Cientistas da Universidade Hebraica de Jerusalém conseguiram reverter defeitos genéticos congênitos e ambientais em cobaias, substituindo as células cerebrais defeituosas por células-tronco.
O trabalho da equipe chefiada pelo prof. Joseph Yanai no Hospital Universitário Hadassah foi apresentado na Conferência de Telavive sobre Células-Tronco, no início do ano. Deve ser reapresentado e publicado na 7ª Conferência Anual da Sociedade Internacional sobre Pesquisas com Células-Tronco, a ser realizada em Barcelona em 2009.
Além de Yanai, o prof. Tamir Ben-Hur, diretor do Departamento de Neurologia da Universidade Hebraica e o prof. Ted Slotkin, da Universidade de Duke, na Carolina do Norte, lideram as pesquisas. Eles observam que os defeitos dos bebês são mais difíceis de rastrear por causa das muitas substâncias teratogênicas, capazes de causar anormalidades.
Na experiência, os pesquisadores conseguiram resolver esse problema usando células-tronco embrionárias nervosas. Elas migraram dentro do cérebro em busca da deficiência e se diferenciaram nas células nervosas (neurônios) necessárias para reparar o mal.
As células-tronco embrionárias se transformam para criar todas as células do corpo. Neste caso, Yanai e sua equipe foram capazes de evitar os danos em cobaias expostas a organofosforados (agrotóxicos) e heroína. Para isso, células-tronco foram transplantadas para o cérebro das cobaias recém-nascidas. A recuperação foi de quase 100%.
Como a terapia com células-tronco funcionou mesmo quando a maioria das células implantadas morreram, os cientistas descobriram que, antes de morrer, as células-tronco induzem o cérebro a produzir as células-tronco necessárias para reparar o dano.
Essa descoberta, considerada um grande avanço nas pesquisas com células-tronco, foi relatada numa das principais revistas da especialidade, Molecular Psychiatry.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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