Em mais uma de suas costumeiras bravatas, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, mandou o Exército ocupar as usinas de beneficiamento de arroz, sob a alegação de que são responsáveis pela alta de preços e de desabascimento.
"Eles não produzem arroz", alegou o caudilho venezuelano. "Quem produz arroz são os camponeses. Agora, ameaçam não produzir mais. Se pararem as fábricas, eu as desaproprio e pago em títulos, não em dinheiro".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
sábado, 28 de fevereiro de 2009
Brown critica "práticas inaceitáveis" dos bancos
O primeiro-ministro do Reino Unido, Gordon Brown, cobrou hoje uma regulamentação global rigorosa do sistema financeiro que não deixe furos para fundos e paraísos fiscais.
Durante uma reunião do Fórum Nacional de Política do Partido Trabalhista realizado em Bristol, na Inglaterra, Brown declarou que "não deve haver lugar para esconder mecanismos especiais de investimento.
A Grã-Bretanha será sede de uma reunião de cúpula do Grupo dos Vinte países mais ricos do mundo, inclusive o Brasil, marcada para 2 de abril em Londres. Mas as autoridades europeias tem vários problemas imediatos a resolver até lá.
Os bancos europeus teriam emprestado US$ 1,5 trilhão a cidadãos, empresas e governos da Europa Oriental. Como a região está sendo duramente afetada pela crise financeira global, o risco de um grande calote é enorme.
Se a Europa Oriental quebrar, arrasta junto a União Europeia.
Durante uma reunião do Fórum Nacional de Política do Partido Trabalhista realizado em Bristol, na Inglaterra, Brown declarou que "não deve haver lugar para esconder mecanismos especiais de investimento.
A Grã-Bretanha será sede de uma reunião de cúpula do Grupo dos Vinte países mais ricos do mundo, inclusive o Brasil, marcada para 2 de abril em Londres. Mas as autoridades europeias tem vários problemas imediatos a resolver até lá.
Os bancos europeus teriam emprestado US$ 1,5 trilhão a cidadãos, empresas e governos da Europa Oriental. Como a região está sendo duramente afetada pela crise financeira global, o risco de um grande calote é enorme.
Se a Europa Oriental quebrar, arrasta junto a União Europeia.
Alemanha ajuda Opel para salvar 26 mil empregos
O governo da Alemanha está pronto para emprestar 5 bilhões de euros (US$ 6,3 bilhões) para salvar a Opel, principal subsidiária europeia da General Motors, revelou hoje o jornal alemão Leipziger Volkszeitung.
A chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel não confirma. Ela declarou que ainda é preciso definir qual a parte saudável da empresa: "Não podemos deixar esta parte afundar. Iria contra a nossa meta de manter empregos".
Em toda a Europa, a GM tem 55 mil funcionários. Quase 26 mil trabalham para a Opel. A empresa produz automóveis na região do Ruhr, o vale do aço alemão, desde pouco depois da Segunda Guerra Mundial.
A chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel não confirma. Ela declarou que ainda é preciso definir qual a parte saudável da empresa: "Não podemos deixar esta parte afundar. Iria contra a nossa meta de manter empregos".
Em toda a Europa, a GM tem 55 mil funcionários. Quase 26 mil trabalham para a Opel. A empresa produz automóveis na região do Ruhr, o vale do aço alemão, desde pouco depois da Segunda Guerra Mundial.
VW anuncia demissão de todos temporários
A Volkswagen vai dispensar todos os 16,5 mil trabalhadores temporários a serviço da empresa, anunciou seu presidente mundial, Martin Winterkorn, em entrevista à revista alemã Der Spiegel.
Maior fabricante de automóveis alemã e europeia, a VW sofre com a crise econômica global. Em janeiro, as vendas da empresa caíram 15% em relação a janeiro. Para este ano, a previsão é de uma redução de 10%.
No Brasil, a assessoria de imprensa da VW declarou que ninguém será demitido. A explicação é que os temporários brasileiros são contratados pela empresa. No resto do mundo, eles seriam terceirizados.
Maior fabricante de automóveis alemã e europeia, a VW sofre com a crise econômica global. Em janeiro, as vendas da empresa caíram 15% em relação a janeiro. Para este ano, a previsão é de uma redução de 10%.
No Brasil, a assessoria de imprensa da VW declarou que ninguém será demitido. A explicação é que os temporários brasileiros são contratados pela empresa. No resto do mundo, eles seriam terceirizados.
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Obama anuncia retirada do Iraque em 19 meses
O presidente Barack Obama está anunciado agora, em discurso na base dos fuzileiros navais de Camp Lejeune, na Carolina do Norte, a retirada das forças de combate dos Estados Unidos do Iraque até agosto de 2010.
Dos 142 mil soldados americanos estacionados hoje no Iraque, devem ficar no país de 35 a 50 mil para treinar as forças de segurança iraquianas, combater o terrorismo e proteger os interesses americanos. Todos devem sair até o fim de 2011.
Quase seis anos depois da invasão ordenada pelo então presidente George Walker Bush, Obama começa a cumprir a promessa de campanha de acabar com uma guerra que ele sempre foi contra.
Os EUA invadiram o Iraque sem a autorização do Conselho de Segurança das Nações Unidas em 20 de março de 2003, sob a acusação de que o ditador Saddam Hussein estava desenvolvendo armas de destruição em massa.
Saddam caiu em 20 dias, mas as armas nunca foram encontradas, tirando qualquer legitimidade da intervenção militar americana.
A minoria árabe sunita, que dominava o país na era Saddam, se rebelou. A anarquia atraiu guerrilheiros da rede terrorista Al Caeda e o Iraque ficou à beira de uma guerra civil entre xiitas e sunitas.
Há dois anos, Bush reforçou o contingente americano e retomou a iniciativa na guerra, criando condições para a retirada prometida por Obama durante a campanha eleitoral.
Hoje o presidente declarou que as missões de combate no Iraque terminam em agosto do próximo ano. Na maior base do Corpo de Fuzileiros Navais na costa leste dos EUA, em Camp Lejeune, na Carolina do Norte, Obama acrescentou que todos os militares americanos saem do Iraque até o fim de 2011.
Cerca de 4.250 soldados americanos e mais de 100 mil iraquianos foram mortos na guerra, que já custou mais de US$ 700 bilhões.
Dos 142 mil soldados americanos estacionados hoje no Iraque, devem ficar no país de 35 a 50 mil para treinar as forças de segurança iraquianas, combater o terrorismo e proteger os interesses americanos. Todos devem sair até o fim de 2011.
Quase seis anos depois da invasão ordenada pelo então presidente George Walker Bush, Obama começa a cumprir a promessa de campanha de acabar com uma guerra que ele sempre foi contra.
Os EUA invadiram o Iraque sem a autorização do Conselho de Segurança das Nações Unidas em 20 de março de 2003, sob a acusação de que o ditador Saddam Hussein estava desenvolvendo armas de destruição em massa.
Saddam caiu em 20 dias, mas as armas nunca foram encontradas, tirando qualquer legitimidade da intervenção militar americana.
A minoria árabe sunita, que dominava o país na era Saddam, se rebelou. A anarquia atraiu guerrilheiros da rede terrorista Al Caeda e o Iraque ficou à beira de uma guerra civil entre xiitas e sunitas.
Há dois anos, Bush reforçou o contingente americano e retomou a iniciativa na guerra, criando condições para a retirada prometida por Obama durante a campanha eleitoral.
Hoje o presidente declarou que as missões de combate no Iraque terminam em agosto do próximo ano. Na maior base do Corpo de Fuzileiros Navais na costa leste dos EUA, em Camp Lejeune, na Carolina do Norte, Obama acrescentou que todos os militares americanos saem do Iraque até o fim de 2011.
Cerca de 4.250 soldados americanos e mais de 100 mil iraquianos foram mortos na guerra, que já custou mais de US$ 700 bilhões.
Produção industrial do Japão caiu 10% em janeiro
A produção industrial do Japão, segunda maior economia do mundo, baixou 10% em janeiro na comparação com dezembro. Foi o maior declínio da história. Em 12 meses, a queda é de 30,8%. O consumo das famílias japonesas baixou 5,9%.
O produto interno bruto japonês caiu 3,3% no último trimestre de 2008.
O produto interno bruto japonês caiu 3,3% no último trimestre de 2008.
PIB dos EUA caiu num ritmo de 6,2% ao ano
O Departamento do Comércio dos Estados Unidos revisou para baixo o cálculo da queda do produto interno bruto americano no último trimestre de 2008. Em vez da contração num ritmo que projeta um recuo de 3,8% ao ano, a queda foi de 6,2%, a maior em 25 anos.
A exportação, o consumo e a formação de estoques foram menores do que estimado inicialmente.
A exportação, o consumo e a formação de estoques foram menores do que estimado inicialmente.
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
Ordens à indústria dos EUA baixam 5,2%
As encomendas de bens duráveis à indústria dos Estados Unidos caíram em janeiro de 2009 pelo quinto mês consecutivo. Desta, a redução foi de 5,2%, acima das expectativas do mercado. Em 12 meses, a baixa foi de 26,4%.
Os analistas do centro financeiro de Wall Street espervam uma queda de 3%.
Um indicador importante dos investimentos das empresas em novos equipamentos - as ordens de bens de capital de fora do setor de defesa, excluindo aviões - caiu 5,4% em janeiro, depois de ter baixado 5,8% em dezembro. Nos últimos 12 meses, a queda foi de 20%.
As entregas de bens de capital de fora do setor de defesa, excluindo aviões, foram 6,6% menores em janeiro.
Nesta sexta-feira, o governo dos EUA divulga o número revisado sobre o produto interno bruto no
último trimestre de 2008. A expectativa é de uma queda num ritmo anual de 5,4%, em vez de uma baixa de 3,8%, como anunciado na primeira estimativa.
Os analistas do centro financeiro de Wall Street espervam uma queda de 3%.
Um indicador importante dos investimentos das empresas em novos equipamentos - as ordens de bens de capital de fora do setor de defesa, excluindo aviões - caiu 5,4% em janeiro, depois de ter baixado 5,8% em dezembro. Nos últimos 12 meses, a queda foi de 20%.
As entregas de bens de capital de fora do setor de defesa, excluindo aviões, foram 6,6% menores em janeiro.
Nesta sexta-feira, o governo dos EUA divulga o número revisado sobre o produto interno bruto no
último trimestre de 2008. A expectativa é de uma queda num ritmo anual de 5,4%, em vez de uma baixa de 3,8%, como anunciado na primeira estimativa.
Obama propõe orçamento de US$ 3,6 trilhões
Ao apresentar uma proposta orçamentária que reorienta os gastos públicos nos Estados Unidos, o presidente Barack Obama previu um aumento do déficit público federal americano para US$ 1,75 trilhão.
Para reduzir à metade até o final do governo o maior déficit desde a Segunda Guerra Mundial, Obama propõe uma série de reduções nos gastos públicos, inclusive nos subsídios agrícolas. Isso pode beneficiar as exportações brasileiras.
Obama reserva mais US$ 250 bilhões para socorrer os bancos e US$ 200 bilhões para as guerras no Iraque e no Afeganistão - e promete não esconder essas despesas, como fazia o governo George W. Bush.
Com aumento de impostos para os ricos e novas taxas contra a poluição, o presidente está reorientando os gastos públicos para investir pesadamente em energia, saúde e educação. Vai anular os cortes de impostos de Bush e cortar subsídios aos agricultores que ganham mais de US$ 500 mil por ano. Só com os subsídios vai economizar de US$ 10 bilhões a US$ 15 bilhões nos próximos 10 anos.
Para reduzir à metade até o final do governo o maior déficit desde a Segunda Guerra Mundial, Obama propõe uma série de reduções nos gastos públicos, inclusive nos subsídios agrícolas. Isso pode beneficiar as exportações brasileiras.
Obama reserva mais US$ 250 bilhões para socorrer os bancos e US$ 200 bilhões para as guerras no Iraque e no Afeganistão - e promete não esconder essas despesas, como fazia o governo George W. Bush.
Com aumento de impostos para os ricos e novas taxas contra a poluição, o presidente está reorientando os gastos públicos para investir pesadamente em energia, saúde e educação. Vai anular os cortes de impostos de Bush e cortar subsídios aos agricultores que ganham mais de US$ 500 mil por ano. Só com os subsídios vai economizar de US$ 10 bilhões a US$ 15 bilhões nos próximos 10 anos.
Venda de casas novas cai 10,2% nos EUA
A venda de imóveis residenciais novos nos EUA caiu 10,2% em janeiro, projetando um total anual de 309 mil, o menor desde 1963. Em um ano, a queda é de 48,2%.
Economistas ouvidos pela agência de notícias Dow Jones esperavam uma baixa de 1,8% para um ritmo anual de construção de 325 mil casas.
A queda de dezembro foi revisada de 14,7% para 9,5%.
Economistas ouvidos pela agência de notícias Dow Jones esperavam uma baixa de 1,8% para um ritmo anual de construção de 325 mil casas.
A queda de dezembro foi revisada de 14,7% para 9,5%.
GM tem prejuízo de US$ 30,9 bilhões
A General Motors, que até o ano passado era o maior fabricante mundial de automóveis, teve perdas de US$ 30,9 bilhões em 2008 e anunciou 47 mil demissões no mundo inteiro.
No ano passado, a GM faturou US$ 149 bilhões, 17% a menos do que em 2007. Só no quarto trimestre, a companhia perdeu US$ 9,6 bilhões, acumulando um prejuízo de US$ 30,9 bilhões no ano.
Desde que começou a se reestruturar, sob a presidência de Rick Wagoner, a GM já perdeu US$ 82 bilhões. Sobrevive graças aos empréstimos de emergência de US$ 13,4 bilhões que recebeu do governo dos Estados Unidos em 2008. Precisa de mais US$ 16,6 bilhões, sendo US$ 4 bilhões para funcionar em março e abril.
Falida, a GM pediu ajuda aos governos de outros países onde têm fábricas. Mas a Alemanha não quer ajuda a Opel, que perdeu US$ 1,9 bilhão em 2008, nem a Suécia quer ajuda a Saab.
Hoje, na Europa, cerca de 60 mil trabalhadores do grupo GM fizeram uma greve de protesto em defesa do emprego.
Os sindicatos alemães querem separar a Opel da GM. Receberam o apoio do ministro do Exterior e líder do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD), Franz-Walter Steinmeier. Mas isso pode custar US$ 11,5 bilhões.
No ano passado, a GM faturou US$ 149 bilhões, 17% a menos do que em 2007. Só no quarto trimestre, a companhia perdeu US$ 9,6 bilhões, acumulando um prejuízo de US$ 30,9 bilhões no ano.
Desde que começou a se reestruturar, sob a presidência de Rick Wagoner, a GM já perdeu US$ 82 bilhões. Sobrevive graças aos empréstimos de emergência de US$ 13,4 bilhões que recebeu do governo dos Estados Unidos em 2008. Precisa de mais US$ 16,6 bilhões, sendo US$ 4 bilhões para funcionar em março e abril.
Falida, a GM pediu ajuda aos governos de outros países onde têm fábricas. Mas a Alemanha não quer ajuda a Opel, que perdeu US$ 1,9 bilhão em 2008, nem a Suécia quer ajuda a Saab.
Hoje, na Europa, cerca de 60 mil trabalhadores do grupo GM fizeram uma greve de protesto em defesa do emprego.
Os sindicatos alemães querem separar a Opel da GM. Receberam o apoio do ministro do Exterior e líder do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD), Franz-Walter Steinmeier. Mas isso pode custar US$ 11,5 bilhões.
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Venda de casas usadas cai 5,3% nos EUA
A venda de casas usadas nos Estados Unidos caiu 5,3% em janeiro para o menor nível desde 1997, e 45% dos negócios envolveram casas retomadas ou abaladas pela crise.
O preço médio dos imóveis residenciais caiu de US$ 200 mil há um ano para US$ 176 mil em dezembro e US$ 170 mil agora, o menor valor desde março de 2003.
Em um ano, os preços das casas baixaram 14,8%.
"Ainda estamos assistindo a uma piora da situação", observou o economista Lawrence Yun, chefe de pesquisas da Associação Nacional das Empresas do Mercados Imobiliário. "As pessoas continuam perdendo dinheiro no mercado financeiro e no valor das casas."
No momento, o estoque de casas a venda está em 3,6 milhões. Os empresários do setor esperam que o plano de estímulo do governo Barack Obama leve à construção de pelo menos mais 900 mil casas para movimentar um mercado que está realmente deprimido, com queda de 56% na construção de casas novas, na comparação de janeiro de 2009 com o mesmo mês em 2008.
Como a crise nasceu no setor habitacional nos EUA, alguns analistas econômicos acreditam que o primeiro sinal de recuperação será o aumento dos preços de imóveis residenciais no país.
O preço médio dos imóveis residenciais caiu de US$ 200 mil há um ano para US$ 176 mil em dezembro e US$ 170 mil agora, o menor valor desde março de 2003.
Em um ano, os preços das casas baixaram 14,8%.
"Ainda estamos assistindo a uma piora da situação", observou o economista Lawrence Yun, chefe de pesquisas da Associação Nacional das Empresas do Mercados Imobiliário. "As pessoas continuam perdendo dinheiro no mercado financeiro e no valor das casas."
No momento, o estoque de casas a venda está em 3,6 milhões. Os empresários do setor esperam que o plano de estímulo do governo Barack Obama leve à construção de pelo menos mais 900 mil casas para movimentar um mercado que está realmente deprimido, com queda de 56% na construção de casas novas, na comparação de janeiro de 2009 com o mesmo mês em 2008.
Como a crise nasceu no setor habitacional nos EUA, alguns analistas econômicos acreditam que o primeiro sinal de recuperação será o aumento dos preços de imóveis residenciais no país.
Economia alemã recuou 1,7% em 2008
Maior exportadora mundial de produtos industrializados, a Alemanha foi duramente atingida pela crise econômica global. No último trimestre de 2008, o produto interno bruto alemão encolheu 1,7% na comparação com o ano anterior e 2,1% na comparação com o trimestre anterior.
Foi a maior queda no PIB alemão desde a reunificação do país, em 3 de outubro de 1990.
A expectativa é que o desemprego aumente para 8,4% este ano.
Foi a maior queda no PIB alemão desde a reunificação do país, em 3 de outubro de 1990.
A expectativa é que o desemprego aumente para 8,4% este ano.
Exportações do Japão caíram 45,7%
Sob impacto da crise financeira global, as exportações do Japão sofreram uma queda recorde de 45,7% em janeiro. Pelo quinto mês seguido, a segunda maior economia do mundo teve saldo comercial negativo, desta vez de US$ 9,84 bilhões.
As importações caíram 31,7%, mas não foi suficiente para equilibrar a derrubada das exportações.
Em visita recente, o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, Pascal Lamy, observou que o Japão era "especialmente vulnerável" por depender tanto das exportações.
As vendas para os EUA caíram 52,9%; para a Europa, 47,4%; para a Ásia 46,7%. Nos três casos, foram as maiores quedas até hoje.
As importações caíram 31,7%, mas não foi suficiente para equilibrar a derrubada das exportações.
Em visita recente, o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, Pascal Lamy, observou que o Japão era "especialmente vulnerável" por depender tanto das exportações.
As vendas para os EUA caíram 52,9%; para a Europa, 47,4%; para a Ásia 46,7%. Nos três casos, foram as maiores quedas até hoje.
Rússia encolhe a ritmo anual de 8,8%
Com queda de 16% na produção industrial em janeiro na comparação com janeiro do ano passado, a economia da Rússia passou por uma contração de seu produto interno bruto num ritmo que projeta uma taxa anual de queda do produto interno bruto de 8,8%.
A construção civil sofreu uma baixa de 17% e o consumo no varejo diminuiu 2,4% no mês passado.
O governo já projeta uma queda de 2,2% do PIB este ano.
A construção civil sofreu uma baixa de 17% e o consumo no varejo diminuiu 2,4% no mês passado.
O governo já projeta uma queda de 2,2% do PIB este ano.
Obama: "EUA vão reemergir mais fortes"
No seu primeiro pronunciamento ao Congresso como presidente, Barack Obama apresentou uma agenda ambiciosa que inclui a cura do câncer. Ele prometeu que "os Estados Unidos vão se recuperar, se reconstruir e reemergir mais fortes".
Depois de uma longa ovação ao entrar no plenário e de outra para sua mulher, Michelle Obama, o presidente falou "para aqueles que nos mandaram para cá", começando pela crise econômica.
"O impacto desta recessão atingiu cada casa, cada família", observou Obama, mas "as respostas não estão ao nosso alcance. Precisamos nos unir para enfrentar os desafios audaciosamente, assumindo juntos a responsabilidade pelo nosso futuro.
"Nossa sobrevivência depende cada vez mais de encontrarmos fontes alternativas de energia". Ele prometeu concentrar o investimento público em "mais recursos para energia, saúde e educação", acrescentou o presidente americano. "Com frequência demais, optamos por ganhos de curto prazo em troca da prosperidade a longo prazo".
Obama defendeu uma reforma do sistema regulatório, culpando a desregulamentação pela atual crise financeira global. E prometeu reduzir o déficit orçamentário dos EUA.
"Meu programa econômico começa com empregos", declarou Obama. "Pedi ao Congresso que aprovasse o estímulo não porque acredite em governo grande. Não acredito. Mas, em dois anos, a Lei de Recuperação Econômica e Reinvestimento vai criar ou poupar 3,5 milhões de empregos."
Um comitê de supervisão chefiado pelo vice-presidente Joe Biden vai fiscalizar o emprego dos US$ 787,5 bilhões, "e ninguém vai querer confusão com Joe", brincou o presidente. "Os governadores e prefeitos terão de prestar contas".
O plano de recuperação, acrescentou, é apenas um dos pilares da reconstrução da economia dos EUA. Não vai resolver o problema se a crise financeira não for solucionada. Há uma crise de crédito, "e o crédito é o sangue da nossa economia".
Outro problema sério é a crise no setor habitacional. Para enfrentá-la, o presidente anunciou na semana passada seu plano para refinanciar os imóveis que hoje valem menos do que no contrato de compra e venda. Isso dará, assegura Obama, um desconto de US$ 2 mil por ano nas prestações da casa própria.
"Quando grandes bancos tiverem problemas, vamos impor condições rigorosas para a ajuda federal, obrigando-os a prestar contas do que fazem com os dólares do contribuinte americano", garantiu Obama, recebendo aplausos dos deputados e senadores dos dois partidos.
"Talvez a gente precise de mais dinheiro", reconheceu, "mas é melhor do que não fazer nada".
Depois de admitir que parte do plenário à sua frente discorda dele, Obama afirmou que "não se pode governar com raiva. É preciso governar com responsabilidade. Não estamos aqui para salvar bancos, e sim para salvar pessoas. Com certeza, a economia vai se recuperar."
Na quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009, o presidente deve encaminhar sua primeira proposta orçamentária à Câmara com "uma visão do futuro" em que "o governo tem um papel ao lançar as bases do crescimento econômico".
Suas prioridades são energia, educação e saúde. "O país que conseguir energia de fontes limpas vai dominar o mundo no século 21. Infelizmente, a China tem feito mais investimento do que os EUA. Os EUA inventaram a energia solar, mas hoje há mais coletores no Japão e na Alemanha do que nos EUA", reclamou.
"É hora dos EUA reassumirem a liderança", conclamou. Por isso, Obama quer dobrar a quantidade de energia gerada de fontes renováveis nos próximos três anos, botando operários para trabalhar em coletores solares e de energia dos ventos.
Ao defender o apoio à indústria automobilística, disse que "o país que inventou o automóvel não pode virar as costas para ele". Isso não é verdade. O automóvel é uma invenção do alemão Karl Benz, em 1885. O americano Henry Ford popularizou o automóvel e colocou os Estados Unidos na liderança da indústria automobilística, o que está ameaçado hoje pela crise nas Três Irmãs de Detroit (General Motors, Ford e Chrysler).
Ele pediu ao Congresso que proponha uma nova Lei de Energia Limpa.
"A saúde é algo que pesa negativamente sobre a nossa economia há tempo demais", diagnosticou Obama. Um sistema de saúde preventiva vai reduzir os custos. "Uma reforma ampla e profunda vai reduzir os custos. A reforma não pode esperar mais um ano", bradou.
No século 21, em plena era da globalização, "uma boa educação é um prerrequisito para o sucesso. Temos os maiores índices de abandono dos estudos no ensino médio entre os países ricos. Isso é inaceitável. Quero garantir uma educação completa e competitiva para toda criança e melhorar a qualidade do ensino superior."
"Abandonar a escola no ensino médio não pode ser uma opção. Todos os jovens americanos devem ter um curso superior. Precisamos ter o maior índice de graduados. Não é impossível", desafiou.
Na campanha, o presidente afirmou que quem se voluntariasse para o serviço público conseguiria uma bolsa de estudos para chegar à universidade. Ontem, pediu ao Congresso que faça uma lei sobre o serviço civil.
"Uma boa educação abre as portas e dá boas oportunidades a nossos filhos", continuou. "Mas, e aqui falo como pai, a educação começa em casas. É nossa responsabilidade desligar e televisão, o videogame e o computador, e abrir um livro para ler com as crianças".
Os EUA não podem legar uma dívida impagável para suas crianças, alertou o presidente, diante do acúmulo de déficits com os planos trilionários para combater a crise. Obama disse já ter revisado profundamente o orçamento para reduzir o déficit público federal pela metade até o final de seu governo, em 2013. Isso exigirá aumento de impostos para os 2% mais ricos.
Na política externa, que ficou em segundo plano diante da gravidade da crise econômica, o presidente prometeu apoio incondicional às tropas americanas, com reajuste dos soldos, aumento das pensões e dos programas de saúde para os veteranos. Mas disse que as Forças Armadas dos EUA são mais eficientes quando mantem os valores dos EUA e se tornam um exemplo desses valores.
"Os EUA não torturam", repetiu Obama, marcando uma mudança em relação ao governo George W. Bush. Acenou ainda com "uma nova era de engajamento. Os EUA tem problemas que não podem resolver sozinhos. O mundo não pode resolver vários problemas sem nós".
Depois de lembrar que designou um enviado especial para a paz no Oriente Médio e de criticar o protecionismo, o presidente concluiu: "Estamos numa encruzilhada da História. Os olhos do mundo estão voltados para nós. Temos a capacidade de forjar o nosso mundo". E citando uma garotinha sentada ao lado de sua mulher, que mandou uma carta reclamando do estado de sua escola na Carolina do Sul, alegou que os americanos não abandonam a luta.
Depois de uma longa ovação ao entrar no plenário e de outra para sua mulher, Michelle Obama, o presidente falou "para aqueles que nos mandaram para cá", começando pela crise econômica.
"O impacto desta recessão atingiu cada casa, cada família", observou Obama, mas "as respostas não estão ao nosso alcance. Precisamos nos unir para enfrentar os desafios audaciosamente, assumindo juntos a responsabilidade pelo nosso futuro.
"Nossa sobrevivência depende cada vez mais de encontrarmos fontes alternativas de energia". Ele prometeu concentrar o investimento público em "mais recursos para energia, saúde e educação", acrescentou o presidente americano. "Com frequência demais, optamos por ganhos de curto prazo em troca da prosperidade a longo prazo".
Obama defendeu uma reforma do sistema regulatório, culpando a desregulamentação pela atual crise financeira global. E prometeu reduzir o déficit orçamentário dos EUA.
"Meu programa econômico começa com empregos", declarou Obama. "Pedi ao Congresso que aprovasse o estímulo não porque acredite em governo grande. Não acredito. Mas, em dois anos, a Lei de Recuperação Econômica e Reinvestimento vai criar ou poupar 3,5 milhões de empregos."
Um comitê de supervisão chefiado pelo vice-presidente Joe Biden vai fiscalizar o emprego dos US$ 787,5 bilhões, "e ninguém vai querer confusão com Joe", brincou o presidente. "Os governadores e prefeitos terão de prestar contas".
O plano de recuperação, acrescentou, é apenas um dos pilares da reconstrução da economia dos EUA. Não vai resolver o problema se a crise financeira não for solucionada. Há uma crise de crédito, "e o crédito é o sangue da nossa economia".
Outro problema sério é a crise no setor habitacional. Para enfrentá-la, o presidente anunciou na semana passada seu plano para refinanciar os imóveis que hoje valem menos do que no contrato de compra e venda. Isso dará, assegura Obama, um desconto de US$ 2 mil por ano nas prestações da casa própria.
"Quando grandes bancos tiverem problemas, vamos impor condições rigorosas para a ajuda federal, obrigando-os a prestar contas do que fazem com os dólares do contribuinte americano", garantiu Obama, recebendo aplausos dos deputados e senadores dos dois partidos.
"Talvez a gente precise de mais dinheiro", reconheceu, "mas é melhor do que não fazer nada".
Depois de admitir que parte do plenário à sua frente discorda dele, Obama afirmou que "não se pode governar com raiva. É preciso governar com responsabilidade. Não estamos aqui para salvar bancos, e sim para salvar pessoas. Com certeza, a economia vai se recuperar."
Na quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009, o presidente deve encaminhar sua primeira proposta orçamentária à Câmara com "uma visão do futuro" em que "o governo tem um papel ao lançar as bases do crescimento econômico".
Suas prioridades são energia, educação e saúde. "O país que conseguir energia de fontes limpas vai dominar o mundo no século 21. Infelizmente, a China tem feito mais investimento do que os EUA. Os EUA inventaram a energia solar, mas hoje há mais coletores no Japão e na Alemanha do que nos EUA", reclamou.
"É hora dos EUA reassumirem a liderança", conclamou. Por isso, Obama quer dobrar a quantidade de energia gerada de fontes renováveis nos próximos três anos, botando operários para trabalhar em coletores solares e de energia dos ventos.
Ao defender o apoio à indústria automobilística, disse que "o país que inventou o automóvel não pode virar as costas para ele". Isso não é verdade. O automóvel é uma invenção do alemão Karl Benz, em 1885. O americano Henry Ford popularizou o automóvel e colocou os Estados Unidos na liderança da indústria automobilística, o que está ameaçado hoje pela crise nas Três Irmãs de Detroit (General Motors, Ford e Chrysler).
Ele pediu ao Congresso que proponha uma nova Lei de Energia Limpa.
"A saúde é algo que pesa negativamente sobre a nossa economia há tempo demais", diagnosticou Obama. Um sistema de saúde preventiva vai reduzir os custos. "Uma reforma ampla e profunda vai reduzir os custos. A reforma não pode esperar mais um ano", bradou.
No século 21, em plena era da globalização, "uma boa educação é um prerrequisito para o sucesso. Temos os maiores índices de abandono dos estudos no ensino médio entre os países ricos. Isso é inaceitável. Quero garantir uma educação completa e competitiva para toda criança e melhorar a qualidade do ensino superior."
"Abandonar a escola no ensino médio não pode ser uma opção. Todos os jovens americanos devem ter um curso superior. Precisamos ter o maior índice de graduados. Não é impossível", desafiou.
Na campanha, o presidente afirmou que quem se voluntariasse para o serviço público conseguiria uma bolsa de estudos para chegar à universidade. Ontem, pediu ao Congresso que faça uma lei sobre o serviço civil.
"Uma boa educação abre as portas e dá boas oportunidades a nossos filhos", continuou. "Mas, e aqui falo como pai, a educação começa em casas. É nossa responsabilidade desligar e televisão, o videogame e o computador, e abrir um livro para ler com as crianças".
Os EUA não podem legar uma dívida impagável para suas crianças, alertou o presidente, diante do acúmulo de déficits com os planos trilionários para combater a crise. Obama disse já ter revisado profundamente o orçamento para reduzir o déficit público federal pela metade até o final de seu governo, em 2013. Isso exigirá aumento de impostos para os 2% mais ricos.
Na política externa, que ficou em segundo plano diante da gravidade da crise econômica, o presidente prometeu apoio incondicional às tropas americanas, com reajuste dos soldos, aumento das pensões e dos programas de saúde para os veteranos. Mas disse que as Forças Armadas dos EUA são mais eficientes quando mantem os valores dos EUA e se tornam um exemplo desses valores.
"Os EUA não torturam", repetiu Obama, marcando uma mudança em relação ao governo George W. Bush. Acenou ainda com "uma nova era de engajamento. Os EUA tem problemas que não podem resolver sozinhos. O mundo não pode resolver vários problemas sem nós".
Depois de lembrar que designou um enviado especial para a paz no Oriente Médio e de criticar o protecionismo, o presidente concluiu: "Estamos numa encruzilhada da História. Os olhos do mundo estão voltados para nós. Temos a capacidade de forjar o nosso mundo". E citando uma garotinha sentada ao lado de sua mulher, que mandou uma carta reclamando do estado de sua escola na Carolina do Sul, alegou que os americanos não abandonam a luta.
terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
Economia sul-africana recuou 1,8% no fim do ano
A maior economia da África sofreu no último trimestre de 2008 seu primeiro recuo em uma década. O produto interno bruto da África do Sul caiu 1,8%.
Senador republicano pede fim do embargo a Cuba
O senador Richard Lugar, o mais importante republicano na Comissão de Relações Exteriores do Senado, defendeu a normalização das relações entre os Estados Unidos e Cuba e o fim do embargo econômico em vigor desde 1962 sem conseguir seu objetivo de derrubar o regime comunista cubano.
"Depois de 47 anos, devemos admitir que o embargo unilateral contra Cuba fracassou em seu declarado propósito de levar a democracia ao povo cubano", afirmou Lugar. "Devemos reconhecer a ineficácia de nossa política atual e negociar com o regime cubano de um modo que fortaleça os intereses dos Estados Unidos".
No momento, os EUA assistem a uma ofensiva diplomática do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que oferecia petróleo subsidiado aos países da região através da Petrocaribe, controlada pela estatal Petróleos de Venezuela (PdVSA).
"Depois de 47 anos, devemos admitir que o embargo unilateral contra Cuba fracassou em seu declarado propósito de levar a democracia ao povo cubano", afirmou Lugar. "Devemos reconhecer a ineficácia de nossa política atual e negociar com o regime cubano de um modo que fortaleça os intereses dos Estados Unidos".
No momento, os EUA assistem a uma ofensiva diplomática do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que oferecia petróleo subsidiado aos países da região através da Petrocaribe, controlada pela estatal Petróleos de Venezuela (PdVSA).
Venda de casas novas na França caiu 37,6%
A França não tinha um problema de financiamento habitacional como os Estados Unidos, o Reino Unido, a Irlanda ou a Espanha, mas seu mercado imobiliário foi duramente atingido pela crise financeira global.
Em 2008, a venda de casas novas caiu 37,6%. O número de alvarás dando licença para novas construções baixou 17,3%.
O consumo de produtos industrializados cresceu 1,8% em janeiro de 2009 na França, depois de um recuo de 0,9% em dezembro de 2008.
No comércio varejista como um todo, as vendas aumentaram 2% em janeiro na França, depois de uma contração de 1,8% em dezembro. A compra de bens duráveis cresceu 2,7% em janeiro, depois de uma queda de 0,9 em dezembro.
Em 2008, a venda de casas novas caiu 37,6%. O número de alvarás dando licença para novas construções baixou 17,3%.
O consumo de produtos industrializados cresceu 1,8% em janeiro de 2009 na França, depois de um recuo de 0,9% em dezembro de 2008.
No comércio varejista como um todo, as vendas aumentaram 2% em janeiro na França, depois de uma contração de 1,8% em dezembro. A compra de bens duráveis cresceu 2,7% em janeiro, depois de uma queda de 0,9 em dezembro.
Bernanke acalma mercado e Dow Jones sobe 3,3%
O presidente da Reserva Federal (Fed), o banco central dos Estados Unidos, Ben Bernanke, negou que haja qualquer intenção de estatizar os bancos quebrados, e acalmou o mercado.
No fim do dia, o Índice Dow Jones da Bolsa de Nova York registrava alta de 3,3%, saindo o nível mais baixo desde o agravamento da crise, a partir de setembro de 2008.
No fim do dia, o Índice Dow Jones da Bolsa de Nova York registrava alta de 3,3%, saindo o nível mais baixo desde o agravamento da crise, a partir de setembro de 2008.
Eixo da convulsão social desafia Obama
Esqueçam o eixo do mal do ex-presidente George Bush, que incluía o Irã, o Iraque e a Coreia do Norte e fez parte do argumento do governo anterior dos Estados Unidos para justificar a invasão do Iraque.
O presidente Barack Obama enfrenta o desafio de um "eixo da convulsão social" em que a crise econômica se junta a uma situação política e social explosiva, adverte o historiador conservador britânico Niall Ferguson, em artigo da revista Foreign Policy.
Ferguson vê risco de problemas sérios na Somália, no México, na Rússia e no Yêmen.
O presidente Barack Obama enfrenta o desafio de um "eixo da convulsão social" em que a crise econômica se junta a uma situação política e social explosiva, adverte o historiador conservador britânico Niall Ferguson, em artigo da revista Foreign Policy.
Ferguson vê risco de problemas sérios na Somália, no México, na Rússia e no Yêmen.
Presidente Obama tem 63% de aprovação
A maioria dos americanos apóia as medidas tomadas pelo presidente Barack Obama para combater a crise econômica, indica uma pesquisa do jornal The New York Times e da rede de televisão CBS. Obama tem 63% de aprovação.
Os americanos não se iludem sobre as dificuldades que os Estados Unidos tem pela frente. Consideram o plano de estímulo necessário e culpam a oposição republicana pela rejeição ao pacote. Mas revelam um certo ceticismo quanto ao sucesso do programa de retomada do crescimento.
Os americanos não se iludem sobre as dificuldades que os Estados Unidos tem pela frente. Consideram o plano de estímulo necessário e culpam a oposição republicana pela rejeição ao pacote. Mas revelam um certo ceticismo quanto ao sucesso do programa de retomada do crescimento.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Economia da Tailândia recuou 4,3% no fim do ano
A Tailândia, segunda maior economia do Sudeste Asiático, depois da Indonésia, sofreu uma queda de 4,3% no último trimestre do ano passado na comparação com o mesmo período em 2007 por causa da queda nas exportações e das manifestações de protesto, que prejudicaram o turismo.
