O tribunal especial das Nações Unidas sobre o genocídio de Ruanda condenou hoje, pela primeira vez, os mandantes dos crimes contra a humanidade cometidos em 100 dias a partir de 6 de abril de 1994, quando a Frente Patriótica de Ruanda matou o então presidente do país, Juvenal Habyarimana.
Em Arucha, na Tanzânia, sede do tribunal, o ex-coronel Theoneste Bagosora foi considerado culpado de genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade, por ter planejado e organizado os massacres.
Já Protais Zigiranyirazo, o Senhor Z, um líder da elite da etnia hutu, pegou 20 anos de cadeia por organizar milícias e esquadrões da morte, pelo assassinato de opositores do antigo regime depois e por enterrar os mortos em cemitérios clandestinos para encobrir os crimes.
Depois da morte de Habyarimana, o regime hutu decidiu exterminar o povo tútsi, vitorioso na guerra civil. O Exército hutu em fuga e a milícia Interahamwe mataram entre 800 mil e 1 milhão de pessoas.
Foi o maior matança no mundo depois da Segunda Guerra Mundial, só superada pelo genocídio cometido pelo regime de Pol Pot contra seu próprio povo, no Camboja, de 1975 a 1978.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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