terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Oposição pede eleições na Grécia

O líder da oposição socialista na Grécia, George Papandreou, pediu hoje a renúncia do governo e a convocação de eleições antecipadas para acabar com os piores distúrbios e conflitos de rua em 34 anos, desde a redemocratização do país, em 1974.

Pelo quarto dia seguido, desde a morte de um menino de 15 anos no sábado, estudantes enfrentaram a polícia em verdadeiras batalhas campais no centro de Atenas, com pedras, garrafas e bombas incendiárias do tipo coquetel molotov.

Mais de 6 mil pessoas vestidas de luta acompanharam o enterro do estudante Alexandros Grigoropoulos. O funeral se transformou em uma manifestação em que a polícia foi acusada de assassinato.

Dois policiais suspeitos foram presos. Mas isso não acalmou os manifestantes, que cercaram o Parlamento e voltaram a entrar em confronto com a polícia.

Em diversos pronunciamentos, o primeiro-ministro conservador Kostas Karamanlis, do partido Nova Democracia, pediu união nacional diante da crise, a condenação unânime da violência e o cancelamento de uma greve geral convocada para esta quarta-feira, 10 de dezembro.

Seu governo tem maioria de apenas um deputado e está sob intensa pressão da esquerda para renunciar e antecipar as eleições. A greve geral é um protesto dos sindicatos contra a reforma da previdência e outras reformas liberalizantes de Karamanlis.

Depois de anos de crescimento médio de 4% como país-membro da União Européia, a Grécia sofre o impacto da crise econômica global. Deve crescer menos de 2%.

Foi a crise que levou os jovens para as ruas. A morte do adolescente baleado pela polícia incendiou a situação.

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