“Hoje, acordos internacionais para alavancar mudanças domésticas são impensáveis”, disse Motta Veiga no encontro, realizado para comemorar os cinco anos do Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento (Cindes), do qual é fundador. Seriam politicamente inviáveis.
No comércio, acrescentou, “há uma reversão de tendência, agravada pela crise de 2008, um cenário desfavorável à cooperação internacional, uma crise profunda do transnacional e do pós-nacional, representado pela União Europeia. Há um fortalecimento dos estados nacionais”, constata.
Se os anos 90 foram favoráveis ao comércio e aos investimentos, agora a prioridade é segurança econômica, enenrgética, militar, analisou o diretor do Cindes. “É uma agenda estatal.”
As grandes economias emergentes se organizaram no grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), mas “são diferentes entre si. Mesmo que tenham sucesso econômico, o futuro do bloco é incerto. A dimensão nacional conta muito”, prevê.
Na sua opinião, “o futuro está sendo jogado no Norte, nos EUA e na UE, uma visão moderna, pós-nacional”, e “os emergentes têm hoje grande interesse na manutenção do sistema internacional”.
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