sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Inflação na Eurozona chega a 3% ao ano

Apesar da crise das dívidas públicas, o índice anualizado de preços ao consumidor da Zona do Euro subiu de 2,5% em agosto para 3% em setembro, informou hoje a Eurostat, órgão oficial de estatísticas da União Europeia, citado pelo jornal The Wall Street Journal. É taxa mais alta desde outubro de 2008.

Isso complica a posição do Banco Central da Europa, que está sob pressão para reduzir as taxas básicas de juros para estimular a economia da Eurozona.

Consumo doméstico cai 4,1% num ano no Japão

Em mais um sinal de que o Japão luta para recuperar sua economia depois do terremoto e do maremoto de 11 de março de 2011, o consumo pessoal caiu 4,1% em agosto em relação a agosto de 2010.

É o sexto mês consecutivo de baixa, depois de uma forte queda de 8,5% em março, por causa das catástrofes naturais, que mataram cerca de 20 mil pessoas e causaram um acidente nuclear na central atômica de Fukushima Daiichi.

Líder d'al Caeda no Iêmen é morto

O líder da rede terrorista Al Caeda no Iêmen, o clérigo radical americano-iemenita Anwar al-Awlaki, foi morto na província de Marib, informou hoje o Ministério da Defesa do país.

Era um dos terroristas mais procurados pelos Estados Unidos no mundo inteiro. Foi morto por um bombardeio de um avião americano não tripulado.


Sua morte foi criticada por grupos de defesa dos direitos humanos que entendem que Awlaki deveria ter sido preso e levado a julgamento como todo cidadão americano tem direito. 


O governo Barack Obama alegou que ele aderiu ao inimigo, não só pregou a morte de americanos como incitou e preparou ataques

Awlaki foi imã de uma mesquita em São Diego, na Califórnia, antes de virar líder d'al Caeda na Península Arábica, hoje o ramo mais ativo da rede criada por Ossama ben Laden.

Leia a análise do Conselho de Relações Exteriores dos EUA.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Europa ameniza resolução condenando Síria

Os membros europeus do Conselho de Segurança das Nações Unidas amenizaram nesta quinta-feira um projeto de resolução condenando a ditadura da Síria pela onda de repressão contra os oposicionistas que desde 15 de março lutam pela liberalização do país.

Mesmo assim, a Rússia promete vetar a proposta. Até hoje o Conselho de Segurança não tomou nenhuma medida, apesar do total de mortos estimado pela ONU ser de 2,7 mil pessoas.

A Europa tem hoje quatro votos no Conselho de Segurança. O Reino Unido e a França são membros permanentes, com direito de veto. Alemanha e Portugal são membros temporários.

Na votação prevista para esta sexta-feira, esses países contam com o apoio dos Estados Unidos, que estariam insatisfeitos com as concessões feitas para conseguir o apoio ou ao menos a abstenção de África do Sul, Brasil, China, Índia e Rússia os chamados BRICS.

EUA acusam Assad por ataque a embaixador

Os Estados Unidos acusaram hoje a ditadura de Bachar Assad de promover um ataque contra o embaixador americana na Síria, Robert Ford, atingido por paus, pedras, ovos e tomates, quando visitava um líder da oposição em Damasco.

Não houve feridos, mas alguns veículos da delegação dos EUA foram danificados. A Casa Branca e a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, condenaram a ação e responsabilizaram o governo Assad.

O embaixador, um notório crítico da ditadura síria, se reuniu com Hassan Abdelazim, um político moderado que se dispõe a negociar com Bachar Assad.

EUA revisam crescimento do PIB para cima

A economia dos Estados Unidos cresceu no segundo trimestre num ritmo que projeta uma expansão anual de 1,3%, acima do 1% das duas estimativas anteriores.

Mas, apesar da redução no número de novos pedidos de seguro-desemprego na semana passada, o presidente da Reserva Federal (Fed), o banco central do país, Ben Bernanke, considerou o desemprego elevado, de 9,1%, uma "crise nacional".

Bernanke pediu ao Congresso e à Casa Branca medidas para estimular a economia. Com o atual sectarismo político dominante em Washington e o radicalismo do movimento Festa do Chá, isso é altamente improvável.

Alemanha amplia ajuda à Eurozona

Por 523 a 85 votos, a Câmara Federal da Alemanha aprovou hoje um aumento da participação do país no Fundo Europeu de Estabilização Financeira de 123 para 211 bilhões de euros (R$ 307 bilhões a R$ 526 bilhões), informa o jornal The New York Times. O fundo vai passar a ter 440 bilhões de euros.

A vitória por ampla margem aumenta a margem de manobra da chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel dentro de sua coalizão conservadora, onde é grande a resistência a dar mais ajuda à Grécia, Portugal, Irlanda, Espanha e Itália, países que os alemães consideram indisciplinados.

