O procurador-geral do Tribunal Penal Internacional, o argentino Luis Moreno Ocampo, afirmou ontem ter indícios suficientes para acusar o ditador da Líbia, coronel Muamar Kadafi, de usar o estupro e a violência sexual sistematicamente como armas na guerra civil contra os rebeldes que tentam derrubá-lo.
Moreno Ocampo está investigando uma suspeita de que os soldados receberam medicamentos contra impotência para cometer abusos sexuais.
"O estupro não costuma ser usado na Líbia para atacar dissidentes", observa o procurador. "É uma nova forma de repressão. Por isso, tínhamos dúvidas no começo. Agora, estamos convencidos."
Em algumas áreas, cem mulheres foram violentadas. "Podemos atribuir esses crimes ao próprio Kadafi, ou são acontecimentos no campo de batalha?"
A investigação promete uma resposta definitiva.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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