quinta-feira, 30 de junho de 2011

Telefonema entregou camareira

Foi um telefonema da camareira de hotel que acusou Dominique Strauss-Kahn ao namorado, um traficante cumprindo pena, que desmoralizou sua denúncia.

Ela disse que sabia que o então diretor-geral do FMI era rico e que poderia ganhar muito dinheiro com o caso.

Crescimento industrial da China está em baixa

A atividade industrial na China teve em junho o menor crescimento em mais de dois anos, alimentando o temor de que a segunda maior economia do mundo esteja em desaceleração por causa das medidas do governo para conter a inflação.

Com a crise das dívidas públicas na Zona do Euro e o crescimento anêmico dos Estados Unidos, a desaceleração na economia mais dinâmica do mundo traz novas preocupações quanto à recuperação econômica global.

Processo contra Strauss-Kahn está à beira do colapso

O caso contra o ex-diretor-geral do Fundo Monetário Internacional Dominique Strauss-Kahn está à beira do colapso, revela o jornal The New York Times.

A camareira africana que o acusou de violência sexual perdeu credibilidade diante dos investigadores. Eles estão certos de que houve um ato sexual naquela suíte, mas começam a duvidar da hipótese de que houve violência.

Strauss-Kahn foi preso em 14 de maio de 2011 dentro de um avião prestes a decolar do Aeroporto John Kennedy, perdeu o cargo e  uma grande chance de se eleger presidente da França em 2012.

Para sair da cadeia para prisão domiciliar, ele pagou US$ 1 milhão de Fiança e US$ 5 milhões de caução. Está sendo processado por sete acusações que podem dar até 75 anos de prisão, mas agora a promotoria acha que as provas são inconsistentes.

EUA atacam Somália com avião não tripulado


Os Estados Unidos bombardearam a milícia fundamentalista islâmica Al Chababe, que luta para tomar o poder na Somália, um país que vive sob estado de anarquia há 20 anos, desde a queda do ditador Mohamed Siad Barre, em 1991.

Leia mais no sítio da TV árabe especializada em notícias Al Jazira.

Turquia cresce em ritmo de 11% ao ano

A Turquia registrou um crescimento econômico num ritmo que projeta um crescimento anual de 11% no primeiro trimestre de 2011, a maior taxa do mundo, superando a China e a Argentina.

Há temor de superaquecimento, mas foi essa prosperidade que garantiu a terceira vitória eleitoral consecutiva do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan, um islamita moderado.

ONU acusa líderes do Hesbolá por morte de Hariri

Um tribunal especial das Nações Unidas denunciou quatro pessoas pelo assassinato do ex-primeiro-ministro do Líbano Rafik Hariri, em 14 de fevereiro de 2005, inclusive dois membros da milícia fundamentalista xiita Hesbolá (Partido de Deus).

Mais forte militarmente do que o próprio Exército do Líbano, em protesto contra a acusação esperada, a milícia xiita forçou a queda e a dissolução do governo anterior do país, liderado por Saad Hariri, filho do líder assassinado.

Consumo cai e dívida pública sobe na França

Depois de um recuo de 1,4% em abril, o consumo doméstico de produtos industriais caiu mais 0,8% em maio na França, com baixa nas vendas de roupas e alimentos, enquanto a dívida pública subiu para 84,5% do produto interno bruto, informou hoje o Instituto Nacional de Estatísticas e Estudos Econômicos (Insee, do francês).

Com um aumento de 54,9 milhões de euros no primeiro trimestre, a dívida pública francesa chegou a 1,646 trilhão de euros, quase R$ 3,8 trilhões de reais.

Câmara aprova fim da energia nuclear alemã

Por 513 a 79, com oito abstenções, a Câmara Federal da Alemanha aprovou hoje a proposta do governo para desativar até 2022 todas as usinas nucleares do país. É uma resposta à reação da opinião pública ao acidente na usina atômica de Fukushima, no Japão, causado pelo terremoto e o maremoto de 11 de março de 2011, informa o jornal francês Le Monde.


O Senado, onde a aprovação é considerada certa, deve examinar o projeto na próxima semana. A Alemanha tem hoje 17 usinas nucleares em funcionamento.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Arábia Saudita vai fazer a bomba se Irã tiver

A ameaça de uma guerra nuclear no Oriente Médio aumentou hoje com a declaração do ex-chefe do serviço secreto e ex-embaixador da Arábia Saudita de que seu país fará armas atômicas se o Irã fizer a bomba.

Entre as principais revelações dos documentos sigilosos da diplomacia americana vazados pela organização não governamental WikiLeaks, está a pressão do rei da Arábia Saudita e outros monarcas da região do Golfo Pérsico pressionaram os Estados Unidos a atacar militarmente o Irã para neutralizar seu programa nuclear.

Agora, o príncipe Turki al-Faiçal, um membro poderoso da família real saudita advertiu a cúpula militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) que a bomba atômica iraniana "vai compelir a Arábia Saudita a adotar políticas que podem ter consequências dramáticos e imprevisíveis".

Chávez visita Fidel mas Venezuela suspende cúpula

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, alvo de rumores sobre seu estado de saúde, aproveitou o tratamento que faz em Cuba para visitar o ex-presidente Fidel Castro para mostrar que estaria bem, mas seu governo cancelou a Conferência de Cúpula da América Latina e do Caribe marcada para a próxima semana na Ilha Margarida.

Chávez saiu do país sem transferir o poder para o vice-presidente Elías Jaua, suscitando protestos da oposição e especulações generalizadas sobre seu real estado de saúde. Ele foi submetido a uma cirurgia abdominal em 10 de junho e está em convalescença. Uma das hipóteses é que teria um câncer na próstata.

Tanto o governo cubano quanto o venezuelano mantêm absoluto sigilo sobre a doença de Chávez.

Manifestantes voltam à praça no Egito

Os manifestantes voltaram a armar barracas hoje na Praça da Libertação, no centro do Cairo, para exigir o prometido fim do estado de emergência e mudanças no governo interino formado depois da renúncia do ditador Hosni Mubarak, em 11 de fevereiro de 2011.

Confira os vídeos divulgados pelo blogue do New York Times.

Obama: missão na Líbia acaba quando Kadafi sair

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reafirmou hoje claramente que a intervenção militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) na Líbia, autorizada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas para proteger a população civil, só termina quando o ditador Muamar Kadafi cair.

Obama alega que os civis não terão garantias enquanto o coronel Kadafi continuar no poder. Estranho é que o mesmo raciocínio não seja usado em relação à Síria.

Obama lidera contra qualquer republicano

Apesar da crise econômica e do desemprego de 9,1% da população economicamente ativa nos Estados Unidos, o presidente Barack Obama venceria hoje qualquer um de seus potenciais adversários do Partido Republicano na eleição presidencial de 2012, indica uma pesquisa do Instituto Marista para a companhia jornalística McClatchy Newspapers.

Só 36% dos 801 eleitores americanos ouvidos entre 15 e 23 de junho garantiram já ter definido sua opção por Obama na corrida à Casa Branca.

Cerca de 43% disseram já ter decidido votar contra o presidente, sendo 43% dos independentes, 10% dos democratas e 85% entre os republicanos.

Contra o atual favorito entre os republicanos, o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney, Obama ganharia por 46%-42%.

Se o adversário fosse o ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani, o presidente levaria por 48%-41%. A nova queridinha do movimento radical de direita Festa do Chá, a deputada Michele Bachmann, perderia por 49%-37%.

A pior derrota seria da ex-governadora do Alasca Sarah Palin, candidata a vice na chapa de John McCain em 2008. Extremamente popular entre o eleitorado conservador, ela é considerada incapaz de governar pela maioria, o que daria uma ampla vitória a Obama por 56%-30%.

Ben Laden já não liderava mais Al Caeda

Em seu exílio, o líder terrorista Ossama ben Laden não liderava mais a rede Al Caeda. Uma nova geração de jihadistas não seguia mais sua orientação quando ele foi morto, em Abotabade, no Paquistão, em 1º de maio de 2011, concluíram os Estados Unidos e o Paquistão.

"Ele era como aquele tio velho que ninguém ouve mais", comentou um alto funcionário dos serviços secretos americanos, citado no sítio da companhia jornalística americana McClatchy Newspapers, editora do Miami Herald.

Bank of America indeniza credores em US$ 8,5 bilhões

O Bank of America concordou em pagar US$ 8,5 bilhões a 22 investidores que tinham títulos atrelados a títulos da dívida hipotecária dos Estados Unidos que micaram com a crise de 2008-9, informa o jornal The Wall St. Journal.

A batalha judicial durou nove meses.

Eva Joly ganha prévia dos Verdes na França

Com 49,75% dos votos, Eva Joly venceu o primeiro turno da eleição prévia da coligação Europa Ecologia-Os Verdes para escolher seu candidato à Presidência da França em 2012.

O líder dos Verdes, Nicolas Hulot, ficou em segundo lugar com 40,22%. Vai haver segundo turno para que um candidato obtenha maioria absoluta.

Parlamento grego aprova um duro ajuste fiscal

Apesar dos protestos populares e da greve geral, por 155 a 138, o Parlamento da Grécia aprovou hoje um duro plano de ajuste das contas públicas do país. As medidas incluem cortes de gastos e aumentos de impostos no valor de 28 bilhões de euros (US$ 40 bilhões), cerca de R$ 64 bilhões, privatizações e a demissão de 150 mil funcionários públicos nos próximos cinco anos.

Uma derrota da proposta bloquearia a liberação de uma parcela de 12 bilhões do empréstimo oferecido no ano passado pela União Europeia e o Fundo Monetário Internacional e levaria a Grécia inevitavelmente a um calote que seria o primeiro na Zona do Euro. Isto teria um forte impacto sobre os outros países em dificuldade para pagar suas dívidas, como Portugal e Irlanda, e sobre bancos de todo o continente.

Só os bancos da Alemanha teriam 82 bilhões de euros em títulos da dívida grega, e os franceses, 68 bilhões.

Na França, o presidente Nicolas Sarkozy fez um acordo com os bancos para que eles aceitem uma troca de títulos gregos por novos papéis com prazos mais longos, a exemplo do que fez o Plano Brady para resolver a crise das dívidas externas da América Latina nos anos 80.

A liberação da parcela não resolve totalmente o problema grego. O mercado espera que o país deixe de honrar os pagamentos de sua dívida pública ainda neste ano ou no máximo em um ano e meio.

Para evitar um calote, a Grécia precisaria de um novo empréstimo estimado em 120 bilhões de euros, maior do que o primeiro. Como os contribuintes dos países europeus mais ricos, especialmente a Alemanha, não querem pagar a conta, uma renegociação é considerada inevitável.

Enquanto a crise grega se arrasta, a Europa emperra a recuperação da economia mundial e chama a atenção para as dívidas públicas de outros países ricos, como os EUA, onde ela se aproxima de 100% do produto interno bruto, e o Japão, onde já passa de 200%.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Corrupção ameaça derrubar Ahmadinejad

Depois de sobreviver a uma revolta popular contra sua reeleição fraudulenta, o presidente Mahmoud Ahmadinejad está prestes a ser derrubado por um conflito interno com os aiatolás que mandam no Irã e pelos escândalos de corrupção envolvendo o poderoso chefe da Casa Civil, Esfandiar Rahim Mashaei.

Na semana passada, apertando o cerco sobre o presidente e seu ministro, três aliados próximos de Mashaei foram demitidos, conta Robert Fisk, o laureado correspondente de Oriente Médio do jornal inglês The Independent.

De Teerã, Fisk aponta o ministro do Exterior e ex-chefe por quatro anos da agência de energia atômica do Irã, Ali Akbar Salehi, como favorito para substituir Ahmadinejad.

O conflito deixa claro mais uma vez que o poder real no regime fundamentalista iraniano está nas mãos dos aiatolás e cada vez mais da Guarda Revolucionária Iraniana.

Ahmadinejad é comparado ao aiatolá Sayed Hussein Ali Montazeri. Sucessor escolhido pelo aiatolá Ruhollah Khomeini, caiu em desgraça por causa de um genro que teria muito influência sobre ele.

No caso do presidente, a eminência parda é Mashaei, um engenheiro civil da região do Mar Cáspio casado com a filha de Ahmadinejad. Ele teria colocado vários aliados de sua região na Presidência da República Islâmica e teria planos para afastar os líderes religiosos da política. Isso teria irritado o Supremo Líder Espiritual da Revolução, aiatolá Ali Khamenei.

Para o clero conservador e a velha guarda, que se consideram guardiães da revolução, Ahmadinejad sempre foi considerado um estranho no ninho.

Desde sua primeira, inesperada e improvável eleição no segundo turno em 2005, ele tenta reafirmar sua lealdade ao regime. Mas pode ser vítima de mais um golpe palaciano espetacular. 

Novo comandante apoia retirada do Afeganistão

O futuro comandante militar dos Estados Unidos no Afeganistão apoia a decisão do presidente Barack Obama de retirar 33 mil soldados americanos do país até setembro de 2012 e acredita que será possível atingir os objetivos militares da guerra, mas faz algumas ressalvas, informa o jornal The Washington Post.

Em depoimento na Comissão de Forças Armadas do Senado, o general John Allen, do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, declarou que o sucesso vai depender de progresso em várias frentes, inclusive maior cooperação dos aliados e menor corrupção no Afeganistão.

A Guerra do Afeganistão é a mais longa da História dos EUA e custa US$ 10 bilhões por mês. Aliás, só os gastos para levar ar condicionado para as instalações dos militares americanos no Iraque e no Afeganistão já foram considerados absurdos.

Martine Aubry lança candidatura na França

O líder socialista Martine Aubry lançou hoje oficialmente em Lille, no Norte da França, sua campanha para disputar a candidatura do partido à Presidência do país na eleição do ano que vem.

Com a prisão do favorito, Dominique Strauss-Kahn, num escândalo sexual em Nova York, Aubry, filha do ex-presidente da Comissão Europeia Jacques Delors, vai disputar as eleições prévias do partido com o ex-presidente do PS François Hollande e Ségolène Royal, candidata derrotada pelo presidente Nicolas Sarkozy no segundo turno em 2007.

Se Strauss-Kahn sem ficha criminal seria um bom candidato, é difícil que algum dos outros três aspirantes socialistas consiga derrotar o conservador Sarkozy, apesar de sua impopularidade.

Pode haver uma candidatura de centro, do ex-ministro da Economia, do Emprego e do Meio Ambiente Jean-Louis Borloo, do Partido Radical. Borloo deixou a coalizão de centro-direita que apoia o presidente Sarkozy e pode fazer uma aliança com os Verdes.

Os partidos tradicionais franceses também enfrentam mais uma vez o desafio da extrema direita, que apela para o nacionalismo, o voto anti-imigrante e consegue galvanizar o apoio de uma parte do eleitorado da classe trabalhadora que no passado votou no Partido Comunista Francês e hoje teme perder o emprego no mundo globalizado.

Sob a liderança de Marion Anne (Marine) Le Pen, filha do líder histórico da Frente Nacional, o neonazista Jean-Marie Le Pen, a extrema direita francesa tenta se mostrar mais civilizada e palatável, com um discurso que procura apresentar respostas fáceis aos anseios e medos da classe média.

Sua lógica é racional e supostamente humanitária: "Não somos contra os imigrantes, mas a França não tem lugar para todo o mundo".

Ao tentar retirar o estigma de racista do partido, Marine tenta ampliar sua penetração junto ao eleitorado que associa ao país às grandes ideias liberais e democráticas, e tem vergonha de apoiar uma plataforma xenófoba e divisionista.

Várias pesquisas a colocam no segundo turno. O PS que não repita os erros de 2002, quando Len Pen, o pai, bateu o primeiro-ministro Lionel Jospin e chegou ao segundo turno contra o desmoralizado presidente Jacques Chirac.

Para barrar a ascensão da extrema direita, a esquerda francesa foi obrigada a tapar o nariz e votar no corrupto Chirac para um segundo mandato, de cinco anos.

Clima radical vai custar US$ 485 bi por ano aos EUA

Com o agravamento dos fenômenos climáticos atribuídos ao aquecimento global, a conta do prejuízo pode chegar a US$ 485 bilhões de por ano só nos Estados Unidos, 3% a 4% do produto interno bruto da maior economia do mundo. A estimativa é do Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas do país, citado pela revista Time.

Uma das grandes tragédias naturais recentes dos EUA, o furacão Katrina destruiu comunidades costeiras, empresas e cidades como Nova Orleans. Os danos chegaram a US$ 81 bilhões, calculou o Centro Nacional de Furacões.

Os tornados deste ano deixaram mais prejuízos bilionários. Depois de um inverno rigoroso, o verão chega ao Hemisfério Norte com fortes ondas de calor.

Aqui no Brasil, como lá, as enchentes e avalanches como as causadores das tragédias recentes em Angra dos Reis, Niterói e na região serrana do estado do Rio de Janeiro correm o risco de serem mais frequentes e mais devastadoras.

A agricultura brasileira também presta pouca atenção à questão climática como se nota no discurso de ruralistas e suas entidades. Parece que a capacidade de produção da agricultura brasileira é ilimitada.

Exportamos a natureza exuberante deste país, seu sol e calor, água e vida. Se o meio ambiente se degradar, a produtividade da agricultura cai junto.

Grécia faz dois dias de greve geral contra pacote

A Grécia viveu hoje o primeiro de dois dias de uma greve geral de protesto contra o novo pacote de cortes de gastos e aumentos de impostos no valor de 28 bilhões de euros (US$ 40 bilhões) imposto ao país pela União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Milhares de manifestantes se concentraram diante do Parlamento, tentaram impedir a entrada dos deputados e entraram em conflito com a polícia.

A votação será realizada nesta quarta-feira. A expectativa é de aprovação do pacote, o que repercutiu positivamente nas bolsas de valores do mundo inteiro.

Num alerta de última hora, o presidente do banco central grego disse que uma derrota das medidas seria um "suicídio" para o país pelas dimensões que a crise econômica atingiria.

Em sua primeira declaração como diretora-geral do FMI, Christine Lagarde, pediu ao governo e à oposição união nacional para aprovar as medidas e enfrentar a crise da dívida pública.

Terroristas atacam Hotel Intercontinental em Cabul

Um comando terrorista suicida com seis homens atacou há cerca de cinco horas o Hotel Intercontinental na capital do Afeganistão. Os rebeldes travaram uma batalha com as forças de segurança afegãs. Chegaram a disparar foguetes do terraço do hotel, que está em chamas.

Só a intervenção de dois helicópteros de combate da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) conseguiu acabar com três insurgentes entrincheirados no terraço. Pelo menos dez pessoas morreram, inclusive os terroristas.

Agora há pouco, o comando militar dos Estados Unidos declarou que o combate cessou e a situação está sob controle. A milícia fundamentalista dos Talebã (Estudantes) reivindicou a autoria do ataque.

É mais um sinal da total falta de segurança no Afeganistão. Justifica as críticas dos generais do Departamento da Defesa sobre a rapidez com que o presidente Barack Obama quer retirar 33 mil soldados daquele país.

O prazo, setembro de 2012, é dois meses antes das eleições. Convém ao presidente, mas não aos generais, que tem uma preocupação de longo prazo.

Ao anunciar uma retirada rápida de 10 mil soldados até o fim do ano, outros 23 mil até setembro do próximo e dos outros 67 mil até o fim de 2014, Obama dá à retirada uma impressão de fuga.

Desde a morte de Ossama ben Laden, em 1º de maio de 2011, o presidente americano quer fechar esse capítulo sombrio que começou em 11 de setembro de 2001. Mas o caldeirão afegão, onde a rede terrorista Al Caeda nasceu e se criou, fervilha.

Atrás dos EUA, França e Reino Unido anunciaram suas retiradas. Se é uma guerra americana e os europeus estão lá como aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), o que os europeus vão fazer lá.

A Guerra do Afeganistão já é a maior da História dos EUA. Sem a presença das forças internacionais, os Talebã têm grande chance de retomar o poder.

FMI elege Lagarde para diretora-geral

O Fundo Monetário Internacional (FMI) escolheu hoje a ministra da Economia e das Finanças da França, Christine Lagarde, como sua primeira diretora-geral. Ela substitui Dominique Strauss-Kahn, que pediu demissão depois de ser preso em Nova York sob a acusação de atacar sexualmente uma camareira de hotel.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil declarou que Lagarde era "a melhor opção". Seu único adversário era Agustín Carstens, presidente do Banco Central do México, país considerado rival na disputa pela liderança na América Latina.

No fim das contas, além dos países ricos da Europa e da América do Norte, Brasil, China e Rússia votaram com o status quo.

Durante a discussão sobre a reforma das instituições econômicas internacionais suscitada pela crise, os grandes emergentes do grupo BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) exigiram o fim de uma uma convenção adotada na Conferência de Bretton Woods, em 1944, que criou a ordem econômica mundial do pós-guerra: o presidente do Banco Mundial é sempre americano e um europeu dirige o FMI.

Os países da periferia da Europa (Grécia, Irlanda e Portugal) são hoje os maiores clientes do FMI. Até isso foi usado para defender a candidatura europeia. Ninguém pensou nisso quando os países da América Latina, da Ásia e da África pediam empréstimo ao Fundo.

EUA apoiam Lagarde para o FMI

Os Estados Unidos anunciaram hoje o apoio à candidatura da ministra da Economia e Finanças da França, Christine Lagarde, a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), garantindo sua eleição e a manutenção de uma convenção de que a instituição seja sempre dirigida por um europeu.

Vários países em desenvolvimento queriam mudar essa regra. A candidatura alternativa é do presidente do Banco Central do México, Agustín Carsten, mas grandes economias emergentes, inclusive o Brasil, a Rússia e a China, decidiram apoiar Lagarde com a contrapartida de prosseguimento das reformas no Fundo.

Lagarde é a primeira mulher a dirigir o FMI. Formada em Direito, foi advogada de grandes empresas transnacionais e não é economista, ao contrário de seus antecessores.

Suprema Corte dos EUA libera videojogos violentos para menores de 18 anos

Por 7 a 2, a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu que os governos não têm "o poder de restringir as ideias a que as crianças estão expostas".

Com base na Emenda nº 1 à Constituição dos EUA, que proíbe qualquer tipo de censura, anulou uma lei do estado da Califórnia que restringia a venda e aluguel de videojogos violentos para menores de 18 anos, informa o jornal espanhol El País.

"Não há dúvida de que os Estados possuem o direito de proteger os menores", argumentou o relator, o juiz conservador Antonin Scalia, ao justificar seu voto. "Não possuem o direito de restringir as ideias a que as crianças estão expostas".

A lei foi sancionada em 2005 pelo então governador Arnold Schwarzenegger, que ficou famoso como ator interpretando personagens ultraviolentos como o Exterminador do Futuro. Proibia a venda e o aluguel para menores de 18 anos de videojogos que dessem ao jogador a escolha de "matar, mutilar, esquartejar ou atacar sexualmente um ser humano".

