Ao contrário do que prega nos palanques, a deputada federal e aspirante à candidatura do Partido Republicano à Casa Branca em 2012 Michele Bachmann, uma das líderes do movimento radical de direita Festa do Chá, recebeu ajuda com dinheiro público.
No momento em que seus partidários festejam sua ascensão nas pesquisas - no estado de Iowa, ela teria 22% das preferências do eleitorado republicano contra 23% para o ex-governador Mitt Romney - as investigações jornalísticas começam a apontar suas contradições.
O jornal Los Angeles Times revelou que o marido de Bachmann, que é psicólogo, ganhou US$ 30 mil em empréstimos dos governos federal e estadual de Minnesotta. Isso contraria a posição da deputada em relação à reforma da saúde pública do governo Barack Obama, que ela e seus aliados da Festa do Chá acusam de "socializar a medicina".
Grande crítica dos subsídios agrícolas, Bachmann negou ter se beneficiado da ajuda concedida a propriedades de sua família, no valor total de US$ 280 mil entre 1995 e 2008. Mas recebeu dividendos de US$ 32 mil a US$ 102 mil só entre 2006 e 2009.
Apesar de sua hostilidade ao programa de incentivo à retomada do crescimento no valor de US$ 787 bilhões aprovado no início do governo Obama, que descreveu como "um programa de estímulo fracassado feito com dinheiro emprestado", a deputada pediu que milhões de dólares fossem destinados a projetos de infraestrutura em Minnesotta, o estado que representa em Washington.
Ela é apontada como a nova Sarah Palin e é exatamente isso: uma mulher bonita e simpática, com grande apelo midiático mas pobre de ideias, com um discurso ideológico que não resiste ao teste da realidade.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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