O Fundo Monetário Internacional (FMI) escolheu hoje a ministra da Economia e das Finanças da França, Christine Lagarde, como sua primeira diretora-geral. Ela substitui Dominique Strauss-Kahn, que pediu demissão depois de ser preso em Nova York sob a acusação de atacar sexualmente uma camareira de hotel.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil declarou que Lagarde era "a melhor opção". Seu único adversário era Agustín Carstens, presidente do Banco Central do México, país considerado rival na disputa pela liderança na América Latina.
No fim das contas, além dos países ricos da Europa e da América do Norte, Brasil, China e Rússia votaram com o status quo.
Durante a discussão sobre a reforma das instituições econômicas internacionais suscitada pela crise, os grandes emergentes do grupo BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) exigiram o fim de uma uma convenção adotada na Conferência de Bretton Woods, em 1944, que criou a ordem econômica mundial do pós-guerra: o presidente do Banco Mundial é sempre americano e um europeu dirige o FMI.
Os países da periferia da Europa (Grécia, Irlanda e Portugal) são hoje os maiores clientes do FMI. Até isso foi usado para defender a candidatura europeia. Ninguém pensou nisso quando os países da América Latina, da Ásia e da África pediam empréstimo ao Fundo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário