Depois de fazer concessões à Polônia, muito dependente do carvão para gerar energia, os 27 países da União Européia concordaram, na reunião de cúpula de 11 e 12 de dezembro de 2008, em reduzir até 2020 as emissões dos gases que agravam o efeito estufa em 20% em relação a 1990 e usar pelo menos 20% de energia de fontes renováveis.
O combate ao aquecimento global foi o tema da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima realizada desde o início do mês em Poznan, na Polônia. Foi uma reunião intermediária do processo de negociações iniciado em Báli, na Indonésia, no ano passado, para a conclusão de um acordo pós-Quioto no próximo ano, numa terceira conferência, em Copenhague, na Dinamarca.
Em Quioto, em 1997, foi aprovado um procotolo adicional à Convenção sobre Mudança do Clima que impunha a 38 países uma redução média nas emissões de gases do efeito estufa de 5% em relação a 1990. Os países em desenvolvimento, sem um passado de poluição da atmosfera, não tiveram de cumprir metas.
Agora, a maior preocupação é envolver todos os países em um esforço comum. Os Estados Unidos nunca aderiram ao Protocolo de Quioto. Sob a presidência de Barack Obama, vai voltar à mesa de negociações.
Os EUA e a China emitem metade dos gases carbônicos que aquecem o planeta, cada um cerca de 25%. Em Poznan, ainda sob Bush, o governo americano ficou na defensiva, enquanto o ex-vice-presidente Al Gore fez um discurso inflamado e otimista quando a um acordo em 2009, em Copenhague.
Durante a conferência de Poznan, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, apresentou um plano de redução de emissões baseado principalmente na redução das queimadas em florestas, especialmente na Amazônia, responsáveis por 75% das emissões brasileiras de gases do efeito estufa.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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