Cerca de 77% dos alemães são a favor de manter o país na união monetária europeia e o euro como moeda, mas a maioria é contra os empréstimos. A Alemanha é o único país da Europa com o equilíbrio nas contas públicas necessário para ajudar decisivamente seus vizinhos da Zona do Euro.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Martelly recria Exército do Haiti

O novo presidente do Haiti, Michel Martelly, anunciou um plano para recriar o Exército do país, dissolvido em 1995 pelo então presidente Jean-Bertrand Aristide depois de uma longa história de golpes de Estado e violações dos direitos humanos, informa a agência de notícias Associated Press.

Ordens de bens duráveis voltam a cair nos EUA

Depois de um avanço de 4,1% em julho, as encomendas de produtos com mais de três anos de uso à indústria dos Estados Unidos diminuíram 0,1% em agosto, principalmente por causa da queda de 8,5% nas ordens de veículos automotivos, a maior desde fevereiro de 2010, informa a agência de notícias Reuters.

Foi a segunda queda em dois anos. Nem o aumento de 23,5% nas ordens de aviões civis compensou. A Boeing recebeu encomendas de 127 aviões.

A melhor notícia foi o aumento de 1,1% nas ordens de bens de capital de fora do setor de defesa, vistas como um indicador dos investimentos das empresas em modernização de equipamentos, depois de uma baixa de 0,2% em julho.

Paquistão perde seu maior aliado nos EUA

Um dos maiores defensores da aliança entre os Estados Unidos e o Paquistão, o almirante Mike Mullen, que está deixando o comando do Estado-Maior das Forças Armadas americanas, acusou o serviço secreto militar paquistanês de apoiar o grupo terrorista que atacou recentemente a Embaixada dos EUA em Cabul e o Quartel-General da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) no Afeganistão.

Em depoimento no Congresso, Mullen acusou na semana passada a rede Haqqani pelos ataques. Foi mais um estremecimento nas relações bilaterais que os EUA consideravam chave para sua luta contra o terrorismo dos fundamentalistas muçulmanos, entre outras razões porque o Paquistão é o único país muçulmano com a bomba atômica.

O Paquistão foi o país-chave na luta contra a invasão soviética no Afeganistão (1979-89). Canalizou dinheiro e armas dos EUA, China e Arábia Saudita para os mujahedin que fizeram do Afeganistão o Vietnã da União Soviética.

Naquela época, os extremistas muçulmanos foram saudados como heróis da luta contra o comunismo. Jalaluddin Haqqani chegou a ser recebido na Casa Branca pelo então presidente Ronald Reagan.

Os tempos e as alianças mudaram. Depois de expulsar os soviéticos, os chamados árabes afegãos formaram a rede terrorista Al Caeda, sob a liderança de Ossama ben Laden, e se voltaram contra o Ocidente depois que os EUA enviaram tropas para a Arábia Saudita, em agosto de 1990, para protegê-la de um possível ataque de Saddam Hussein, que invadira o Iraque.

Com a morte de Ben Laden e o declínio d'al Caeda, a expectativa no Paquistão é que as potências ocidentais retirem suas tropas do Afeganistão, que voltaria a ser um barril de pólvora e palco de lutas de países e interesses vizinhos.

Por sua vez, os EUA acreditam que os serviços secretos paquistaneses acobertaram Ben Laden, inclusive para manter o interesse americano pela região e ganhar dinheiro com isso, recebendo ajuda a pretexto de combater o terrorismo.

Neste ambiente explosivo, o Paquistão precisa de um "cão de guarda", alega o ex-capitão da seleção paquistanesa de críquete, Imran Khan, líder de um novo partido político que ainda não chegou a fazer a diferença em eleições, mas é intimamente ligado aos militares que governaram o país durante a maior parte de sua história independente.

Em artigo publicado em blogue da TV árabe Al Jazira, Khan adverte que é preciso desarmar os espíritos e resolver logo as desavenças entre os EUA e o Paquistão para evitar uma escalada perigosa nas tensões entre aliados com interesses tão distintos.


Cuba legaliza venda privada de carros

Pela primeira vez em mais de 50 anos de revolução comunista, o governo de Cuba autorizou a compra e venda de carros por particulares.

Por força do embargo econômico imposto pelos Estados Unidos em fevereiro de 1962, até hoje circulam na ilha governada pela ditadura dos irmãos Castro modelos antigos dos anos 40 e 50.

Economia da França está estagnada

Depois de um avanço de apenas 0,9% no primeiro trimestre, a França não cresceu no segundo trimestre de 2011, confirmou hoje o Instituto Nacional de Estatísticas e Estudos Econômicos (Insee), mantendo sua estimativa inicial.

O poder de compra das famílias melhorou 0,6%, um pouco acima do 0,2% dos primeiros três meses do ano.


Para reduzir o risco de contágio da crise das dívidas públicas da Zona do Euro, o governo francês apresentou hoje uma proposta orçamentária com cortes de gastos no valor de 12 bilhões de euros (US$ 16,2 bilhões). A meta é reduzir o déficit público para 4,5% do produto interno bruto em 2012. 


Sem cortes de gastos,  com a economia estagnada, o déficit chegaria a 5,7% do PIB no próximo ano.

Portugueses estão mais pessimistas

Cerca de 60% dos portugueses estão preocupados com sua situação financeira pessoal nos próximos 12 meses, e dois terços têm dúvidas sobre o futuro da economia do país, revela uma pesquisa divulgada hoje no Diario Económico.

Só 11% acreditam que a situação pessoal estará melhor daqui a um ano; 5% esperam que fique igual.

O pessimismo em Portugal vai de 56% no Litoral Norte para 67% na Grande Lisboa e 70% entre a classe média. Mais de três quartos dos eleitores do Partido Socialista esperaram uma deterioração da economia, em contraste com metade do eleitorado de direita.

80% dos sírios querem queda de Assad

Oito em cada dez sírios querem o fim da ditadura de Bachar Assad, e mais de sete em dez esperam reformas liberalizantes, indica uma rara pesquisa feita pelo Conselho Democrático da Califórnia e a Universidade Pepperdine, divulgada pela TV americana CNN.

Como as duas organizações estão proibidas de atuar na Síria, a pesquisa foi realizada clandestinamente, ouvindo 551 pessoas de mais de 18 anos.

Europa se divide sobre ajuda à Grécia

Pelo menos sete países da Zona do Euro, inclusive a Alemanha e a Holanda, querem que o setor privado arque com parte dos custos do resgate à Grécia, enquanto a França e o Banco Central da Europa lideram a resistência a qualquer tipo de calote, informa o jornal Financial Times.

 A França está preocupada com a saúde financeira dos seus bancos, que reagiram nos últimos dias, com a expectativa de aumento do Fundo Europeu de Estabilização Financeira, que hoje tem dotação de 440 bilhões de euros. Alguns economistas estimam que precise de 2 trilhões de euros.

Com as medidas aprovadas ontem pelo Parlamento, em Atenas, a Grécia deve receber mais uma parcela do plano acertado em maio de 2010 com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional, num total de 110 bilhões de euros.

Essa quantia não foi suficiente. A Grécia já negocia novo empréstimo de emergência. Neste momento, pela inviabilidade política de fazer suas populações sustentarem um fundo trilionário, a Alemanha e a Holanda já aceitam um calote grego como inevitável.

É melhor então negociar uma moratória ordenada, forçando bancos, outras empresas financeiras e investidores a arcar com seus prejuízos, para que a Eurozona consiga superar a crise das dívidas públicas, hoje a maior ameaça à economia mundial.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Israel vai construir mais 1,1 mil casas no Leste de Jerusalém

Em mais um desafio aos Estados Unidos e à Autoridade Nacional Palestina, o governo de Israel aprovou a construção de mais 1,1 mil moradias no setor oriental de Jerusalém, ocupado na Guerra dos Seis Dias, em 1967. Isso é ilegal à luz do direito internacional, que proíbe a guerra de conquista e a anexação de territórios ocupados.

A medida foi anunciada quatro dias depois que o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, pediu às Nações Unidas o reconhecimento da Palestina como um país independente.

Todos os membros do Quarteto que negocia a paz no Oriente Médio - EUA, União Europeia, ONU e Rússia - criticaram a decisão israelense. Para a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, é "contraproducente".

Confiança do consumidor americano está deprimida

Com preocupações com renda e emprego, a confiança do consumidor praticamente não melhorou de agosto para setembro e continua deprimida.

O índice calculado pelo Conference Board, uma instituição privada dos Estados Unidos, avançou de 45,2 para 45,4, abaixo da previsão dos economistas, que era 46. Números abaixo de 50 indicam queda.

"Os consumidores manifestaram grande preocupação com as perspectivas de ganhos futuros", observou Lynn Franco, diretor do Centro de Pesquisas de Consumo do Conference Board. "Isso não ajuda o consumo."

Preço das casas se estabiliza nos EUA

Os preços dos imóveis residenciais ficaram praticamente estáveis em julho em 20 regiões metropolitanas dos Estados Unidos, num sinal de que o mercado imobiliário, onde a crise financeira mundial começou, talvez esteja perto do equilíbrio, aponta o índice S&P/Case Shiller, divulgado hoje.

Em cerca de metade das cidades, houve um pequeno aumento de preços, o que considerado positivo. A crise financeira internacional de 2007-8 começou no setor habitacional nos EUA. Só acaba quando o mercado imobiliário se recuperar.

É um bom sinal, mas uma plena recuperação ainda está distante.

Dois monges tibetanos se imolam na China

Dois monges tibetanos tocaram fogo em suas roupas na segunda-feira, 26 de setembro de 2011, em protesto contra as políticas de assimilação do regime comunista da China, afirma hoje o jornal The New York Times, citando como fonte um grupo de defesa dos direitos do Tibete.

Os monges teriam sido hospitalizados.