O maior centro financeiro da região, Cingapura, uma cidade-estado com forte dependência do comércio exterior, já está oficialmente em recessão. No segundo semestre de 2008, teve dois trimestres consecutivos de queda no produto interno bruto - o critério normalmente usado pelos economistas para caracterizar uma recessão.
Diante do agravamento da crise, o governo tailandês reduziu as projeções sobre o desempenho da economia em 2009 de um crescimento de 3% a 4% para uma estagnação ou contração de 1%. Os analistas já consideram uma recessão inevitável.
O maior centro financeiro da região, Cingapura, uma cidade-estado com forte dependência do comércio exterior, já está oficialmente em recessão. No segundo semestre de 2008, teve dois trimestres consecutivos de queda no produto interno bruto - o critério normalmente usado pelos economistas para caracterizar uma recessão.
Diante do agravamento da crise, o governo tailandês reduziu as projeções sobre o desempenho da economia em 2009 de um crescimento de 3% a 4% para uma estagnação ou contração de 1%. Os analistas já consideram uma recessão inevitável.
Mercado de crédito volta ao congelamento
Os mercados de crédito voltam a sufocar a economia mundial, e os governos devem agir imediatamente para evitar um agravemento ainda maior da crise financeira global, adverte hoje o jornal americano The Wall St. Journal.
Governo dos EUA pode ficar com 40% do Citigroup
À beira da falência, o Citigroup, que era o maior banco privado dos Estados Unidos antes do agravamento da crise financeira global, em setembro do ano passado, negocia mais um empréstimo de emergência que pode dar ao governo americano 40 das ações da empresa.
Leia mais no The Wall St. Journal.
Leia mais no The Wall St. Journal.
domingo, 22 de fevereiro de 2009
Explosão mata 74 mineiros de carvão na China
Uma explosão em uma das minas de carvão considerada das mais modernas e seguras da China matou pelo menos 74 mineiros. Dezenas estão soterrados e 114 foram hospitalizados, seis em estado grave.
O presidente Hu Jintao e o primeiro-ministro Wen Jiabao pediram prioridade máxima para salvar os que ficaram soterrados.
A mina de Tunlã, próxima da capital da província de Xanxi, não tinha um acidente há cinco anos. Mas, no ano passado, cerca de 3,2 mil mineiros chineses morreram em acidentes, e isso foi uma queda de 15% em relação a 2007.
O carvão é a principal fonte de energia na China. Isso tem um custo ambiental alto. É o que fez a China superar os Estados Unidos e se tornar o maior emissor de gases carbônicos, que provocam o agravamento do efeito estufa e o aquecimento do planeta.
Na visita que acaba de fazer à China, no fim de uma viagem à Ásia, sua primeira como secretária de Estado, Hillary Clinton inaugura uma usina termoelétrica de gás, um pouco menos poluente.
Hillary pediu o apoio da China para combater a crise econômica global, o aquecimento global e o programa de armas nucleares da Coreia do Norte. Não falou sobre direitos humanos e outras questões que incomodam o Partido Comunista chinês. Talvez queira criar uma relação de trabalho com o governo da superpotência ascendente.
O presidente Hu Jintao e o primeiro-ministro Wen Jiabao pediram prioridade máxima para salvar os que ficaram soterrados.
A mina de Tunlã, próxima da capital da província de Xanxi, não tinha um acidente há cinco anos. Mas, no ano passado, cerca de 3,2 mil mineiros chineses morreram em acidentes, e isso foi uma queda de 15% em relação a 2007.
O carvão é a principal fonte de energia na China. Isso tem um custo ambiental alto. É o que fez a China superar os Estados Unidos e se tornar o maior emissor de gases carbônicos, que provocam o agravamento do efeito estufa e o aquecimento do planeta.
Na visita que acaba de fazer à China, no fim de uma viagem à Ásia, sua primeira como secretária de Estado, Hillary Clinton inaugura uma usina termoelétrica de gás, um pouco menos poluente.
Hillary pediu o apoio da China para combater a crise econômica global, o aquecimento global e o programa de armas nucleares da Coreia do Norte. Não falou sobre direitos humanos e outras questões que incomodam o Partido Comunista chinês. Talvez queira criar uma relação de trabalho com o governo da superpotência ascendente.
Obama quer reduzir déficit americano pela metade
Na sua primeira proposta orçamentária, o presidente Barack Obama vai sinalizar a intenção de reduzir o déficit público federal dos Estados Unidos pela metade, cortando os gastos com guerras e aumentando os impostos para quem ganha mais de US$ 250 mil por ano.
UE quer regulamentar todo o mercado financeiro
Os principais países da União Europeia, reunidos hoje em Berlim, defenderam uma reforma do sistema financeiro internacional que regulamente todos os atores, produtos e mercados. Isso inclui os fundos de hedge, os derivativos e os paraísos fiscais.
sábado, 21 de fevereiro de 2009
Iraque reforma e reabre prisão de Abu Ghraib
Sob nova direção: o governo do Iraque reabriu hoje a temida prisão de Abu Ghraib, mal-afamada como centro de tortura desde a ditadura de Saddam Hussein e também sob a ocupação militar americana.
O presídio foi reformado e mudou de nome. Agora, se chama Prisão Central de Bagdá e tem instalações que a elevam aos melhores padrões internacionais, como clínica médica e dentária, laboratório, fábrica de roupas para que os detentos possam fazer suas roupas, mesquita, barbearia e até um chafariz.
Sob a ditadura de Saddam, a prisão de Abu Ghraib chegou a ter 60 mil detentos. Era cenário de tortura e execuções sumárias.
Sob o comando de George W. Bush, em maio de 2004, pouco mais de um ano depois da invasão americana de março de 2003, que levou há queda de Saddam em 9 de abril, foram divulgadas fotos de soldados americanos torturando iraquianos, com choques, cães e abusos sexuais.
As fotos de Abu Ghraib, com prisioneiros nus embolados no chão, cães e um homem encapuzado ligado e fios elétricos, percorreram o mundo desmoralizaram ainda mais a intervenção militar de Bush no Iraque. Já estava deslegitimada pela constatação de que Saddam não escondia armas de destruição em massa, principal justificativa oficial da invasão.
O presídio foi reformado e mudou de nome. Agora, se chama Prisão Central de Bagdá e tem instalações que a elevam aos melhores padrões internacionais, como clínica médica e dentária, laboratório, fábrica de roupas para que os detentos possam fazer suas roupas, mesquita, barbearia e até um chafariz.
Sob a ditadura de Saddam, a prisão de Abu Ghraib chegou a ter 60 mil detentos. Era cenário de tortura e execuções sumárias.
Sob o comando de George W. Bush, em maio de 2004, pouco mais de um ano depois da invasão americana de março de 2003, que levou há queda de Saddam em 9 de abril, foram divulgadas fotos de soldados americanos torturando iraquianos, com choques, cães e abusos sexuais.
As fotos de Abu Ghraib, com prisioneiros nus embolados no chão, cães e um homem encapuzado ligado e fios elétricos, percorreram o mundo desmoralizaram ainda mais a intervenção militar de Bush no Iraque. Já estava deslegitimada pela constatação de que Saddam não escondia armas de destruição em massa, principal justificativa oficial da invasão.
Obama anuncia início da redução de impostos
O Tesouro dos Estados Unidos começou a enviar hoje cartas para as empresas reduzindo o imposto de renda descontado no contracheque de 95% dos trabalhadores americanos, anunciou neste sábado o presidente Barack Obama em seu programa semanal de rádio.
A partir de abril, a grande maioria das famílias vai receber pelo menos US$ 65 a mais por mês
Em breve, disse Obama, o Plano de Recuperação Econômica e Reinvestimento de US$ 787 bilhões, assinado na terça-feira passada, 17 de fevereiro de 2009, vai colocar 3,5 milhões de americanos trabalhando em projetos para modernizar a infraestrutura do país, preparando-o para os desafios do século 21.
"Por causa do que fizemos", declarou o presidente dos EUA, "empresas grandes e pequenas que produzem energia renovável podem pedir empréstimos e garantias de crédito", e "as famílias podem melhorar o isolamento térmico de suas casas para pagar uma conta de luz menor.
"Por causa do que fizemos, nossas crianças poderão se formar em escolas do século 21 e milhões mais poderão conseguir um diploma universitário que uma semana atrás não teriam condições de pagar.
"Por causa do que fizemos, vidas serão salvas e os custos de saúde reduzidos para informatização dos registros médicos.
"Por causa do que fizemos, teremos policiais fazendo a ronda, bombeiros de prontidão e professores preparando as lições para o futuro. Para garantir que tudo será feito com um nível de transparência e prestação de contas sem precedentes, nomeei uma equipe de gerentes para garantir que cada precioso dólar do contribuinte será investido corretamente.
"Por causa do que fizemos, 95% de todas as famílias trabalhadoras terão direito a um corte de impostos", acrescentou Obama. "Nunca antes na nossa história um corte de impostos entrou em vigor tão depressa ou foi para tantos americanos que trabalham duramente.
Mas, ressalvou o presidente americano, o plano de estímulo não é suficiente para tirar os EUA da crise: "É apenas o primeiro passo no caminho da recuperação econômica. Não podemos fracassar e não terminar a jornada. Isso vai exigir a contenção do número de retomada de imóveis por falta de pagamento e da queda nos preços das casas."
Também "será preciso estabilizar e endireitar o sistema bancário para que o crédito volte a fluir para famílias e empresas. Será necessário reformar um sistema regulador falido que tornou esta crise possível."
Por fim, será preciso conter os déficits trilionários assim que a economia se recuperar, ponderou Obama, anunciando que na segunda-feira vai reunir deputados, senadores, sindicalistas e especialistas em equilíbrio fiscal para projetar um orçamento equilibrado para um futuro distante.
Na terça-feira, Obama faz um pronunciamento à nação para anunciar suas prioridades e, na quinta-feira, vai apresentar sua proposta orçamentária.
O presidente admite que "a estrada à frente será longa e cheia de perigos. Mas tenho a confiança de que nós, como povo, tenhamos a força e a sabedoria para levar adiante esta estratégia e superar esta crise".
A partir de abril, a grande maioria das famílias vai receber pelo menos US$ 65 a mais por mês
Em breve, disse Obama, o Plano de Recuperação Econômica e Reinvestimento de US$ 787 bilhões, assinado na terça-feira passada, 17 de fevereiro de 2009, vai colocar 3,5 milhões de americanos trabalhando em projetos para modernizar a infraestrutura do país, preparando-o para os desafios do século 21.
"Por causa do que fizemos", declarou o presidente dos EUA, "empresas grandes e pequenas que produzem energia renovável podem pedir empréstimos e garantias de crédito", e "as famílias podem melhorar o isolamento térmico de suas casas para pagar uma conta de luz menor.
"Por causa do que fizemos, nossas crianças poderão se formar em escolas do século 21 e milhões mais poderão conseguir um diploma universitário que uma semana atrás não teriam condições de pagar.
"Por causa do que fizemos, vidas serão salvas e os custos de saúde reduzidos para informatização dos registros médicos.
"Por causa do que fizemos, teremos policiais fazendo a ronda, bombeiros de prontidão e professores preparando as lições para o futuro. Para garantir que tudo será feito com um nível de transparência e prestação de contas sem precedentes, nomeei uma equipe de gerentes para garantir que cada precioso dólar do contribuinte será investido corretamente.
"Por causa do que fizemos, 95% de todas as famílias trabalhadoras terão direito a um corte de impostos", acrescentou Obama. "Nunca antes na nossa história um corte de impostos entrou em vigor tão depressa ou foi para tantos americanos que trabalham duramente.
Mas, ressalvou o presidente americano, o plano de estímulo não é suficiente para tirar os EUA da crise: "É apenas o primeiro passo no caminho da recuperação econômica. Não podemos fracassar e não terminar a jornada. Isso vai exigir a contenção do número de retomada de imóveis por falta de pagamento e da queda nos preços das casas."
Também "será preciso estabilizar e endireitar o sistema bancário para que o crédito volte a fluir para famílias e empresas. Será necessário reformar um sistema regulador falido que tornou esta crise possível."
Por fim, será preciso conter os déficits trilionários assim que a economia se recuperar, ponderou Obama, anunciando que na segunda-feira vai reunir deputados, senadores, sindicalistas e especialistas em equilíbrio fiscal para projetar um orçamento equilibrado para um futuro distante.
Na terça-feira, Obama faz um pronunciamento à nação para anunciar suas prioridades e, na quinta-feira, vai apresentar sua proposta orçamentária.
O presidente admite que "a estrada à frente será longa e cheia de perigos. Mas tenho a confiança de que nós, como povo, tenhamos a força e a sabedoria para levar adiante esta estratégia e superar esta crise".
EUA retomam o diálogo com a Síria
Na próxima semana, um alto funcionário do Departamento de Estado vai se encontrar com o embaixador da Síria nos Estados Unidos, reiniciando o diálogo diplomático com Damasco, depois de quatro anos, como o presidente Barack Obama prometeu durante a campanha eleitoral.
O secretário de Estado adjunto para o Oriente Médio, Jeffrey Feltman,vai conversar com o embaixador Imad Moustapha, assim que este voltar de Damasco, onde acompanha uma delegação de deputados e senadores dos EUA.
Para o porta-voz do Departamento de Estado, Gordon Duguid, "é uma oportunidade para discutir nossas preocupações. Há diferenças muito grandes entre os dois governos". O governo americano acusa a Síria de apoiar grupos terroristas, tentar desenvolver armas atômicas, interferir nas questões internas do Líbano e de desrespeito aos direitos humanos fundamentais.
Na quinta-feira, 20 de fevereiro de 2009, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) revelou ter descobertos traços de urânio num prédio em uma construção síria bombardeada por Israel em 6 de setembro de 2007 porque seria uma usina nuclear com um reator de grafite e tecnologia da Coréia do Norte.
A Síria nega que estivesse construindo uma instalação nuclear e atribui a presença do urânio às bombas israelenses.
Será um diálogo difícil mas fundamental para a paz no Oriente Médio.
Há um antigo ditado no Oriente Médio: "Não há guerra sem o Egito nem paz sem a Síria".
A ditadura síria apóia o Movimento de Resistência Islâmico (Hamas) palestino e a milícia fundamentalista xiita Hesbolá, no Líbano, dois grupos considerados extremistas e terroristas pelos EUA e a União Europeia. Usa esses grupos para boicotar um processo de paz que até agora não avançou em relação às Colinas do Golã, território sírio ocupado por Israel em 1967 e anexado em 1981.
É ainda aliada do Irã, o que convinha a um país que tinha Saddam Hussein como vizinho. Uma das supostas vantagens de uma reaproximação dos EUA com a Síria seria uma maneira de isolar o Irã.
Com mísseis de longo alcance, capacidade de lançar satélites e urânio suficiente para fazer uma bomba atômica, o Irã ganhou peso suficiente para ser considerada uma potência regional por seus próprios méritos.
Será, em princípio, o diálogo mais difícil para o governo Obama e a secretária de Estado, Hillary Clinton.
O secretário de Estado adjunto para o Oriente Médio, Jeffrey Feltman,vai conversar com o embaixador Imad Moustapha, assim que este voltar de Damasco, onde acompanha uma delegação de deputados e senadores dos EUA.
Para o porta-voz do Departamento de Estado, Gordon Duguid, "é uma oportunidade para discutir nossas preocupações. Há diferenças muito grandes entre os dois governos". O governo americano acusa a Síria de apoiar grupos terroristas, tentar desenvolver armas atômicas, interferir nas questões internas do Líbano e de desrespeito aos direitos humanos fundamentais.
Na quinta-feira, 20 de fevereiro de 2009, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) revelou ter descobertos traços de urânio num prédio em uma construção síria bombardeada por Israel em 6 de setembro de 2007 porque seria uma usina nuclear com um reator de grafite e tecnologia da Coréia do Norte.
A Síria nega que estivesse construindo uma instalação nuclear e atribui a presença do urânio às bombas israelenses.
Será um diálogo difícil mas fundamental para a paz no Oriente Médio.
Há um antigo ditado no Oriente Médio: "Não há guerra sem o Egito nem paz sem a Síria".
A ditadura síria apóia o Movimento de Resistência Islâmico (Hamas) palestino e a milícia fundamentalista xiita Hesbolá, no Líbano, dois grupos considerados extremistas e terroristas pelos EUA e a União Europeia. Usa esses grupos para boicotar um processo de paz que até agora não avançou em relação às Colinas do Golã, território sírio ocupado por Israel em 1967 e anexado em 1981.
É ainda aliada do Irã, o que convinha a um país que tinha Saddam Hussein como vizinho. Uma das supostas vantagens de uma reaproximação dos EUA com a Síria seria uma maneira de isolar o Irã.
Com mísseis de longo alcance, capacidade de lançar satélites e urânio suficiente para fazer uma bomba atômica, o Irã ganhou peso suficiente para ser considerada uma potência regional por seus próprios méritos.
Será, em princípio, o diálogo mais difícil para o governo Obama e a secretária de Estado, Hillary Clinton.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Obama estuda plano para destravar crédito
O governo Barack Obama prepara um novo plano de US$ 1 trilhão para tentar destravar o mercado de crédito.
Hoje em dia, a maioria dos bancos não fica com as dívidas em seus balanços. Emite e vende títulos num processo chamado de securitização da dívida.
No fim do ano passado, a crise financeira global paralisou esse mercado. Os investidores tiveram grandes perdas com os títulos da dívida hipotecária dos tomadores de empréstimos de segundo linha para comprar a casa própria nos Estados Unidos e pararam de comprar esses papéis, que pesam negativamente no balanço dos bancos.
Em consequencia, houve uma contração drástica do mercado de crédito. Cerca de US$ 1,9trilhões, a metade do total de crédito contratado por empresas e pessoas em 2007, desapareceram.
Agora, o Tesouro e a Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA, vão oferecer até US$ 1 trilhão em crédito subsidiado para fundos de investimentos comprarem títulos de dívidas de empréstimos a empresas e consumidores. O Fed deve iniciar o programa em março, com US$ 200 bilhões, US$ 20 bilhões do Tesouro e o resto do próprio Fed.
Hoje em dia, a maioria dos bancos não fica com as dívidas em seus balanços. Emite e vende títulos num processo chamado de securitização da dívida.
No fim do ano passado, a crise financeira global paralisou esse mercado. Os investidores tiveram grandes perdas com os títulos da dívida hipotecária dos tomadores de empréstimos de segundo linha para comprar a casa própria nos Estados Unidos e pararam de comprar esses papéis, que pesam negativamente no balanço dos bancos.
Em consequencia, houve uma contração drástica do mercado de crédito. Cerca de US$ 1,9trilhões, a metade do total de crédito contratado por empresas e pessoas em 2007, desapareceram.
Agora, o Tesouro e a Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA, vão oferecer até US$ 1 trilhão em crédito subsidiado para fundos de investimentos comprarem títulos de dívidas de empréstimos a empresas e consumidores. O Fed deve iniciar o programa em março, com US$ 200 bilhões, US$ 20 bilhões do Tesouro e o resto do próprio Fed.
Irã já tem urânio para uma bomba atômica
A República Islâmica do Irã declarou uma quantidade de urânio enriquecido três vezes menor do que a real, revela um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão das Nações Unidas.
Já teria uma tonelada de urânio enriquecido, suficiente para fazer uma bomba atômica, antecipou hoje o jornal The New York Times.
