O Congresso dos Estados Unidos vai dar empréstimos de emergência às três maiores empresas automobilísticas americanas, a General Motors, a Ford e a Chrysler, indicaram hoje líderes democratas. Os detalhes devem ser anunciados ainda neste fim de semana. Sem ajuda, a GM e a Chrysler, que podem se fundir, corriam o risco de não sobreviver ao fim do ano.
Diante do anúncio de que mais de meio milhão de empregos desapareceram em novembro, o presidente George W. Bush deu apoio aos pedidos de ajuda de emergência das fábricas de automóveis. Bush não quer encerrar seu governo desastroso com a falência da GM.
As empresas devem receber empréstimos-ponte para sobreviver até a posse de Barack Obama, em 20 de janeiro de 2009.
Nos anos 60, o pensador político e depois ministro francês Jean-Jacques Servan-Schreiber escreveu O Desafio Americano, uma visão crítica dos superpoderes dos EUA e do desafio que representavam para o resto do mundo. Nesse livro, a GM foi descrita como a terceira maior potência mundial, atrás apenas dos EUA e da União Soviética.
Vítima do seu próprio gigantismo, a GM se tornou um monstro ingovernável. Depois de várias crises do petróleo, continuou investindo em carros de alto consumo. Ainda disputa a condição de maior fabricante de automóveis do mundo com a Toyota, que deve perder este ano, mas acumula prejuízos bilionários.
Nas últimas décadas, o carro perdeu seu charme por causa dos engarrafamentos, da poluição nas grandes cidades, do aquecimento global e dos preços dos combustíveis. Com a atual crise financeira global, as vendas de automóveis entraram em colapso.
A maioria das pessoas toma dinheiro emprestado para comprar um carro novo. Ao vender seu usado, movimenta também o mercado de usados. No momento, está tudo em marcha lenta.
O mercado está em estado de choque.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
sábado, 6 de dezembro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário