz 0,6% menos
A crise nos setores de automóveis, móveis e metais provocou a terceira queda na produção industrial dos Estados Unidos em três meses. Em novembro, a indústria americana produziu 0,6% menos do que em outubro.
Os dados sobre os meses anteriores foram corrigidos para alta de 1,6%, em vez do 1,3% da estimativa anterior para outubro, e para queda de 4,1% em setembro, em vez dos 3,7% anunciados inicialmente. Nos últimos 12 meses, a queda foi de 5,5%.
Os dados sobre os meses anteriores foram corrigidos para alta de 1,6%, em vez do 1,3% da estimativa anterior para outubro, e para queda de 4,1% em setembro, em vez dos 3,7% anunciados inicialmente. Nos últimos 12 meses, a queda foi de 5,5%.
Produção industrial da China cresce menos
A produção industrial da China teve em novembro o menor crescimento em nove anos, projetando uma taxa anual de 5,4%, depois de 8,5% em outubro e 17,8% do recorde, em março passado.
É mais um sinal da forte desaceleração da economia que mais cresceu no mundo nos últimos 30 anos, desde que o dirigente Deng Xiaoping venceu os maoístas e assumiu o controle do Partido Comunista, em 18 de dezembro de 1978.
O Fundo Monetário Internacional já prevê uma queda pela metade no crescimento chinês em 2009, de 9,7% este ano para 5% no próximo. Seu diretor-geral, Dominique Strauss-Kahn, acredita que a recuperação da economia mundial só comece no final do próximo ou no início de 2010.
A maior preocupação do regime comunista chinês é com o impacto da crise social sobre o emprego. Para o presidente Hu Jintao, "o mercado de trabalho em 2009 será impiedoso".
É mais um sinal da forte desaceleração da economia que mais cresceu no mundo nos últimos 30 anos, desde que o dirigente Deng Xiaoping venceu os maoístas e assumiu o controle do Partido Comunista, em 18 de dezembro de 1978.
O Fundo Monetário Internacional já prevê uma queda pela metade no crescimento chinês em 2009, de 9,7% este ano para 5% no próximo. Seu diretor-geral, Dominique Strauss-Kahn, acredita que a recuperação da economia mundial só comece no final do próximo ou no início de 2010.
A maior preocupação do regime comunista chinês é com o impacto da crise social sobre o emprego. Para o presidente Hu Jintao, "o mercado de trabalho em 2009 será impiedoso".
domingo, 14 de dezembro de 2008
Bush chega de surpresa ao Afeganistão
Depois de quase levar uma sapatada em sua última visita ao Iraque como presidente dos Estados Unidos, George Walker Bush acaba de chegar ao Afeganistão em mais uma visita de surpresa.
O avião presidencial Air Force One pousou agora há pouco em solo afegão.
Bush agradeceu aos soldados americanos por terem derrubado o regime da milícia fundamentalista dos talebã e foi condecorado pelo presidente Hamid Karzai. Mas a Milícia dos Estudantes (Talebã) está ativa em 75% do interior do país e o governo mal controla a região da cpaital, Cabul, e seus arredores.
O avião presidencial Air Force One pousou agora há pouco em solo afegão.
Bush agradeceu aos soldados americanos por terem derrubado o regime da milícia fundamentalista dos talebã e foi condecorado pelo presidente Hamid Karzai. Mas a Milícia dos Estudantes (Talebã) está ativa em 75% do interior do país e o governo mal controla a região da cpaital, Cabul, e seus arredores.
Jornalista iraquiano joga sapatos em Bush
Na sua última visita ao Iraque como presidente dos Estados Unidos, feita de surpresa neste domingo por razões de segurança, George Walker Bush também teve uma surpresa.
Bush chegou pela manhã. Pela primeira vez, foi recebido com honras de chefe de Estado, com direito aos hinos nacionais dos dois países, um sinal de que a segurança em Bagdá melhorou.
Ao lado do presidente Jalal Talabani, defendeu a necessidade de derrubar Saddam Hussein. Mas depois de assinar o pacto de segurança que prorroga a ocupação americana até o fim de 2011, Bush foi alvo de dois sapatos jogados pelo jornalista iraquiano Muntazer al-Zaidi aos gritos: "Este é um beijo de despedida do povo iraquiano, seu cachorro".
Tanto o cachorro quanto sapatos são tidos como sujos e impuros. No mundo árabe, há uma recomendação de não cruzar as pernas para não mostrar a sola do sapato aos interlocutores. É deselegante.
Al-Zaidi, repórter da TV iraquiana Al-Baghdaddia, com emissora no Egito, foi preso e torturado na situação de caos e anarquia em que a invasão americana jogou o país.
Bush chegou pela manhã. Pela primeira vez, foi recebido com honras de chefe de Estado, com direito aos hinos nacionais dos dois países, um sinal de que a segurança em Bagdá melhorou.
Ao lado do presidente Jalal Talabani, defendeu a necessidade de derrubar Saddam Hussein. Mas depois de assinar o pacto de segurança que prorroga a ocupação americana até o fim de 2011, Bush foi alvo de dois sapatos jogados pelo jornalista iraquiano Muntazer al-Zaidi aos gritos: "Este é um beijo de despedida do povo iraquiano, seu cachorro".
Tanto o cachorro quanto sapatos são tidos como sujos e impuros. No mundo árabe, há uma recomendação de não cruzar as pernas para não mostrar a sola do sapato aos interlocutores. É deselegante.
Al-Zaidi, repórter da TV iraquiana Al-Baghdaddia, com emissora no Egito, foi preso e torturado na situação de caos e anarquia em que a invasão americana jogou o país.
Reconstrução do Iraque desperdiçou US$ 100 bilhões
Um relatório nunca publicado pelo governo dos Estados Unidos mostra que a reconstrução do Iraque depois da queda de Saddam Hussein foi um fracasso de US$ 100 bilhões, revelou hoje o jornal The New York Times.
O erro é atribuído a planejadores do Departamento da Defesa, o Pentágono, que antes da guerra eram contra a reconstrução de outro país e fizeram um plano minado por disputas burocráticas, a espiral de violência e a total ignorância sobre a sociedade e mesmo a infra-estrutura do Iraque.
Diante do fracasso, o Pentágono inflava os números para mascarar seus insucessos.
Até a metade deste ano, foram gastos US$ 117 bilhões pelos EUA na reconstrução do Iraque, sendo US$ 50 bilhões do contribuinte americano.
O erro é atribuído a planejadores do Departamento da Defesa, o Pentágono, que antes da guerra eram contra a reconstrução de outro país e fizeram um plano minado por disputas burocráticas, a espiral de violência e a total ignorância sobre a sociedade e mesmo a infra-estrutura do Iraque.
Diante do fracasso, o Pentágono inflava os números para mascarar seus insucessos.
Até a metade deste ano, foram gastos US$ 117 bilhões pelos EUA na reconstrução do Iraque, sendo US$ 50 bilhões do contribuinte americano.
sábado, 13 de dezembro de 2008
Japão, China e Coréia querem liderar recuperação
Em uma reunião de cúpula sem precedentes, as três grandes economias do Leste da Ásia prometeram hoje em Fukuoka, no Japão, fazer um esforço conjunto para manter a Ásia como motor do crescimento mundial e liderar a recuperação da economia mundial.
O encontro trilateral da Ásia reuniu os primeiros do Japão, Taro Aso, e da China, Wen Jiabao, e o presidente da Coréia do Sul, Lee Myung Bak.
A China e a Coréia são ex-inimigas históricas do Japão, que ocupou a Coréia de 1910 a 1945, invadiu a região chinesa da Mandchúria em 1931 e o resto da China em 1937, cometendo atrocidades como o massacre de Nanquim, onde teriam sido mortos 200 a 300 mil chineses. Desde 2006, resistiam ao convite para uma reunião de cúpula dos três.
A crise os aproximou. Com o agravamento da situação depois que o Senado dos Estados Unidos negou empréstimos de emergência de US$ 14 bilhões à General Motors e à Ford, o primeiro-ministro do Japão lançou na sexta-feira um plano anticrise no valor equivalente a US$ 255 bilhões. Já tinha anunciado um pacote econômico de US$ 295 bilhões.
Por sua vez, na China, o governo comunista está alarmado com as possíveis conseqüências sociais de uma crise econômica. O país precisa crescer a uma taxa anual de 8% para gerar empregos para 7 milhões de chineses que entram no mercado de trabalho por ano.
Com as exportações caindo pela primeira vez em sete anos e o índice de preços apontando para o risco de deflação, a China lançou um plano de incentivo ao crescimento da ordem de US$ 586 bilhões. Serão obras públicas de infra-estrutura e estímulos ao investimento e o consumo.
A Coréia do Sul também fez sua plano anticrise, mais modesto, de US$ 155 bilhões.
Graças a seus expressivos saldos comerciais, os dois gigantes do Leste da Ásia acumularam, com seus expressivos saldos comerciais, trilhões de dólares em divisas. A China tem cerca de US$ 2 trilhões em reservas cambiais.
O Japão, que vem em segundo com US$ 1,5 trilhão, sacou US$ 100 bilhões de suas reservas para reforçar o caixa do Fundo Monetário Internacional (FMI), para que este tenha mais condições de socorrer países atingidos pela crise financeira global.
Em Fukuoka, Aso aconselhou a China a fazer o mesmo.
A China e o Japão fizeram acordos para troca de moedas, swaps cambiais, no valor de US$ 50 bilhões com a Coréia do Sul. O uom, a moeda sul-coreana, foi duramente atingida pela crise mundial e precisa da garantia de acesso a moedas fortes para estancar a desvalorização.
Lee também levantou a questão do desarmamento do programa nuclear da Coréia do Norte, objeto de uma conferência de paz de seis países (EUA, Coréia do Norte, Coréia do Sul, China, Rússia e Japão). Como Lee é um conservador linha-dura, desde sua posse, no início do ano, as relações Norte-Sul na Península Coreana pioraram.
Aso comentou que os três países precisam cooperar e olhar no mais sentido diante da questão atômica norte-coreana. A China, talvez o país com maior poder de pressão sobre o regime stalinista de Pionguiangue, foi mais discreta.
O encontro trilateral da Ásia reuniu os primeiros do Japão, Taro Aso, e da China, Wen Jiabao, e o presidente da Coréia do Sul, Lee Myung Bak.
A China e a Coréia são ex-inimigas históricas do Japão, que ocupou a Coréia de 1910 a 1945, invadiu a região chinesa da Mandchúria em 1931 e o resto da China em 1937, cometendo atrocidades como o massacre de Nanquim, onde teriam sido mortos 200 a 300 mil chineses. Desde 2006, resistiam ao convite para uma reunião de cúpula dos três.
A crise os aproximou. Com o agravamento da situação depois que o Senado dos Estados Unidos negou empréstimos de emergência de US$ 14 bilhões à General Motors e à Ford, o primeiro-ministro do Japão lançou na sexta-feira um plano anticrise no valor equivalente a US$ 255 bilhões. Já tinha anunciado um pacote econômico de US$ 295 bilhões.
Por sua vez, na China, o governo comunista está alarmado com as possíveis conseqüências sociais de uma crise econômica. O país precisa crescer a uma taxa anual de 8% para gerar empregos para 7 milhões de chineses que entram no mercado de trabalho por ano.
Com as exportações caindo pela primeira vez em sete anos e o índice de preços apontando para o risco de deflação, a China lançou um plano de incentivo ao crescimento da ordem de US$ 586 bilhões. Serão obras públicas de infra-estrutura e estímulos ao investimento e o consumo.
A Coréia do Sul também fez sua plano anticrise, mais modesto, de US$ 155 bilhões.
Graças a seus expressivos saldos comerciais, os dois gigantes do Leste da Ásia acumularam, com seus expressivos saldos comerciais, trilhões de dólares em divisas. A China tem cerca de US$ 2 trilhões em reservas cambiais.
O Japão, que vem em segundo com US$ 1,5 trilhão, sacou US$ 100 bilhões de suas reservas para reforçar o caixa do Fundo Monetário Internacional (FMI), para que este tenha mais condições de socorrer países atingidos pela crise financeira global.
Em Fukuoka, Aso aconselhou a China a fazer o mesmo.
A China e o Japão fizeram acordos para troca de moedas, swaps cambiais, no valor de US$ 50 bilhões com a Coréia do Sul. O uom, a moeda sul-coreana, foi duramente atingida pela crise mundial e precisa da garantia de acesso a moedas fortes para estancar a desvalorização.
Lee também levantou a questão do desarmamento do programa nuclear da Coréia do Norte, objeto de uma conferência de paz de seis países (EUA, Coréia do Norte, Coréia do Sul, China, Rússia e Japão). Como Lee é um conservador linha-dura, desde sua posse, no início do ano, as relações Norte-Sul na Península Coreana pioraram.