Nesse mosteiro, em Kirti, numa área remota da província de Sichuã, houve quatro autoimolações nos últimos meses, incluindo as duas últimas.

Lobsang Kalsang e Lobsang Konchok tem entre 18 e 19 anos. O primeiro era irmão de Phuntsog, que se imolou em março, informou a organização não governamental Tibete Livre.

Sichuã faz parte do Grande Tibete, da grande área de influência tibetana, que vai muito além, é duas vezes maior do que é hoje reconhecido como Tibete, uma província da China, supostamente uma região autonoma, mas governada com dureza por Beijim.

Essas áreas tibetanas de fora do Tibete como Sichuã estão sujeitas a políticas muito mais fortes de assimilação cultural que atacam diretamente o lamaísmo como principal símbolo de resistência.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Senado faz acordo para financiar governo dos EUA

Os líderes do Senado dos Estados Unidos anunciaram agora à noite um acordo bipartidário para financiar a máquina pública federal até 18 de novembro.

Isso dá mais um fôlego ao governo Barack Obama, mas confirma o clima de desentendimento político que torna impossível um acordo entre democratas e republicanos para estimular a estagnada economia americana.

A oposição republicana, com muitos deputados apoiados pelo movimento radical de direita Festa do Chá, eleitos para reduzir os gastos do governo e o déficit público, rejeita qualquer tipo de estímulo extra administrado pelo atual governo.

Em entrevista à CNN, o ator negro Morgan Freeman afirmou que "o fato do movimento Festa do Chá dizer que fará tudo para que Obama seja presidente por um só mandato é racista".

Acordo pode reduzir dívida grega pela metade

O governo da Grécia não confirma, mas o país pode reduzir sua dívida pela metade, num calote organizado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para evitar um agravamento ainda maior da crise da dívida pública, informa a TV pública britânica BBC.

A maioria dos gregos é contra abandonar o euro, mas há forte pressão popular contra novos cortes orçamentários que precisam ser aprovados amanhã pelo Parlamento, em Atenas.

Bilionário entra no comitê central do PC chinês

O homem mais rico da China, Liang Wengen, deve se tornar em 2012 o primeiro empresário privado a entrar para o Comitê Central do Partido Comunista, informaram ontem jornais chineses.

Sua fortuna é estimada em US$ 9,3 trilhões.

Bolsas de emergentes do Sudeste da Ásia desabam

A onda de choque do desacordo da União Europeia em torno de medidas para evitar um calote da Grécia e contar a crise das dívidas públicas na Zona do Euro deu um duro golpe nas bolsas de valores das economias emergentes do Sudeste da Ásia.

Com perdas de 9%, Bangkok, na Tailândia, sofreu a maior queda, seguida por Jacarta, na Indonésia, com 5%, e Manila, nas Filipinas, com baixa de 4,2%, enquanto Hong Kong caiu 1,7%, Xangai 1,6%, Tóquio 2,2% e Seul 2,6%, informa o Wall St. Journal.

A expectativa de que o Banco Central da Europa corte as taxas de juros para estimular o crescimento deu algum fôlego ao mercado, levando as principais bolsas europeias a subir, com altas de 0,45% em Londres, 2,87% em Frankfurt e 1,75% em Paris. Mas a grande preocupação com a crise grega persiste.

O Parlamento da Grécia deve aprovar amanhã mais reduções de gastos públicos, apesar da pressão popular numa economia que afunda cada vez mais. Sem os cortes, o país dificilmente vai receber uma nova parcela da ajuda de emergência e um calote será inevitável.

A Bolsa de Nova York subia 1,31% por volta do meio-dia pela hora local, com alta das principais ações e das empresas do setor financeiro.

Morre primeira africana a ganhar o Prêmio Nobel

A defensora dos direitos humanos e ecologista queniana Wangari Maathai, primeira mulher africana a receber um prêmio nobel, morreu de câncer ontem aos 71 anos.

Wangari Maathai ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 2004 por sua luta pelos direitos humanos, injustiça social e defesa da natureza. Ela sempre vinculou essas três lutas, numa era em que o Quênia estava longe de ser democrático. Isso a tornou a mulher excepcional que a África hoje chora.

Seu Movimento Cinturão Verde plantou 20 a 30 milhões na África.

Esquerda conquista maioria no Senado da França

Pela primeira vez desde que o atual Senado da França foi criado, pela Constituição de 1958, a esquerda terá maioria. Uma aliança do Partido Socialista com os ecologistas e a esquerda radical conquistou as 23 cadeiras necessárias para somar 177 senados, dois a mais do que a maioria absoluta, derrotando a coalizão de centro-direita que apoia o presidente Nicolas Sarkozy, informa o Financial Times.

A líder socialista, Martine Aubry, e o ex-presidente do PS François Hollande, ambos aspirantes à candidatura de oposição a Sarkozy com vantagem sobre ele nas pesquisas, correram para o Jardim de Luxemburgo, onde fica o Senado, para declarar a aurora de um novo tempo. Na euforia da vitória socialista, seria o início do fim do sarkozismo.