Já teria uma tonelada de urânio enriquecido, suficiente para fazer uma bomba atômica, antecipou hoje o jornal The New York Times.
Hillary teme luta pelo poder na Coreia do Norte
Como o Querido Líder Kim Jong Il sofreu um acidente vascular cerebral em agosto, os EUA temem que uma luta pela sucessão no fechado regime stalinista da Coréia do Norte leve a uma radicalização no momento em que o Sul tem um presidente linha-dura.
Em visita a Seul, a secretaria da Estado defendeu a desnuclearização da península coreana e comparou a prosperidade dos dois lados do Paralelo 38º N para dizer que o progresso da Coreia do Norte só depende de seu governo.
Hillary chegou hoje à China, última escala de sua primeira viagem, que destaca a Ásia como pólo de poder em ascensão na política internacional.
Em visita a Seul, a secretaria da Estado defendeu a desnuclearização da península coreana e comparou a prosperidade dos dois lados do Paralelo 38º N para dizer que o progresso da Coreia do Norte só depende de seu governo.
Hillary chegou hoje à China, última escala de sua primeira viagem, que destaca a Ásia como pólo de poder em ascensão na política internacional.
Netanyahu é convidado a formar governo em Israel
O presidente Shimon Peres indicou hoje o ex-primeiro-ministro linha-dura Benjamin Netanyahu, do partido direitista Likud, para formar o próximo governo de Israel.
Netanyahu propõe a formação de um governo de união nacional, mas a ministra do Exterior, Tzipi Livni, condiciona a participação do partido Kadima a um compromisso com o processo de paz baseado na fórmula de dois Estados convivendo no território histórico da Palestina. Isso implica a criação de um país palestino independente.
O futuro primeiro-ministro aponta o Irã como seu maior desafio. Ontem, ele recebeu o apoio do ultraconservador Avigdor Lieberman, que não considera o diálogo com os palestinos uma prioridade.
Netanyahu propõe a formação de um governo de união nacional, mas a ministra do Exterior, Tzipi Livni, condiciona a participação do partido Kadima a um compromisso com o processo de paz baseado na fórmula de dois Estados convivendo no território histórico da Palestina. Isso implica a criação de um país palestino independente.
O futuro primeiro-ministro aponta o Irã como seu maior desafio. Ontem, ele recebeu o apoio do ultraconservador Avigdor Lieberman, que não considera o diálogo com os palestinos uma prioridade.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Banco da Inglaterra quer imprimir mais dinheiro
Com a taxa básica de juros em praticamente zero e sem alternativas para combater a crise financeira, o Banco da Inglaterra deve encaminhar uma carta ao Tesouro do Reino Unido pedindo permissão para aumentar a quantidade de dinheiro em circulação. É o que revela a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária do banco central britânico.
O banco deve comprar bônus governamentais e de empresas privadas em poder dos bancos para aumentar a quantidade de moeda em circulação, o equivalente, no passado, a imprimir mais dinheiro.
Para os críticos, há dois sérios riscos: o aumento da inflação e o colapso da libra esterlina, a moeda britânica.
O banco deve comprar bônus governamentais e de empresas privadas em poder dos bancos para aumentar a quantidade de moeda em circulação, o equivalente, no passado, a imprimir mais dinheiro.
Para os críticos, há dois sérios riscos: o aumento da inflação e o colapso da libra esterlina, a moeda britânica.
FMI já espera estagnação em 2009
Depois de admitir que as últimas projeções "não são boas", o diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, admitiu que a próxima previsão do Fundo sobre o crescimento mundial em 2009 poderá "se aproximar de zero". Isso significa que a economia mundial ficará estagnada este ano.
Há apenas três semanas, a expectativa do FMI era de um crescimento mundial de 0,5%, com recessão de 2% nos países ricos.
O agravamento da crise ameaça causar um segundo "choque bancário", advertiu o diretor do FMI em entrevista ao jornal francês Les Echos. A crise abalou o mercado de tal forma que até mesmo quem tinha condições de pagar as dívidas pode ter dificuldade.
Strauss-Kahn também criticou a nova onda de protecionismo econômico: "Quando um país incita seus banqueiros, como contrapartida a uma ajuda em forma de recapitalização ou garantia de depósitos, a dedicar exclusivamente seu crédito ao país, isso é protecionismo."
Ao defender a reforma do sistema financeiro internacional, ele denunciou o "fracasso do pensamento ultraliberal". Strauss-Kahn disse que o capitalismo não vai acabar, "mas suas regras devem ter uma certa ética social".
Há dois dias, o diretor do Fundo pediu aos países que "dinamitem os paraísos fiscais" onde as pessoas depositam dinheiro para não pagar impostos e demitam os executivos das instituições financeiras responsáveis pela crise.
Há apenas três semanas, a expectativa do FMI era de um crescimento mundial de 0,5%, com recessão de 2% nos países ricos.
O agravamento da crise ameaça causar um segundo "choque bancário", advertiu o diretor do FMI em entrevista ao jornal francês Les Echos. A crise abalou o mercado de tal forma que até mesmo quem tinha condições de pagar as dívidas pode ter dificuldade.
Strauss-Kahn também criticou a nova onda de protecionismo econômico: "Quando um país incita seus banqueiros, como contrapartida a uma ajuda em forma de recapitalização ou garantia de depósitos, a dedicar exclusivamente seu crédito ao país, isso é protecionismo."
Ao defender a reforma do sistema financeiro internacional, ele denunciou o "fracasso do pensamento ultraliberal". Strauss-Kahn disse que o capitalismo não vai acabar, "mas suas regras devem ter uma certa ética social".
Há dois dias, o diretor do Fundo pediu aos países que "dinamitem os paraísos fiscais" onde as pessoas depositam dinheiro para não pagar impostos e demitam os executivos das instituições financeiras responsáveis pela crise.
EUA quebram sigilo bancário da Suíça
A crise financeira global derruba mais um tabu do capitalismo mundial. Sob pressão dos Estados Unidos, a União de Bancos Suíços (UBS), o maior banco da Suíça, aceitou quebrar o sigilo bancário de cerca de 250 americanos suspeitos de sonegar impostos e em pagar US$ 780 milhões de multa.
O governo suíço afirma que o sigilo bancário, em vigor desde 1934, será mantido. Mas a União Européia já está exigindo o mesmo tratamento dado aos EUA. E o Departamento da Justiça americano pediu a quebra do sigilo de mais 52 mil clientes do UBS.
Há dois dias, o diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, recomendou aos países-membros da organização que "dinamitem os paraísos fiscais". Parece que a operação começou.
O governo suíço afirma que o sigilo bancário, em vigor desde 1934, será mantido. Mas a União Européia já está exigindo o mesmo tratamento dado aos EUA. E o Departamento da Justiça americano pediu a quebra do sigilo de mais 52 mil clientes do UBS.
Há dois dias, o diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, recomendou aos países-membros da organização que "dinamitem os paraísos fiscais". Parece que a operação começou.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Obama lança plano de US$ 275 bi para hipotecas
Diante da deterioração cada vez maior do setor habitacional nos Estados Unidos, onde a crise econômica global começou, o presidente Barack Obama lançou hoje um plano de US$ 275 bilhões para ajudar os compradores de casas.
Ao lançar a proposta, em Mesa, no estado do Arizona, Obama admitiu que não vai salvar todas as casas, mas vai dar a 9 milhões de americanos a oportunidade de renegociar os contratos de compra da casa própria.
Quem não está conseguindo pagar, o que se estima que sejam de 3 a 4 milhões de mutuários, vai poder renegociar a hipoteca para tentar manter a casa. Quem está pagando mais do que o valor atual do imóvel vai poder pedir uma redução nas prestações.
O novo plano destina US$ 75 bilhões para evitar a retomada de imóveis por falta de pagamento e US$ 200 bilhões para as agências que garantem os financiamentos habitacionais, Freddie Mac e Fannie Mae.
Ao lançar a proposta, em Mesa, no estado do Arizona, Obama admitiu que não vai salvar todas as casas, mas vai dar a 9 milhões de americanos a oportunidade de renegociar os contratos de compra da casa própria.
Quem não está conseguindo pagar, o que se estima que sejam de 3 a 4 milhões de mutuários, vai poder renegociar a hipoteca para tentar manter a casa. Quem está pagando mais do que o valor atual do imóvel vai poder pedir uma redução nas prestações.
O novo plano destina US$ 75 bilhões para evitar a retomada de imóveis por falta de pagamento e US$ 200 bilhões para as agências que garantem os financiamentos habitacionais, Freddie Mac e Fannie Mae.
Construção de casas cai 56% nos EUA
Em mais um sinal de que a crise hipotecária nos Estados Unidos ainda não chegou ao fundo do poço, a construção de casas voltou a desabar em janeiro.
A queda foi de 16,8% em relação a dezembro do ano passado e de 56,2% na comparação com janeiro de 2008, o que projeta um total anual de 466 mil casas novas, o menor ritmo de construção em 50 anos.
"O setor habitacional e a economia dos EUA continuam em queda livre", observou Narimah Behravesh, economista da IHS Global Insight. "É claro que não fizemos nada para estabilizar o setor. Não reduzimos o número de retomada de imóveis por falta de pagamento. Enquanto não fizermos isso, não chegaremos ao fundo do poço".
A queda foi de 16,8% em relação a dezembro do ano passado e de 56,2% na comparação com janeiro de 2008, o que projeta um total anual de 466 mil casas novas, o menor ritmo de construção em 50 anos.
"O setor habitacional e a economia dos EUA continuam em queda livre", observou Narimah Behravesh, economista da IHS Global Insight. "É claro que não fizemos nada para estabilizar o setor. Não reduzimos o número de retomada de imóveis por falta de pagamento. Enquanto não fizermos isso, não chegaremos ao fundo do poço".
Fed já prevê contração de 1,3% este ano
A maior economia do mundo pode encolher até 1,3% este ano, previu hoje a Reserva Federal (Fed), o banco central dos Estados Unidos.
Ao divulgar as minutas da última reunião do Comitê de Mercado Aberto, realizada em 27e 28 de janeiro de 2009, o Fed estimou um aumento do desemprego este ano para 8,8%.
Em 2010, o crescimento deve ser de 2,5% ou 3,3% e, em 2011, de 3,8% a 5%. A longo prazo, a expectativa é de expansão anual de 2,5% a 2,7% com queda no desemprego para cerca de 5%.
Ao divulgar as minutas da última reunião do Comitê de Mercado Aberto, realizada em 27e 28 de janeiro de 2009, o Fed estimou um aumento do desemprego este ano para 8,8%.
Em 2010, o crescimento deve ser de 2,5% ou 3,3% e, em 2011, de 3,8% a 5%. A longo prazo, a expectativa é de expansão anual de 2,5% a 2,7% com queda no desemprego para cerca de 5%.
GM e Chrysler demitem mais 50 mil
A General Motors e a Chrysler apresentaram ontem seus planos de recuperação, anunciaram mais 50 mil demissões e pediram mais US$ 21,6 bilhões ao governo dos Estados Unidos, elevando o custo total para o contribuinte da salvação da indústria automobilística americana para US$ 39 bilhões.
Além dos US$ 13 bilhões que recebeu no ano passado, a GM anunciou que precisa de US$ 4,6 bilhões em semanas e mais US$ 12 bilhões. Vai fechar cinco fábricas nos EUA e demitir 47 mil trabalhadores no mundo inteiro.
Das várias marcas de carro que a GM teve, sobreviveram quatro: Chevrolet, Cadillac, Buick e GMC.
Na Bolsa de Nova York, as ações da empresa voltaram a desabar. Valem agora cerca de US$ 2.
Já a Chrysler quer mais US$ 5 bilhões, além dos US$ 4 bilhões recebidos no ano passado. Vai dispensar mais 3 mil funcionários. Para sobreviver, fez um acordo com a empresa italiana Fiat, que vai levar tecnologia de produção de carros econômicos e ficar com 35% das ações da companhia.
Além dos US$ 13 bilhões que recebeu no ano passado, a GM anunciou que precisa de US$ 4,6 bilhões em semanas e mais US$ 12 bilhões. Vai fechar cinco fábricas nos EUA e demitir 47 mil trabalhadores no mundo inteiro.
Das várias marcas de carro que a GM teve, sobreviveram quatro: Chevrolet, Cadillac, Buick e GMC.
Na Bolsa de Nova York, as ações da empresa voltaram a desabar. Valem agora cerca de US$ 2.
Já a Chrysler quer mais US$ 5 bilhões, além dos US$ 4 bilhões recebidos no ano passado. Vai dispensar mais 3 mil funcionários. Para sobreviver, fez um acordo com a empresa italiana Fiat, que vai levar tecnologia de produção de carros econômicos e ficar com 35% das ações da companhia.
Obama envia 17 mil soldados para o Afeganistão
O presidente Barack Obama ordenou agora à noite o envio de mais 17 mil soldados dos Estados Unidos para o Afeganistão, onde o contingente americano hoje é de 36 mil.
É uma promessa de campanha de Obama: acabar com a guerra no Iraque e redobrar os esforços na luta contra a milícia fundamentalista dos Talebã (Estudantes) e a rede terrorista Al Caeda.
"Este aumento é necessário para estabilizar uma situação que se deteriora no Afeganistão, que não tem recebido a atenção estratégica, a orientação e os recursos que precisa com urgência", justificou o presidente.
O problema é que o número de mortes de civis aumentou 40% no ano passado no Afeganistão, chegando a 2.118. Se os talebã são acusados por 55% das mortes de civis inocentes, as forças dos Exércitos afegão e dos EUA, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), mataram 39%. É suficiente para perder o apoio junto à população local.
É uma promessa de campanha de Obama: acabar com a guerra no Iraque e redobrar os esforços na luta contra a milícia fundamentalista dos Talebã (Estudantes) e a rede terrorista Al Caeda.
"Este aumento é necessário para estabilizar uma situação que se deteriora no Afeganistão, que não tem recebido a atenção estratégica, a orientação e os recursos que precisa com urgência", justificou o presidente.
O problema é que o número de mortes de civis aumentou 40% no ano passado no Afeganistão, chegando a 2.118. Se os talebã são acusados por 55% das mortes de civis inocentes, as forças dos Exércitos afegão e dos EUA, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), mataram 39%. É suficiente para perder o apoio junto à população local.
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Greenspan já admite estatização de bancos
O Sumo Sacerdote do livre mercado faz seu mea culpa.
Em entrevista ao jornal Financial Times, o ex-presidente da Reserva Federal (Fed), o banco central dos Estados Unidos, Alan Greenspan reconhece que o governo americano pode ser obrigado a estatizar os bancos para estabilizar o mercado financeiro e restabelecer o fluxo de crédito.
”Pode ser necessário nacionalizar temporariamente alguns bancos para facilitar uma reestruturação ordeira e rápida", disse Greenspan, com uma ressalva: "Entendo que isso se faz uma vez em cem anos". Seria a menos ruim das opções políticas remanescentes.
Durante 14 meses, sob a presidência de Greenspan, o Fed manteve sua taxa básica de juros em 1% para evitar que o trauma dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 agravasse a recessão causada pelo estouro da bolha financeira das empresas da Internet.
Ele também é responsável pela falta de regulamentação do mercado financeiro. Deixou, por exemplo, de fiscalizar os bancos de investimentos porque "achava que era do autointeresse dos bancos preservar seu próprio negócio".
Greenspan, antes endeusado pelos mercados, é um dos principais responsáveis pela bolha que não para de explodir na cara de todos nós.
Em entrevista ao jornal Financial Times, o ex-presidente da Reserva Federal (Fed), o banco central dos Estados Unidos, Alan Greenspan reconhece que o governo americano pode ser obrigado a estatizar os bancos para estabilizar o mercado financeiro e restabelecer o fluxo de crédito.
”Pode ser necessário nacionalizar temporariamente alguns bancos para facilitar uma reestruturação ordeira e rápida", disse Greenspan, com uma ressalva: "Entendo que isso se faz uma vez em cem anos". Seria a menos ruim das opções políticas remanescentes.
Durante 14 meses, sob a presidência de Greenspan, o Fed manteve sua taxa básica de juros em 1% para evitar que o trauma dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 agravasse a recessão causada pelo estouro da bolha financeira das empresas da Internet.
Ele também é responsável pela falta de regulamentação do mercado financeiro. Deixou, por exemplo, de fiscalizar os bancos de investimentos porque "achava que era do autointeresse dos bancos preservar seu próprio negócio".
Greenspan, antes endeusado pelos mercados, é um dos principais responsáveis pela bolha que não para de explodir na cara de todos nós.
Moody's alerta para risco de bancos europeus
O presidente Barack Obama assinou hoje a Lei de Recuperação Econômica, de US$ 787 bilhões, dizendo que "é o início do fim da crise". Mas o diretor-geral do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, adverte que as medidas de saneamento financeiro anunciadas até agora são insuficientes.
Strauss-Kahn prevê que a recuperação só comece 2010, "se fizermos tudo certo". Para o diretor do FMI, o maior problema está nos balanços dos bancos.
A agência de classificação de risco Moody's alertou hoje que o declínio simultâneo das economias da Europa Oriental e da Rússia vai causar grandes prejuízos para os bancos europeus com forte presença na região;
O produto interno bruto da Rússia deve cair 2,2% este ano, e o da Holanda, 3,5%.
Com a queda na atividade econômica, os 15 países que usavam o euro como moeda no ano passado tiveram, em conjunto, um déficit comercial de 32,1 bilhões de euros (US$ 40,1 bilhões). Em 2007, a Eurozona registrara um saldo comercial de 15,8 bilhões de euros (US$ 19,75 bilhões).
Em Cingapura, na Ásia, as exportações sofreram em janeiro deste ano uma queda recorde de 34,8% em comparação com janeiro de 2007.
O risco dos bancos europeus derrubou as bolsas no mundo inteiro e o preço do barril de petróleo, que caiu para US$ 35.
Strauss-Kahn prevê que a recuperação só comece 2010, "se fizermos tudo certo". Para o diretor do FMI, o maior problema está nos balanços dos bancos.
A agência de classificação de risco Moody's alertou hoje que o declínio simultâneo das economias da Europa Oriental e da Rússia vai causar grandes prejuízos para os bancos europeus com forte presença na região;
O produto interno bruto da Rússia deve cair 2,2% este ano, e o da Holanda, 3,5%.
Com a queda na atividade econômica, os 15 países que usavam o euro como moeda no ano passado tiveram, em conjunto, um déficit comercial de 32,1 bilhões de euros (US$ 40,1 bilhões). Em 2007, a Eurozona registrara um saldo comercial de 15,8 bilhões de euros (US$ 19,75 bilhões).
Em Cingapura, na Ásia, as exportações sofreram em janeiro deste ano uma queda recorde de 34,8% em comparação com janeiro de 2007.
O risco dos bancos europeus derrubou as bolsas no mundo inteiro e o preço do barril de petróleo, que caiu para US$ 35.
Carrasco genocida vai a julgamento no Camboja
Um dos piores carrascos do século 20 sente remorso no banco dos réus. Começou hoje o primeiro julgamento de um líder da ditadura do Khmer Vermelho, responsável pela morte de cerca de 2 milhões de pessoas no Camboja nos anos 70.