Quem vendesse ou alugasse videojogos ficaria sujeito a multa de US$ 1 mil. A lei nunca entrou em vigor. Um Tribunal Federal de Recursos de São Francisco bloqueou sua aplicação e o caso chegou à Suprema Corte.

Foi também uma vitória para a indústria do videogame, que fatura US$ 18 bilhões por ano.

Há poucos dias, os juízes supremos dos EUA impediram uma ação coletiva das mulheres empregadas pela rede de supermercados WalMart, a maior empresa varejista do mundo, por discriminação sexual.

A Corte decidiu que os problemas devem ser analisados caso a caso. Cada mulher que se sentir discriminada deve apresentar seus próprios argumentos e provas à Justiça.

Os analistas observaram que o supremo tribunal americano tem hoje uma clara maioria favorável à comunidade de negócios.

Obama tem menor cotação como gestor da crise

A economia é o maior obstáculo à reeleição do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em 2012. Em pesquisa para a companhia jornalística McClatchy, que publica The Miami Herald, só 37% aprovam sua administração da crise econômica, o menor percentual registrado até hoje.

Outro aspecto negativo: dois em cada três eleitores desaprovam a gestão do déficit orçamentário dos EUA, que pode chegar a US$ 1,5 trilhão no ano fiscal que termina em 30 de setembro.

“É um sinal de alerta”, observa o diretor do Instituto Marista de Opinião Pública, Lee Miringoff, responsável pela pesquisa.

A pesquisa ouviu 1.003 adultos de 15 a 23 de junho. Tem margem de erro de 3%.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Júri condena ex-governador de Illinois nos EUA

Um júri popular condenou o ex-governador do estado de Illinois Rod Blagojevich em 17 das 20 acusações de corrupção, informou agora há pouco o jornal The New York Times. A principal foi a tentativa de vender a vaga aberta no Senado quando Barack Obama foi eleito presidente dos Estados Unidos.

A maioria dos crimes pelos quais Blagojevich foi condenado tem uma pena máxima de 20 anos de cadeia.

Como os senadores representam os estados e os EUA são uma federação, cada estado escolhe sua maneira de escolher o sucessor de uma vaga aberta no meio do mandato. No caso de Illinois, a indicação cabe ao governador.

Zelaya prega fim do domínio da elite em Honduras

Em discurso num encontro da Frente Nacional de Resistência Popular, criada para lutar contra o golpe de Estado de 28 de junho de 2009, o ex-presidente José Manuel Zelaya previu ontem que seus partidários vão derrotar a elite econômica que está no poder e governar Honduras durante 50 anos.

"A oligarquia mostrou que não quer democracia e que está disposta a usar a força para manter seus privilégios ", afirmou Zelaya, citado pelo jornal americano Miami Herald.

Para se transformar em partido político, a frente precisa coletar as assinaturas de 46 mil eleitores hondurenhos.

Se for proibido de se candidatar à Presidência, Zelaya pode indicar sua mulher, Xiomara Castro de Zelaya.

Investimento português no Brasil cai 20%

Nos primeiros quatro meses de 2011, as empresas de Portugal investiram 20,4% a menos no Brasil do que no mesmo período no ano passado. Foram US$ 152 milhões, em comparação com US$ 191 milhões em 2010.

A notícia é do sítio Portugal Digital. O país caiu de 11º para 15º na lista dos que mais investem no Brasil.

Por causa da crise da dívida pública portuguesa, o investimento brasileiro em Portugal baixou mais ainda no mesmo período, de US$ 247 milhões no ano passado para apenas US$ 7 milhões neste ano.

Bachmann e família receberam dinheiro público

Ao contrário do que prega nos palanques, a deputada federal e aspirante à candidatura do Partido Republicano à Casa Branca em 2012 Michele Bachmann, uma das líderes do movimento radical de direita Festa do Chá, recebeu ajuda com dinheiro público.

No momento em que seus partidários festejam sua ascensão nas pesquisas - no estado de Iowa, ela teria 22% das preferências do eleitorado republicano contra 23% para o ex-governador Mitt Romney - as investigações jornalísticas começam a apontar suas contradições.

O jornal Los Angeles Times revelou que o marido de Bachmann, que é psicólogo, ganhou US$ 30 mil em empréstimos dos governos federal e estadual de Minnesotta. Isso contraria a posição da deputada em relação à reforma da saúde pública do governo Barack Obama, que ela e seus aliados da Festa do Chá acusam de "socializar a medicina".

Grande crítica dos subsídios agrícolas, Bachmann negou ter se beneficiado da ajuda concedida a propriedades de sua família, no valor total de US$ 280 mil entre 1995 e 2008. Mas recebeu dividendos de US$ 32 mil a US$ 102 mil só entre 2006 e 2009.

Apesar de sua hostilidade ao programa de incentivo à retomada do crescimento no valor de US$ 787 bilhões aprovado no início do governo Obama, que descreveu como "um programa de estímulo fracassado feito com dinheiro emprestado", a deputada pediu que milhões de dólares fossem destinados a  projetos de infraestrutura em Minnesotta, o estado que representa em Washington.

Ela é apontada como a nova Sarah Palin e é exatamente isso: uma mulher bonita e simpática, com grande apelo midiático mas pobre de ideias, com um discurso ideológico que não resiste ao teste da realidade.

China apoia Christine Lagarde para o FMI

A China abandonou sua neutralidade. Vai apoiar a candidatura da ministra da Economia e das Finanças da França, Christine Lagarde, para diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), revelou hoje o presidente do Banco Popular da China (banco central), Zhou Xiaochuan.

Apesar da retórica terceiro-mundista dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil também vai apoiar Lagarde contra o presidente do Banco Central do México, Agustín Carsten. O Brasil e o México disputam a liderança da América Latina.

TPI ordena prisão do cornel Kadafi

O procurador-geral do Tribunal Penal Internacional (TPI), Luis Moreno Ocampo, emitiu hoje ordens de prisão do ditador da Líbia, coronel Muamar Kadafi, de seu filho Saif al-Islam al-Kadafi, do chefe do serviço secreto líbio, Abdullah Sanussi e de outros dois altos funcionários do país acusados de crimes de guerra, informa a Rádio ONU.


No campo de batalha, os rebeldes que lutam há quatro meses e meio contra a ditadura estão a 80 quilômetros da capital do país, Trípoli. Os enviados especiais da TV pública britânica BBC observam uma mudança na correlação de forças.

domingo, 26 de junho de 2011

Rebaixamento aumentaria juros da divida dos EUA

Um possível calote, ainda que parcial, e o rebaixamento da nota de crédito da dívida soberana dos Estados Unidos aumentariam significativamente a conta de juros que o país teria de pagar para financiar um déficit orçamentário que passa de US$ 1 trilhão por ano.

A questão está sendo discutida por causa do impasse entre a Casa Branca e a Câmara, dominada pela oposição republicana, para aumentar o teto do endividamento público dos EUA. Sem acordo entre Executivo e Legislativo, o Tesouro não pode emitir títulos da dívida pública além do limite atual, de US$ 14,3 trilhões.

Isso pode afetar os pagamentos da dívida no ínício da agosto. Se houver um calote, ainda que parcial, as agências de classificação de risco ameaçam rebaixar a nota da dívida soberana dos EUA. O país teria de pagar juros mais altos para refinanciar essa dívida. A conta aumentaria em alguns bilhões de dólares.

Brasileiro é eleito diretor-geral da FAO

O ex-coordenador do programa Fome Zero no início do governo Lula, José Graziano da Silva, foi eleito hoje para diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentos (FAO). Ele teve 92 votos contra 88 dados ao ex-ministro do Exterior da Espanha Miguel Ángel Moratinos.

Em seu discurso da vitória, José Graziano prometeu lutar para acabar com a fome no mundo.

sábado, 25 de junho de 2011

China liberta dissidente Hu Jia

O regime comunista da China libertou hoje o dissidente Hu Jia, preso há três anos e meio por "incitar à subversão do poder do Estado".

