O presidente Barack Obama está anunciado agora, em discurso na base dos fuzileiros navais de Camp Lejeune, na Carolina do Norte, a retirada das forças de combate dos Estados Unidos do Iraque até agosto de 2010.
Dos 142 mil soldados americanos estacionados hoje no Iraque, devem ficar no país de 35 a 50 mil para treinar as forças de segurança iraquianas, combater o terrorismo e proteger os interesses americanos. Todos devem sair até o fim de 2011.
Quase seis anos depois da invasão ordenada pelo então presidente George Walker Bush, Obama começa a cumprir a promessa de campanha de acabar com uma guerra que ele sempre foi contra.
Os EUA invadiram o Iraque sem a autorização do Conselho de Segurança das Nações Unidas em 20 de março de 2003, sob a acusação de que o ditador Saddam Hussein estava desenvolvendo armas de destruição em massa.
Saddam caiu em 20 dias, mas as armas nunca foram encontradas, tirando qualquer legitimidade da intervenção militar americana.
A minoria árabe sunita, que dominava o país na era Saddam, se rebelou. A anarquia atraiu guerrilheiros da rede terrorista Al Caeda e o Iraque ficou à beira de uma guerra civil entre xiitas e sunitas.
Há dois anos, Bush reforçou o contingente americano e retomou a iniciativa na guerra, criando condições para a retirada prometida por Obama durante a campanha eleitoral.
Hoje o presidente declarou que as missões de combate no Iraque terminam em agosto do próximo ano. Na maior base do Corpo de Fuzileiros Navais na costa leste dos EUA, em Camp Lejeune, na Carolina do Norte, Obama acrescentou que todos os militares americanos saem do Iraque até o fim de 2011.
Cerca de 4.250 soldados americanos e mais de 100 mil iraquianos foram mortos na guerra, que já custou mais de US$ 700 bilhões.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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Um comentário:
Não é bem isso: 1/3 do total permanecerá até 2001, assumindio-se assim o acordo assinado/imposto pelo seu antecessor.
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