Sob nova direção: o governo do Iraque reabriu hoje a temida prisão de Abu Ghraib, mal-afamada como centro de tortura desde a ditadura de Saddam Hussein e também sob a ocupação militar americana.
O presídio foi reformado e mudou de nome. Agora, se chama Prisão Central de Bagdá e tem instalações que a elevam aos melhores padrões internacionais, como clínica médica e dentária, laboratório, fábrica de roupas para que os detentos possam fazer suas roupas, mesquita, barbearia e até um chafariz.
Sob a ditadura de Saddam, a prisão de Abu Ghraib chegou a ter 60 mil detentos. Era cenário de tortura e execuções sumárias.
Sob o comando de George W. Bush, em maio de 2004, pouco mais de um ano depois da invasão americana de março de 2003, que levou há queda de Saddam em 9 de abril, foram divulgadas fotos de soldados americanos torturando iraquianos, com choques, cães e abusos sexuais.
As fotos de Abu Ghraib, com prisioneiros nus embolados no chão, cães e um homem encapuzado ligado e fios elétricos, percorreram o mundo desmoralizaram ainda mais a intervenção militar de Bush no Iraque. Já estava deslegitimada pela constatação de que Saddam não escondia armas de destruição em massa, principal justificativa oficial da invasão.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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