O governo tentou minimizar a importância da derrota. Para o primeiro-ministro François Fillon, a lição é que a aliança conservadora de centro-direita que governa a França terá de trabalhar muito mais para convencer a eleitorado a renovar seus mandatos em 2012.

domingo, 25 de setembro de 2011

Arábia Saudita dará direito de voto às mulheres em 2015

Em pronunciamento feito hoje na televisão da Arábia Saudita, o rei Abdullah anunciou hoje que as mulheres terão o direito de votar e ser eleitas em eleições municipais, a partir de 2015.

É uma reação do reino, uma das sociedades mais conservadoras do mundo, às revoltas liberais no mundo árabe.

Medvedev troca de lugar com Putin na Rússia

Em mais uma prova de que na Rússia o líder é sempre o candidato do Kremlin, o presidente Dimitri Medvedev anunciou hoje que o primeiro-ministro Vladimir Putin, considerado o homem mais poderoso do país, será o candidato oficial à sua sucessão em março de 2012.

Os dois devem trocar de cargo, com Medvedev passando a ser chefe de governo. É uma confirmação de que a Rússia ainda está longe de se tornar uma democracia. Os grandes eleitores, aqueles que realmente decidem, estão circunscritos ao Kremlin.

Num raro gesto de dissidência dentro do regime, o ministro das Finanças, Alexei Kudrin, declarou que não pretende participar do próximo governo, informa o jornal The New York Times.

sábado, 24 de setembro de 2011

Obama pressiona Merkel por crise do euro

NOVA YORK - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, está pressionando a primeir-ministra Angela Merkel para que a Alemanha assuma a liderança no combate à crise das dívidas públicas da Zona do Euro. Os objetivos são evitar um calote da Grécia e o contágio de outras economias do continente.

O problema é que o contribuinte alemão não quer pagar as dívidas de povos que considera indisciplinados, gregos, irlandeses, portugueses e espanhóis.

A União Democrata-Cristã, partido de Merkel, está perdendo todas as eleições municipais e regionais. A coalizão de governo com os liberais-democratas está prestes a desabar.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Netanyahu afirma que "Israel sempre quis a paz"

NOVA YORK - Diante do reconhecimento da Palestina independente pela maioria dos países-membros das Nações Unidas, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu insiste em que a mão de Israel sempre esteve estendida para negociar a paz, como fez com o Egito e a Jordânia. Ele pediu uma reunião ainda hoje com os palestinos nas Nações Unidas para retomar as negociações.

Em discurso na ONU neste momento, ele apresenta Israel como vítima de sucessivas condenações pela Assembleia Geral da organização, da resolução condenando sionismo como uma forma de racismo, em 1975, à denúncia do histórico acordo de paz como o Egito, em 1980.

Netanyahu afirmou que os regimes de Muamar Kadafi e de Saddam Hussein tiveram posições importantes na ONU e que o governo do Líbano, dominado pela milícia fundamentalista Hesbolá (Partido de Deus), preside o Conselho de Direitos Humanos.

"Como primeiro-ministro de Israel, não venho aqui pedir aplausos, mas falar a verdade. A verdade é que Israel quer a paz. Eu quero a paz, mas a paz deve ser ancorada na segurança. Não pode ser atingida por resolução, mas de negociações diretas", acrescentou, acusando os palestinos de quererem um Estado sem paz.

Depois de falar nas extraordinárias transformações do mundo desde o fim da Guerra Fria, Netanyahu apontou o novo inimigo: o extremismo dos fundamentalistas muçulmanos. Criticou o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, por apresentar os atentados de 11 de setembro de 2001 como "uma conspiração americana".

Em uma tentativa de inserir o conflito árabe-israelense na lógica da "guerra contra o terrorismo", ele comparou os atentados em Nova York, Londres, Madri e tantas outras cidades aos ataques de extremistas contra Israel. Afirmou em seguida que a grande ameaça é que os terroristas consigam armas nucleares e acusou o Irã de estar desenvolvendo a bomba atômica.

O líder israelense declarou que o fundamentalismo islâmico já controla a Faixa de Gaza e o Líbano, e quer destruir o acordo de paz entre Israel e o Egito: "Eles não são contra as polícias de Israel, são contra a existência de Israel".

Para justificar sua posição, declarou que Israel deu "as chaves de Gaza a Abbas, num gesto aplaudido internacionalmente, mas não conseguimos a paz. Com o apoio do Irã, o [Movimento de Resistência Islâmica] Hamas afastou a Autoridade Nacional Palestina".

"Israel está preparado para ter um Estado palestino na Cisjordânia, mas não uma nova Faixa de Gaza, e a ANP não está preparada para oferecer novas garantias de segurança", afirmou. "Queremos mantar o crocodilo do extremismo muçulmano à distância. Em negociações sérias, essas necessidades podem ser atendidas."