Aso comentou que os três países precisam cooperar e olhar no mais sentido diante da questão atômica norte-coreana. A China, talvez o país com maior poder de pressão sobre o regime stalinista de Pionguiangue, foi mais discreta.
Estudantes rebelados invadem TV na Grécia
Uma semana depois da morte do estudante Alexandros Grigoropoulos, de apenas 15 anos, seus colegas fizeram um protesto pacífico bloqueando o trânsito no centro de Atenas, a capital da Grécia. Quando a polícia chegou, começaram as provocações e a violência acabou explodindo.
No porto de Patras, no Sul do país, um grupo de jovens invadiu a TV local para divulgar sua mensagem.
Os estudantes se apresentaram como jovens de classe média baixa lutando por um futuro melhor. Disseram que a morte de Alexandros deflagrou uma onda de descontentamento com a crise econômica, os baixos salários e o desemprego.
Eles prometeram continuar os protestos até a queda do governo conservador, que chamam de assassinos.
No porto de Patras, no Sul do país, um grupo de jovens invadiu a TV local para divulgar sua mensagem.
Os estudantes se apresentaram como jovens de classe média baixa lutando por um futuro melhor. Disseram que a morte de Alexandros deflagrou uma onda de descontentamento com a crise econômica, os baixos salários e o desemprego.
Eles prometeram continuar os protestos até a queda do governo conservador, que chamam de assassinos.
Europa vai cortar emissões de gases em 20%
Depois de fazer concessões à Polônia, muito dependente do carvão para gerar energia, os 27 países da União Européia concordaram, na reunião de cúpula de 11 e 12 de dezembro de 2008, em reduzir até 2020 as emissões dos gases que agravam o efeito estufa em 20% em relação a 1990 e usar pelo menos 20% de energia de fontes renováveis.
O combate ao aquecimento global foi o tema da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima realizada desde o início do mês em Poznan, na Polônia. Foi uma reunião intermediária do processo de negociações iniciado em Báli, na Indonésia, no ano passado, para a conclusão de um acordo pós-Quioto no próximo ano, numa terceira conferência, em Copenhague, na Dinamarca.
Em Quioto, em 1997, foi aprovado um procotolo adicional à Convenção sobre Mudança do Clima que impunha a 38 países uma redução média nas emissões de gases do efeito estufa de 5% em relação a 1990. Os países em desenvolvimento, sem um passado de poluição da atmosfera, não tiveram de cumprir metas.
Agora, a maior preocupação é envolver todos os países em um esforço comum. Os Estados Unidos nunca aderiram ao Protocolo de Quioto. Sob a presidência de Barack Obama, vai voltar à mesa de negociações.
Os EUA e a China emitem metade dos gases carbônicos que aquecem o planeta, cada um cerca de 25%. Em Poznan, ainda sob Bush, o governo americano ficou na defensiva, enquanto o ex-vice-presidente Al Gore fez um discurso inflamado e otimista quando a um acordo em 2009, em Copenhague.
Durante a conferência de Poznan, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, apresentou um plano de redução de emissões baseado principalmente na redução das queimadas em florestas, especialmente na Amazônia, responsáveis por 75% das emissões brasileiras de gases do efeito estufa.
O combate ao aquecimento global foi o tema da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima realizada desde o início do mês em Poznan, na Polônia. Foi uma reunião intermediária do processo de negociações iniciado em Báli, na Indonésia, no ano passado, para a conclusão de um acordo pós-Quioto no próximo ano, numa terceira conferência, em Copenhague, na Dinamarca.
Em Quioto, em 1997, foi aprovado um procotolo adicional à Convenção sobre Mudança do Clima que impunha a 38 países uma redução média nas emissões de gases do efeito estufa de 5% em relação a 1990. Os países em desenvolvimento, sem um passado de poluição da atmosfera, não tiveram de cumprir metas.
Agora, a maior preocupação é envolver todos os países em um esforço comum. Os Estados Unidos nunca aderiram ao Protocolo de Quioto. Sob a presidência de Barack Obama, vai voltar à mesa de negociações.
Os EUA e a China emitem metade dos gases carbônicos que aquecem o planeta, cada um cerca de 25%. Em Poznan, ainda sob Bush, o governo americano ficou na defensiva, enquanto o ex-vice-presidente Al Gore fez um discurso inflamado e otimista quando a um acordo em 2009, em Copenhague.
Durante a conferência de Poznan, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, apresentou um plano de redução de emissões baseado principalmente na redução das queimadas em florestas, especialmente na Amazônia, responsáveis por 75% das emissões brasileiras de gases do efeito estufa.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
EUA tiveram 2,2% de deflação em novembro
O índice de preços no atacado caiu 2,2% em novembro nos Estados Unidos. Foi o quinto mês consecutivo de queda. Nos últimos 12 meses, houve uma inflação de 0,4%.
As vendas no varejo também caíram pelo quinto mês consecutivo. Desta, 1,8%, abaixo da expectativa dos analistas do mercado. Houve uma redução de 2,8% nas vendas de automóveis e de 15% em postos de gasolina.
Mas, excluindo carros, vendas em postos de gasolina e de materiais de construção, houve um crescimento de 0,5%
As vendas no varejo também caíram pelo quinto mês consecutivo. Desta, 1,8%, abaixo da expectativa dos analistas do mercado. Houve uma redução de 2,8% nas vendas de automóveis e de 15% em postos de gasolina.
Mas, excluindo carros, vendas em postos de gasolina e de materiais de construção, houve um crescimento de 0,5%
BDA reduz previsão de crescimento da Ásia
O Banco de Desenvolvimento da Ásia reduziu suas previsões de crescimento para as economias emergentes asiáticas (todas, menos o Japão) para 5,8% em 2009. Fica abaixo dos 6,9% esperados este ano, dos 9% de 2007 e da previsão anterior para 2009, feita em setembro, de um crescimento de 7,2%.
Na próxima ano, pela previsão do BDA, a China deve crescer 8,2% e a Índia 6,5%.
Os primeiros-ministros do Japão, Taro Aso, e da China, Wen Jiabao, e o presidente da Coréia do Sul, Lee Myung Bak, vão se reunir neste sábado em Fukuoka, no Japão, em busca de saídas. O encontro já está sendo chamado de Cúpula da Impopularidade.
Na próxima ano, pela previsão do BDA, a China deve crescer 8,2% e a Índia 6,5%.
Os primeiros-ministros do Japão, Taro Aso, e da China, Wen Jiabao, e o presidente da Coréia do Sul, Lee Myung Bak, vão se reunir neste sábado em Fukuoka, no Japão, em busca de saídas. O encontro já está sendo chamado de Cúpula da Impopularidade.
Europa aprova incentivo de 200 bilhões de euros
No segundo e último dia de sua reunião de cúpula semestral, os líderes dos 27 países da União Européia aprovaram um plano de estímulo econômico de 200 bilhões de euros, cerca de US$ 260 bilhões, um acordo para reduzir em emissões dos gases responsáveis pelo aquecimento global e criaram condições para a Irlanda submeter o Tratado de Lisboa a novo referendo.
Os grandes vitoriosos foram o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, que insistiam num plano anticrise e anticíclico, com um aumento vigoroso nos gastos públicos para levantar uma economia deprimida. A primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel resistia.
A proposta aprovada não incomoda a Alemanha, que não quer pagar a conta e teme o efeito de décifits elevados sobre o euro. Na verdade, a grande preocupação de Merkel é manter a liderança européia na luta por um acordo que substitua o Protocolo de Quioto, que expira em 2013.
Os grandes vitoriosos foram o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, que insistiam num plano anticrise e anticíclico, com um aumento vigoroso nos gastos públicos para levantar uma economia deprimida. A primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel resistia.
A proposta aprovada não incomoda a Alemanha, que não quer pagar a conta e teme o efeito de décifits elevados sobre o euro. Na verdade, a grande preocupação de Merkel é manter a liderança européia na luta por um acordo que substitua o Protocolo de Quioto, que expira em 2013.
Japão lança plano de US$ 255 bilhões
Com o iene atingindo a maior cotação diante da moeda americana em 13 anos, o primeiro-ministro do Japão, Taro Aso, anunciou um novo plano de estímulo econômico no valor equivalente a US$ 255 bilhões.
Ao anunciar o programa, que se soma a um anterior de US$ 295 bilhões, Aso prometeu que o Japão seria o primeiro país desenvolvido a sair da recessão. É uma aposta alta porque é uma economia com grandes empresas eletroeletrônicas e automobilísticas que dependem do mercardo internacional.
Ao anunciar o programa, que se soma a um anterior de US$ 295 bilhões, Aso prometeu que o Japão seria o primeiro país desenvolvido a sair da recessão. É uma aposta alta porque é uma economia com grandes empresas eletroeletrônicas e automobilísticas que dependem do mercardo internacional.
Ajuda a montadoras não passa no Senado dos EUA
Em uma forte divisão entre os partidos Republicano e Democrata, não houve acordo no Senado dos Estados Unidos para aprovar os empréstimos de emergência no valor de US$ 14 bilhões para salvar as empresas fabricantes de automóveis General Motors e Chrysler.
Os senadores republicanos exigiram um alinhamento dos salários com os da indústria automobilística japonesa, o que os sindicatos de Detroit não aceitam.
Os senadores republicanos exigiram um alinhamento dos salários com os da indústria automobilística japonesa, o que os sindicatos de Detroit não aceitam.
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Alemanha tem deflação no atacado de 3,3%
O índice de preços no atacado da Alemanha sofreu uma queda de 3,3% em outubro na comparação com setembro, a maior em 40 anos de pesquisa.
Nos últimos 12 meses, a taxa de deflação ficou em 0,8%, mas é a queda abrupta de um mês para o outro que preocupa.
É um sintoma da forte retração da atividade econômica provocada pela crise de crédito, o momento em que a crise financeira real dá um choque paralisante na economia real.
Nos últimos 12 meses, a taxa de deflação ficou em 0,8%, mas é a queda abrupta de um mês para o outro que preocupa.
É um sintoma da forte retração da atividade econômica provocada pela crise de crédito, o momento em que a crise financeira real dá um choque paralisante na economia real.
Inflação cai para 2,4% ao ano na China
O índice de preços ao consumidor da China caiu para 2,4% ao ano em novembro, a menor taxa desde janeiro de 2007. Aumenta assim a margem de manobra do Banco da China para cortar sua taxa básica de juros, hoje em 5,58% ao ano.
Em outra medida anticrise, o governo chinês aconselhou as companhias aéreas a cancelar ou adiar a compra de novos aviões em 2009.
Em outra medida anticrise, o governo chinês aconselhou as companhias aéreas a cancelar ou adiar a compra de novos aviões em 2009.
Câmara aprova ajuda a montadoras nos EUA
Por 237 a 171, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou agora à noite uma ajuda de US$ 14 bilhões para salvar as três grandes empresas automobilísticas do país: a General Motors, a Ford e a Chrysler.
Mas os empréstimos de emergência não estão garantidos. A bancada republicana no Senado quer derrubar o projeto.
Na Câmara, 20 democratas se juntaram a 151 republicanos para votar contra.
Os republicanos rejeitam ideologicamente a intervenção do Estado na economia e são obrigados a explicar a seu eleitorado conservador os gastos trilionários para vencer a crise. Preferem ver a indústria automobilística pedir concordata. Alegam que é a única maneira de promover uma mudança real.
Pelo plano aprovado na Câmara, as Três Irmãs de Chicago têm até 31 de março para apresentar projetos detalhados sobre como pretendem recuperar a produtividade investindo em carros mais ecológicos. A GM promete iniciar a comercialização de carros elétricos a partir de 2010.
Mas os empréstimos de emergência não estão garantidos. A bancada republicana no Senado quer derrubar o projeto.
Na Câmara, 20 democratas se juntaram a 151 republicanos para votar contra.
Os republicanos rejeitam ideologicamente a intervenção do Estado na economia e são obrigados a explicar a seu eleitorado conservador os gastos trilionários para vencer a crise. Preferem ver a indústria automobilística pedir concordata. Alegam que é a única maneira de promover uma mudança real.
Pelo plano aprovado na Câmara, as Três Irmãs de Chicago têm até 31 de março para apresentar projetos detalhados sobre como pretendem recuperar a produtividade investindo em carros mais ecológicos. A GM promete iniciar a comercialização de carros elétricos a partir de 2010.
