Depois de admitir que as últimas projeções "não são boas", o diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, admitiu que a próxima previsão do Fundo sobre o crescimento mundial em 2009 poderá "se aproximar de zero". Isso significa que a economia mundial ficará estagnada este ano.
Há apenas três semanas, a expectativa do FMI era de um crescimento mundial de 0,5%, com recessão de 2% nos países ricos.
O agravamento da crise ameaça causar um segundo "choque bancário", advertiu o diretor do FMI em entrevista ao jornal francês Les Echos. A crise abalou o mercado de tal forma que até mesmo quem tinha condições de pagar as dívidas pode ter dificuldade.
Strauss-Kahn também criticou a nova onda de protecionismo econômico: "Quando um país incita seus banqueiros, como contrapartida a uma ajuda em forma de recapitalização ou garantia de depósitos, a dedicar exclusivamente seu crédito ao país, isso é protecionismo."
Ao defender a reforma do sistema financeiro internacional, ele denunciou o "fracasso do pensamento ultraliberal". Strauss-Kahn disse que o capitalismo não vai acabar, "mas suas regras devem ter uma certa ética social".
Há dois dias, o diretor do Fundo pediu aos países que "dinamitem os paraísos fiscais" onde as pessoas depositam dinheiro para não pagar impostos e demitam os executivos das instituições financeiras responsáveis pela crise.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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