Centenas de cambojanos e jornalistas foram até o tribunal, em Phnom Penh, para acompanhar o processo contra Kaing Guek Eav, mais conhecido como Duch. Ele era o chefe da temida prisão S-21, onde 16 mil acusados de serem inimigos da revolução comunista cambojana entraram e poucos saíram.
Duch foi denunciado por crimes contra a humanidade, entre eles tortura, assassinato e estupro.
O promotor Robert Petit, do tribunal especial das Nações Unidas para o genocídio no Camboja, afirmou que Duch decidia pessoalmente quando um prisioneiro seria executado. Ele mandava matar quem acreditava que já tivesse confessado tudo o que sabia.
Através do advogado de defesa François Roux, Duch, hoje convertido ao cristianismo, pediu perdão tardiamente ao povo cambojano.
Do lado de fora do tribunal, os sobreviventes do genocídio cambojano festejaram o processo contra Duch. Mas ninguém tem ilusão de que a Justiça consiga pegar todos os genocidas do Khmer Vermelho.
Esse grupo extremista de esquerda, de inspiração maoísta, tomou o poder no Camboja em 16 de abril de 1975, duas semanas antes da queda de Saigon, no fim da Guerra do Vietnã. Com o apoio da China e dos Estados Unidos, aterrorizou o país até ser derrubado por uma invasão vietnamita, em 7 de janeiro de 1979.
Como o tribunal da ONU não prevê pena de morte, Duch e outros quatro réus cujos julgamentos começam em seguida devem pegar prisão perpétua.
Centenas de cambojanos e jornalistas foram até o tribunal, em Phnom Penh, para acompanhar o processo contra Kaing Guek Eav, mais conhecido como Duch. Ele era o chefe da temida prisão S-21, onde 16 mil acusados de serem inimigos da revolução comunista cambojana entraram e poucos saíram.
Duch foi denunciado por crimes contra a humanidade, entre eles tortura, assassinato e estupro.
O promotor Robert Petit, do tribunal especial das Nações Unidas para o genocídio no Camboja, afirmou que Duch decidia pessoalmente quando um prisioneiro seria executado. Ele mandava matar quem acreditava que já tivesse confessado tudo o que sabia.
Através do advogado de defesa François Roux, Duch, hoje convertido ao cristianismo, pediu perdão tardiamente ao povo cambojano.
Do lado de fora do tribunal, os sobreviventes do genocídio cambojano festejaram o processo contra Duch. Mas ninguém tem ilusão de que a Justiça consiga pegar todos os genocidas do Khmer Vermelho.
Esse grupo extremista de esquerda, de inspiração maoísta, tomou o poder no Camboja em 16 de abril de 1975, duas semanas antes da queda de Saigon, no fim da Guerra do Vietnã. Com o apoio da China e dos Estados Unidos, aterrorizou o país até ser derrubado por uma invasão vietnamita, em 7 de janeiro de 1979.
Como o tribunal da ONU não prevê pena de morte, Duch e outros quatro réus cujos julgamentos começam em seguida devem pegar prisão perpétua.
Ministro das Finanças do Japão pede demissão
Sob intensa pressão por ter dado a aparência de estar bêbado durante uma entrevista no encerramento de uma reunião do Grupo dos Setes, no fim de semana, o ministro das Finanças do Japão, Shoichi Nakagawa, pediu demissão hoje. Ele alegara inicialmente estar passando mal por efeitos colaterais de medicamentos que estaria tomando.
Hillary adverte Coreia do Norte a não testar míssil
Ao chegar a Tóquio na primeira escala de sua primeira viagem como secretária de Estado, Hillary Clinton acaba de assinar um acordo com o governo do Japão para retirar 8 mil fuzileiros navais estacionados em Okinawa e de advertir o regime comunista da Coreia do Norte a não testar um míssil de longo alcance.
Os fuzileiros navais serão reassentados na ilha de Guam.
Outros temas importantes na pauta EUA-Japão são a crise econômica global, que afeta duramente as duas maiores economias do mundo, o programa nuclear da Coreia do Norte, a situação no Paquistão e no Afeganistão, e o patrulhamento das águas próximas ao Chifre da África, infestadas pelos piratas da Somália.
Os fuzileiros navais serão reassentados na ilha de Guam.
Outros temas importantes na pauta EUA-Japão são a crise econômica global, que afeta duramente as duas maiores economias do mundo, o programa nuclear da Coreia do Norte, a situação no Paquistão e no Afeganistão, e o patrulhamento das águas próximas ao Chifre da África, infestadas pelos piratas da Somália.
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Mais 22 africanos morrem na fuga para a Espanha
A guarda-costeira da Espanha resgatou hoje os cadáveres de 19 imigrantes ilegais que tentavam chegar clandestinamente às Ilhas Canárias, uma possessão espanhola no Oceano Atlântico. Outros três corpos foram vistos boiando no mar e seis imigrantes foram salvos.
O barco onde eles viajavam afundou ontem perto da praia de Lanzarote. Alguns surfistas ouviram os gritos de desespero dos náufragos e ajudaram a salvar os sobreviventes. Eles foram identificados como norte-africanos, da região do Magreb.
O barco onde eles viajavam afundou ontem perto da praia de Lanzarote. Alguns surfistas ouviram os gritos de desespero dos náufragos e ajudaram a salvar os sobreviventes. Eles foram identificados como norte-africanos, da região do Magreb.
CIB prevê queda de 3,3% no PIB britânico
A economia britânica deve encolher no ritmo mais forte em seis décadas, perdendo 3,3% este ano, previu hoje a Confederação da Indústria Britânica (CIB), a mais importante entidade patronal do Reino Unido.
O total de desempregados deve superar 3 milhões e o governo terá de tomar emprestado 100 bilhões de libras esterlinas para fechar as contas deste ano, estima a CIB.
No próximo ano, a expectativa é de estagnação. A recuperação só viria em 2011.
O total de desempregados deve superar 3 milhões e o governo terá de tomar emprestado 100 bilhões de libras esterlinas para fechar as contas deste ano, estima a CIB.
No próximo ano, a expectativa é de estagnação. A recuperação só viria em 2011.
Investimento externo direto na China cai 36,2%
O investimento estrangeiro direto, aquele dinheiro que vai diretamente para a construção de fábricas, caiu 32,6% em janeiro de 2009, em comparação com o mesmo mês no ano passado.
Há anos, a China é o país em desenvolvimento que mais recebe investimentos externos diretos. A forte queda reflete a redução no movimento de capital por causa da crise econômica global.
Há anos, a China é o país em desenvolvimento que mais recebe investimentos externos diretos. A forte queda reflete a redução no movimento de capital por causa da crise econômica global.
Submarinos nucleares se chocam no Atlântico
Dois submarinos nucleares, um da França e outro do Reino Unido, colidiram no fundo do Oceano Atlântico em 4 de fevereiro de 2009, mas a notícia só foi confirmada oficialmente hoje. Não houve feridos entre os 250 marinheiros a bordo, nem vazamento de radioatividade, afirmaram os dois governos.
O submarino francês Le Triomphant e o britânico Vanguard, ambos equipados com armas atômicas, faziam um patrulhamento de rotina quando bateram.
Em declaração oficial, o comandante da Marinha Real britânica, almirante Jonathan Band, disse que "os submarinos entraram em contato a velocidades muito baixas. Não houve feridos, vazamento de radioatividade nem comprometimento da segurança nuclear. O Vanguard retornou em segurança, com suas próprias forças, para sua base, em Faslane, na Escócia".
A Marinha da França admitira em 6 de fevereiro que Le Triomphant havia sido atingido, mas acreditava que tivesse sido por um contêiner de carga. Ele voltou à base, em Brest, na França, com o equipamento de sonar danificado. O sonar é um sistema de orientação baseado em ultrassons.
Não está explicado como dois submarinos de alta tecnologia bateram sem perceber a presença um do outro.
Foi o pior acidente com um submarino nuclear desde o naufrágio do Kursk, da Rússia, em 2000, quando todos os 118 tripulantes morreram.
O submarino francês Le Triomphant e o britânico Vanguard, ambos equipados com armas atômicas, faziam um patrulhamento de rotina quando bateram.
Em declaração oficial, o comandante da Marinha Real britânica, almirante Jonathan Band, disse que "os submarinos entraram em contato a velocidades muito baixas. Não houve feridos, vazamento de radioatividade nem comprometimento da segurança nuclear. O Vanguard retornou em segurança, com suas próprias forças, para sua base, em Faslane, na Escócia".
A Marinha da França admitira em 6 de fevereiro que Le Triomphant havia sido atingido, mas acreditava que tivesse sido por um contêiner de carga. Ele voltou à base, em Brest, na França, com o equipamento de sonar danificado. O sonar é um sistema de orientação baseado em ultrassons.
Não está explicado como dois submarinos de alta tecnologia bateram sem perceber a presença um do outro.
Foi o pior acidente com um submarino nuclear desde o naufrágio do Kursk, da Rússia, em 2000, quando todos os 118 tripulantes morreram.
domingo, 15 de fevereiro de 2009
Arábia Saudita nomeia primeira mulher ministra
Pela primeira vez, no sábado, a Arábia Saudita indicou uma mulher para o Conselho de Ministros. No sábado, o sultão Abdulla nomeou Norah al-Faiz para o novo posto de ministra da Educação Feminina.
"Estou muito orgulhosa por ter sido selecionada para uma posição de tanto prestígio", declarou Norah. "Espero que outras mulheres ocupem cargos importantes no futuro".
A escritora feminista Wajeha al-Huwaider elogiou a atitude do rei saudita como um primeiro passo para as ansiadas reformas.
Na Arábia Saudita, as mulheres não podem nem dirigir automóveis e são consideradas legalmente propriedade do marido.
"Estou muito orgulhosa por ter sido selecionada para uma posição de tanto prestígio", declarou Norah. "Espero que outras mulheres ocupem cargos importantes no futuro".
A escritora feminista Wajeha al-Huwaider elogiou a atitude do rei saudita como um primeiro passo para as ansiadas reformas.
Na Arábia Saudita, as mulheres não podem nem dirigir automóveis e são consideradas legalmente propriedade do marido.
Chávez vence referendo sobre reeleição ilimitada
A Comissão Nacional Eleitoral da Venezuela acaba de anunciar que o sim venceu o referendo sobre a reeleição sem limites do presidente da República e de outros cargos eletivos. Com 54% dos votos apurados até agora, o sim teria uma vantagem irreversível.
É uma vitória do presidente Hugo Chávez, que já manifestou a intenção de ficar no poder até 2030 para levar adiante sua revolução bolivarista e implantar o que chama de "socialismo do século 21".
O caudilho venezuelano acaba de conquistar o direito de continuar na presidência, desde que continue ganhando eleições. Em 10 anos de governo, Chávez só perdeu o referendo constitucional do final de 2007, que previa a reeleição sem limites e mudava o regime de propriedade, na marcha para o socialismo.
Chávez é um político caciquista e autoritário, com todas as características do cesarismo ou bonapartismo: um chefe militar com indiscutível apelo popular, um líder de massas carismático, mas com um viés claramente autoritário e militarista. Não tolera a dissidência. Trata adversários políticos como inimigos. E alimenta um culto da sua personalidade.
Suas políticas sociais promoveram a inclusão de milhões de venezuelanos, o que já é uma revolução. Mas, ao abalar as estruturas constitucionais do país, mudando repetidas vezes as regras do jogo, inclusive a Constituição de 1999, base das primeiras reformas chavistas, o caudilho não cria instituições que consolidem e tornem permanentes as reformas socializantes que propõem.
Com seu narcisismo exacerbado, Chávez acredita que a revolução bolivarista depende dele. É ele. O comandante fica.
É uma vitória do presidente Hugo Chávez, que já manifestou a intenção de ficar no poder até 2030 para levar adiante sua revolução bolivarista e implantar o que chama de "socialismo do século 21".
O caudilho venezuelano acaba de conquistar o direito de continuar na presidência, desde que continue ganhando eleições. Em 10 anos de governo, Chávez só perdeu o referendo constitucional do final de 2007, que previa a reeleição sem limites e mudava o regime de propriedade, na marcha para o socialismo.
Chávez é um político caciquista e autoritário, com todas as características do cesarismo ou bonapartismo: um chefe militar com indiscutível apelo popular, um líder de massas carismático, mas com um viés claramente autoritário e militarista. Não tolera a dissidência. Trata adversários políticos como inimigos. E alimenta um culto da sua personalidade.
Suas políticas sociais promoveram a inclusão de milhões de venezuelanos, o que já é uma revolução. Mas, ao abalar as estruturas constitucionais do país, mudando repetidas vezes as regras do jogo, inclusive a Constituição de 1999, base das primeiras reformas chavistas, o caudilho não cria instituições que consolidem e tornem permanentes as reformas socializantes que propõem.
Com seu narcisismo exacerbado, Chávez acredita que a revolução bolivarista depende dele. É ele. O comandante fica.
Japão encolheu 3,3% no fim do ano passado
A segunda maior economia do mundo sofreu uma contração de 3,3% no último trimestre de 2008. Neste ritmo, o país perderia 12,7% do produto interno bruto em um ano, três vezes mais do que os Estados Unidos e duas vezes mais do na Europa.
Foi o pior resultado desde 1974, quando o Japão sofreu o impacto da primeira crise do petróleo, já que importa todo o petróleo que consome.
O governo do Japão já anuncia o lançamento de um terceiro plano de estímulo econômico, agora de valor equivalente a mais de US$ 100 bilhões.
Com a crise econômica global, as vendas japonesas para os Estados Unidos, a Europa e o resto da Ásia, sobretudo da China, desabaram. Depois de caírem 36% em dezembro, caíram mais 46% nos primeiros 20 dias de janeiro de 2009, na comparação com o mesmo período no ano anterior.
Foi o pior resultado desde 1974, quando o Japão sofreu o impacto da primeira crise do petróleo, já que importa todo o petróleo que consome.
O governo do Japão já anuncia o lançamento de um terceiro plano de estímulo econômico, agora de valor equivalente a mais de US$ 100 bilhões.
Com a crise econômica global, as vendas japonesas para os Estados Unidos, a Europa e o resto da Ásia, sobretudo da China, desabaram. Depois de caírem 36% em dezembro, caíram mais 46% nos primeiros 20 dias de janeiro de 2009, na comparação com o mesmo período no ano anterior.
sábado, 14 de fevereiro de 2009
Economista critica retórica de Obama
No seu esforço para convencer a opinião pública da necessidade de aprovar o Plano de Recuperação Econômica e Reinvestimento, o presidente Barack Obama está abusando das comparações com a Grande Depressão (1929-39), critica o economista Bradley Schiller, professor da Universidade de Nevada, em Reno, nos Estados Unidos.
Em artigo no jornal The Wall St. Journal, Schiller lembra que o desemprego está em 7,6%, abaixo dos 10,8% da recessão de 1982 e muito distante dos 25,2% no auge da depressão, em 1932, quando a produção automobilística americana caiu 90%.
Em artigo no jornal The Wall St. Journal, Schiller lembra que o desemprego está em 7,6%, abaixo dos 10,8% da recessão de 1982 e muito distante dos 25,2% no auge da depressão, em 1932, quando a produção automobilística americana caiu 90%.
Israel exige libertação de soldado para manter trégua
O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, condicionou a assinatura de qualquer acordo para uma trégua permanente com o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) à libertação do soldado israelense Gilad Shalit, sequestrado em 25 de junho de 2006.
Nos últimos dias, líderes do Hamas, inclusive o dirigente máximo, Khaled Mechal, indicaram estar prestes a acertar um cessar-fogo de um ano e meio com Israel na Faixa de Gaza. Agora, o governo israelense endureceu o jogo. O Hamas ainda não se manifestou sobre este último lance.
Nos últimos dias, líderes do Hamas, inclusive o dirigente máximo, Khaled Mechal, indicaram estar prestes a acertar um cessar-fogo de um ano e meio com Israel na Faixa de Gaza. Agora, o governo israelense endureceu o jogo. O Hamas ainda não se manifestou sobre este último lance.
Senado aprova Plano Obama
por 60 votos contra 38, a versão final do Plano de Recuperação Econômica e Reinvestimento do governo Barack Obama foi aprovada agora há pouco no Senado dos Estados Unidos. Deve ser sancionada pelo presidente na segunda-feira.
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Chávez aposta tudo na reeleição ilimitada
O caudilho venezuelano Hugo Chávez aposta todas as suas fichas no referendo deste domingo para aprovar a reeleição sem limites do presidente da Venezuela. Ele pretende ficar no poder até 2030 para levar adiante sua revolução bolivarista.
Para atingir seu objetivo, Chávez usou a máquina do Estado e mobilizou os beneficiários pelos programas sociais de seu governo, as missões, proibiu manifestações e intimidou a oposição.
Talvez o caudilho tenha calculado que este seria o melhor momento para colocar seu futuro em votação, antes que a crise econômica global, que derrubou o preço do barril de petróleo de US$ 147,50 para pouco mais de US$ 40 abale as finanças do Estado venezuelano, atrapalhando seu nacionalismo energético.
Chávez já está negociando com grandes empresas petrolíferas transnacionais. Muitas tiveram seus negócios expropriados na Venezuela ou foram obrigadas a fazer contratos dando maioria de 60% à companha estatal Petróleos de Venezuela S.A. (PdVSA). Agora, estão sendo convocadas porque o país precisa de investimento estrangeiro para explorar novos campos e aumentar a produção.
A Venezuela enfrenta ainda uma inflação de 30% ao ano, tem problemas de desabastecimento e o maior índice de homicídios da América Latina.
É neste cenário que o presidente busca a reeleição ilimitada - e as pesquisas indicam que deve conseguir.
Para atingir seu objetivo, Chávez usou a máquina do Estado e mobilizou os beneficiários pelos programas sociais de seu governo, as missões, proibiu manifestações e intimidou a oposição.
Talvez o caudilho tenha calculado que este seria o melhor momento para colocar seu futuro em votação, antes que a crise econômica global, que derrubou o preço do barril de petróleo de US$ 147,50 para pouco mais de US$ 40 abale as finanças do Estado venezuelano, atrapalhando seu nacionalismo energético.
Chávez já está negociando com grandes empresas petrolíferas transnacionais. Muitas tiveram seus negócios expropriados na Venezuela ou foram obrigadas a fazer contratos dando maioria de 60% à companha estatal Petróleos de Venezuela S.A. (PdVSA). Agora, estão sendo convocadas porque o país precisa de investimento estrangeiro para explorar novos campos e aumentar a produção.
A Venezuela enfrenta ainda uma inflação de 30% ao ano, tem problemas de desabastecimento e o maior índice de homicídios da América Latina.
É neste cenário que o presidente busca a reeleição ilimitada - e as pesquisas indicam que deve conseguir.
PIB da Eurozona caiu 1,5% no fim de 2008
Como um todo, a economia dos 15 países que usavam o euro em 2008 sofreu uma queda recorde no último trimestre de 2008, com forte redução na produção industrial.
O produto interno bruto da Eurozona caiu 1,5% em relação ao trimestre anterior e 1,2% na comparação com 2007. No terceiro trimestre, a economia da Eurozona tinha encolhido 0,2%, o que significa que a região está em recessão, caracterizada por dois trimestres consecutivos de crescimento negativo, o critério mais usado pelos economistas.
A Alemanha, maior economia européia e quarta do mundo, teve uma queda no PIB de 2% no quarto trimestre do ano passado, a pior em quase duas décadas.
Na França, a segunda maior economia do euro, a expectativa é de queda de 1% no PIB em 2009.
O produto interno bruto da Eurozona caiu 1,5% em relação ao trimestre anterior e 1,2% na comparação com 2007. No terceiro trimestre, a economia da Eurozona tinha encolhido 0,2%, o que significa que a região está em recessão, caracterizada por dois trimestres consecutivos de crescimento negativo, o critério mais usado pelos economistas.
A Alemanha, maior economia européia e quarta do mundo, teve uma queda no PIB de 2% no quarto trimestre do ano passado, a pior em quase duas décadas.
Na França, a segunda maior economia do euro, a expectativa é de queda de 1% no PIB em 2009.
Câmara aprova plano revisado de Obama
Por 246 votos contra 183, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou o programa de retomada do crescimento econômico proposto pelo governo Barack Obama.
A aprovação se deveu à ampla maioria democrata. Os votos contrários refletem a profunda insatisfação do Partido Republicano com o pacote de US$787 bilhões.
Agora, o Plano de Recuperação Econômica e Reinvestimento terá de passar de novo pelo Senado para depois ser sancionado pelo presidente americano.
A aprovação se deveu à ampla maioria democrata. Os votos contrários refletem a profunda insatisfação do Partido Republicano com o pacote de US$787 bilhões.
Agora, o Plano de Recuperação Econômica e Reinvestimento terá de passar de novo pelo Senado para depois ser sancionado pelo presidente americano.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Republicano desiste de ser ministro de Obama
O senador republicano Judd Gregg desistiu de aceitar a indicação do presidente Barack Obama para secretário do Comércio, cargo equivalente ao de ministro de Estado no Brasil, falando em "conflitos inconciliáveis" em relação ao programa de estímulo econômico, o Plano de Recuperação Econômica e Reinvestimento, de US$ 789,5 bilhões.
É mais um sinal da rejeição ideológica do Partido Republicano ao plano de retomada do crescimento com base em investimentos de longo prazo.
É mais um sinal da rejeição ideológica do Partido Republicano ao plano de retomada do crescimento com base em investimentos de longo prazo.
Vendas no varejo sobem nos EUA
As vendas no varejo nos Estados Unidos subiram 1% em janeiro na comparação com dezembro, mas caíram 9,7% em relação a janeiro do ano passado.
Foi o primeiro aumento do consumo desde junho de 2008 e a maior em mais de um anos.
O mercado financeiro esperava queda e não se empolgou, entendendo que os consumidores aproveitaram descontos generosos. A Bolsa de Nova York opera em baixa. São Paulo acompanha o pessimismo internacional.
Foi o primeiro aumento do consumo desde junho de 2008 e a maior em mais de um anos.
O mercado financeiro esperava queda e não se empolgou, entendendo que os consumidores aproveitaram descontos generosos. A Bolsa de Nova York opera em baixa. São Paulo acompanha o pessimismo internacional.
Exportações e importações chinesas desabam
As exportações da China sofreram a maior queda em 13 anos, de 17,5%, por causa da crise econômica global. As importações caíram ainda mais, em 43,1%. É a maior baixa desde que a pesquisa começou, em 1995.
Com a forte redução nas exportações, o país registrou o terceiro maior saldo comercial de sua História, US$39,11 bilhões. O recorde, de US$40,09 bilhões, foi registrado em novembro. O segundo melhor resultado, de US$39,98 bilhões, ocorreu em dezembro. Todos refletem a grande contração nas importações.
O comércio exterior representa cerca de dois terços do produto interno bruto chinês, hoje estimado em cerca de US$ 4 trilhões. Isso deixa o país mais sujeito às oscilações da economia globalizada.
Em janeiro, as vendas chinesas para o Japão caíram 28%; para a União Européia, 18,7%; e para os Estados Unidos, 15,2$.
Com a forte redução nas exportações, o país registrou o terceiro maior saldo comercial de sua História, US$39,11 bilhões. O recorde, de US$40,09 bilhões, foi registrado em novembro. O segundo melhor resultado, de US$39,98 bilhões, ocorreu em dezembro. Todos refletem a grande contração nas importações.
O comércio exterior representa cerca de dois terços do produto interno bruto chinês, hoje estimado em cerca de US$ 4 trilhões. Isso deixa o país mais sujeito às oscilações da economia globalizada.
Em janeiro, as vendas chinesas para o Japão caíram 28%; para a União Européia, 18,7%; e para os Estados Unidos, 15,2$.
Câmara e Senado acertam pacote de US$ 789 bilhões
A Câmara e o Senado dos Estados Unidos chegaram a um acordo ontem à noite para compatibilizar os dois projetos diferentes do programa de estímulo econômico do presidente Barack Obama para tentar criar ou manter 4 milhões de empregos e tirar o país da recessão.
O valor total do Plano de Recuperação Econômica e Reinvestimento ficou em US$ 789,5 bilhões. A expectativa é que Obama sancione o projeto ainda hoje.
O valor total do Plano de Recuperação Econômica e Reinvestimento ficou em US$ 789,5 bilhões. A expectativa é que Obama sancione o projeto ainda hoje.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Kadima vence mas Netanyahu pode formar governo
O partido de centro-direita Kadima (Avante) elegeu 28 deputados, a maior bancada da Knesset, o Parlamento de Israel. Mas tudo indica que o ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, do partido direitista Likud, que conquistou 27 cadeiras, terá mais facilidade para formar um governo.
Como o parlamento israelense tem 120 cadeiras, o primeiro-ministro precisa do apoio de pelo menos 61 deputados para ser confirmado no cargo. Nenhum partido conseguiu fazer um quarto dos deputados, quanto menos a maioria, por causa do sistema eleitoral do país, que é rigorosamente proporcional. Isso fortalece os pequenos partidos.
Cabe agora ao presidente Shimon Peres escolher um líder partidário para tentar articular uma coligação viável. O presidente pode dar uma chance à atual ministra do Exterior, Tzipi Livni. Ela não teve sucesso quando sucedeu ao atual primeiro-ministro Ehud Olmert, derrubado por corrupção, na liderança do Kadima, em setembro de 2008.
A grande vedete das eleições foi o partido ultranacionalista Israel Beiteinu, liderado pelo imigrante russo Avigdor Lieberman, que elegeu 15 deputados com um discurso racista anti-árabe. Lieberman se tornou o fiel da balança na formação de qualquer coligação. Isso entusiasma Netanyahu, que considera a extrema direita uma aliada natural.
Também existe a possibilidade de se formar um governo de união nacional, uma grande coalizão, mas isso depende das concessões que a direita estiver disposta a fazer para negociar a paz com os palestinos com a mediação dos Estados Unidos.
Afinal, o Kadima foi fundado há pouco mais de três anos pelo então primeiro-ministro Ariel Sharon. Foi uma divisão do Likud feita por Sharon para criar um partido capaz de negociar a paz com os palestinos.
Como general, Sharon estava convencido de que a segurança de Israel depende do estabelecimento de fronteiras definitivas, o que exige a criação do Estado árabe prevista na partilha da Palestina ordenada pelas Nações Unidas em 1947.
O Partido Trabalhista, fundador de Israel, acaba de sofrer sua maior derrota eleitoral, mas também está comprometido com uma paz permanente. Isso exige uma negociação ampla que acabe com a estratégia gradual dos acordos de Oslo, nos anos 90.
Naquela época, surgiu a fórmula Gaza e Jericó primeiro. A Autoridade Nacional Palestina assumiria pouco a pouco o controle sobre os territórios árabes ocupados por Israel para que fosse criada confiança mútua ao longo do processo, na expectativa de se chegar a uma paz duradoura.
Funcionou, no início, com a implantação do governo semi-autônomo palestino na Faixa de Gaza e em parte da Cisjordânia. Mas o gradualismo deu aos extremistas dos dois lados uma espécie de direito de veto ao progresso das negociações.
Em 2000, no fim do governo Bill Clinton (1993-2001), os EUA tentaram mediar um acordo entre Arafat e o então primeiro-ministro Ehud Barak, hoje ministro da Defesa e líder trabalhista. Na época, Barak já estava convencido de que o gradualismo era um beco sem saída.
O fracasso das negociações de Camp David levou o então líder da oposição israelense, Ariel Sharon, a visitar o Monte do Templo, no setor árabe de Jerusalém. Isso foi visto como uma ameaça de reconstrução do Templo, que fica junto à Esplanada das Mesquitas, e provocou a segunda intifada (revolta das pedras) contra a ocupação israelense, em que o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), que rejeita os acordos de Oslo, cometeu a maioria dos atentados terroristas contra Israel.
Desde antes, o Hamas e a extrema direita se nutrem mutuamente, garantindo a estagnação de um processo de paz iniciado em 1991, quando a guerra de libertação do Kuwait criou um clima mais favorável aos EUA no mundo árabe. Obama promete romper com esta injustiça histórica que alimenta o ódio e o anti-americanismo no mundo muçulmano, facilitando o recrutamento de terroristas suicidas por grupos como a rede terrorista Al Caeda.
Como o parlamento israelense tem 120 cadeiras, o primeiro-ministro precisa do apoio de pelo menos 61 deputados para ser confirmado no cargo. Nenhum partido conseguiu fazer um quarto dos deputados, quanto menos a maioria, por causa do sistema eleitoral do país, que é rigorosamente proporcional. Isso fortalece os pequenos partidos.
Cabe agora ao presidente Shimon Peres escolher um líder partidário para tentar articular uma coligação viável. O presidente pode dar uma chance à atual ministra do Exterior, Tzipi Livni. Ela não teve sucesso quando sucedeu ao atual primeiro-ministro Ehud Olmert, derrubado por corrupção, na liderança do Kadima, em setembro de 2008.
A grande vedete das eleições foi o partido ultranacionalista Israel Beiteinu, liderado pelo imigrante russo Avigdor Lieberman, que elegeu 15 deputados com um discurso racista anti-árabe. Lieberman se tornou o fiel da balança na formação de qualquer coligação. Isso entusiasma Netanyahu, que considera a extrema direita uma aliada natural.
Também existe a possibilidade de se formar um governo de união nacional, uma grande coalizão, mas isso depende das concessões que a direita estiver disposta a fazer para negociar a paz com os palestinos com a mediação dos Estados Unidos.
Afinal, o Kadima foi fundado há pouco mais de três anos pelo então primeiro-ministro Ariel Sharon. Foi uma divisão do Likud feita por Sharon para criar um partido capaz de negociar a paz com os palestinos.
Como general, Sharon estava convencido de que a segurança de Israel depende do estabelecimento de fronteiras definitivas, o que exige a criação do Estado árabe prevista na partilha da Palestina ordenada pelas Nações Unidas em 1947.
O Partido Trabalhista, fundador de Israel, acaba de sofrer sua maior derrota eleitoral, mas também está comprometido com uma paz permanente. Isso exige uma negociação ampla que acabe com a estratégia gradual dos acordos de Oslo, nos anos 90.
Naquela época, surgiu a fórmula Gaza e Jericó primeiro. A Autoridade Nacional Palestina assumiria pouco a pouco o controle sobre os territórios árabes ocupados por Israel para que fosse criada confiança mútua ao longo do processo, na expectativa de se chegar a uma paz duradoura.
Funcionou, no início, com a implantação do governo semi-autônomo palestino na Faixa de Gaza e em parte da Cisjordânia. Mas o gradualismo deu aos extremistas dos dois lados uma espécie de direito de veto ao progresso das negociações.
Em 2000, no fim do governo Bill Clinton (1993-2001), os EUA tentaram mediar um acordo entre Arafat e o então primeiro-ministro Ehud Barak, hoje ministro da Defesa e líder trabalhista. Na época, Barak já estava convencido de que o gradualismo era um beco sem saída.
O fracasso das negociações de Camp David levou o então líder da oposição israelense, Ariel Sharon, a visitar o Monte do Templo, no setor árabe de Jerusalém. Isso foi visto como uma ameaça de reconstrução do Templo, que fica junto à Esplanada das Mesquitas, e provocou a segunda intifada (revolta das pedras) contra a ocupação israelense, em que o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), que rejeita os acordos de Oslo, cometeu a maioria dos atentados terroristas contra Israel.
Desde antes, o Hamas e a extrema direita se nutrem mutuamente, garantindo a estagnação de um processo de paz iniciado em 1991, quando a guerra de libertação do Kuwait criou um clima mais favorável aos EUA no mundo árabe. Obama promete romper com esta injustiça histórica que alimenta o ódio e o anti-americanismo no mundo muçulmano, facilitando o recrutamento de terroristas suicidas por grupos como a rede terrorista Al Caeda.
Talebã mostram força no Afeganistão
Cabul entrou em pânico hoje com dois ataques coordenados. Enquanto pistoleiros atacavam o Ministério da Justiça do Afeganistão e dois outros prédios públicos, inclusive com um atentado suicida. Pelo menos 28 pessoas morreram e mais de 50 saíram feridas.
A milícia fundamentalista muçulmana dos Talebã (Estudantes) reivindicou a responsabilidade pela ação, realizada na véspera da chegada ao país do embaixador Richard Holbrooke, enviado especial do governo Barack Obama para o Paquistão e o Afeganistão.
Todos os oito terroristas foram mortos pela polícia, o que elevou o total de mortos para 28.
A milícia fundamentalista muçulmana dos Talebã (Estudantes) reivindicou a responsabilidade pela ação, realizada na véspera da chegada ao país do embaixador Richard Holbrooke, enviado especial do governo Barack Obama para o Paquistão e o Afeganistão.
Todos os oito terroristas foram mortos pela polícia, o que elevou o total de mortos para 28.
Mercado desaba com plano de saneamento financeiro
Os investidores da Bolsa de Valores de Nova York não se impressionaram com o novo plano de saneamento financeiro anunciado pelo secretário do Tesouro, Timothy Geithner, no valor de US$ 1,5 trilhão.
A reação negativa provocou uma queda de 4,6% no Índice Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais ações, e de 4,9% no S&P500, que observa o comportamento de 500 empresas.
Por 61 votos a 37, apenas um acima do mínimo necessário, o Congresso dos Estados Unidos aprovou o plano de estímulo econômico do presidente Barack Obama, de US$ 838 bilhões. Ele terá de voltar à Câmara, já que foi emendado no Senado.
A expectativa dos economistas é que o país não sai da crise antes de resolver os problemas financeiros que a originaram.
A reação negativa provocou uma queda de 4,6% no Índice Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais ações, e de 4,9% no S&P500, que observa o comportamento de 500 empresas.
Por 61 votos a 37, apenas um acima do mínimo necessário, o Congresso dos Estados Unidos aprovou o plano de estímulo econômico do presidente Barack Obama, de US$ 838 bilhões. Ele terá de voltar à Câmara, já que foi emendado no Senado.
A expectativa dos economistas é que o país não sai da crise antes de resolver os problemas financeiros que a originaram.
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
TVs de Israel projetam vitória do Kadima
O partido de centro-direita Kadima (Avante) deve eleger 30 dos 120 deputados da Knesset, o Parlamento de Israel, superando o oposicionista Likud, que conquistaria 28 cadeiras nas eleições realizadas hoje, informaram as televisões israelenses com base nos primeiros resultados.
A grande surpresa, o partido ultranacionalista Israel Beiteinu, liderado pelo imigrante russo Avigdor Lieberman, deve ter 14 ou 15 deputados, superando o Partido Trabalhista, que pelas projeções ficaria com 13 cadeiras.
A grande surpresa, o partido ultranacionalista Israel Beiteinu, liderado pelo imigrante russo Avigdor Lieberman, deve ter 14 ou 15 deputados, superando o Partido Trabalhista, que pelas projeções ficaria com 13 cadeiras.
Produção industrial francesa caiu 2,8% em dezembro
A produção da indústria da França caiu 2,8% em dezembro, depois de uma queda de 3,6% em novembro. Quem sofreu a maior queda, de 7,7%, foi o setor automobilístico.
O presidente Nicolas Sarkozy anunciou ontem uma ajuda de 6,5 bilhões de euros aos fabricantes de veículos.
O presidente Nicolas Sarkozy anunciou ontem uma ajuda de 6,5 bilhões de euros aos fabricantes de veículos.
Resgate a bancos dos EUA pode ir a US$ 1,5 trilhão
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, apresenta hoje o novo plano de salvação do mercado financeiro. Especialistas ouvidos pelo jornal The Washington Post já estimam o custo da operação em US$ 1,5 trilhão.
Pelas informações vazadas nos últimos dias, a proposta deve incluir a criação de um banco ruim controlado pelo governo para assumir a responsabilidade pelos papéis podres que contaminaram o sistema financeiro.
Geithner pretende pedir ao capital privado que compre esses títulos na expectativa de que possam dar lucro com a recuperação da economia. Um fundo público-privado administraria o banco ruim.
Sem o saneamento financeiro, os economistas temem que o Plano de Recuperação e Reinvestimento, o pacote de estímulo do governo Barack Obama, que deve ser votado esta noite no Senado, tenha impacto limitado.
Pelas informações vazadas nos últimos dias, a proposta deve incluir a criação de um banco ruim controlado pelo governo para assumir a responsabilidade pelos papéis podres que contaminaram o sistema financeiro.
Geithner pretende pedir ao capital privado que compre esses títulos na expectativa de que possam dar lucro com a recuperação da economia. Um fundo público-privado administraria o banco ruim.
Sem o saneamento financeiro, os economistas temem que o Plano de Recuperação e Reinvestimento, o pacote de estímulo do governo Barack Obama, que deve ser votado esta noite no Senado, tenha impacto limitado.
Vendas no varejo sobem no Reino Unido
O consumidor britânico resiste. Apesar de viver num dos países ricos mais atingidos pela crise, continua comprando.
Na contramão da crise, as vendas no varejo no Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte cresceram 3,2% em janeiro.
Na contramão da crise, as vendas no varejo no Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte cresceram 3,2% em janeiro.
GM vai demitir 10 mil empregados
A General Motors vai dispensar 10 mil funcionários, 14% de sua força de trabalho, numa tentativa desesperada de se recuperar diante de problemas crônicas e da súbita retração do mercado por causa da crise financeira global.
Os cortes de empregos estão previstos no plano de recuperação encaminhado ao Congresso para que a empresa, que até o ano passado era a maior empresa automobilística do mundo, obtenha mais ajuda oficial do governo americano. A GM recebeu um empréstimo de emergência em dezembro para conseguir fechar suas contas do ano passado.
Os cortes de empregos estão previstos no plano de recuperação encaminhado ao Congresso para que a empresa, que até o ano passado era a maior empresa automobilística do mundo, obtenha mais ajuda oficial do governo americano. A GM recebeu um empréstimo de emergência em dezembro para conseguir fechar suas contas do ano passado.
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Saldo comercial da Alemanha caiu em 2008
Maior exportadora mundial de produtos industriais, a Alemanha sofre diretamente a consequência da redução do comércio internacional sobre suas vendas ao exterior.
No ano passado, o saldo comercial alemão caiu 8,5% para 178,2 bilhões de euros.
No ano passado, o saldo comercial alemão caiu 8,5% para 178,2 bilhões de euros.