Obama e senadores pedem renúncia de governador
Primeiro, foi o presidente eleito, Barack Obama. Agora há pouco, todos os 50 senadores da bancada democrata no Congresso dos Estados Unidos pediram a renúncia do governador de Illinois, Rod Blagojevich, acusado de negociar a sucessão à vaga de Obama no Senado, onde representava Illinois.
Quando o governador foi preso, na terça-feira, 9 de novembro de 2008, Obama declarou que seria "inapropriado" fazer mais comentários. Ontem, diante das evidências estarrecedoras reveladas nas gravações dos telefonemas de Blagojevich, o presidente eleito resolveu tomar uma posição clara e inequívoca.
Mais de mil pessoas foram condenadas por corrupção no estado de Illinois desde os anos 70, inclusive três governadores. Durante a campanha, o candidato republicano, senador John McCain, sugeriu diversas vezes que Obama não é um santo porque se formou politicamente no Partido Democrata em Chicago, uma grande cidade americana com presença histórica da máfia.
Se não renunciar, Blagojevich será submetido a um processo de impeachment.
Quando o governador foi preso, na terça-feira, 9 de novembro de 2008, Obama declarou que seria "inapropriado" fazer mais comentários. Ontem, diante das evidências estarrecedoras reveladas nas gravações dos telefonemas de Blagojevich, o presidente eleito resolveu tomar uma posição clara e inequívoca.
Mais de mil pessoas foram condenadas por corrupção no estado de Illinois desde os anos 70, inclusive três governadores. Durante a campanha, o candidato republicano, senador John McCain, sugeriu diversas vezes que Obama não é um santo porque se formou politicamente no Partido Democrata em Chicago, uma grande cidade americana com presença histórica da máfia.
Se não renunciar, Blagojevich será submetido a um processo de impeachment.
Jesse Jackson Jr. era candidato nº 5
O FBI (Federal Bureau Investigation), a polícia federal dos Estados Unidos, revelou hoje que o "candidato nº 5" à vaga no Senado aberta com a eleição de Barack Obama para presidente é o deputado Jesse Jackson Junior. A expressão foi usada pelo governador de Illinois, Rod Blagojevich, preso e acusado de corrupção, em telefonema gravados como prova do crime.
Pela lei estadual de Illinois, em caso de vacância de cadeiras do estado no Senado no meio do mandato, não há nova eleição. Como não há suplentes, cabe ao governador indicar o senador.
Entre vários delitos, como retardar uma doação de US$ 8 milhões para a construção de um hospital público infantil para barganhar uma comissão, Blagojevich estava vendendo a cadeira de Obama.
"Fomos abordados na base de 'pagar para jogar'. Ele me levantaria 500 mil. Veio um emissário. Então o outro cara me daria um milhão se eu o nomeasse senador", diz Blagojevich em um telefonema grampeado pelo FBI.
Pela lei estadual de Illinois, em caso de vacância de cadeiras do estado no Senado no meio do mandato, não há nova eleição. Como não há suplentes, cabe ao governador indicar o senador.
Entre vários delitos, como retardar uma doação de US$ 8 milhões para a construção de um hospital público infantil para barganhar uma comissão, Blagojevich estava vendendo a cadeira de Obama.
"Fomos abordados na base de 'pagar para jogar'. Ele me levantaria 500 mil. Veio um emissário. Então o outro cara me daria um milhão se eu o nomeasse senador", diz Blagojevich em um telefonema grampeado pelo FBI.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Comércio mundial cai pela primeira vez desde 1982
A economia mundial está à beira de uma recessão e o comércio mundial deve sofrer este ano a primeira queda desde 1982, prevê a Perspectiva Econômica Mundial para 2009, divulgada ontem pelo Banco Mundial.
Pela previsão, o mundo deve crescer 0,9% no próximo ano, com expansão média de 4,5% nos países em desenvolvimento e recessão de 0,1% nos países ricos.
Pela previsão, o mundo deve crescer 0,9% no próximo ano, com expansão média de 4,5% nos países em desenvolvimento e recessão de 0,1% nos países ricos.
"Governantes tentam driblar as instituições"
A Argentina comemora hoje 25 anos de democratização, o maior período sem ruptura institucional de sua história recente.
Em entrevista ao jornal La Nación, o cientista político Guillermo O'Donnell, que voltou recentemente ao país, de onde fugira em 1979, durante a última ditadura militar, alerta que o maior problema é que, depois de eleitos, os políticos governam de maneira imperial, ignorando e tentando driblar as leis e instituições que limitam seus poderes.
Em entrevista ao jornal La Nación, o cientista político Guillermo O'Donnell, que voltou recentemente ao país, de onde fugira em 1979, durante a última ditadura militar, alerta que o maior problema é que, depois de eleitos, os políticos governam de maneira imperial, ignorando e tentando driblar as leis e instituições que limitam seus poderes.
Governador é preso por corrupção nos EUA
O governador do estado de Illinois, nos Estados Unidos, o democrata Rod Blagojevich, foi preso ontem sob diversas acusações de corrupção, inclusive de querer vender a cadeira no Senado deixada vaga com a eleição de Barack Obama para a Casa Branca.
Pela legislação estadual de Illinois, o governador indica o senador no caso de vacância do cargo.
É mais um escândalo a abalar o estado, que teve mais de mil condenações por corrupção desde os anos 70. Blagojevich, filho de um imigrante sérvio, é acusado de usar a máquina do Estado para calar a imprensa. Atrapalhou a venda do estádio de beisebol Chicago Cubs, apressando o pedido de concordata da empresa Tribune, editora dos jornais Chicago Tribune e Los Angeles Times.
Até uma ajuda de US$ 8 milhões para um hospital infantil foi retida pelo governador, que exigia uma contribuição para campanhas eleitorais.
Na conversa gravada pelo FBI, a polícia federal dos EUA, o governador negocia descaradamente a vaga aberta no Senado com a eleição presidencial: "O negócio é mandar pagar para jogar. Veio um emissário. O cara ofereceu US$ 500 mil. Então o outro cara disse que levantaria US$ 1 milhão se se o fizesse senador".
Rod Blagojevich pode pegar até 30 anos de prisão e se encontra lá com o ex-governador de Illinois.
Pela legislação estadual de Illinois, o governador indica o senador no caso de vacância do cargo.
É mais um escândalo a abalar o estado, que teve mais de mil condenações por corrupção desde os anos 70. Blagojevich, filho de um imigrante sérvio, é acusado de usar a máquina do Estado para calar a imprensa. Atrapalhou a venda do estádio de beisebol Chicago Cubs, apressando o pedido de concordata da empresa Tribune, editora dos jornais Chicago Tribune e Los Angeles Times.
Até uma ajuda de US$ 8 milhões para um hospital infantil foi retida pelo governador, que exigia uma contribuição para campanhas eleitorais.
Na conversa gravada pelo FBI, a polícia federal dos EUA, o governador negocia descaradamente a vaga aberta no Senado com a eleição presidencial: "O negócio é mandar pagar para jogar. Veio um emissário. O cara ofereceu US$ 500 mil. Então o outro cara disse que levantaria US$ 1 milhão se se o fizesse senador".
Rod Blagojevich pode pegar até 30 anos de prisão e se encontra lá com o ex-governador de Illinois.
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Sony vai demitir 8 mil trabalhadores
A Sony, uma das empresas de produtos eletroeletrônicos mais importantes do mundo, símbolo do poderio tecnológico japonês, anunciou hoje um corte de 30% nos investimentos, a demissão de 8 mil empregados, 5% de sua força de trabalho, e o fechamento de 10% de suas fábricas no Japão e no exterior.
O objetivo é economizar US$ 1,1 bilhão em 2009, quando os países estarão em recessão. A construção de uma nova fábrica na Eslováquia para montar televisões de cristal líquido (LCD) para o mercado europeu foi adiada.
Em outubro, a Sony revelou uma queda de 90% no lucro no terceiro trimestre de 2008, por causa da valorização do iene japonês, da queda das exportações e da forte concorrência.
O objetivo é economizar US$ 1,1 bilhão em 2009, quando os países estarão em recessão. A construção de uma nova fábrica na Eslováquia para montar televisões de cristal líquido (LCD) para o mercado europeu foi adiada.
Em outubro, a Sony revelou uma queda de 90% no lucro no terceiro trimestre de 2008, por causa da valorização do iene japonês, da queda das exportações e da forte concorrência.
Japão decresce num ritmo de 1,8% ao ano
O desempenho da segunda maior economia do mundo no terceiro trimestre de 2008 foi bem pior do que estimado anteriormente. De julho a setembro, o Japão produziu 0,5% a menos do que no trimestre anterior, o que projeta uma taxa anual de 1,8% de decrescimento.
Pela estimativa anterior, a queda do segundo para o terceiro trimestres teria sido de apenas 0,1%, projetando uma contração de 0,4% ao ano, o que significaria uma recessão suave.
Como os novos dados indicam, a recessão deve ser longa e profunda, depois do mais longo período de crescimento da economia japonesa no pós-guerra. O ciclo de expansão começou em 2001 e terminou agora, com a crise financeira global.
Nos dois últimos trimestres, a economia japonesa encolheu, o que caracteriza uma recessão.
A Bolsa de Tóquio subiu 0,8% com alta da indústria automobilística por causa da expectativa de aprovação de uma ajuda de emergência do Congresso dos Estados Unidos a General Motors, Ford e Chrysler no valor de US$ 15 bilhões.
Pela estimativa anterior, a queda do segundo para o terceiro trimestres teria sido de apenas 0,1%, projetando uma contração de 0,4% ao ano, o que significaria uma recessão suave.
Como os novos dados indicam, a recessão deve ser longa e profunda, depois do mais longo período de crescimento da economia japonesa no pós-guerra. O ciclo de expansão começou em 2001 e terminou agora, com a crise financeira global.
Nos dois últimos trimestres, a economia japonesa encolheu, o que caracteriza uma recessão.
A Bolsa de Tóquio subiu 0,8% com alta da indústria automobilística por causa da expectativa de aprovação de uma ajuda de emergência do Congresso dos Estados Unidos a General Motors, Ford e Chrysler no valor de US$ 15 bilhões.
Oposição pede eleições na Grécia
O líder da oposição socialista na Grécia, George Papandreou, pediu hoje a renúncia do governo e a convocação de eleições antecipadas para acabar com os piores distúrbios e conflitos de rua em 34 anos, desde a redemocratização do país, em 1974.
Pelo quarto dia seguido, desde a morte de um menino de 15 anos no sábado, estudantes enfrentaram a polícia em verdadeiras batalhas campais no centro de Atenas, com pedras, garrafas e bombas incendiárias do tipo coquetel molotov.
Mais de 6 mil pessoas vestidas de luta acompanharam o enterro do estudante Alexandros Grigoropoulos. O funeral se transformou em uma manifestação em que a polícia foi acusada de assassinato.
Dois policiais suspeitos foram presos. Mas isso não acalmou os manifestantes, que cercaram o Parlamento e voltaram a entrar em confronto com a polícia.
Em diversos pronunciamentos, o primeiro-ministro conservador Kostas Karamanlis, do partido Nova Democracia, pediu união nacional diante da crise, a condenação unânime da violência e o cancelamento de uma greve geral convocada para esta quarta-feira, 10 de dezembro.
Seu governo tem maioria de apenas um deputado e está sob intensa pressão da esquerda para renunciar e antecipar as eleições. A greve geral é um protesto dos sindicatos contra a reforma da previdência e outras reformas liberalizantes de Karamanlis.
Depois de anos de crescimento médio de 4% como país-membro da União Européia, a Grécia sofre o impacto da crise econômica global. Deve crescer menos de 2%.
Foi a crise que levou os jovens para as ruas. A morte do adolescente baleado pela polícia incendiou a situação.
Pelo quarto dia seguido, desde a morte de um menino de 15 anos no sábado, estudantes enfrentaram a polícia em verdadeiras batalhas campais no centro de Atenas, com pedras, garrafas e bombas incendiárias do tipo coquetel molotov.
Mais de 6 mil pessoas vestidas de luta acompanharam o enterro do estudante Alexandros Grigoropoulos. O funeral se transformou em uma manifestação em que a polícia foi acusada de assassinato.
Dois policiais suspeitos foram presos. Mas isso não acalmou os manifestantes, que cercaram o Parlamento e voltaram a entrar em confronto com a polícia.
Em diversos pronunciamentos, o primeiro-ministro conservador Kostas Karamanlis, do partido Nova Democracia, pediu união nacional diante da crise, a condenação unânime da violência e o cancelamento de uma greve geral convocada para esta quarta-feira, 10 de dezembro.
Seu governo tem maioria de apenas um deputado e está sob intensa pressão da esquerda para renunciar e antecipar as eleições. A greve geral é um protesto dos sindicatos contra a reforma da previdência e outras reformas liberalizantes de Karamanlis.