Como no caso do artista plástico Ai Weiwei, Hu foi solto sob o compromisso de não comentar o caso.

Desde o início das revoltas populares no mundo árabe, a China aumentou a repressão a seus dissidentes, temendo contestação à ditadura do Partido Comunista.

Carro-bomba mata 23 no Afeganistão

Um atentado terrorista com um carro-bomba que explodiu junto a um posto médico matou pelo menos 23 pessoas e feriu outras 120 hoje na província de Logar, no Afeganistão.

A milícia fundamentalista dos Talebã negou responsabilidade pelo ataque.

Estado de Nova York aprova casamento gay

Por 33 a 29, o Senado do estado de Nova York aprovou ontem à noite a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo.

A proposta já foi aprovada pela Assembleia Legislativa. Para virar lei, dependia apenas da assinatura do governador Andrew Cuomo, um defensor do casamento homossexual, que já sancionou o projeto.

Com as galerias lotadas de partidários e adversários do projeto, os bombeiros precisaram fazer um cordão de isolamento entre os dois grupos.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Irã prende aliado do presidente Ahmadinejad

O ex-vice-ministro do Exterior do Irã, Muhammad Sharif Malekzadeh, um aliado do presidente linha dura Mahmoud Ahmadinejad, foi preso sob acusação de corrupção, noticia o jornal inglês The Guardian

É mais uma pressão contra o presidente, que entrou em confronto com os aiatolás que mandam no país, especialmente o Supremo Líder Espiritual da Revolução Islâmica, Ali Khamenei. Há rumores de afastamento de Ahmadinejad.

Malekzadeh pediu demissão há dois dias, uma semana depois de ser nomeado, sob pressão do Majlis (Parlamento), por suas ligações com o polêmico chefe da Casa Civil de Ahmadinejad, Esfandiar Rahim Mashaei, acusado pelos mulás de tentar minar o poder dos religiosos.

Os partidários de Khamenei, que dominam o parlamento, lançaram uma campanha contra os dois.

Nas últimas semanas, pelo menos 25 pessoas ligadas a Ahmadinejad e Mashaei foram presas.

Câmara derrota Obama na questão da Líbia

Por 295 a 123, com base na Lei dos Poderes de Guerra, a Câmara dos Representantes negou hoje o consentimento do Congresso ao envolvimento dos Estados Unidos na intervenção militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte na guerra civil da Líbia.

O voto não tem efeito imediato.

Outra proposta, para negar fundos para qualquer participação americana além de missões de apoio, foi rejeitada por 238 a 180. Ela impediria os EUA de participar dos bombardeios autorizados pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas para proteger a população civil líbia.

Kadafi pode fugir de Trípoli

Com o aumento dos bombardeios da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) a Trípoli, o serviço secreto dos Estados Unidos acredita que o ditador Muamar Kadafi está "considerando seriamente" a possibilidade de fugir da capital da Líbia.

Kadafi procuraria um refúgio seguro no interior do país, o que enfraqueceria ainda mais sua situação, informa o jornal The Wall St. Journal.

Encomendas à indústria crescem nos EUA

Depois de uma queda de 2,7% em abril, as novas encomendas à indústria dos Estados Unidos cresceram 1,9% em maio, revelou hoje o Departamento do Comércio, dissipando o temor de uma queda na atividade manufatureira.

Leia mais na agência Reuters.

Líderes europeus aprovam adesão da Croácia

Os líderes dos 27 países-membros da União Europeia aprovaram hoje a conclusão das negociações preparatórias em andamento desde 2005 para a adesão da Croácia.

A expectativa é que o tratado de adesão seja assinado antes do fim deste ano de 2011.

UE nomeia Draghi para o BCE

Durante reunião de cúpula em Bruxelas, os líderes da União Europeia indicaram oficialmente hoje o italiano Mario Draghi para próximo presidente do Banco Central da Europa, autoridade monetária comum dos 17 países que adotam o euro como moeda.

Draghi assume o cargo em 1º de novembro de 2011, substituindo o francês Jean-Claude Trichet num momento crítico para a união monetária europeia por causa da crise das dívidas públicas da Grécia, da Irlanda e de Portugal.

EUA cresceram em ritmo de 1,9% ao ano

Na terceira estimativa, o crescimento do produto interno bruto dos Estados Unidos no primeiro trimestre de 2011 ficou em 1,9% ao ano, um pouco acima do 1,8% da segunda estimativa, mas abaixo da expectativa dos economistas.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Chineses veem própria história em livro de Kissinger

Um dos acontecimentos que ajudou a criar o mundo atual, a reaproximação dos Estados Unidos com a China, há 40 anos, está sendo revivido com várias comemorações e a publicação do livro Sobre a China, do então secretário de Estado americano, Henry Kissinger.

Os próprios chineses estão aprendendo um pouco mais sobre sua história, como mostra esta reportagem do Diário da China.

A convite do Instituto Popular de Relações Internacionais da China, Kissinger chega hoje a Beijim para uma série de encontros públicos e privados para marcar o aniversário de sua missão secreta. Ele ficou apenas 48 horas na capital chinesa em julho de 1971 para quebrar o gelo nas relações entre os dois países.

Em 1967, antes de se eleger presidente, Nixon publicara um artigo na revista Foreign Affairs chamado A Ásia depois do Vietnam.

Ao mesmo tempo em que apontava a China como um “perigo” e uma “ameaça” para o futuro da Ásia, Nixon alertava que, “tendo uma visão de longo prazo, não podemos deixar a China fora da família das nações”.

O dirigente máximo da República Popular da China, Mao Tsé-tung, prestou atenção.

Em 1969, Mao nomeou quatro generais que estavam marginalizados pela Grande Revolução Cultural Proletária para discutir a situação internacional do país. Eles organizaram 16 debates com um total de 48 horas.

A conclusão geral foi que EUA e União Soviética tinham um pacto não escrito para dividir o mundo entre si, mas, na confrontação inevitável da Guerra Fria, usariam a China como uma carta na sua disputa pela Europa e Oriente Médio.

Como a China via a URSS como maior inimiga depois de uma série de incidentes de fronteira que levaram as duas potências comunistas à guerra em 1969, o regime comunista chinês decidiu jogar sua “cartada americana”.

Em outubro de 1970, Nixon declarou em entrevista à revista Time que ele não podia ir à China, mas gostaria que seus filhos  fossem. O convite de Mao veio em 10 de dezembro de 1970 através do jornalista americano Edgar Snow.

Mais uma vez, o esporte aproximou os povos que a política afastava. Em abril de 1971, uma delegação americana de tênis de mesa fez uma excursão à China. Mao teria feito o convite quando a equipe estava em Nagoia, no Japão, prestes para voltar aos EUA.

O primeiro-ministro e ministro do Exterior Chu Enlai, o grande mestre da política externa da China, foi encarregado de organizar a visita. Tratou de fazer com que parecesse que a iniciativa do reatamento tinha partido da China.

Nos encontros com Kissinger, o assessor de segurança nacional dos EUA levava um dossiê de seis centímetros de espessura com informações sobre a China. Chu falava de cabeça.

AIE usa estoques para baixar preço do petróleo

Os preços internacionais do petróleo caíram mais de 7% hoje com o anúncio da Agência Internacional de Energia de que os países ricos vão usar parte de seus estoques estratégicos para compensar a falta de petróleo da Líbia, que está em guerra civil, informa o jornal Financial Times.

Serão 60 mil barris por dia durante os próximos 30 dias. 

Em Londres, o barril de petróleo do tipo Brent, do Mar do Norte, terminou o dia a US$ 107,26.

É a terceira vez desde que a AIE foi criada, em 1974, como resposta à primeira crise do petróleo, que decide usar seus estoques para estabilizar o mercado. A última tinha sido em 1991.