Sem a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, em um ponto Israel tem apenas 14 quilômetros de largura: "Com um inimigo armado pelo Irã, Israel seria indefensável. Por isso, a Resolução 242 do Conselho de Segurança da ONU fala não fala na retirada dos territórios ocupados na guerra de 1967, mas de territórios", uma antiga alegação da direita israelense de que essas áreas não estão definidas.

"Quando um acordo de paz for atingido, Israel não será o último país a reconhecer a independência palestina. Será o primeiro", prometeu o primeiro-ministro.

Ele denunciou a prisão do sargento Gilad Shalit pelo Hamas há cinco anos em território israelense como uma violação do direito internacional. Mas a guerra de conquista e a ocupação e colonização de territórios ocupados também violam a lei internacional.

Numa indicação de que não pretende retirar todas as colônias construídas ilegalmente nos territórios árabes ocupados, repudiou a ideia de que um estado palestino não possa ter judeus. Insinuou ainda que o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, não vai parar em Gaza e na Cisjordânia porque teria dito recentemente que Israel ocupa territórios palestinos há 63 anos: "Ele não falou em 1967".

Em seguida, afirmou que "o maior problema do conflito não é a colonização, é o não reconhecimento de Israel", negando validade às repetidas declarações da Organização para a Libertação da Palestina reconhecendo o inimigo histórico desde 1988.

Para explicar a política de expulsão sistemática de árabes do setor oriental de Jerusalém, o primeiro-ministro invocou milhares de anos de História, dizendo que "querem alegar que o Muro das Lamentações não é parte de Israel".

Netanyahu acusou Abbas de não responder a seus apelos para negociar. Os palestinos se recusam a negociar sem o congelamento da construção nos territórios ocupados, o que todos os governos de Israel fazem, ignorando as resoluções da ONU e o direito internacional.

"Estamos junto no mesmo edifício. Vamos nos encontrar hoje para retomar as negociações de paz aqui na ONU", concluiu o chefe do governo israelense.

Senado rejeita medida para financiar governo dos EUA

NOVA YORK - Por 59 a 36 votos, o Senado rejeitou agora há pouco uma resolução aprovada ontem pela Câmara para financiar o governo dos Estados Unidos a partir de 1º de outubro, aumentando o risco de paralisação da máquina federal.

Palestina pede reconhecimento à ONU

NOVA YORK - O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, entregou agora há pouco ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, o pedido de reconhecimento de um estado nacional palestino independente como membro pleno da organização.

Neste momento, discursa diante da Assembleia Geral, sob grande ovação. Mas o reconhecimento deve ser vetado pelos Estados Unidos, por força de sua aliança incondicional com Israel.

Abbas está pedindo maior envolvimento da ONU no processo de paz, mediado até agora, sem sucesso, pelos Estados Unidos.

"Há um ano, falamos aqui das negociações para um acordo definitivo iniciadas em setembro de 2010 em Washington, sob a mediação do presidente Obama, do Quarteto, do Egito e da Jordânia", recordou Abbas.

"Entramos nas negociações com esperança, mas elas se romperam em semanas", lembrou. "Tentamos todas as alternativas, batemos em todas as portas, procuramos todos os caminhos. Consideramos todas as iniciativas. Mas todas esbarraram na intransigência israelense. Israel se nega a aceitar negociações baseadas no direito internacional e nas resoluções da ONU. Continuou construindo colônias nos territórios ocupados, com toda a brutalidade da agressão e da discriminação de nosso povo que essa política implica."

Para o líder palestino, isso acabou com as chances de levar adiante o processo de paz marcado pel Declaração de Princípios e o aperto de mão entre o primeiro-ministro Yitzhak Rabin e o então líder palestino, Yasser Arafat, na Casa Branca em 13 de setembro de 1993. Ele denunciou a construção da milhares de casas na Cisjordânia, especialmente no setor árabe de Jerusalém e a construção de uma barreira isolando áreas da Cisjordânia.

Ao mesmo tempo, aumentou a campanha de demolição e expulsão de palestinos de suas terras, num processo que o líder palestino chamou de "faxina ética": "Representantes eleitos por Jerusalém foram expulsos de suas casas. A Cidade Sagrada continua sitiada. Essa realidade tenta transformar a ocupação num fato consumado, reduzindo as expectativas realistas de criação de um estado palestino."

Também acusou Israel de bombardear e matar palestinos, numa "guerra de agressão permanente, com milhares de martírios desnecessários. Nos últimos anos, atos criminosos de milícias protegidas pelo Exército de ocupação cometeram frequentes ataques contra o nosso povo contra aldeias, universidades, no campo e na cidade", acrescentou.

O presidente palestino afirmou que a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, onde pretende criar seu país, representam apenas 22% do território histórico da Palestina definido pelo mandato dado pela Liga das Nações ao Império Britânico para administrar a descolonização da área depois da Primeira Guerra Mundial.

Ele defendeu a proposta da Liga Árabe de 2002, que oferecia o reconhecimento de Israel por seus vizinhos árabes em troca da devolução dos territórios árabes ocupados na Guerra dos Seis Dias, em 1967.