Depois de anos de crescimento médio de 4% como país-membro da União Européia, a Grécia sofre o impacto da crise econômica global. Deve crescer menos de 2%.
Foi a crise que levou os jovens para as ruas. A morte do adolescente baleado pela polícia incendiou a situação.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Manifestantes enfrentam polícia na Grécia
Pelo terceiro dia seguido, milhares de jovens enfrentaram a polícia da Grécia, acusada pela morte, no sábado, de um adolescente de 15 anos.
A violência foi maior em Atenas, onde centenas de estudantes atacaram a polícia, carros e prédios com bombas incendiárias. Também houve confronto em Tessalônica, a segunda maior cidade grega, no porto de Pireu e nas ilhas de Creta e Corfu, num total de 11 cidades.
Em Atenas, até a árvore de Natal de praça central da cidade foi queimada.
O governo direitista do partido Nova Democracia, do primeiro-ministro Kostas Karamanlis, tem maioria de apenas um voto no parlamento e está sob forte pressão da esquerda para renunciar.
Para quarta-feira, há uma greve geral de 24 horas convocada pelos sindicatos e o Partido Comunista em protesto contra a reforma da Previdência
A violência foi maior em Atenas, onde centenas de estudantes atacaram a polícia, carros e prédios com bombas incendiárias. Também houve confronto em Tessalônica, a segunda maior cidade grega, no porto de Pireu e nas ilhas de Creta e Corfu, num total de 11 cidades.
Em Atenas, até a árvore de Natal de praça central da cidade foi queimada.
O governo direitista do partido Nova Democracia, do primeiro-ministro Kostas Karamanlis, tem maioria de apenas um voto no parlamento e está sob forte pressão da esquerda para renunciar.
Para quarta-feira, há uma greve geral de 24 horas convocada pelos sindicatos e o Partido Comunista em protesto contra a reforma da Previdência
Paquistão prende suspeitos de ataque a Mumbai
O Exército do Paquistão fez uma batida na sede do grupo Lashkar-e-Taiba, acusado pela Índia pelos ataques contra Mumbai em 26 de novembro de 2008, em que 173 pessoas foram mortas.
Um dos principais suspeitos de organizar a ação terrorista, Zaki-ur-Rehman Lakhvi, chefe de operações do grupo, foi preso junto com outro dirigente.
Lashkar-e-Taiba, o Exército dos Bons, foi criado para lutar contra a dominação da Índia sobre parte da região da Caxemira e integrá-la ao Paquistão. Contou para isso com a ajuda do poderoso serviço secreto das Forças Armadas do Paquistão.
Em 2001, depois de um ataque ao parlamento indiano que deixou os dois países, hoje potências nucleares, à beira da guerra, Lashkar-e-Taiba foi declarado ilegal. Criou então uma suposta instituição beneficente, Jamaat-ud-Dawa. Sua sede foi revistada domingo, 7 de dezembro, em Muzafarabad, capital da Caxemira paquistanesa.
Um dos principais suspeitos de organizar a ação terrorista, Zaki-ur-Rehman Lakhvi, chefe de operações do grupo, foi preso junto com outro dirigente.
Lashkar-e-Taiba, o Exército dos Bons, foi criado para lutar contra a dominação da Índia sobre parte da região da Caxemira e integrá-la ao Paquistão. Contou para isso com a ajuda do poderoso serviço secreto das Forças Armadas do Paquistão.
Em 2001, depois de um ataque ao parlamento indiano que deixou os dois países, hoje potências nucleares, à beira da guerra, Lashkar-e-Taiba foi declarado ilegal. Criou então uma suposta instituição beneficente, Jamaat-ud-Dawa. Sua sede foi revistada domingo, 7 de dezembro, em Muzafarabad, capital da Caxemira paquistanesa.
Terroristas confessam culpa por 11 de setembro
O suposto idealizador dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, Khaled Cheikh Mohammed, e outros quatro réus acusados de planejar os ataques contra os Estados Unidos enviaram uma mensagem ao tribunal militar de exceção instalado na base naval americana de Guantânamo, em Cuba, pedindo para confessar sua culpa.
Eles são acusados pelas 2.973 mortes ocorridas no pior ataque terrorista da História dos EUA. Gostariam de ser condenados à morte para virarem mártires
Durante sua campanha para a Casa Branca, o presidente eleito, Barack Obama, prometeu fechar o centro de detenção e o tribunal militar do governo George W. Bush em Guantânamo.
Como o processo ainda está na fase inicial, a execução ficaria para o governo Obama. O novo presidente ficaria na situação incômoda de aplicar a sentença de morte de um tribunal que considera ilegal ou submeter os planejadores do ataque às Tôrres Gêmeas do World Trade Center a novo julgamento.
Eles são acusados pelas 2.973 mortes ocorridas no pior ataque terrorista da História dos EUA. Gostariam de ser condenados à morte para virarem mártires
Durante sua campanha para a Casa Branca, o presidente eleito, Barack Obama, prometeu fechar o centro de detenção e o tribunal militar do governo George W. Bush em Guantânamo.
Como o processo ainda está na fase inicial, a execução ficaria para o governo Obama. O novo presidente ficaria na situação incômoda de aplicar a sentença de morte de um tribunal que considera ilegal ou submeter os planejadores do ataque às Tôrres Gêmeas do World Trade Center a novo julgamento.
domingo, 7 de dezembro de 2008
Líder queniano pede uso da força contra Mugabe
O primeiro-ministro do Quênia, Raila Odinga, defende o uso da força para derrubar o ditador do Zimbábue, Robert Mugabe. Ele pediu à sociedade internacional que "atenda aos apelos dos povos da África e acabe com o reinado assassino de Rober Mugabe".
As Nações Unidas estimam que mais da metade da população zimbabuana precisa de água e comida. O país sofre com uma epidemia de cólera que matou cerca de 600 pessoas desde agosto.
Para Odinga, "a crise no Zimbábue chegou a um aponto onde mais inação da União Africana e da comunidade internacional constitui nada menos do que um crime contra a humanidade".
Ele entende que "a UA deve aprovar uma resolução para enviar tropas ao Zimbábue. Se não houve forças disponíveis, a AU deve pedir à ONU que mande tropas para o Zimbábue imediatamente para assumir o controle do país e garantir a ajuda humanitária de emergência para evitar que a população morra de cólera e de fome".
As Nações Unidas estimam que mais da metade da população zimbabuana precisa de água e comida. O país sofre com uma epidemia de cólera que matou cerca de 600 pessoas desde agosto.
Para Odinga, "a crise no Zimbábue chegou a um aponto onde mais inação da União Africana e da comunidade internacional constitui nada menos do que um crime contra a humanidade".
Ele entende que "a UA deve aprovar uma resolução para enviar tropas ao Zimbábue. Se não houve forças disponíveis, a AU deve pedir à ONU que mande tropas para o Zimbábue imediatamente para assumir o controle do país e garantir a ajuda humanitária de emergência para evitar que a população morra de cólera e de fome".
Alemanha cumpre meta do Protocolo de Quioto
As emissões de gases que agravam efeito estufa diminuíram 22,4% na Alemanha em 2007, em contraste com o início da década de 90, informou na sexta-feira pelo ministério alemão do Meio Ambiente.
Assim, a Alemanha atingiu a meta estabelecida no Protocolo de Quioto (1997), que determina um recuo de 21% nas emissões do país em relação a 1990 e 1995. 1990 foi o ano-base para as emissões de dióxido de carbono (gás carbônico), metano e óxido nitroso; 1995, para outro três gases.
Assim, a Alemanha atingiu a meta estabelecida no Protocolo de Quioto (1997), que determina um recuo de 21% nas emissões do país em relação a 1990 e 1995. 1990 foi o ano-base para as emissões de dióxido de carbono (gás carbônico), metano e óxido nitroso; 1995, para outro três gases.
Obama indica como será programa de emprego
Diante da perda de quase 2 milhões de empregos neste ano, o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, deu mais indicações ontem no seu programa de rádio sobre o megaprograma para gerar 2,5 milhões de empregos que pretende lançar assim que tomar posse, em 20 de janeiro de 2009.
Obama advertiu a população americana de que a situação vai piorar antes de melhorar.
Obama advertiu a população americana de que a situação vai piorar antes de melhorar.
sábado, 6 de dezembro de 2008
Congresso dos EUA ajuda indústria automobilística
O Congresso dos Estados Unidos vai dar empréstimos de emergência às três maiores empresas automobilísticas americanas, a General Motors, a Ford e a Chrysler, indicaram hoje líderes democratas. Os detalhes devem ser anunciados ainda neste fim de semana. Sem ajuda, a GM e a Chrysler, que podem se fundir, corriam o risco de não sobreviver ao fim do ano.
Diante do anúncio de que mais de meio milhão de empregos desapareceram em novembro, o presidente George W. Bush deu apoio aos pedidos de ajuda de emergência das fábricas de automóveis. Bush não quer encerrar seu governo desastroso com a falência da GM.
As empresas devem receber empréstimos-ponte para sobreviver até a posse de Barack Obama, em 20 de janeiro de 2009.
Nos anos 60, o pensador político e depois ministro francês Jean-Jacques Servan-Schreiber escreveu O Desafio Americano, uma visão crítica dos superpoderes dos EUA e do desafio que representavam para o resto do mundo. Nesse livro, a GM foi descrita como a terceira maior potência mundial, atrás apenas dos EUA e da União Soviética.
Vítima do seu próprio gigantismo, a GM se tornou um monstro ingovernável. Depois de várias crises do petróleo, continuou investindo em carros de alto consumo. Ainda disputa a condição de maior fabricante de automóveis do mundo com a Toyota, que deve perder este ano, mas acumula prejuízos bilionários.
Nas últimas décadas, o carro perdeu seu charme por causa dos engarrafamentos, da poluição nas grandes cidades, do aquecimento global e dos preços dos combustíveis. Com a atual crise financeira global, as vendas de automóveis entraram em colapso.
A maioria das pessoas toma dinheiro emprestado para comprar um carro novo. Ao vender seu usado, movimenta também o mercado de usados. No momento, está tudo em marcha lenta.
O mercado está em estado de choque.
Diante do anúncio de que mais de meio milhão de empregos desapareceram em novembro, o presidente George W. Bush deu apoio aos pedidos de ajuda de emergência das fábricas de automóveis. Bush não quer encerrar seu governo desastroso com a falência da GM.
As empresas devem receber empréstimos-ponte para sobreviver até a posse de Barack Obama, em 20 de janeiro de 2009.
Nos anos 60, o pensador político e depois ministro francês Jean-Jacques Servan-Schreiber escreveu O Desafio Americano, uma visão crítica dos superpoderes dos EUA e do desafio que representavam para o resto do mundo. Nesse livro, a GM foi descrita como a terceira maior potência mundial, atrás apenas dos EUA e da União Soviética.
Vítima do seu próprio gigantismo, a GM se tornou um monstro ingovernável. Depois de várias crises do petróleo, continuou investindo em carros de alto consumo. Ainda disputa a condição de maior fabricante de automóveis do mundo com a Toyota, que deve perder este ano, mas acumula prejuízos bilionários.
Nas últimas décadas, o carro perdeu seu charme por causa dos engarrafamentos, da poluição nas grandes cidades, do aquecimento global e dos preços dos combustíveis. Com a atual crise financeira global, as vendas de automóveis entraram em colapso.
A maioria das pessoas toma dinheiro emprestado para comprar um carro novo. Ao vender seu usado, movimenta também o mercado de usados. No momento, está tudo em marcha lenta.
O mercado está em estado de choque.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
OCDE prevê aterrissagem suave para o Brasil
Em comparação com os países ricos e as outras grandes economias emergentes - China, Índia e Rússia -, o Brasil será menos prejudicado pela crise econômica global. A previsão é da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Dos 35 países analisados pela OCDE, que reúne 30 países industrializados, o Brasil é o único que escapa de uma "forte desaceleração".
Dos 35 países analisados pela OCDE, que reúne 30 países industrializados, o Brasil é o único que escapa de uma "forte desaceleração".
Petróleo cai ao menor preço em quatro anos
Com o risco cada vez maior de uma recessão global, o preço do barril de petróleo tipo West Texas Intermediate, padrão da Bolsa Mercantil de Nova Iorque, caiu para US$ 40,81, a menor cotação em quatro anos.
Há cinco meses, o preço do barril de petróleo atingiu o recorde de US$ 147,50.
Agora, os analistas prevêem que possa cair para menos de US$ 30, se a China for duramente afetada pela crise econômica global.
Há cinco meses, o preço do barril de petróleo atingiu o recorde de US$ 147,50.