Antes da rebelião popular, a Líbia produzia cerca de 1,6 milhão de barris por dia. Com a guerra, 132 milhões de barris já teriam deixado de ser produzidos.

Os estoques americanos estão no momento no nível recorde de 727 milhões de barris.

Celular liga Ben Laden ao Paquistão

Um telefone celular do correio de Ossama ben Laden revela uma  possível ligação do líder terrorista com o grupo Harakat-ul-Mujahedin, apoiado há 20 anos pelo serviço secreto militar do Paquistão, revela o jornal The New York Times.

O aparelho foi apreendido pelos comandos de elite dos Estados Unidos que mataram o terrorista em 1º de maio de 2011.

A descoberta indica que Ben Laden usava o grupo extremista paquistanês como parte de sua rede de sustentação no país onde passou seus últimos anos de vida.

UE insiste que Grécia não dará calote

A Grécia e a União Europeia negociaram um novo programa de cortes de gastos públicos e aumentos de impostos para liberação de uma parcela de 12 bilhões de euros de um empréstimo de 110 bilhões (R$ 250 bilhões) destinado a impedir que o país equilibre suas contas e pague sua dívida pública.

No fim de uma reunião de cúpula de dois dias em que o tema central foi a crise das dívidas públicas, especialmente da Grécia, os líderes da UE insistiram em que não haverá calotes na zona do euro, a moeda comum introduzida em 1999 e adotada hoje por 17 países.

O próximo desafio é fazer um novo pacote de ajuda à Grécia, que terá a participação do setor privado, anunciou o presidente do Conselho Europeu, o ex-primeiro-ministro belga Herman von Rampuy.

Holanda exige autorização para instalar cookies

O Parlamento da Holanda aprovou uma lei para exigir que as empresas de Internet obtenham o consentimento dos usuários para instalar cookies nos seus computadores.

Geralmente os cookies são usados para identificar o usuário e autenticar seus dados para dar acesso a um sítio, mas podem monitorar suas preferências como consumidor, coletando informações com valor comercial.

Por uma questão de privacidade e segurança, a Holanda, país com uma longa tradição liberal, decidiu impor um limite a esse instrumento com alto potencial para espionar e bisbilhotar a vida dos cidadãos.

Líder da ultradireita é absolvido na Holanda

A Justiça da Holanda absolveu hoje o deputado e líder da extrema direita Geert Wilders das acusações de racismo, discriminação e discurso odioso, decidindo que suas declarações anti-islâmicas podem ser consideradas parte de um debate político legítimo, noticia o jornal The Washington Post.

“Não é apenas uma absolvição para mim”, festejou Wilders. “Felizmente, temos permissão para discutir o Islã em público”.

Em uma de suas frases mais incendiárias, o líder do Partido do Povo comparou o livro sagrado do islamismo à obra de Adolf Hitler para promover o nazismo: “O cerne do problema é o fascismo do Islã, essa ideologia doente de Alá e Maomé que está expressa no Mein Kampf muçulmano, o Corão.”

Para o professor Andrew Krouwel, da Universidade Livre de Amsterdã, há dez anos Wilders poderia ter sido condenado, mas hoje suas ideias são toleradas pela sociedade holandesa.

Já o professor Leo Lucassen, da Universidade de Leiden, entende que o veredito vai estimular a xenophobia na Holanda.

O governo direitista holandês está tomando medidas para proibir trajes que cubram o rosto, a exemplo da França, e deve endurecer as regras para imigração.

Produção global de cereais será menor que previsto

A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentos (FAO) reduziu sua previsão para a produção mundial de cereais para este ano de 2,315 para 2,302 milhões de toneladas. 

Com problemas meteorológicos nos Estados Unidos e na Europa, a pressão inflacionária vai se manter, alerta a agência da ONU, citada na revista América Economia.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Obama anuncia retirada de 33 mil do Afeganistão

Em pronunciamento na Casa Branca, o presidente Barack Obama está explicando neste momento a decisão de retirar 33 mil soldados dos Estados Unidos do Afeganistão até setembro do próximo ano. Cinco mil deve sair em semanas e outros 5 mil até o fim do ano.

Obama lembrou que, ao assumir o cargo, havia um ressurgimento da milícia fundamentalista dos Talebã. Por isso, ele ordenou o aumento do número de soldados americanos naquela guerra para cerca de 100 mil. Agora, anuncia a retirada de um terço do total.

Os objetivos eram conter a expansão dos Talebã, concentrar fogo no combate à rede terrorista Al Caeda e treinaras forças de segurança afegãs para assumirem o controle do país quando todas as forças internacionais se retiraram.

Com a morte de Ossama ben Laden, no último dia 2 de maio, aumentou a pressão interna nos EUA para retirar os soldados. Finalmente, os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 estariam vingados. Mas o general David Petraeus, chefe do Comando Central dos EUA, queria retirar apenas 5 mil soldados até o fim de 2012, e não 33 mil.

Ganhou o vice-presidente Joe Biden, famoso pelas bobagens que diz. No passado, chegou a propor a divisão do Iraque entre xiitas, sunitas e curdos.

"É hora de construir a nação aqui", afirmou o presidente. "Os EUA provaram que são um país capaz de atingir seus objetivos."

A Guerra do Afeganistão é a mais longa da História dos EUA. Custa certa de US$ 10 bilhões por mês.

Oposição grega rejeita medidas de austeridade

O líder da oposição na Grécia, deputado conservador Antonis Samaras, afastou hoje a possibilidade de apoiar o pacote de medidas do governo para cortar gastos públicos e aumentar impostos com o objetivo de reduzir o déficit público do país, revela o jornal inglês Financial Times.

“Estão me pedindo para apoiar o mesmo tipo de remédio para um paciente que está morrendo com esse remédio”, afirmou Samaras, líder do Partido Nova Democracia. “Não vou fazer isso.”

Investimento externo nos EUA cresce 49%

Apesar da crise, o investimento externo direto nos Estados Unidos cresceu 49% no ano passado, chegando  a US$ 153 bilhões, mas ainda está em menos da metade dos US$ 308 bilhões de 2008, informa a agência de notícias Reuters.

O total de ativos de empresas estrangeiras no país é estimado em US$ 3,1 trilhões em relatório do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca.

Mesmo com o extraordinário crescimento da China e outras economias emergentes, os EUA continuam sendo o principal destino do capital estrangeiro.

Obama inicia retirada do Afeganistão

Depois de aumentar para cerca de 100 mil o contingente militar dos Estados Unidos no Afeganistão, com a morte do líder terrorista Ossama ben Laden, o presidente Barack Obama deve anunciar em breve o início da retirada americana daquele país da Ásia.

Em pronunciamento na Casa Branca previsto para hoje, Obama deve informar que 10 mil soldados americanos saem do Afeganistão até o fim deste ano e outros 23 mil até setembro de 2012.

A Guerra do Afeganistão custa US$ 10 bilhões por mês ao Tesouro dos EUA.

Fed vai parar de comprar títulos públicos

A Reserva Federal (Fed), o banco central dos Estados Unidos, comunicou oficialmente hoje que encerra na próxima semana seu programa de compra de US$ 600 bilhões em títulos da dívida pública do país. Seu objetivo era aumentar a quantidade de dinheiro em circulação para estimular a economia americana.

Em nota oficial, o Fed declara que "a recuperação econômica continua em ritmo moderado, embora um pouco mais lento do que o comitê esperava", informa o jornal The New York Times.

O Comitê de Mercado Aberto, o comitê de política monetária do banco central americano, "espera que o ritmo da recuperação cresça nos próximos trimestres e que a taxa de desemprego retome seu declínio gradual".

Por unanimidade, o comitê decidiu manter a taxa básica de juros inalterada entre 0 e 0,25% “por um longo período”, política que adota há dois anos.