Na busca de uma solução internacional para o conflito, "a Organização para a Libertação da Palestina renunciou ao terrorismo e à luta armada", declarou.

"Nosso povo vai continuar a resistência pacífica contra a ocupação e o apartheid. Nossa posição tem o apoio de pacifistas em Israel e no mundo inteiro", observou. "Este pedido é uma confirmação da nossa confiança na diplomacia e no direito internacional."

Na sua visão, "não tira a legitmidade do Estado de Israel, mas tenta conter a expansão das colônias. Estendemos a mão ao governo e ao povo de Israel para construir a paz, um futuro onde nossos filhos tenhem liberdade, segurança e prosperidade. Vamos construir relações cooperativas, em vez de ocupação, colonização e eliminação do outro."

Apesar de tudo, "nos últimos anos, temos criado as instituições para criar um país independente e feito projetos de desenvolvimento para nosso futuro país, para promover a justiça e o Estado de Direito, institucionalizando regras e regulamentações para garantir eficiência e transparência em nossos ministérios."

"Meses atrás, conseguimos a reconciliação nacional" com o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), condenada por Israel porque este grupo não renunciou ao uso da força e é considerado terrorista pelos EUA e a União Europeia.

Por tudo isso, Abbas pediu o imediato reconhecimento internacional da Palestina como um país independente. Ressalvou que "é fútil entrar em negociações enquanto não houver regras claras e prazos, e o Exército de ocupação continuar mudando a realidade demográfica no terreno para criar um fato consumado. Isso é totalmente inaceitável. Nosso país é o último a continuar sob ocupação, indefinidamente, com a recusa de Israel de acatar as resoluções da ONU."

"A situação em nossa região, na Terra Santa, é extremamente delicada", advertiu. "É hora de acabar com a ocupação e o exílio de palestinos que vão de um lugar a outro sem voltar à sua terra. Chegou a hora de nossos homens, mulheres e crianças viverem em paz, dormirem em paz, das mães saberem que seus filhos voltarão para casa são e salvos, que poderão ir a escolas e universidades sem ter de passar por barreiras e outros obstáculos. É hora de libertar milhares de prisioneiros de consciência", conclamou.

"Meu povo só quer levar uma vida normal, como o resto da humanidade", resumiu o presidente da OLP agradecendo aos países que reconheceram a declaração de independência feita por Yasser Arafat em 1988 e agora recentemente, antes do pedido formal à ONU.

Esse pedido aponta as fronteiras da Cisjordânia e da Faixa de Gaza como territórios que constituirão a Palestina independente, com capital no setor oriental de Jerusalém. Sob grande ovação, ele mostrou uma cópia do pedido, para delírio de uma multidão reunida em Ramalá, na Cisjordânia, para acompanhar o discurso.

"A Palestina está renascendo", declarou. "Espero que não tenhamos de esperar muito mais tempo."

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu deve discursar daqui a pouco para reiterar a posição de Israel.

Câmara dos EUA aprova gastos que Senado vai rejeitar

NOVA YORK - Por 219 a 203 votos, a Câmara dos Representantes aprovou despesas para manter o governo federal dos Estados Unidos em funcionamento até 18 de novembro, um dia depois de ter rejeitado medida semelhante por uma divisão na maioria republicana.

Para garantir o apoio do movimento radical de direita Festa do Chá, os líderes da oposição fizeram mais cortes orçamentários. Isso dificulta a aprovação no Senado, onde o Partido Democrata tem a maioria, aumentando o risco de uma paralisação da máquina pública federal a partir de 1º de outubro, como aconteceu duas vezes nos anos 90, durante o governo Bill Clinton (1993-2001).

Ahmadinejad nega Holocausto e 11 de setembro

NOVA YORK - Em mais um discurso desafiando os Estados Unidos e Israel, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, voltou a levantar dúvidas sobre o Holocausto, o genocídio de 6 milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial, e considerou os atentados de 11 de setembro de 2001 "misteriosos", sugerindo que não foram cometidos por extremistas muçulmanos.

Diante dessas declarações, as delegações dos EUA, da Alemanha, da França e do Reino Unido se retiraram do plenário da Assembleia Geral das Nações Unidas.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Mercado tem novo dia de pânico

NOVA YORK - As preocupações com o futuro das economias dos Estados Unidos e da Europa derrubam mais uma vez hoje as bolsas de valores no mundo inteiro. No Brasil, o Banco Central interveio para conter a queda do dólar, que chegou a R$ 1,95.

Ao anunciar uma operação de troca de tíulos ontem, a Reserva Federal, o banco central americano, indicou que a maior economia do mundo corre risco de ficar estagnada por um longo período.

Na França, a Bolsa de Paris caiu mais de 5%, e as ações do banco Société Générale perderam 9%. Em Nova Yorm, a bolsa abriu em queda de 300 pontos e terminou o dia comqueda de mais de 3%.