Agora, os analistas prevêem que possa cair para menos de US$ 30, se a China for duramente afetada pela crise econômica global.
Indústria alemã tem 6,1% menos encomendas
As encomendas para a indústria da Alemanha caíram 6,1% em outubro, muito acima das previsões dos economistas. Maior exportador mundial de bens industriais, o país sofre diretamente o impacto da crise econômica global.
No maior banco alemão, o Deutsche Bank, o economista-chefe, Norbert Walter, já espera uma queda de 4% no produto interno bruto da Alemanha, que deve perder para a China a posição de terceira maior economia do mundo. A expectativa do governo alemão é de uma queda de 0,8%.
No maior banco alemão, o Deutsche Bank, o economista-chefe, Norbert Walter, já espera uma queda de 4% no produto interno bruto da Alemanha, que deve perder para a China a posição de terceira maior economia do mundo. A expectativa do governo alemão é de uma queda de 0,8%.
EUA perderam 533 mil empregos em novembro
A maior economia do mundo destruiu 533 mil empregos a mais do que criou no mês passado, a maior queda em 40 anos. A taxa de desemprego subiu para 6,7%, a maior desde 1993.
Só no setor de serviços, o mais importante nos Estados Unidos, foram extintas 370 mil vagas.
O relatório sobre o emprego em novembro, divulgado hoje pelo Departamento do Trabalho, veio bem pior do que esperado. A previsão dos economistas era de uma perda de 325 mil empregos, mas desapareceram 533, o pior resultado desde dezembro de 1974, quando o país enfrentava a primeira crise do petróleo.
Também houve uma revisão nos dados sobre setembro e outubro, quando o desemprego aumentou mais do que em estimativas anteriores. Desde o início do ano, os americanos perderam 1,929 milhão de empregos.
No mercado imobiliário, a situação dos compradores de casas é a pior. Cerca de 7% dos compradores de imóveis estão com as prestações atrasadas e 3% já esgotaram todos os recursos e aguardam a retomada do imóvel.
Só no setor de serviços, o mais importante nos Estados Unidos, foram extintas 370 mil vagas.
O relatório sobre o emprego em novembro, divulgado hoje pelo Departamento do Trabalho, veio bem pior do que esperado. A previsão dos economistas era de uma perda de 325 mil empregos, mas desapareceram 533, o pior resultado desde dezembro de 1974, quando o país enfrentava a primeira crise do petróleo.
Também houve uma revisão nos dados sobre setembro e outubro, quando o desemprego aumentou mais do que em estimativas anteriores. Desde o início do ano, os americanos perderam 1,929 milhão de empregos.
No mercado imobiliário, a situação dos compradores de casas é a pior. Cerca de 7% dos compradores de imóveis estão com as prestações atrasadas e 3% já esgotaram todos os recursos e aguardam a retomada do imóvel.
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Argentina tem pacote de 13 bilhões de pesos
Diante da uma platéia de políticos, empresários e sindicalistas reunidos na residência oficial de Olivos, na Grande Buenos, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, apresentou hoje um plano de 13,2 bilhões de pesos, cerca de R$ 10 bilhões, para promover "a produção, o investimento, o consumo e o emprego".
Cerca de R$ 3 bilhões serão usados para financiar o consumo de bens industriais duráveis como fogões, geladeiras e máquinas de lavar. Um pouco menos do que isso será usado para financiar a compra de carros.
A proposta também cria novas linhas de crédito para exportação e para as pequenas e médias empresas. Cristina Kirchner cortou ainda em cinco pontos percentuais o imposto sobre as exportações de trigo e milho, mas não sobre a soja, foco central de um longo conflito entre o governo e o setor rural que paralisou a economia do país durante 100 dias no primeiro semestre deste ano.
Cerca de R$ 3 bilhões serão usados para financiar o consumo de bens industriais duráveis como fogões, geladeiras e máquinas de lavar. Um pouco menos do que isso será usado para financiar a compra de carros.
A proposta também cria novas linhas de crédito para exportação e para as pequenas e médias empresas. Cristina Kirchner cortou ainda em cinco pontos percentuais o imposto sobre as exportações de trigo e milho, mas não sobre a soja, foco central de um longo conflito entre o governo e o setor rural que paralisou a economia do país durante 100 dias no primeiro semestre deste ano.
França lança plano de 26 bilhões de euros
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, anunciou hoje um programa de estímulo de 26 bilhões de euros (US$ 33 bilhões) para retomar o crescimento da sexta maior economia do mundo baseado em investimentos em obras públicas e ajuda à indústria automobilística, em vez de oferecer incentivos diretos ao consumo.
Na Alemanha, a Câmara Federal aprovou um plano de estímulo econômico de US$ 39 bilhões que ainda precisa passar no Senado.
Na Alemanha, a Câmara Federal aprovou um plano de estímulo econômico de US$ 39 bilhões que ainda precisa passar no Senado.
Bancos centrais europeus cortam taxas de juros
Em tentativas para retomar o crescimento econômico, o Banco Central da Europa, o Banco da Inglaterra e o Banco da Suécia fizeram grandes cortes hoje em suas taxas de juros.
O BCE reduziu sua taxa básica em 0,75 ponto percentual para 2,5% ao ano e o Banco da Inglaterra em um ponto para 2%. Na Suécia, o banco central fez o maior corte de sua história, em 1,75 ponto percentual, para 2%.
O BCE reduziu sua taxa básica em 0,75 ponto percentual para 2,5% ao ano e o Banco da Inglaterra em um ponto para 2%. Na Suécia, o banco central fez o maior corte de sua história, em 1,75 ponto percentual, para 2%.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
EUA acusam serviço secreto paquistanês
A inteligência americana está convencida de que os terroristas responsáveis pelo ataque contra Mumbai, a antiga Bombaim, na semana passada foram treinados por ex-oficiais do Exército do Paquistão e de seu poderoso serviço secreto, revelou hoje o jornal The New York Times citando como fonte um ex-oficial dos Estados Unidos.
Os suspeitos pertencem ao grupo islamita radical Lashkar-e-Taiba. A Índia aponta Yussuf Muzammil como o comandante da operação que passava ordens por telefone aos terroristas. Até agora, não foi estabelecida nenhuma ligação com o governo civil paquistês.
Essa revelação foi feita no dia em que a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, chegou a Nova Déli, a capital indiana, onde se encontrou com o primeiro-ministro Manmohan Singh e o ministro do Exterior, Pranab Mukherjee.
Rice declarou que qualquer resposta aos atentados deve se preocupar com a "eficiência na prevenção" de novos atos terroristas e em "não criar outras conseqüências imprevistas". Ela disse que é preciso agir com urgência e determinação, e cobrou do Paquistão rapidez, transparência e total colaboração nas investigações.
Os suspeitos pertencem ao grupo islamita radical Lashkar-e-Taiba. A Índia aponta Yussuf Muzammil como o comandante da operação que passava ordens por telefone aos terroristas. Até agora, não foi estabelecida nenhuma ligação com o governo civil paquistês.
Essa revelação foi feita no dia em que a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, chegou a Nova Déli, a capital indiana, onde se encontrou com o primeiro-ministro Manmohan Singh e o ministro do Exterior, Pranab Mukherjee.
Rice declarou que qualquer resposta aos atentados deve se preocupar com a "eficiência na prevenção" de novos atos terroristas e em "não criar outras conseqüências imprevistas". Ela disse que é preciso agir com urgência e determinação, e cobrou do Paquistão rapidez, transparência e total colaboração nas investigações.
Montadoras pedem US$ 34 bilhões aos EUA
As grandes empresas automobilísticas dos Estados Unidos aumentaram o pedido ao Congresso. Pelos planos apresentados ontem, querem US$ 34 bilhões, US$ 9 bilhões a mais do que no mês passado.
Duas empresas - a General Motors e a Chrysler - precisam de empréstimos de emergência para não quebrar até o fim do ano. A GM necessita de US$ 4 bilhões imediatamente e pediu um total de US$ 18 bilhões aos deputados e senadores.
Já a Ford pediu US$ 9 bilhões e a Chrysler, US$ 7 bilhões.
As vendas de automóveis desabaram nos EUA e no resto do mundo em novembro.
Duas empresas - a General Motors e a Chrysler - precisam de empréstimos de emergência para não quebrar até o fim do ano. A GM necessita de US$ 4 bilhões imediatamente e pediu um total de US$ 18 bilhões aos deputados e senadores.
Já a Ford pediu US$ 9 bilhões e a Chrysler, US$ 7 bilhões.
As vendas de automóveis desabaram nos EUA e no resto do mundo em novembro.
Venezuelanos são contra reeleição sem limite
Mais de 65% dos venezuelanos são contra a reeleição sem limites para a Presidência da República, indica uma pesquisa divulgada hoje em Caracas. Há um ano, uma proposta de emenda constitucional que autorizava a reeleição sem limites recebeu 50,7% de votos contrários.
Pela pesquisa, 31% apóiam a proposta relançada pelo presidente Hugo Chávez depois do avanço da oposição nas eleições municipais e estaduais do mês passado. A oposição ganhou em três grandes estados e na capital federal, regiões onde se produzem 70% da riqueza nacional.
Depois de declarar que não faria a proposta, Chávez se declarou candidato ontem à noite, em nome de sua revolução bolivarista, e anunciou que a consulta popular será realizada até fevereiro do próximo anos.
Ontem, as Marinhas de Guerra da Rússia e da Venezuela iniciaram manobras navais conjuntas no Mar do Caribe. É o primeiro exercício militar russo na região desde o fim da Guerra Fria.
Chávez nega que seja uma provocação a seu arquiinimigo, os Estados Unidos.
Pela pesquisa, 31% apóiam a proposta relançada pelo presidente Hugo Chávez depois do avanço da oposição nas eleições municipais e estaduais do mês passado. A oposição ganhou em três grandes estados e na capital federal, regiões onde se produzem 70% da riqueza nacional.
Depois de declarar que não faria a proposta, Chávez se declarou candidato ontem à noite, em nome de sua revolução bolivarista, e anunciou que a consulta popular será realizada até fevereiro do próximo anos.
Ontem, as Marinhas de Guerra da Rússia e da Venezuela iniciaram manobras navais conjuntas no Mar do Caribe. É o primeiro exercício militar russo na região desde o fim da Guerra Fria.
Chávez nega que seja uma provocação a seu arquiinimigo, os Estados Unidos.
Índia aponta mandante do ataque terrorista
Os Estados Unidos e a índia estão convencidos de que a onda terrorista da semana passada veio do Paquistão. A Índia acusa um dos principais líderes do grupo militantes paquistanês Lashkar-e-Taiba, Yussuf Muzammil, de planejar e comandar o ataque terrorista contra a maior e mais rica cidade indiana, Mumbai, a antiga Bombaim.
Durante a ação, os terroristas teriam usado um telefone de satélite para falar com Muzammil e outros líderes do grupo no Paquistão. Também teriam usado telefones celulares roubados de suas vítimas.
Durante a ação, os terroristas teriam usado um telefone de satélite para falar com Muzammil e outros líderes do grupo no Paquistão. Também teriam usado telefones celulares roubados de suas vítimas.
Senador republicano ganha reeleição na Geórgia
O senador republicano Saxby Chambliss foi reeleito ontem pelo estado da Geórgia, acabando com a esperança do Partido Democrata de ter uma bancada de 60 senadores, número suficiente para impedir a obstrução dos trabalhos parlamentares pela oposição.
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Barril de petróleo cai para US$ 47,20
O barril de petróleo do tipo West Texas Intermediate caiu hoje na Bolsa Mercantil de Nova Iorque para US$ 47,20, a menor cotação em três anos e meio.
Em julho, o petróleo atingiu a cotação recorde de US$ 147,50. Por causa da recessão nos países ricos, que pode virar uma recessão global, o barril perdeu mais de cem dólares desde então.
Em julho, o petróleo atingiu a cotação recorde de US$ 147,50. Por causa da recessão nos países ricos, que pode virar uma recessão global, o barril perdeu mais de cem dólares desde então.
Recessão derruba bolsas na Ásia
A confirmação da recessão nos Estados Unidos derrubou hoje as bolsas de valores da Ásia.
No Japão, que depende das exportações para os mercados americano e europeu, a Bolsa de Tóquio perdeu 6,4%. Hong Kong caiu 5% e Sídnei, na Austrália, 4,2%.
A expectativa de um grande corte na taxa básica de juros do Banco Central da Europa daqui a dois dias fez as principais bolsas do continente fecharem em alta. Londres subiu 1,4%, Frankfurt ganhou 3,1% e Paris 2,3%.
Nos EUA, depois da forte queda de 7,7% ontem, por causa do anúncio oficial de que o país está em recessão, as bolsas se recuperaram, com alta de 3,3% no Índice Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais ações da Bolsa da Nova Iorque, e de 3,7% na Nasdaq, a bolsa das ações de empresas de alta tecnologia.
No Japão, que depende das exportações para os mercados americano e europeu, a Bolsa de Tóquio perdeu 6,4%. Hong Kong caiu 5% e Sídnei, na Austrália, 4,2%.
A expectativa de um grande corte na taxa básica de juros do Banco Central da Europa daqui a dois dias fez as principais bolsas do continente fecharem em alta. Londres subiu 1,4%, Frankfurt ganhou 3,1% e Paris 2,3%.
Nos EUA, depois da forte queda de 7,7% ontem, por causa do anúncio oficial de que o país está em recessão, as bolsas se recuperaram, com alta de 3,3% no Índice Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais ações da Bolsa da Nova Iorque, e de 3,7% na Nasdaq, a bolsa das ações de empresas de alta tecnologia.
Venda de carros desaba nos EUA
Um dia depois da confirmação de que a maior economia do mundo está em recessão, novos dados revelam a profundidade da crise. As vendas de carros novos tiveram outra queda forte em novembro nos Estados Unidos.
A Chrysler vendeu menos 47%; a General Motors, menos 41%; a Toyota, menos 34%; a Honda, menos 32%.
Hoje, a GM pediu US$ 18 bilhões ao Congresso. A Ford deve pedir US$ 9 bilhões. Em troca, devem assumir o compromisso de produzir carros mais eficientes, que consumam menos e poluam menos, dando sua contribuição à redução das emissões de gases que agravam o efeito estufa.
Para o secretário do Tesouro, Henry Paulson, o setor automobilístico é uma das pedras fundamentais da indústria americana e precisa de ajuda para enfrentar a crise. A falência das Três Irmãs de Detroit deixaria mais 3 milhões de desempregados.
A Chrysler vendeu menos 47%; a General Motors, menos 41%; a Toyota, menos 34%; a Honda, menos 32%.
Hoje, a GM pediu US$ 18 bilhões ao Congresso. A Ford deve pedir US$ 9 bilhões. Em troca, devem assumir o compromisso de produzir carros mais eficientes, que consumam menos e poluam menos, dando sua contribuição à redução das emissões de gases que agravam o efeito estufa.
Para o secretário do Tesouro, Henry Paulson, o setor automobilístico é uma das pedras fundamentais da indústria americana e precisa de ajuda para enfrentar a crise. A falência das Três Irmãs de Detroit deixaria mais 3 milhões de desempregados.
EUA estão em recessão há um ano
A maior economia do mundo está em recessão desde dezembro do ano passado, concluiu o Escritório Nacional de Pesquisas Econômicas dos Estados Unidos (NBER, do inglês). É a mais longa recessão no país desde 1982.
Recessão é o crescimento negativo da economia, descrito pelo NBER como "um declínio significativo da atividade econômica em amplos setores da economia durante mais de cinco meses, normalmente visível na produção, no emprego e na renda real".
Geralmente os economistas consideram que um país está em recessão quando tem dois trimestres consecutivos de crescimento negativo. É uma convenção que procura identificar tendências e reduzir o impacto de sazonalidades.
O NBER marca o início da recessão em dezembro de 2007 porque foi o último pico de um ciclo de crescimento econômico. Desde então, o nível de emprego cai a cada mês.
Por isso, a economia estaria em recessão mesmo ainda não tendo decrescido por dois trimestres consecutivos, o que deve fazer neste fim de ano. Talvez já estivesse, não fosse o estímulo dado no segundo semestre, quando o governo Bush e o Congresso devolveram imposto de renda a empresas e pessoas no valor de US$ 165 bilhões.
Recessão é o crescimento negativo da economia, descrito pelo NBER como "um declínio significativo da atividade econômica em amplos setores da economia durante mais de cinco meses, normalmente visível na produção, no emprego e na renda real".
Geralmente os economistas consideram que um país está em recessão quando tem dois trimestres consecutivos de crescimento negativo. É uma convenção que procura identificar tendências e reduzir o impacto de sazonalidades.
O NBER marca o início da recessão em dezembro de 2007 porque foi o último pico de um ciclo de crescimento econômico. Desde então, o nível de emprego cai a cada mês.
Por isso, a economia estaria em recessão mesmo ainda não tendo decrescido por dois trimestres consecutivos, o que deve fazer neste fim de ano. Talvez já estivesse, não fosse o estímulo dado no segundo semestre, quando o governo Bush e o Congresso devolveram imposto de renda a empresas e pessoas no valor de US$ 165 bilhões.
EUA alertaram Índia sobre ataque pelo mar
Os serviços secretos dos Estados Unidos alertaram a Índia de que Mumbai, a maior cidade do país, poderia ser alvo de um ataque vindo do mar. Acredita-se que os 10 extremistas muçulmanos que aterrorizaram a antiga Bombaim por 60 horas a partir de 26 de novembro de 2008 tenham chegado em traineiras e usados botes de borracha para desembarcar.
Enquanto pressiona o Paquistão a atacar os grupos suspeitos pela ação, que terminou com a morte de 180 pessoas, o governo indiano está sob enorme pressão da opinião pública, que o considera incapaz de proteger a população de novas ações terroristas.
Enquanto pressiona o Paquistão a atacar os grupos suspeitos pela ação, que terminou com a morte de 180 pessoas, o governo indiano está sob enorme pressão da opinião pública, que o considera incapaz de proteger a população de novas ações terroristas.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
ONU volta a negociar acordo pós-Quioto
Nove mil delegados de 186 países discutem nas próximas duas semanas, até 12 de dezembro de 2008, em Poznan, na Polônia, um acordo internacional para substituir a partir de 2013 o Protocolo de Quioto, que expira em 2012.
A Conferência de Poznan faz parte de um processo de negociações sobre mudança do clima iniciado na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio-92. Aqui, em 1992, foi aprovada a Convenção sobre Mudança do Clima.
Hoje o secretário-executivo da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, Yvo de Bör, alertou que as negociações devem estar concluídas até a próxima reunião daqui a um ano em Copenhague. E o primeiro-ministro da Dinamarca, Anders Rasmussen, manifestou a esperança de que a crise financeira global não atrapalhe o combate ao aquecimento global.
Já o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, espera que a próxima reunião de cúpula da União Européia, em 11 e 12 deste mês, chegue a um acordo para uma ação conjunta para conter o agravamento do efeito estufa.
O acordo assinado em 11 de dezembro de 1997 na cidade japonesa de Quioto é um protocolo adicional à convenção aprovada no Rio. Seu objetivo é a "estabilização das concentrações na atmosfera dos gases que provocam o efeito estufa em um nível que evite uma perigosa interferência antropogênica no sistema climático".
Para isso, propõe uma redução de 5,2% em relação aos níveis de 1990 nas emissões de gases que provocam o efeito estufa de 37 países desenvolvidos.
Essas reduções seriam de 8% na União Européia, 7% nos Estados Unidos, 6% no Japão e zero na Rússia. A Austrália conquistou o direito de emitir até 8% e a Islândia 10% a mais.
Os EUA nunca aderiram ao Protocolo de Quioto. Na Rio-92, o presidente George Bush sr. (1989-93) alegou que prejudicaria a economia americana.
Seu sucessor, Bill Clinton (1993-2001) sabia que o protocolo não tinha a menor chance de ser aprovado no Senado, onde os republicanos tinham maioria. Assinou o Protocolo de Quioto como um dos últimos atos de seu governo, jogando a bomba no colo de George Walker Bush (2001-09), que ficou com a má fama.
Claro que Bush merece. Seu governo negou validade à tese científica que atribui ao homem o agravamento do efeito estufa e resistiu o quanto pôde à mudança da matriz energética. Só no fim, aceitou o álcool combustível, compreendendo que a dependência do petróleo importado do Oriente Médio ameaça a segurança nacional dos EUA.
A Conferência de Poznan faz parte de um processo de negociações sobre mudança do clima iniciado na Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio-92. Aqui, em 1992, foi aprovada a Convenção sobre Mudança do Clima.
Hoje o secretário-executivo da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, Yvo de Bör, alertou que as negociações devem estar concluídas até a próxima reunião daqui a um ano em Copenhague. E o primeiro-ministro da Dinamarca, Anders Rasmussen, manifestou a esperança de que a crise financeira global não atrapalhe o combate ao aquecimento global.
Já o primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, espera que a próxima reunião de cúpula da União Européia, em 11 e 12 deste mês, chegue a um acordo para uma ação conjunta para conter o agravamento do efeito estufa.
O acordo assinado em 11 de dezembro de 1997 na cidade japonesa de Quioto é um protocolo adicional à convenção aprovada no Rio. Seu objetivo é a "estabilização das concentrações na atmosfera dos gases que provocam o efeito estufa em um nível que evite uma perigosa interferência antropogênica no sistema climático".
Para isso, propõe uma redução de 5,2% em relação aos níveis de 1990 nas emissões de gases que provocam o efeito estufa de 37 países desenvolvidos.
Essas reduções seriam de 8% na União Européia, 7% nos Estados Unidos, 6% no Japão e zero na Rússia. A Austrália conquistou o direito de emitir até 8% e a Islândia 10% a mais.
Os EUA nunca aderiram ao Protocolo de Quioto. Na Rio-92, o presidente George Bush sr. (1989-93) alegou que prejudicaria a economia americana.
Seu sucessor, Bill Clinton (1993-2001) sabia que o protocolo não tinha a menor chance de ser aprovado no Senado, onde os republicanos tinham maioria. Assinou o Protocolo de Quioto como um dos últimos atos de seu governo, jogando a bomba no colo de George Walker Bush (2001-09), que ficou com a má fama.
Claro que Bush merece. Seu governo negou validade à tese científica que atribui ao homem o agravamento do efeito estufa e resistiu o quanto pôde à mudança da matriz energética. Só no fim, aceitou o álcool combustível, compreendendo que a dependência do petróleo importado do Oriente Médio ameaça a segurança nacional dos EUA.
Índia intima Paquistão a atacar terroristas
O governo da Índia pressionou oficialmente hoje o Paquistão a atacar as bases do grupo terrorista Lashkar-e-Taiba, que considera responsável pela onda de terror contra Mumbai, a maior cidade indiana, na semana passada.
A polícia indiana afirma que o único sobrevivente dos dez terroristas declarou ter nascido no Punjab paquistanês e ter sido treinado pelo grupo Lashkar-e-Taiba, que nasceu para lutar contra a dominação da Índia sobre a Caxemira.
O problema é que o serviço secreto das Forças Armadas do Paquistão tem ligações com os rebeldes da Caxemira, que os usa para travar uma guerra indireta com a Índia, inimiga histórica.
A polícia indiana afirma que o único sobrevivente dos dez terroristas declarou ter nascido no Punjab paquistanês e ter sido treinado pelo grupo Lashkar-e-Taiba, que nasceu para lutar contra a dominação da Índia sobre a Caxemira.
O problema é que o serviço secreto das Forças Armadas do Paquistão tem ligações com os rebeldes da Caxemira, que os usa para travar uma guerra indireta com a Índia, inimiga histórica.
Obama deve indicar Hillary e Gates hoje
O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, deve indicar hoje a senadora Hillary Clinton para secretária de Estado e confirmar que pretende manter Robert Gates como secretário da Defesa.
domingo, 30 de novembro de 2008
Israel vai libertar 250 prisioneiros palestinos
O governo de Israel aprovou neste domingo a libertação de 250 palestinos presos. É um gesto de boa vontade com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, em meio a tensão e violências crescentes na Faixa de Gaza, que está sob o controle do Movimento de Resistência Islâmicas (Hamas).
A lista dos prisioneiros que serão soltos será elaborada por uma comissão especial, com base no critério de não libertar quem "derramou sangue judeu". Os cidadãos israelenses terão o direito de apresentar objeções aos nomes escolhidos.
Abbas pediu a libertação de prisioneiros ao primeiro-ministro israelense demissionário Ehud Olmert em 17 de novembro
O negociador palestino Saeb Erakat elogiou a decisão israelense e manifestou a esperança da "libertação um dia de todos os prisioneiros palestinos".
A lista dos prisioneiros que serão soltos será elaborada por uma comissão especial, com base no critério de não libertar quem "derramou sangue judeu". Os cidadãos israelenses terão o direito de apresentar objeções aos nomes escolhidos.
Abbas pediu a libertação de prisioneiros ao primeiro-ministro israelense demissionário Ehud Olmert em 17 de novembro
O negociador palestino Saeb Erakat elogiou a decisão israelense e manifestou a esperança da "libertação um dia de todos os prisioneiros palestinos".
Ministro do Interior da Índia renuncia
O ministro do Interior da Índia, Shivraj Patil, apresentou hoje sua renúncia ao primeiro-ministro Manmohan Singh, assumindo a responsabilidade pelas falhas de segurança que permitiram uma onda de ataque de terroristas muçulmanos que paralisou a maior cidade indiana, Mumbai, nos últimos dias.
Para o vice-governador do estado de Maharashtra, R. R. Patil, o objetivo dos extremistas muçulmanos era fazer um 11 de Setembro indiano. "Encontramos munição, bombas e granadas de mão em quantidade. Com base em nossa investigação, acreditamos que queriam matar umas 5 mil pessoas."
Para o vice-governador do estado de Maharashtra, R. R. Patil, o objetivo dos extremistas muçulmanos era fazer um 11 de Setembro indiano. "Encontramos munição, bombas e granadas de mão em quantidade. Com base em nossa investigação, acreditamos que queriam matar umas 5 mil pessoas."
Aznar colaborou com vôos para Guantânamo
O governo do primeiro-ministro conservador José María Aznar autorizou o pouso no país de vôos clandestinos para levar prisioneiros da guerra contra o terror, da milícia afegã dos Talebã e da rede terrorista Al Caeda, para o centro de detenção da base naval de Guantânamo, um enclave americano em Cuba, revela o jornal espanhol El País neste domingo, 30 de novembro de 2008.
Em 10 de janeiro de 2002, quatro meses depois do ataque às Torres Gêmeas do World Trade Center e dois meses depois da queda do regime fundamentalista dos Talebã no Afeganistão, a embaixada dos Estados Unidos em Madri comunicou ao governo Aznar que o país levaria presos em vôos de longa distância. Em situação de emergência, poderia ser obrigados a aterrisar em algum avião espanhol. Os EUA se comprometiam a retomar o vôo assim que fosse possível.
Em 10 de janeiro de 2002, quatro meses depois do ataque às Torres Gêmeas do World Trade Center e dois meses depois da queda do regime fundamentalista dos Talebã no Afeganistão, a embaixada dos Estados Unidos em Madri comunicou ao governo Aznar que o país levaria presos em vôos de longa distância. Em situação de emergência, poderia ser obrigados a aterrisar em algum avião espanhol. Os EUA se comprometiam a retomar o vôo assim que fosse possível.
sábado, 29 de novembro de 2008
Casal Kirchner vive à sombra de Perón
Quando o governo radical de Fernando de la Rúa (1999-2001) desabou sob o colapso da paridade peso-dólar herdada do presidente Carlos Menem (1989-99), o poder foi devolvido ao peronismo, aparentemente o único partido político capaz de governar a Argentina.
O ex-vice-presidente Eduardo Duhalde, que perdera a eleição para De la Rúa, completou um mandato-tampão até 2003, quando Menem fugiu do segundo turno, numa disputa entre peronista e Néstor Kirchner (2003-07) chegou ao poder com a determinação de combater a crise econômica.
Kirchner conseguiu renegocia a dívida externa, retomar o crescimento econômico e eleger sua mulher, Cristina Fernández de Kirchner como sucessora. Mas fustigou empresas privadas, conteve preços artificialmente desestimulando investimentos em setores como energia, e manipulou os índices de inflação.
Além disso, organizou sua base política ao redor do corporativismo peronista, de sua ligação histórica com os sindicatos, e adotou uma política de confrontação permanente, contra seus inimigos políticos, os países vizinhos, empresas privadas.
Neste ano, no governo Cristina Kirchner, houve o longo conflito com o campo em torno do imposto sobre exportações de grãos, fragilizando a Argentina às vésperas do tsuname financeiro global.
Em artigo na edição de hoje do jornal La Nación, o escritor argentino Thomás Eloy Martínez, autor de um livro sobre María Eva Duarte de Perón, a Evita, examina a saga do casal à sombra do general Juan Domingo Perón, de Evita e de María Estela Martínez de Perón, a Isabelita, derrubada no trágico golpe de 24 de março de 1976.
O ex-vice-presidente Eduardo Duhalde, que perdera a eleição para De la Rúa, completou um mandato-tampão até 2003, quando Menem fugiu do segundo turno, numa disputa entre peronista e Néstor Kirchner (2003-07) chegou ao poder com a determinação de combater a crise econômica.
Kirchner conseguiu renegocia a dívida externa, retomar o crescimento econômico e eleger sua mulher, Cristina Fernández de Kirchner como sucessora. Mas fustigou empresas privadas, conteve preços artificialmente desestimulando investimentos em setores como energia, e manipulou os índices de inflação.
Além disso, organizou sua base política ao redor do corporativismo peronista, de sua ligação histórica com os sindicatos, e adotou uma política de confrontação permanente, contra seus inimigos políticos, os países vizinhos, empresas privadas.
Neste ano, no governo Cristina Kirchner, houve o longo conflito com o campo em torno do imposto sobre exportações de grãos, fragilizando a Argentina às vésperas do tsuname financeiro global.
Em artigo na edição de hoje do jornal La Nación, o escritor argentino Thomás Eloy Martínez, autor de um livro sobre María Eva Duarte de Perón, a Evita, examina a saga do casal à sombra do general Juan Domingo Perón, de Evita e de María Estela Martínez de Perón, a Isabelita, derrubada no trágico golpe de 24 de março de 1976.
Terror em Mumbai matou 195 pessoas
Os combates cessaram mas a Índia ainda avalia as dimensões morais, políticas e econômicas da onda terrorista de 26 de novembro de 2008 contra sua maior e mais rica cidade, Mumbai, a antiga Bombaim.
Hoje o jornal The New York Times revela que os serviços secretos dos Estados Unidos suspeitam do grupo extremista muçulmano Lashkar-e-Taiba, que luta para que a Caxemira pertença ao Paquistão, ou de outra organização radical islamita envolvida na questão da Caxemira, Jaish-e-Muhammad.
Só um terrorista teria sido capturado vivo, um jovem do Punjab paquistanês. Pelas imagens obtidas, eram todos jovens com pouco mais de vinte anos. Estavam extremamente bem treinados e organizados. Teriam chegado num barco pesqueiro e lanchas rápidas no Sul de Mumbai, atacando em 10 lugares diferentes da cidade, entre eles dois hotéis de luxo, a estação ferroviária central, um hospital, um café e restaurante freqüentado por turistas estrangeiros e um centro cultural judaico.
O serviço de inteligência militar da Índia disse que os terroristas tinham um telefone de satélite e falaram com o líder do grupo Lashkar-e-Taiba.
Se realmente forem de um grupo baseado na Caxemira, a ira da Índia contra o Paquistão tende a aumentar. Em 2004, o então ditador Pervez Musharraf, se comprometera a desmantelar os centros de treinamento de grupos armados irregulares no Paquistão. O presidente Assif Ali Zardari renovou a promessa em discurso na Assembléia Geral das Nações Unidas deste ano.
A Caxemira é uma questão sagrada na identidade nacional paquistanesa. Com maioria muçulmana, deveria pertencer ao Paquistão. Juntou-se à Índia quando ambos ficaram independentes do Império Britânico, em 1947, por decisão do marajá Hari Singh, governador da região na época. Provocou uma reação imediata do Paquistão e uma guerra entre os dois países.
Eles travariam nova guerra pela Caxemira em 1962 e em 1971, a guerra da independência de Bangladesh, o antigo Paquistão Oriental. Desde que fizeram a bomba atômica, a Índia em 1974 e o Paquistão no ano seguinte com a ajuda da China, houve vários conflitos de fronteiras e há um estado de guerra nas montanhas geladas do Himalaia. Nunca mais houve guerra aberta entre Índia e Paquistão.
Desde 1989, há uma guerrilha muçulmana que luta contra o domínio da Índia sobre a Caxemira, com o apoio paquistanês. Se esses grupos treinaram e armaram os terroristas do ataque a Mumbai, a tensão entre os dois países vai subir muito.
Em maio de 1998, os dois países testaram armas nucleares, entrando definitivamente para o clube atômico. Os Estados Unidos impuseram sanções, mas logo perceberam a importância de fazer uma aliança estratégica e um acordo nuclear com a Índia, uma superpotência econômica e militar em ascensão, além de ser inimiga histórica da China.
Esse acordo recentemente ratificado pelos parlamentos dos EUA e da Índia é mais uma justificativa para que os jihadistas declarem guerra à Índia, sem esquecer do conflito histórico entre hindus e muçulmanos, acirrado pelos governos do partido nacionalista hindu BJP (Partido Bharatiya Janata), que tinha o compromisso eleitoral de detonar a bomba atômica e o cumpriu. Mas o Paquistão fez o mesmo em seguida.
Os atentados de 11 de setembro aproximaram os EUA do Paquistão, país central na guerra contra o terrorismo dos fundamentalistas muçulmanos. É o único país islâmico com armas nucleares e é vizinho do Afeganistão, onde o regime fundamentalista da milícia dos Talebã (Estudantes) abrigava os centros de treinamento da rede terrorista Al Caeda, com o apoio do serviço secreto paquistanês.
Desde as primeiras reações ao ataque terrorista em Mumbai, o governo indiano apontou para o vizinho e inimigo histórico. Mas o Paquistão é um Estado em virtual colapso. Não consegue controlar todo o seu território.
Em 20 de setembro, o atual governo civil foi alvo do terrorismo islâmico no atentado contra o Hotel Marriott de Islamabad. O presidente é viúvo da principal líder política da história recente do país, Benazir Bhutto, assassinada em um atentado terrorista em 27 de dezembro de 2007.
Se ficar comprovado que foram grupos da Caxemira que atacaram Mumbai, a Índia vai exigir do Paquistão o desmantelamento dos centros de treinamento em território paquistanês. O problema é que, sem condições de retomar a Caxemira à força, o Exército do Paquistão, que é quem detém o poder de fato, apóia esses grupos armados.
É uma jogada do Paquistão para pressionar a Índia a cumprir um antigo compromisso assumido perante as Nações Unidas de realizar um plebiscito na Caxemira, de maioria muçulmana.
As relações indo-paquistanesas viviam seu melhor momento. Há uma semana, o presidente Zardari prometeu não lançar um primeiro ataque nuclear. Isso não interessa aos jihadistas.
Numa tentativa de se eximir de culpa, o Paquistão se ofereceu para mandar o chefe de seu serviço secreto militar participar da investigação. A oposição nacionalista hindu da Índia descreveu a ajuda como uma confissão de culpa.
O frágil governo civil paquistanês quer cooperar na guerra contra o terrorismo internacional, que abre nova frente de luta na Índia, alvo freqüente de atentados, inclusive de extremistas muçulmanos. Mas até agora nenhum tinha tido tamanho impacto, paralisando o centro econômico da Índia por três dias.
A questão é até onde vai o poder civil no Paquistão. Uma ala das Forças Armadas paquistanesas é suspeita de apoiar os Talebã para manter uma zona de influência no Afeganistão. É nessa área que se concentram os líderes em fuga d'al Caeda e dos Talebã, o grande centro de treinamento do jihadismo.
Tanto a Índia quanto os EUA gostariam de aproveitar a oportunidade para dar um xeque-mate no Paquistão e exigir um ataque decisivo contra as bases terroristas instaladas nas regiões tribais do Noroeste do país. Mas precisam evitar o agravamento da caótica situação do único país muçulmano com a bomba atômica, tudo o que os terroristas mais sonham para lançar um atentado ainda maior do que os de 11 de setembro de 2001.
Em entrevista divulgada há dois dias, o lugar-tenente de Ossama ben Laden, o vice-líder d'al Caeda, o médico Ayman al-Zawahiri, considerado o estrategista do grupo, atribuiu a crise financeira global aos atentados de 11 de setembro, a grande glória de sua turma. Os atentados levaram o banco central dos EUA a baixar os juros e dar dinheiro de graça aos bancos e instituições financeiras, o que gerou uma bolha especulativa.
A causa da crise não foi o 11 de Setembro em si, mas os erros de política monetária de Alan Greenspan e sua equipe em decorrência do terror e do estouro da bolha da internet, somados à falta de regulamentação do setor financeiro, que levou as empresas a correrem riscos arrasadores.
Mesmo assim, o discurso delirante e paranóico de Zawahiri indica que o terror busca alvos fracos para matar em massa. Centros financeiros, como Nova Iorque em 2001 e Mumbai em 2008, são alvos preferenciais de sua guerra santa.
Hoje o jornal The New York Times revela que os serviços secretos dos Estados Unidos suspeitam do grupo extremista muçulmano Lashkar-e-Taiba, que luta para que a Caxemira pertença ao Paquistão, ou de outra organização radical islamita envolvida na questão da Caxemira, Jaish-e-Muhammad.
