Para enfrentar a maior hiperinflação hoje no mundo, de mais de 231 milhões por cento ao ano, o Zimbábue lançou na semana passada a nota de 10 bilhões de dólares zimbabuanos, que vale cerca de US$ 20.
Com o dinheiro, é possível comprar 20 baguetes.
O Zimbábue está à beira do colapso, em grave crise desde o segundo turno da eleição presidencial, realizado em junho, com a desistência do candidato da oposição, Morgan Tsvangirai, que teria ganho no primeiro turno.
Nos últimos meses, foi aberto um diálogo entre a oposição e o governo, mas o ditador Robert Mugabe, no poder há 28 anos, se nega a fazer as concessões necessárias a uma partilha do poder.
A população enfrenta uma epidemia de cólera que já matou mil pessoas, enquanto o governo afirma ter controlado a doença e acusa a antiga potência colonial, o Reino Unido, de vetar créditos para a recuperação econômica do Zimbábue.
Como observou um zimbabuano entrevistado pela BBC, hoje em dia não são mais as potências coloniais que exploram os africanos, são os próprios africanos.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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