PIB da França deve cair 0,6% no primeiro trimestre
O Banco da França prevê uma contração de 0,6% no produto interno bruto do país no primeiro trimestre de 2009.
A ministra das Finanças, Christine Lagarde, já espera um crescimento de apenas 0,7% a 0,8% em 2009 - e é uma previsão otimista, já que a expectativa nos países ricos é de crescimento negativo.
A ministra das Finanças, Christine Lagarde, já espera um crescimento de apenas 0,7% a 0,8% em 2009 - e é uma previsão otimista, já que a expectativa nos países ricos é de crescimento negativo.
Linha dura é favorita nas eleições israelenses
O ex-primeiro-ministro linha-dura Benjamin Netanyahu, líder do partido Likud, é o favorito para chefiar o novo governo a ser criado com base nas eleições de amanhã, em Israel.
Nos últimos dias, o partido Kadima (Avante), liderado pela ministra do Exterior, Tzipi Livni, aproximou-se do Likud. Mas nenhum partido deve conseguir nem 30 das 120 cadeiras da Knesset, o Parlamento de Israel.
Com o avanço da linha dura depois da recente guerra contra o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), acredita-se que Netanyahu terá mais condições de formar um governo estável.
Pelas pesquisas, o Likud deve eleger 27 deputados, um a menos do que Kadima tem hoje. O partido do primeiro-ministro interino Ehud Olmert, derrubado por corrupção e da ministra Tzipi Livni, deve ficar um pouco abaixo.
A grande surpresa é o avanço do partido ultraconservador Israel Beiteinu (Israel Nossa Casa), liderado pelo imigrante russo Avigdor Lieberman, que questiona o direito à cidadania dos árabes israelenses. Tentou até impedir a participação de seus partidos nas eleições.
Com a expectativa de eleger 18 deputados, a bancada da Beiteinu terá um papel importante na formação e na instabilidade do futuro governo. Está na frente do Partido Trabalhista, que fundou Israel e governou o país durante a primeira metade de sua História.
Sob a liderança do atual ministro da Defesa, Ehud Barak, os trabalhistas devem ver sua bancada encolher para 14 deputados, apesar da atuação destacada e elogiada de Barak na luta contra o Hamas.
O grande tema da campanha é a segurança. Depois do fraco desempenho na guerra contra a milícia fundamentalista xiita Hesbolá, no Líbano, em 2006, os líderes israelenses acreditam que a campanha em Gaza restabeleceu a credibilidade militar de Israel como uma força capaz de dissuadir seus inimigos.
Enquanto os trabalhistas e o Kadima querem aproveitar o interesse do presidente Barack Obama para negociar a paz com a criação de um Estado palestino independente, Netanyahu e Lieberman atrapalham os planos de Obama.
Netanyahu fez campanha acusando o governo de ter terminando a guerra contra o Hamas antes da hora, desperdiçando a oportunidade de tirar do poder o grupo extremista palestino. O Hamas domina Gaza desde que venceu a Fatah do presidente palestino, Mahmoud Abbas, numa guerra civil palestina, em junho de 2007.
Mas a maior tormenta no horizonte é o programa nuclear do Irã, que está desenvolvendo a bomba atômica.
Nos últimos dias, o partido Kadima (Avante), liderado pela ministra do Exterior, Tzipi Livni, aproximou-se do Likud. Mas nenhum partido deve conseguir nem 30 das 120 cadeiras da Knesset, o Parlamento de Israel.
Com o avanço da linha dura depois da recente guerra contra o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), acredita-se que Netanyahu terá mais condições de formar um governo estável.
Pelas pesquisas, o Likud deve eleger 27 deputados, um a menos do que Kadima tem hoje. O partido do primeiro-ministro interino Ehud Olmert, derrubado por corrupção e da ministra Tzipi Livni, deve ficar um pouco abaixo.
A grande surpresa é o avanço do partido ultraconservador Israel Beiteinu (Israel Nossa Casa), liderado pelo imigrante russo Avigdor Lieberman, que questiona o direito à cidadania dos árabes israelenses. Tentou até impedir a participação de seus partidos nas eleições.
Com a expectativa de eleger 18 deputados, a bancada da Beiteinu terá um papel importante na formação e na instabilidade do futuro governo. Está na frente do Partido Trabalhista, que fundou Israel e governou o país durante a primeira metade de sua História.
Sob a liderança do atual ministro da Defesa, Ehud Barak, os trabalhistas devem ver sua bancada encolher para 14 deputados, apesar da atuação destacada e elogiada de Barak na luta contra o Hamas.
O grande tema da campanha é a segurança. Depois do fraco desempenho na guerra contra a milícia fundamentalista xiita Hesbolá, no Líbano, em 2006, os líderes israelenses acreditam que a campanha em Gaza restabeleceu a credibilidade militar de Israel como uma força capaz de dissuadir seus inimigos.
Enquanto os trabalhistas e o Kadima querem aproveitar o interesse do presidente Barack Obama para negociar a paz com a criação de um Estado palestino independente, Netanyahu e Lieberman atrapalham os planos de Obama.
Netanyahu fez campanha acusando o governo de ter terminando a guerra contra o Hamas antes da hora, desperdiçando a oportunidade de tirar do poder o grupo extremista palestino. O Hamas domina Gaza desde que venceu a Fatah do presidente palestino, Mahmoud Abbas, numa guerra civil palestina, em junho de 2007.
Mas a maior tormenta no horizonte é o programa nuclear do Irã, que está desenvolvendo a bomba atômica.
Obama defende plano de estímulo
Em sua primeira entrevista coletiva depois da posse, o presidente Barack Obama está defendendo o Plano de Recuperação Econômica e Reinvestimento. Ele acaba de repetir que o objetivo é criar ou salvar 4 milhões de empregos, e de advertir que não fazer nada só vai provocar um desastre ainda maior.
Obama declarou que o governo pode quebrar o ciclo vicioso e dar um forte impulso inicial à retomada. Garantiu ainda que o plano não inclui emendas de parlamentares mesquinhas para beneficiar seus currais eleitorais.
O presidente criticou a postura dos republicanos e economistas conservadores, que parecem sugerir que o Estado não pode fazer nada para incentivar a economia e tirar o país do buraco em que as políticas econômicas neoliberais do governo Bush o deixaram.
Obama declarou que o governo pode quebrar o ciclo vicioso e dar um forte impulso inicial à retomada. Garantiu ainda que o plano não inclui emendas de parlamentares mesquinhas para beneficiar seus currais eleitorais.
O presidente criticou a postura dos republicanos e economistas conservadores, que parecem sugerir que o Estado não pode fazer nada para incentivar a economia e tirar o país do buraco em que as políticas econômicas neoliberais do governo Bush o deixaram.
Nissan tem prejuízo e vai demitir 20 mil
A terceira maior companhia automobilística do Japão, a Nissan, anunciou hoje que terá o primeiro prejuízo em 10 anos, vai parar a produção no Japão e demitir 20 mil funcionários do mundo inteiro.
É uma derrota para o executivo brasileiro de origem libanesa Carlos Ghosn, que assumiu a presidência da empresa em 1999 e conseguiu recuperá-la. Ghosn é considerado o melhor executivo do setor.
É uma derrota para o executivo brasileiro de origem libanesa Carlos Ghosn, que assumiu a presidência da empresa em 1999 e conseguiu recuperá-la. Ghosn é considerado o melhor executivo do setor.
Senado encerra debate e vota plano Obama amanhã
Por 61 a 36, o Senado dos Estados Unidos resolveu concluir hoje o debate sobre o Plano de Recuperação e Reinvestimento proposto pelo governo Barack Obama para tirar o país da recessão. A votação deve ser realizada nesta terça-feira.
Se for aprovado, o programa de estímulo econômico terá de voltar à Câmara porque foi alterado no Senado.
O presidente Obama declarou que gostaria de ver o plano aprovado até a próxima segunda-feira, 16 de fevereiro. A minoria republicana na Câmara votou em peso contra o plano.
Se for aprovado, o programa de estímulo econômico terá de voltar à Câmara porque foi alterado no Senado.
O presidente Obama declarou que gostaria de ver o plano aprovado até a próxima segunda-feira, 16 de fevereiro. A minoria republicana na Câmara votou em peso contra o plano.
domingo, 8 de fevereiro de 2009
Khatami desafia Ahmadinejad e lança candidatura
Num desafio ao atual presidente linha-dura Mahmoud Ahmadinejad, o ex-presidente reformista Mohamed Khatami (1997-2005) vai se lançar candidato à Presidência do Irã este ano, o que cria uma alternativa no momento em que o novo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, inicia um diálogo direto com a república islâmica.
Nos seus dois mandatos, Khatami buscou uma reaproximação com o Ocidente e um "diálogo entre civilizações". Mas não teve apoio nem dentro do regime iraniano, onde os radicais usam o anti-americanismo na briga política interna, nem nos EUA, que o viam como um líder fraco, sem o poder real, concentrado no Conselho dos Anciães, no Supremo Líder Espiritual da Revolução Iraniana e na Guarda Revolucionária.
Ahmadinejad buscou desde o início uma política de confrontação com o Ocidente e de ameaças a Israel, que promete "varrer do mapa". Como o Irã está desenvolvendo armas nucleares, há fortes suspeitas de que esteja falando sério, o que causa sérias preocupações nos EUA e em Israel.
O governo israelense teria chegado a pedir a Bush armas especiais do arsenal nuclear dos EUA para penetrar no solo e destruir fortalezas subterrâneas, com o objetivo de neutralizar o programa atômico de Teerã.
Nos seus dois mandatos, Khatami buscou uma reaproximação com o Ocidente e um "diálogo entre civilizações". Mas não teve apoio nem dentro do regime iraniano, onde os radicais usam o anti-americanismo na briga política interna, nem nos EUA, que o viam como um líder fraco, sem o poder real, concentrado no Conselho dos Anciães, no Supremo Líder Espiritual da Revolução Iraniana e na Guarda Revolucionária.
Ahmadinejad buscou desde o início uma política de confrontação com o Ocidente e de ameaças a Israel, que promete "varrer do mapa". Como o Irã está desenvolvendo armas nucleares, há fortes suspeitas de que esteja falando sério, o que causa sérias preocupações nos EUA e em Israel.
O governo israelense teria chegado a pedir a Bush armas especiais do arsenal nuclear dos EUA para penetrar no solo e destruir fortalezas subterrâneas, com o objetivo de neutralizar o programa atômico de Teerã.
Jornalista que atacou Bush vai a julgamento
O jornalista iraquiano Muntazer al Zaidi, que jogou dois sapatos contra o então presidente George W. Bush na sua última visita a Bagdá, em 14 de dezembro de 2008, será levado a julgamento em 19 de fevereiro de 2009, sob a acusação de atacar um líder estrangeiro.
Zaidi, de 30 anos, também insultou Bush, chamando-o de cachorro, outra ofensa grave no mundo árabe. Tanto cachorros como sapatos são considerados impuros por andarem na rua. Pode pegar até 15 anos de prisão.
Um irmão visitou Muntazer na prisão há quatro semanas. Disse que ele está bem, com espírito elevado, e se recusa a pedir desculpas pelo ataque.
Ele virou um herói no mundo muçulmano por expressar a raiva e a frustração com a invasão americana ao Iraque em março de 2003, que provocou a morte de cerca de 100 mil civis iraquianos.
Zaidi, de 30 anos, também insultou Bush, chamando-o de cachorro, outra ofensa grave no mundo árabe. Tanto cachorros como sapatos são considerados impuros por andarem na rua. Pode pegar até 15 anos de prisão.
Um irmão visitou Muntazer na prisão há quatro semanas. Disse que ele está bem, com espírito elevado, e se recusa a pedir desculpas pelo ataque.
Ele virou um herói no mundo muçulmano por expressar a raiva e a frustração com a invasão americana ao Iraque em março de 2003, que provocou a morte de cerca de 100 mil civis iraquianos.
sábado, 7 de fevereiro de 2009
Morales promulga nova Constituição da Bolívia
O presidente Evo Morales promulgou hoje a nova Constituição da Bolívia, mas a festa foi estragada pelas denúncias de corrupção na empresa estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB).
A nova Carta foi aprovada em referendo em 25 de janeiro de 2009. Os votos a favor do sim totalizaram 2.064.397 (61,43%), e os do não, 1.296.175 (38,57%).
A nova Carta foi aprovada em referendo em 25 de janeiro de 2009. Os votos a favor do sim totalizaram 2.064.397 (61,43%), e os do não, 1.296.175 (38,57%).
EUA impõe condições para se aproximar do Irã
Em discurso na Conferência Internacional de Munique sobre Segurança, o vice-presidente Joe Biden sinalizou as principais condições para degelar as relações entre os Estados Unidos e o Irã.
Ao manter as exigências de que o Irã pare de desenvolver armas nucleares e de apoiar grupos terroristas, o governo Barack Obama sinaliza mais uma mudança de estilo do que de conteúdo. Não é isso o que os iranianos esperam e, sim, uma mudança substancial na política externa americana para o Irã.
Ao manter as exigências de que o Irã pare de desenvolver armas nucleares e de apoiar grupos terroristas, o governo Barack Obama sinaliza mais uma mudança de estilo do que de conteúdo. Não é isso o que os iranianos esperam e, sim, uma mudança substancial na política externa americana para o Irã.
Senado dos EUA faz acordo sobre pacote
Os senadores democratas e republicanos chegaram a um acordo para reduzir o total do Plano de Recuperação e Reinvestimento do governo Barack Obama para menos de US$ 800 bilhões.
No momento, o pacote está em US$ 780 bilhões, mas deve voltar aos US$ 825 bilhões aprovados pela Câmara.
A proposta deve ser colocada em votação no Senado na terça-feira. Se for aprovada, terá de voltar à Câmara por causa das emendas feitas no Senado.
No momento, o pacote está em US$ 780 bilhões, mas deve voltar aos US$ 825 bilhões aprovados pela Câmara.
A proposta deve ser colocada em votação no Senado na terça-feira. Se for aprovada, terá de voltar à Câmara por causa das emendas feitas no Senado.
sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009
Paquistão liberta o pai da bomba atômica
O Supremo Tribunal do Paquistão ordenou hoje a libertação do pai da bomba atômica paquistanesa.
Abdul Kadir Khan, considerado um herói nacional, é acusado de difundir a tecnologia nuclear para pelo menos 12 países, inclusive a Coreia do Norte, o Irã e a Líbia. Ele sai assim da prisão domiciliar a que estava submetido há cinco anos.
Abdul Kadir Khan, considerado um herói nacional, é acusado de difundir a tecnologia nuclear para pelo menos 12 países, inclusive a Coreia do Norte, o Irã e a Líbia. Ele sai assim da prisão domiciliar a que estava submetido há cinco anos.
Toyota projeta prejuízo de US$ 4,95 bilhões
A maior fabricante de automóveis do mundo, a empresa japonesa Toyota, anuncia o primeiro prejuízo trimestral de sua história, de US$ 1,8 bilhão.
Para o ano fiscal de 2008, que no Japão termina em 31 de março de 2009, projeta uma perda de US$ 4,95 bi.
No fim do ano passado, a Toyota superou a General Motors, que durante mais de 70 anos foi a maior fábrica de automóveis do mundo. Mas isso aconteceu porque a GM foi ainda mais afetada pela crise financeira global do que a Toyota.
Para o ano fiscal de 2008, que no Japão termina em 31 de março de 2009, projeta uma perda de US$ 4,95 bi.
No fim do ano passado, a Toyota superou a General Motors, que durante mais de 70 anos foi a maior fábrica de automóveis do mundo. Mas isso aconteceu porque a GM foi ainda mais afetada pela crise financeira global do que a Toyota.
EUA destroem mais 598 mil postos de trabalho
O relatório oficial de emprego do mês de janeiro, divulgado agora há pouco pelo governo americano, indica que a economia dos Estados Unidos eliminou 598 mil postos de trabalho no mês.
Esse número, o maior em 34 anos, supera a expectativa média do mercado, que era de um corte de 535 mil vagas. Só houve crescimento do emprego no setor de saúde pública.
Esse número, o maior em 34 anos, supera a expectativa média do mercado, que era de um corte de 535 mil vagas. Só houve crescimento do emprego no setor de saúde pública.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Venda de carros cai 30,9% no Reino Unido
Em mais um sinal da forte deterioração da economia britânica, a venda de carros no Reino Unido caiu 30,9% em janeiro.
Pelas projeções do Fundo Monetário Internacional, o país deve sofrer uma queda de 2,8% no produto interno bruto este ano. O Instituto de Pesquisas Socioeconômicas prevê uma contração de 2,7% em 2009, o primeiro resultado negativo em 18 anos, depois de uma expansão de 0,7% em 2008.
Pelas projeções do Fundo Monetário Internacional, o país deve sofrer uma queda de 2,8% no produto interno bruto este ano. O Instituto de Pesquisas Socioeconômicas prevê uma contração de 2,7% em 2009, o primeiro resultado negativo em 18 anos, depois de uma expansão de 0,7% em 2008.
Encomendas à indústria alemã caem 25,1%
A Alemanha, maior exportadora mundial de produtos industrializados, recebe em cheio o impacto da crise econômica, apesar de não ter os problemas habitacionais e financeiros que originaram a crise, nos Estados Unidos. Em 2008, as encomendas às fábricas alemãs caíram impressionantes 25%.
Pior ainda: o Ministério da Economia adverte que "a queda nas ordens de compra continua. Nos próximos meses, a tendência é de queda ainda maior na produção industrial".
Em 2008, as encomendas do exterior caíram 28% e as domésticas, 20%. Só em dezembro, houve uma queda de 6,9%.
A recessão na Alemanha começou no segundo trimestre de 2008 e deve se agravar ainda mais este ano. Talvez a recuperação comece no fim do ano, mas o ambiente ainda é de muita incerteza.
Pior ainda: o Ministério da Economia adverte que "a queda nas ordens de compra continua. Nos próximos meses, a tendência é de queda ainda maior na produção industrial".
Em 2008, as encomendas do exterior caíram 28% e as domésticas, 20%. Só em dezembro, houve uma queda de 6,9%.
A recessão na Alemanha começou no segundo trimestre de 2008 e deve se agravar ainda mais este ano. Talvez a recuperação comece no fim do ano, mas o ambiente ainda é de muita incerteza.
Banco da Inglaterra reduz juros para 1% ao ano
O Banco da Inglaterra baixou hoje a taxa básica de juros do Reino Unido de 1,5% para 1%, novo recorde nos 315 anos de história do banco.
Instituições internacionais rejeitam protecionismo
Em reunião na Alemanha, ao lado da primeira-ministra Angela Merkel, os diretores do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Mundial, da Organização Mundial do Comércio (OMC), da Organização Internacional do Trabalho e da Organização para a Cooperação e o Desenvolvmento Econômico (OCDE), rejeitaram o protecionismo e pediram a conclusão ainda este ano das negociações de liberalização comercial da Rodada Doha.
Demissões nos EUA em janeiro foram 650 mil
As empresas americanas demitiram 650 mil funcionários, indicou hoje uma pesquisa realizada por uma instituição privada da Califórnia.
Obama limita salários de executivos a US$ 500 mil
Em uma medida para acabar com os salários milionários nas empresas socorridas pelo governo dos Estados Unidos, o presidente Barack Obama limitou os salários dos executivos dessas empresas a US$ 500 mil por ano, cerca de R$ 95 mil por mês.