Só um terrorista teria sido capturado vivo, um jovem do Punjab paquistanês. Pelas imagens obtidas, eram todos jovens com pouco mais de vinte anos. Estavam extremamente bem treinados e organizados. Teriam chegado num barco pesqueiro e lanchas rápidas no Sul de Mumbai, atacando em 10 lugares diferentes da cidade, entre eles dois hotéis de luxo, a estação ferroviária central, um hospital, um café e restaurante freqüentado por turistas estrangeiros e um centro cultural judaico.
O serviço de inteligência militar da Índia disse que os terroristas tinham um telefone de satélite e falaram com o líder do grupo Lashkar-e-Taiba.
Se realmente forem de um grupo baseado na Caxemira, a ira da Índia contra o Paquistão tende a aumentar. Em 2004, o então ditador Pervez Musharraf, se comprometera a desmantelar os centros de treinamento de grupos armados irregulares no Paquistão. O presidente Assif Ali Zardari renovou a promessa em discurso na Assembléia Geral das Nações Unidas deste ano.
A Caxemira é uma questão sagrada na identidade nacional paquistanesa. Com maioria muçulmana, deveria pertencer ao Paquistão. Juntou-se à Índia quando ambos ficaram independentes do Império Britânico, em 1947, por decisão do marajá Hari Singh, governador da região na época. Provocou uma reação imediata do Paquistão e uma guerra entre os dois países.
Eles travariam nova guerra pela Caxemira em 1962 e em 1971, a guerra da independência de Bangladesh, o antigo Paquistão Oriental. Desde que fizeram a bomba atômica, a Índia em 1974 e o Paquistão no ano seguinte com a ajuda da China, houve vários conflitos de fronteiras e há um estado de guerra nas montanhas geladas do Himalaia. Nunca mais houve guerra aberta entre Índia e Paquistão.
Desde 1989, há uma guerrilha muçulmana que luta contra o domínio da Índia sobre a Caxemira, com o apoio paquistanês. Se esses grupos treinaram e armaram os terroristas do ataque a Mumbai, a tensão entre os dois países vai subir muito.
Em maio de 1998, os dois países testaram armas nucleares, entrando definitivamente para o clube atômico. Os Estados Unidos impuseram sanções, mas logo perceberam a importância de fazer uma aliança estratégica e um acordo nuclear com a Índia, uma superpotência econômica e militar em ascensão, além de ser inimiga histórica da China.
Esse acordo recentemente ratificado pelos parlamentos dos EUA e da Índia é mais uma justificativa para que os jihadistas declarem guerra à Índia, sem esquecer do conflito histórico entre hindus e muçulmanos, acirrado pelos governos do partido nacionalista hindu BJP (Partido Bharatiya Janata), que tinha o compromisso eleitoral de detonar a bomba atômica e o cumpriu. Mas o Paquistão fez o mesmo em seguida.
Os atentados de 11 de setembro aproximaram os EUA do Paquistão, país central na guerra contra o terrorismo dos fundamentalistas muçulmanos. É o único país islâmico com armas nucleares e é vizinho do Afeganistão, onde o regime fundamentalista da milícia dos Talebã (Estudantes) abrigava os centros de treinamento da rede terrorista Al Caeda, com o apoio do serviço secreto paquistanês.
Desde as primeiras reações ao ataque terrorista em Mumbai, o governo indiano apontou para o vizinho e inimigo histórico. Mas o Paquistão é um Estado em virtual colapso. Não consegue controlar todo o seu território.
Em 20 de setembro, o atual governo civil foi alvo do terrorismo islâmico no atentado contra o Hotel Marriott de Islamabad. O presidente é viúvo da principal líder política da história recente do país, Benazir Bhutto, assassinada em um atentado terrorista em 27 de dezembro de 2007.
Se ficar comprovado que foram grupos da Caxemira que atacaram Mumbai, a Índia vai exigir do Paquistão o desmantelamento dos centros de treinamento em território paquistanês. O problema é que, sem condições de retomar a Caxemira à força, o Exército do Paquistão, que é quem detém o poder de fato, apóia esses grupos armados.
É uma jogada do Paquistão para pressionar a Índia a cumprir um antigo compromisso assumido perante as Nações Unidas de realizar um plebiscito na Caxemira, de maioria muçulmana.
As relações indo-paquistanesas viviam seu melhor momento. Há uma semana, o presidente Zardari prometeu não lançar um primeiro ataque nuclear. Isso não interessa aos jihadistas.
Numa tentativa de se eximir de culpa, o Paquistão se ofereceu para mandar o chefe de seu serviço secreto militar participar da investigação. A oposição nacionalista hindu da Índia descreveu a ajuda como uma confissão de culpa.
O frágil governo civil paquistanês quer cooperar na guerra contra o terrorismo internacional, que abre nova frente de luta na Índia, alvo freqüente de atentados, inclusive de extremistas muçulmanos. Mas até agora nenhum tinha tido tamanho impacto, paralisando o centro econômico da Índia por três dias.
A questão é até onde vai o poder civil no Paquistão. Uma ala das Forças Armadas paquistanesas é suspeita de apoiar os Talebã para manter uma zona de influência no Afeganistão. É nessa área que se concentram os líderes em fuga d'al Caeda e dos Talebã, o grande centro de treinamento do jihadismo.
Tanto a Índia quanto os EUA gostariam de aproveitar a oportunidade para dar um xeque-mate no Paquistão e exigir um ataque decisivo contra as bases terroristas instaladas nas regiões tribais do Noroeste do país. Mas precisam evitar o agravamento da caótica situação do único país muçulmano com a bomba atômica, tudo o que os terroristas mais sonham para lançar um atentado ainda maior do que os de 11 de setembro de 2001.
Em entrevista divulgada há dois dias, o lugar-tenente de Ossama ben Laden, o vice-líder d'al Caeda, o médico Ayman al-Zawahiri, considerado o estrategista do grupo, atribuiu a crise financeira global aos atentados de 11 de setembro, a grande glória de sua turma. Os atentados levaram o banco central dos EUA a baixar os juros e dar dinheiro de graça aos bancos e instituições financeiras, o que gerou uma bolha especulativa.
A causa da crise não foi o 11 de Setembro em si, mas os erros de política monetária de Alan Greenspan e sua equipe em decorrência do terror e do estouro da bolha da internet, somados à falta de regulamentação do setor financeiro, que levou as empresas a correrem riscos arrasadores.
Mesmo assim, o discurso delirante e paranóico de Zawahiri indica que o terror busca alvos fracos para matar em massa. Centros financeiros, como Nova Iorque em 2001 e Mumbai em 2008, são alvos preferenciais de sua guerra santa.
Índia anuncia fim da Batalha de Mumbai
Depois de 58 horas, com a morte de três terroristas muçulmanos entrincheirados no Taj Mahal Palace Hotel, a Índia declarou encerrado o combate aos terroristas que atacaram diversos pontos de Mumbai, a antiga Bombaim, centro financeiro do país, na quarta-feira à noite.
Foi o 11 de Setembro da Índia. Pelo menos 160 pessoas morreram, entre elas 22 estrangeiros, e 330 saíram feridas.
A Índia tem um conflito histórico de séculos entre hindus e muçulmanos que se acirrou com o fundamentalismo religioso de ambas as partes, além da questão da Caxemira com o Paquistão.
Há muitos motivos internos e grupos internos que podem estar ligados a essa onda de terror, embora pelo alcance, pelo treinamento e por visar diretamente americanos, britânicos e judeus, pareça uma conspiração internacional com as marcas d'al Caeda.
A Índia tem a maior população muçulmana do mundo, depois da Indonésia e do Paquistão, uma minoria de 150 milhões de pessoas majoritariamente pobres que se sentem excluídas e se sentiram muito mais durante o governo do partido nacionalista hindu, o BJP.
Há dois movimentos históricos dentro do islamismo político. Em 1928, Hassan al-Bana cria a Irmandade Muçulmana com o objetivo de reislamizar a Uma, reconverter o conjunto de todos os muçulmanos ao "verdadeiro Islã".
Nas prisões de Nasser nos anos 50 e 60 Said Kutub, ideólogo do aiatolá Ruhollah Khomeini e da rede terrorista Al Caeda, chegou à conclusão de que é preciso converter ou eliminar todos os infiéis, especialmente nos centros de poder no mundo porque eles impõem os governantes corruptos e infiéis dos países muçulmanos.
O fundamentalismo religioso, seja muçulmano, cristão, judaico ou hindu, é um conflito interno dentro de cada cultura sobre qual é a verdadeira interpretação dos livros sagrados.
O jihadismo, portanto, é uma guerra civil dentro do Islã, uma guerra sobre o que realmente quis dizer o profeta em nome de Deus. Os estrangeiros são alvo por suposta conivência com a grande conspiração judaico-cristã para dominar o mundo muçulmano.
Foi o 11 de Setembro da Índia. Pelo menos 160 pessoas morreram, entre elas 22 estrangeiros, e 330 saíram feridas.
A Índia tem um conflito histórico de séculos entre hindus e muçulmanos que se acirrou com o fundamentalismo religioso de ambas as partes, além da questão da Caxemira com o Paquistão.
Há muitos motivos internos e grupos internos que podem estar ligados a essa onda de terror, embora pelo alcance, pelo treinamento e por visar diretamente americanos, britânicos e judeus, pareça uma conspiração internacional com as marcas d'al Caeda.
A Índia tem a maior população muçulmana do mundo, depois da Indonésia e do Paquistão, uma minoria de 150 milhões de pessoas majoritariamente pobres que se sentem excluídas e se sentiram muito mais durante o governo do partido nacionalista hindu, o BJP.
Há dois movimentos históricos dentro do islamismo político. Em 1928, Hassan al-Bana cria a Irmandade Muçulmana com o objetivo de reislamizar a Uma, reconverter o conjunto de todos os muçulmanos ao "verdadeiro Islã".
Nas prisões de Nasser nos anos 50 e 60 Said Kutub, ideólogo do aiatolá Ruhollah Khomeini e da rede terrorista Al Caeda, chegou à conclusão de que é preciso converter ou eliminar todos os infiéis, especialmente nos centros de poder no mundo porque eles impõem os governantes corruptos e infiéis dos países muçulmanos.
O fundamentalismo religioso, seja muçulmano, cristão, judaico ou hindu, é um conflito interno dentro de cada cultura sobre qual é a verdadeira interpretação dos livros sagrados.
O jihadismo, portanto, é uma guerra civil dentro do Islã, uma guerra sobre o que realmente quis dizer o profeta em nome de Deus. Os estrangeiros são alvo por suposta conivência com a grande conspiração judaico-cristã para dominar o mundo muçulmano.
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Bolívia protesta contra os EUA
A Bolívia protesta contra o fim das preferências comerciais para produtos bolivianos nos Estados Unidos. Elas serão suspensas em 15 de novembro, sob a alegação de que o país não faz o suficiente para combater o tráfico de cocaína.
O presidente Evo Morales declarou ontem em La Paz que se trata de revanchismo político do governo americano porque ele optou pelo socialismo.
Há meses, Morales expulsou do país o embaixador dos EUA e os agentes da DEA (Drug Enforcement Agency, Agência de Repressão às Drogas). O presidente começou sua carreira política no sindicato dos produtores de coca e defende o cultivo tradicional da planta na cultura andina.
Desde 1991, a grande maioria dos produtos da Bolívia, Equador, Peru e Colômbia não paga imposto de importação para entrar no mercado americano, o que aumenta sua competitividade. Isso é feito com base numa lei de estímulo para que os países andinos tenham alternativas econômicas à produção de drogas como a cocaína.
Depois da vitória de Barack Obama para presidente, Morales tenta uma reaproximação com os EUA. Mas a expulsão dos agentes da DEA não será esquecida.
O presidente Evo Morales declarou ontem em La Paz que se trata de revanchismo político do governo americano porque ele optou pelo socialismo.
Há meses, Morales expulsou do país o embaixador dos EUA e os agentes da DEA (Drug Enforcement Agency, Agência de Repressão às Drogas). O presidente começou sua carreira política no sindicato dos produtores de coca e defende o cultivo tradicional da planta na cultura andina.
Desde 1991, a grande maioria dos produtos da Bolívia, Equador, Peru e Colômbia não paga imposto de importação para entrar no mercado americano, o que aumenta sua competitividade. Isso é feito com base numa lei de estímulo para que os países andinos tenham alternativas econômicas à produção de drogas como a cocaína.
Depois da vitória de Barack Obama para presidente, Morales tenta uma reaproximação com os EUA. Mas a expulsão dos agentes da DEA não será esquecida.
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