Sem alternativas para estimular a recuperação econômica, desde novembro do ano passado, o Fed compra US$ 75 bilhões por mês em títulos da dívida pública dos EUA para jogar mais dinheiro no mercado.

A operação, chamada de “alívio quantitativo” em economês, o jargão dos economistas e do mercado financeiro, provocou uma forte reação internacional.

O ministro da Fazenda do Brasil, Guido Mantega, chegou a falar numa “guerra cambial”, como se o objetivo do Fed fosse apenas desvalorizar a moeda americana para aumentar a competitividade das exportações do país. A recuperação americana continua fraca, mas as exportações bateram recorde.

Ban Ki Moon é reeleito por aclamação

A Assembleia Geral das Nações Unidas reelegeu ontem por aclamação o ex-ministro do Exterior da Coreia do Sul Ban Ki Moon para um segundo mandato de cinco anos como secretário-geral da ONU, a partir de 1º de janeiro de 2012.

Ao cumprimentar Ban, o governo brasileiro prometeu cooperar com a instituição na busca de soluções para as grandes questões internacionais, especialmente na organização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), a ser realizada em 2012 no Rio de Janeiro.

China anuncia libertação de artista dissidente

O governo da China anunciou oficialmente hoje que o mais famoso artista plástico do país, o dissidente Ai Weiwei, foi libertado, depois de confessar o crime de evasão fiscal, noticia a TV pública britânica BBC.

A família não confirmou a libertação, dizendo que ainda não conseguiu entrar em contato com ele.

Ai Weiwei foi preso no início de abril no aeroporto de Beijim, quando tentava tomar um avião para Hong Kong, onde as liberdades públicas são garantidas pelo acordo que levou a devolução da colônia britânica à China em 2 de julho de 1997.

Ao chegar em casa, o artista foi cercado por repórteres. Ele declarou estar em liberdade condicional, proibido de dar entrevistas e de deixar Beijim.

América Central enfrenta suas gangues e máfias do tráfico de drogas do México

Sob pressão da guerra contra as drogas do governo do México, as máfias de traficantes estão se instalando nos frágeis países da América Central. Desde o fim das guerras civis que marcaram a Guerra Fria, nos anos 90, a região enfrenta uma onda de violência criminal.

Com a democratização e a adoção políticas econômicas neoliberais, houve uma redução nas polícias  e Forças Armadas. 

Os estados nacionais da Guatemala, Honduras, El Salvador e Nicarágua já eram fracos. Ficaram ainda mais debilitados, observa, em artigo publicado no jornal espanhol El País, Joaquín Villalobos, ex-comandante militar da guerrilha em El Salvador, hoje consultor sobre solução de conflitos.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Brasil e Reino Unido assinam acordos de cooperação

O vice-primeiro-ministro britânico, Nick Clegg, visitou hoje Brasília, onde assinou acordos com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. O Brasil e o Reino Unido divulgaram o seguinte comunicado conjunto:

Em 21 e 22 de junho de 2011, o Governo brasileiro recebeu Delegação Ministerial do Reino Unido liderada pelo Vice-Primeiro-Ministro Nick Clegg. Os dois Governos realizaram consultas abrangentes e identificaram áreas de cooperação ao longo dos próximos quatro anos, com o objetivo geral de elevar a forte parceria que já possuem a níveis ainda mais altos.

Brasil/Reino Unido: áreas-chave de cooperação

Bilateral

Comércio e Investimento

O Reino Unido e o Brasil celebraram o aumento significativo no comércio bilateral em 2010, embora reconheçam o potencial para muito mais, e comprometeram-se a encorajar maior investimento em ambas as direções. A próxima reunião do Comitê Econômico e de Comércio Conjunto (JETCO) será realizada em Londres em setembro de 2011.

Esportes

Os dois países reconheceram as oportunidades singulares decorrentes da incumbência de realizar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2012 em Londres e de 2016 no Rio de Janeiro. Eles concordaram em utilizar o planejamento, preparação e realização dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos para desenvolver a já forte cooperação em grandes eventos esportivos, inclusive nas áreas de sustentabilidade, segurança e legado – com base em dois acordos bilaterais já celebrados – por meio de conferência intitulada “De Londres para o Rio: um Legado Olímpico” e mediante ações decorrentes de futuras visitas a Londres por parte do Conselho Público Olímpico brasileiro.

Ciência e Inovação

O Ministro britânico para Universidades e Ciência, David Willetts, e o Ministro de Estado da Ciência e Tecnologia do Brasil, Aloizio Mercadante Oliva, assinarão em 22 de junho Declaração Conjunta reforçando a próspera relação em Ciência e Inovação que existe entre Brasil e Reino Unido. Os dois Governos continuarão a identificar novas áreas de cooperação, incluindo atividades para atrair maiores investimentos do setor privado em pesquisa e desenvolvimento. A inovação será elemento central da relação, incluindo a exploração de oportunidades para transferência de tecnologia, inovação aberta e o estabelecimento de um número maior de joint ventures entre pequenas e médias empresas de alta tecnologia britânicas e brasileiras, bem como entre empresas inovadoras. O Reino Unido e o Brasil concordaram sobre a importância da propriedade intelectual para a promoção da inovação e da transferência de tecnologia.

Educação  

Cientes do papel central a ser desempenhado pela educação no desenvolvimento dos dois países, o Reino Unido e o Brasil comprometem-se com uma maior cooperação nessa área. Ambas as Partes discutiram o novo programa de bolsas de estudos anunciado pela Presidenta Dilma Rousseff e celebraram a cooperação entre universidades, empresas e instituições brasileiras e britânicas para viabilizar um aumento significativo no intercâmbio estudantil ao longo dos próximos quatro anos. Por ocasião de mesa redonda em Brasília, da qual participaram Reitores de universidades britânicas e brasileiras, ambos países celebraram a assinatura de acordo entre o Grupo BG e o Conselho Nacional de Pesquisa – CNPq, por meio do qual o Grupo BG financiará até 450 novas bolsas de estudos para estudantes brasileiros no Reino Unido ao longo dos próximos 5 a 8 anos.

Defesa

O Reino Unido e o Brasil assinaram Tratado de Cooperação em Defesa em setembro de 2010 e comprometeram-se com a colaboração entre as duas Forças Armadas e Ministérios da Defesa. O Reino Unido aguarda com interesse a visita do Ministro de Estado da Defesa do Brasil no próximo mês.

Cultura e Turismo

O Reino Unido e o Brasil concordaram em garantir que as oportunidades apresentadas pelos grandes eventos esportivos que acontecerão em breve nos dois países sejam plenamente exploradas, incluindo um aumento significativo do turismo bilateral e do intercâmbio cultural, bem como mais cooperação e parcerias inovadoras entre nossos povos, organizações e empresas. O Brasil e o Reino Unido assinaram um novo Memorando de Entendimento sobre Cooperação e Intercâmbio Cultural.

Internacional

Política/Segurança

O Reino Unido e o Brasil continuarão a realizar consultas regulares sobre a pauta do Conselho de Segurança da ONU e outros fóruns multilaterais relacionados com a manutenção da paz internacional, desarmamento e não-proliferação, e direitos humanos. O Vice-Primeiro-Ministro reiterou o apoio do Reino Unido a um Conselho de Segurança da ONU reformado que inclua o Brasil como Membro Permanente.

Desenvolvimento Internacional

O Reino Unido e o Brasil assinaram Memorando de Entendimento sobre Desenvolvimento Global que fortalecerá suas ações conjuntas para promover o cumprimento acelerado dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. O MdE encorajará diálogo e cooperação mais fortes e profundos, beneficiando-se dos conhecimentos e experiência dos dois países com vistas a alcançar um maior impacto sobre a redução da pobreza e o crescimento globais. As ações a serem empreendidas incluem um programa extenso de cooperação trilateral, promovendo debate sobre políticas de desenvolvimento global e compartilhando boas práticas dos sistemas de cooperação em desenvolvimento de ambos os países.

Economia

O Reino Unido e o Brasil trabalharão estreitamente no âmbito do G20 para atingir objetivos comuns para promover um crescimento global equilibrado, sustentado e forte Ambos os países reconhecem os desafios atuais da economia mundial e continuarão a cooperar no âmbito do G20 para superá-los.

Comércio Internacional 

O Reino Unido e o Brasil reafirmaram seu compromisso conjunto com mercados abertos e livres. Na qualidade de apoiadores de longa data da Rodada de Comércio de Doha e do sistema de comércio multilateral, os dois países notaram com grave preocupação o atual impasse nas negociações de Doha e concordaram em trabalhar juntos para explorar todas as opções de negociação que levem a uma conclusão da Rodada, conferindo prioridade às necessidades dos Países Menos Desenvolvidos (PMD). Ambos os países apoiam a conclusão do Acordo de Associação bi-regional UE-Mercosul com o objetivo de impulsionar o comércio e o investimento mútuos e fortalecer uma relação mais ampla entre as duas regiões.

Energia

O Brasil e o Reino Unido celebraram o lançamento de um novo Diálogo de Alto Nível sobre Energia em 2011, para explorar meios de trabalhar em conjunto interna e internacionalmente, inclusive através do G20 e do Fórum Internacional de Energia (IEF) para promover a segurança energética, a produção e o uso de energias renováveis, e dar abertura a novas oportunidades científicas e de investimentos no setor de energia.

Mudança do Clima e Desenvolvimento Sustentável

O Reino Unido e o Brasil trabalharão juntos para enfrentar os principais desafios ambientais do século XXI, mantendo a cooperação estreita desenvolvida nas reuniões de Nagoya e Cancun. Ambos os países reconheceram a importância da Conferência Rio+20 em 2012 para garantir um compromisso renovado com o desenvolvimento sustentável e concordaram em cooperar mais proximamente a fim de maximizar seu impacto.

Combate ao Fluxo Global de Drogas, Crime Organizado Transnacional e Crime Cibernético

O Ministro Adjunto das Relações Exteriores do Reino Unido, Jeremy Browne, e o Ministro de Estado da Justiça do Brasil em exercício, Luiz Paulo Barreto, assinaram hoje Memorando de Entendimento que fortalece as relações bilaterais estratégicas e operacionais nas áreas de segurança e crime. Os dois países continuaram a cooperar bilateral, regional e internacionalmente para combater o crime organizado, o tráfico ilegal de drogas e as ameaças emergentes à segurança cibernética internacional.

Cristina Kirchner anuncia candidatura à reeleição

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, confirmou hoje que será candidata à reeleição em outubro deste ano, noticia o jornal Clarín

“Vou me submeter outra vez à vontade popular”, declarou Cristina hoje à tarde durante um ato na Casa Rosada, em Buenos Aires.

Ela não revelou quem será o candidato a vice-presidente. Com certeza, não vai ser o atual vice, rompido com a presidente desde que votou a favor dos ruralistas durante um conflito com o governo por causa do imposto sobre exportações de grãos.

Governo grego consegue voto de confiança

O primeiro-ministro George Papandreou obteve um voto de confiança do Parlamento da Grécia, abrindo caminho para que o país receba uma parcela de 12 bilhões de euros de uma ajuda total de 110 bilhões de euros, cerca de R$ 250 bilhões, e evite assim, pelo menos por enquanto, dar um calote na sua dívida pública.

Agora, o governo precisa aprovar mais um pacote de cortes de gastos, aumentos de impostos e privatizações para enfrentar a crise da dívida, que já está em 340 bilhões de euros, mais de R$ 750 bilhões.

"Erdogan deve aprender lições de Lula"

Eleito para um terceiro mandato consecutivo com uma retórica inflamada, o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, deveria seguir o exemplo do presidente Lula para evitar derrapagens para o populismo capazes de abalar sua posição de maior estadista do país desde Mustafá Kemal Ataturk, que fundou a república turca, em 1923.

A recomendação é do analista político americano Marco Vicenzino.

Ex-governador de Utah lança candidatura

O ex-embaixador americano na China e ex-governador do estado de Utah John Hunstman anunciou hoje de manhã em Nova York que vai disputar a candidatura do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos em 2012, noticia o jornal The Washington Post.

“Fui governador e diplomata, sou empresário”, declarou. “Sou casado com o amor da minha e tenho sete filhos maravilhosos. Venho do Oeste, onde a visão dos EUA é ilimitada”.

Apesar da crise econômica e do desemprego de 9,1% da população em idade de trabalhar, 45% dos eleitores identificados com a oposição republicana não consideram os pré-candidatos do partido capazes de ocupar a Casa Branca.

Preço de casas usadas cai 4,6% num ano nos EUA

As vendas de imóveis residenciais usados caíram 3,8% em maio, atingindo o menor nível em seis meses, indicando a persistência da crise no setor habitacional do mercado imobiliário dos Estados Unidos, onde começou a Grande Recessão (2008-9).

Em um ano, os preços caíram 4,6%, informa a agência de notícias Reuters.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Tunísia condena ex-ditador à revelia

Cinco meses depois de fugir para o exílio, o ex-ditador da Tunísia Zinedine ben Ali e sua mulher, Leila Trabelsi, foram condenados hoje a 35 anos de prisão por corrupção, desvio de dinheiro público, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas.

Depois da fuga, foram descobertos em dois palácios nos arredores da capital US$ 27 milhões de dólares em dinheiro e joias, além de drogas ilícitas, informa o jornal The Washington Post.

Ben Ali, de 74 anos, rejeitou as acusações, que descreveu como “uma palhaçada vergonhosa da justiça dos vitoriosos”.

Até agora, a Arábia Saudita não respondeu aos pedidos das novas autoridades tunisianas para extradição do ex-ditador.

As denúncias mais graves, de assassinato e conspiração contra a segurança nacional, devem ser apresentadas em futuros processos.

Assad chama rebeldes de "sabotadores"

Em seu primeiro discurso à nação em dois meses, o segundo desde o início de uma revolta popular em 15 de março, o ditador da Síria, Bachar Assad, prometeu não se render aos rebeldes, que chamou de "sabotadores".

Depois de mais de 1,3 mil mortes, propôs um diálogo nacional, condicionado ao fim das manifestações contra o regime, informa o jornal The New York Times.

"Fazemos uma distinção entre manifestantes com aspirações legítimas e os sabotadores, que representam um pequeno grupo mas tentam explorar a boa vontade do povo sírio para seus próprios fins", declarou o presidente hoje em cadeia nacional de rádio e televisão, sem anunciar detalhes das reformas liberalizantes exigidas nas ruas.

Depois do discurso, houve mais protestos nas ruas da capital, Damasco, e de outras cidades sírias, noticia a TV publica britânica BBC.

Medvedev promete não concorrer com Putin

Embora admita que gostaria de ser candidato à reeleição, o presidente Dimitri Medvedev não pretende desafiar o primeiro-ministro Vladimir Putin, seu padrinho político, se este quiser voltar à Presidência da Rússia na eleição de março de 2012.

Em entrevista ao jornal inglês Financial Times, Medvedev disse que gostaria de um sistema político mais competitivo e de uma economia mais aberta, que considera mais adequados ao desenvolvimento do país. Mas prometeu não brigar com Putin por causa disso.

“Vladimir Putin e eu somos colegas e velhos amigos, e representamos a mesma força política”, afirmou. “Portanto, uma competição entre nós seria negativa para nossas tarefas e objetivos.”

O presidente também se declarou favorável à eleição direta dos governadores das 89 unidades administrativas da Federação Russa, suspensa por Putin.