Parece muito dinheiro, e é. Mas não para dirigentes de grandes empresas americanas.
Os chamados gatos gordos costumam ganhar milhões em salários, bonificações e mil outras vantagens. Só que as empresas precisam dar lucros para distribuir bônus generosos a seus funcionários e diretores.
As empresas salvas com dinheiro público, como a seguradora AIG e o banco Merrill Lynch, deram bônus e mordomias a seus diretores pagas com o chorado imposto do contribuinte.
Por exemplo, o diretor-presidente do Merrill Lynch gastou US$ 1,2 milhão na reforma do seu escritório quando o banco estava vendido ao Bank of America, que tomou US$ 21 bilhões do Tesouro para realizar a operação.
Obama, que ganha US$ 400 mil por ano como presidente dos EUA, quer acabar com a farra às custas do contribuinte. Afinal, o Estado já pediu ao povo americano US$ 1,5 trilhão para enfrentar a crise.
Parece muito dinheiro, e é. Mas não para dirigentes de grandes empresas americanas.
Os chamados gatos gordos costumam ganhar milhões em salários, bonificações e mil outras vantagens. Só que as empresas precisam dar lucros para distribuir bônus generosos a seus funcionários e diretores.
As empresas salvas com dinheiro público, como a seguradora AIG e o banco Merrill Lynch, deram bônus e mordomias a seus diretores pagas com o chorado imposto do contribuinte.
Por exemplo, o diretor-presidente do Merrill Lynch gastou US$ 1,2 milhão na reforma do seu escritório quando o banco estava vendido ao Bank of America, que tomou US$ 21 bilhões do Tesouro para realizar a operação.
Obama, que ganha US$ 400 mil por ano como presidente dos EUA, quer acabar com a farra às custas do contribuinte. Afinal, o Estado já pediu ao povo americano US$ 1,5 trilhão para enfrentar a crise.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
China é maior mercado mundial para carros
Com o colapso na venda de automóveis nos Estados Unidos nos últimos meses do ano passado, a China passou a ser, pelo menos por enquanto, o maior mercado mundial para carros.
Em 2008, os chineses compraram 10,3 milhões de carros. Os americanos, 9,8 milhões nos 12 meses até janeiro de 2009. As vendas na China no mês passado não foram divulgadas, mas o total em 12 meses deve subir para 10,7 milhões.
”Pela primeira vez na História, a China ultrapassou os EUA", observou Michael DiGiovanni, chefe do setor de análise de mercado da General Motors.
Em 2008, os chineses compraram 10,3 milhões de carros. Os americanos, 9,8 milhões nos 12 meses até janeiro de 2009. As vendas na China no mês passado não foram divulgadas, mas o total em 12 meses deve subir para 10,7 milhões.
”Pela primeira vez na História, a China ultrapassou os EUA", observou Michael DiGiovanni, chefe do setor de análise de mercado da General Motors.
Panasonic fecha 27 fábricas e demite 15 mil
A maior empresa de produtos eletroeletrônicos do mundo, a companhia japonesa Panasonic, anuncia uma expectativa de prejuízo superior a US$ 4 bilhões no ano fiscal de 2008, que no Japão termina em 31 de março de 2009.
Sob o impacto da queda mundial nas vendas e da valorização do iene japonês, vai fechar 27 fábricas e demitir 15 mil funcionários.
Sob o impacto da queda mundial nas vendas e da valorização do iene japonês, vai fechar 27 fábricas e demitir 15 mil funcionários.
Mais 522 mil americanos perderam o emprego
O relatório oficial de emprego sobre o mês de janeiro só será divulgado na sexta-feira , 6 de fevereiro de 2008, pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos. Mas uma pesquisa feita por instituição privada adiantou que cerca de 522 mil trabalhadores americanos perderam o emprego no setor privado no mês passado.
Desde o início de 2008, a crise destruiu 3 milhões de postos de trabalho nos EUA.
Desde o início de 2008, a crise destruiu 3 milhões de postos de trabalho nos EUA.
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Sonegação faz Daschle desistir do governo Obama
Sob fogo cruzado por só ter pago US$ 128 mil em impostos depois de ser indicado para secretário da Saúde pelo presidente Barack Obama, o ex-líder democrata no Senado Tom Daschle, desistiu do cargo.
Em outro golpe para Obama, pelo mesmo motivo, a recém-nomeada diretora de desempenho da Casa Branca, Nancy Killefer, retirou seu nome. Ela seria responsável por fiscalizar a atuação de todos os órgãos do governo para reduzir despesas e aumentar a eficiência.
O primeiro procurador-geral e secretário da Justiça negro, Eric Holder, foi confirmado hoje no cargo. Ele enfrentou resistência de senadores republicanos por qualificar como tortura algumas práticas usadas para interrogar suspeitos de terrorismo durante o governo George W. Bush.
Em outro golpe para Obama, pelo mesmo motivo, a recém-nomeada diretora de desempenho da Casa Branca, Nancy Killefer, retirou seu nome. Ela seria responsável por fiscalizar a atuação de todos os órgãos do governo para reduzir despesas e aumentar a eficiência.
O primeiro procurador-geral e secretário da Justiça negro, Eric Holder, foi confirmado hoje no cargo. Ele enfrentou resistência de senadores republicanos por qualificar como tortura algumas práticas usadas para interrogar suspeitos de terrorismo durante o governo George W. Bush.
Venda de carros volta a desabar nos EUA
As vendas de automóveis sofreram mais uma queda forte em janeiro nos Estados Unidos, depois de desabarem em novembro e dezembro.
Em janeiro, houve queda de 55% para a Chrysler, 49% para a General Motors, 40% para a Ford, 32% para a Toyota, 30% para a Nissan e 28% para a Honda.
Em janeiro, houve queda de 55% para a Chrysler, 49% para a General Motors, 40% para a Ford, 32% para a Toyota, 30% para a Nissan e 28% para a Honda.
FMI espera que Ásia se recupere primeiro
O diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, acredita numa recuperação rápida da Ásia assim que a situação econômica melhorar nos Estados Unidos e na Europa.
Pelas previsões do Fundo, a economia asiática deve cresce 2,7% este ano e os países emergentes da Ásia 5,5%, puxados pela China, com 6,7%, e a Índia.
Em 2010, o crescimento regional deve superar os 5%, acrescentou Strauss-Kahn.
Pelas previsões do Fundo, a economia asiática deve cresce 2,7% este ano e os países emergentes da Ásia 5,5%, puxados pela China, com 6,7%, e a Índia.
Em 2010, o crescimento regional deve superar os 5%, acrescentou Strauss-Kahn.
Japão e Austrália lançam planos econômicos
O Banco do Japão vai comprar US$ 11 bilhões em ações em poder dos bancos para reduzir os riscos dessas instituições com a instabilidade no mercado financeiro.
Na Austrália, o governo anunciou um programa de estímulo de US$ 27 bilhões, e o banco central cortou a taxa básica de juros em um ponto percentual para 3,25% ao ano.
Na Austrália, o governo anunciou um programa de estímulo de US$ 27 bilhões, e o banco central cortou a taxa básica de juros em um ponto percentual para 3,25% ao ano.
Coreia do Norte prepara teste de míssil
A televisão estatal da Coreia do Norte acusou o presidente da Coreia do Sul de traição e advertiu que nunca vai abandonar as armas nucleares unilateralmente - e anunciou que está preparando um teste de míssil de longo alcance.
O regime comunista de Pionguiange alega que as forças dos Estados Unidos baseadas na Coreia do Sul tem armas atômicas.
Tanto o Japão, inimigo histórico, quanto a China, a maior aliada do regime norte-coreano, ficaram apreensivos.
Há dois anos e quatro meses, a Coreia do Norte realizou uma explosão nuclear, mas até hoje não mostrou capacidade de fazer uma bomba. Desde então, fez um acordo com os EUA para desarmar seu programa nuclear. Mas agora lança um desafio ao governo Barack Obama, que prometeu diálogo aos países considerados inimigos na era Bush.
O regime comunista de Pionguiange alega que as forças dos Estados Unidos baseadas na Coreia do Sul tem armas atômicas.
Tanto o Japão, inimigo histórico, quanto a China, a maior aliada do regime norte-coreano, ficaram apreensivos.
Há dois anos e quatro meses, a Coreia do Norte realizou uma explosão nuclear, mas até hoje não mostrou capacidade de fazer uma bomba. Desde então, fez um acordo com os EUA para desarmar seu programa nuclear. Mas agora lança um desafio ao governo Barack Obama, que prometeu diálogo aos países considerados inimigos na era Bush.
Irã lança satélite de fabricação própria
Para marcar os 30 anos da vitória da revolução islâmica, o Irã colocou em órbita hoje seu primeiro satélite de fabricação própria, o Omid, que significa esperança.
O presidente linha-dura Mahmoud Ahmadinejad celebrou a façanha dizendo que é um satélite de telecomunicações e pesquisa científica, sem fins militares. Mas é uma tecnologia de uso duplo, civil e militar, que pode ser empregada na fabricação de mísseis.
Isso preocupa os Estados Unidos, que acusam o Irã de desenvolver armas nucleares.
Há sete anos, no discurso sobre o Estado da União de 28de janeiro de 2002, o então presidente George W. Bush acusou o Irã, o Iraque e a Coreia do Norte de formarem um "eixo do mal". No ano seguinte, invadiu o Iraque e depôs o ditador Saddam Hussein.
Ao contrário do que Bush pretendia, em vez de se intimidarem, o Irã e a Coreia do Norte, convencidos de que para enfrentar os EUA precisam de armas de destruição em massa, intensificaram os esforços para fabricar a bomba atômica.
O presidente linha-dura Mahmoud Ahmadinejad celebrou a façanha dizendo que é um satélite de telecomunicações e pesquisa científica, sem fins militares. Mas é uma tecnologia de uso duplo, civil e militar, que pode ser empregada na fabricação de mísseis.
Isso preocupa os Estados Unidos, que acusam o Irã de desenvolver armas nucleares.
Há sete anos, no discurso sobre o Estado da União de 28de janeiro de 2002, o então presidente George W. Bush acusou o Irã, o Iraque e a Coreia do Norte de formarem um "eixo do mal". No ano seguinte, invadiu o Iraque e depôs o ditador Saddam Hussein.
Ao contrário do que Bush pretendia, em vez de se intimidarem, o Irã e a Coreia do Norte, convencidos de que para enfrentar os EUA precisam de armas de destruição em massa, intensificaram os esforços para fabricar a bomba atômica.
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
Americanos poupam mais e gastam menos
O consumo pessoal caiu 1% em dezembro pelo sexto mês seguido nos Estados Unidos. A poupança cresceu 3,6%. É um sinal de que os americanos se preparam para enfrentar a recessão e o risco de perder o emprego.
A atividade industrial continuou caindo, mas num ritmo menor em janeiro do que em dezembro.
Em novembro, o consumo caíra 0,8%, depois de baixar 1,1% em outubro.
A renda pessoal dos americanos diminuiu 0,2% em dezembro na comparação com novembro, quando perdera 0,4%.
Na sexta-feira, sai o relatório sobre emprego em janeiro. A expectativa é de uma queda de mais 525 mil postos de trabalho, com aumento da taxa de desemprego de 7,2% para 7,5%.
A atividade industrial continuou caindo, mas num ritmo menor em janeiro do que em dezembro.
Em novembro, o consumo caíra 0,8%, depois de baixar 1,1% em outubro.
A renda pessoal dos americanos diminuiu 0,2% em dezembro na comparação com novembro, quando perdera 0,4%.
Na sexta-feira, sai o relatório sobre emprego em janeiro. A expectativa é de uma queda de mais 525 mil postos de trabalho, com aumento da taxa de desemprego de 7,2% para 7,5%.
Comércio mundial cresceu só 4% em 2008
Sob o impacto da crise econômica global, o comércio internacional cresceu apenas 4% em 2008, depois de registrar expansões de 5,5% em 2007 e de 8,5% em 2006.
Vinte milhões de chineses estão sem trabalho
Depois de uma semana de feriados para festejar o Ano Novo Lunar, cerca de 200 milhões de chineses estão voltando, mas as autoridades temem que pelo menos 20 milhões de migrantes vindos de zonas rurais não encontrem mais trabalho.
Com a queda nas exportações, "cerca 20 milhões de trabalhadores perderam seus empregos e não conseguem encontrar outro por causa da desaceleração da economia", declarou o diretor do centro de recepção de migrantes rurais de Beijim, Chen Xiwen.
A estabilidade nas zonas rurais onde nasceu a revolução é uma prioridade do regime comunista chinês, que promete uma reforma agrária com distribuição de títulos de propriedade, limpeza de áreas poluídas e redistribuição da renda coletiva.
O governo chinês está preocupado com o impacto social da crise e a onda de protesto que pode desencadear.
Pelas estatísticas oficiais, a China cresceu robustos 9% no ano passado, com uma queda no ritmo de crescimento para 6,8% no último trimestre de 2008.
Alguns economistas, como Nouriel Roubini, calculam que para chegar a esse número a economia chinesa precisa ter sofrido uma queda brusca e estagnado no final do ano passado. O crescimento atual seria zero.
Com a queda nas exportações, "cerca 20 milhões de trabalhadores perderam seus empregos e não conseguem encontrar outro por causa da desaceleração da economia", declarou o diretor do centro de recepção de migrantes rurais de Beijim, Chen Xiwen.
A estabilidade nas zonas rurais onde nasceu a revolução é uma prioridade do regime comunista chinês, que promete uma reforma agrária com distribuição de títulos de propriedade, limpeza de áreas poluídas e redistribuição da renda coletiva.
O governo chinês está preocupado com o impacto social da crise e a onda de protesto que pode desencadear.
Pelas estatísticas oficiais, a China cresceu robustos 9% no ano passado, com uma queda no ritmo de crescimento para 6,8% no último trimestre de 2008.
Alguns economistas, como Nouriel Roubini, calculam que para chegar a esse número a economia chinesa precisa ter sofrido uma queda brusca e estagnado no final do ano passado. O crescimento atual seria zero.
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Republicanos ameaçam bloquear plano de Obama
O vice-líder republicado no Senado, Jon Kyl, declarou neste domingo que o partido vai tentar bloquear a aprovação do Plano de Recuperação e Reinvestimento do governo Barack Obama, de US$ 819 bilhões, aprovado pela Câmara na quarta-feita passada sem nenhum voto favorável da bancada republicana.
"Serão necessários 60 votos para aprovar a matéria", disse Kyl em entrevista ao canal de notícias conservador Fox News. Isso significa que os republicanos vão usar todas as manobras regimentais para adiar a votação, por exemplo, fazendo discursos intermináveis.
Pelo regimento interno do Senado americano, neste caso, a maioria precisa reunir 60 votos para interromper o debate e dar início à votação.
O Partido Democrata não tem 60 votos no Senado. Obama precisará do apoio de alguns de seus ex-colegas republicanos. A votação do pacote marca o fim de lua-de-mel de Washington com o novo presidente. Apesar das promessas de campanha, o bipartidarismo está de volta à capital dos Estados Unidos.
"Serão necessários 60 votos para aprovar a matéria", disse Kyl em entrevista ao canal de notícias conservador Fox News. Isso significa que os republicanos vão usar todas as manobras regimentais para adiar a votação, por exemplo, fazendo discursos intermináveis.
Pelo regimento interno do Senado americano, neste caso, a maioria precisa reunir 60 votos para interromper o debate e dar início à votação.
O Partido Democrata não tem 60 votos no Senado. Obama precisará do apoio de alguns de seus ex-colegas republicanos. A votação do pacote marca o fim de lua-de-mel de Washington com o novo presidente. Apesar das promessas de campanha, o bipartidarismo está de volta à capital dos Estados Unidos.
Davos adverte para risco de protecionismo
Diante da ameaça de protecionismo incluída no plano de recuperação da economia dos Estados Unidos por deputados e senadores que querem limitar as compras com dinheiro público a produtos fabricados no país, diversas vozes se ergueram no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, para lembrar que uma guerra comerciail transformou o colapso financeiro de 1929 na Grande Depressão (1929-39).
O alerta foi dado pelo primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, e por seus colegas chinês, Wen Jiabao, e alemã, Angela Merkel. A Alemanha e a China são hoje as maiores exportadoras mundiais de bens industriais.
Ao comentar o assunto, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, embaixador Celso Amorim, considerou o protecionismo uma praga.
Se efetivamente os senadores ampliarem o dispositivo que exige a compra exclusiva de ferro e aço fabricados nos EUA nas obras feitas com investimento público, as grandes empresas transnacionais americanas temem a retaliação de parceiros comerciais importantes como a União Européia.
O alerta foi dado pelo primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, e por seus colegas chinês, Wen Jiabao, e alemã, Angela Merkel. A Alemanha e a China são hoje as maiores exportadoras mundiais de bens industriais.
Ao comentar o assunto, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, embaixador Celso Amorim, considerou o protecionismo uma praga.
Se efetivamente os senadores ampliarem o dispositivo que exige a compra exclusiva de ferro e aço fabricados nos EUA nas obras feitas com investimento público, as grandes empresas transnacionais americanas temem a retaliação de parceiros comerciais importantes como a União Européia.
FARC libertam quatro reféns na Colômbia
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) soltaram hoje três policiais e um militar colombianos sequestrados há vários anos. Dois helicópteros do Exército do Brasil participaram da operação de resgate, a pedido da Cruz Vermelha Internacional.
Os policiais Walter Lozano, Alexis Torres e Juan Fernando Galicia, e o soldados William Domínguez foram levados até o aeroporto de Villavicencio, a sudoeste de Bogotá.
Um grupo autointitulado Colombianos pela Paz, que negociou a libertação, fez uma recepção festiva aos ex-reféns.
Os policiais Walter Lozano, Alexis Torres e Juan Fernando Galicia, e o soldados William Domínguez foram levados até o aeroporto de Villavicencio, a sudoeste de Bogotá.
Um grupo autointitulado Colombianos pela Paz, que negociou a libertação, fez uma recepção festiva aos ex-reféns.
Hamas aceita trégua de um ano
O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), concordou em prorrogar a trégua com Israel na Faixa de Gaza por um ano, revelou hoje o jornal liberal israelense Haaretz.
Pelo acordo, a Autoridade Nacional Palestina voltaria a controlar a passagem de fronteira para Rafah, no Egito, para impedir o contrabando de armas para o grupo extremista palestino.
E o governo israelense estaria dividido. O ministro da Defesa e líder do Partido Trabalhista, Ehud Barak, seria a favor de aceitar a proposta, enquanto a ministra do Exterior, Tzipi Livni, líder do partido Kadima (Avante), seria contra. Ambos são candidatos a primeiro-ministro das eleições de 10 de fevereiro.
Pelo acordo, a Autoridade Nacional Palestina voltaria a controlar a passagem de fronteira para Rafah, no Egito, para impedir o contrabando de armas para o grupo extremista palestino.
E o governo israelense estaria dividido. O ministro da Defesa e líder do Partido Trabalhista, Ehud Barak, seria a favor de aceitar a proposta, enquanto a ministra do Exterior, Tzipi Livni, líder do partido Kadima (Avante), seria contra. Ambos são candidatos a primeiro-ministro das eleições de 10 de fevereiro.
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