Fed fará troca de títulos para estimular economia

NOVA YORK - Em um reconhecimento de que a economia dos Estados Unidos está estagnada, a Reserva Federal (Fed), o banco central deste país, anunciou hoje que vai comprar US$ 400 bilhões de títulos de longo prazo da dívida pública e ao mesmo tempo vender US$ 400 bilhões em títulos de curto prazo.

Essa operação de troca de tíulos visa a reduzir as taxas de juros de longo prazo para estimular a economia, o deprimido mercado imobiliário, onde a crise começou, aumentar as linhas de crédito para hipotecas e o consumo em geral.

A medida baixou os juros como o Fed queria, mas não foi considerada suficiente para restaurar a confiança de empresários e consumidores na maior economia do mundo.

No fim do dia, o Índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, caiu 2,49%. A bolsa Nasdaq perdeu 2,01% e o índice amplo S&P, 2,94%.

Câmara nega recursos ao governo Obama

NOVA YORK - A Câmara dos Representantes rejeitou ontem uma resolução que autoriza novos gastos do governo federal dos Estados Unidos, que corre o risco de paralisar atividades não essenciais a partir de 1º de outubro, se o impasse persistir.

Os democratas querem aumentar gastos com obras de reconstrução de áreas atingidas por catástrofes naturais, enquanto a oposição republicana pretende aproveitar a oportunidade para reduzir o orçamento.

Durante o governo Bill Clinton, depois que os republicanos conquistaram maioria na Câmara, o governo federal americano fechou duas vezes por falta de aprovação de despesas públicas. Pela Constituição dos EUA, toda verba orçamentária exige aprovação da Câmara.

Troy Davis é executado nos EUA

NOVA YORK - Depois da rejeição de um último apelo pela Suprema Corte dos Estados Unidos, a Justiça do estado da Geórgia executou há cerca de uma hora Troy Davis, condenado à pena de morte pelo assassinato de um policial em 1989.

Para tentar evitar a execução de um homem que passou tantos anos no corredor da morte, a organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional lançou uma campanha mundial, alegando que sete das nove testemunhas de acusação mudaram seus depoimentos.

Isso não sensibilizou a maioria da população deste país, mas o apoio à pena de morte e o número de execuções caíram pela metade nos EUA nos últimos anos, num reflexo da redução da criminalidade.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Independência palestina depende de acordo, diz Obama

NOVA YORK - Em discurso agora há pouco na Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente Barack Obama afirmou que "não há atalho para a paz entre Israel e os palestinos", indicando que os Estados Unidos devem vetar o reconhecimento da Palestina como país independente e membro pleno da ONU.

"Esta é a lição do Sudão do Sul e o caminho para a criação de um estado nacional palestino", disse Obama,  falando do último e 193º país a ser admitido na organização, depois de negociar a divisão do maior país da África com o regime muçulmano que agora governa o que antes era a região Norte do antigo Sudão.

Logo após o discurso, Obama se encontrou com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que agradeceu o apoio americano a Israel.

Dilma defende reconhecimento da Palestina

NOVA YORK - Ao se tornar hoje a primeira mulher a abrir uma reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas, a presidente Dilma Rousseff defendeu hoje o reconhecimento internacional da independência da Palestina e sua inclusão como país-membro da ONU.

"É chegado o momento de termos a Palestina representada aqui a pleno título", declarou a presidente do Brasil, refletindo a opinião amplamente majoritária, mas rejeita por Israel e pelos Estados Unidos.

Só uma Palestina independente será capaz de garantir a segurança de Israel em bases permanentes e a paz com seus vizinhos árabesm acrescentou a presidente brasileira.

Essa é a opinião dominante dentro da ONU, mas não basta. Como membro permanente do Conselho de Segurança, com poder de veto, os EUA devem vetar o reconhecimento.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Berlusconi ataca mídia e S&P

NOVA YORK - Um dia depois do rebaixamento da nota de crédito da Itália, o primeiro-ministro Silvio Berlusconi atacou a agência de classificação de risco Standard & Poor's e a mídia, dizendo que "as avaliações parecem ser ditadas pelas histórias contadas pelos jornais e parece ter sido influenciada por considerações políticas".

A S&P alegou que as propostas para reduzir o déficit público italiano aprovadas até agora são insuficientes, e "a frágil coalizão que governa a Itália e as diferentes políticas dentro do Parlamento vão continuar limitando a capacidade do governo para responder de forma decisiva aos desafios internos e ao entorno macroeconômico externo", uma referência à crise das dívidas públicas da Zona do Euro.

Terceira maior economia da Eurozona, a Itália deve terminar o ano com uma dívida pública de 120% do produto interno bruto.

Israel agora aceita negociar com os palestinos

NOVA YORK - Diante da iminência de reconhecimento da independência da Palestina pela maioria dos países-membros das Nações Unidas durante a reunião da Assembleia Geral que se realiza nesta semana, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, admitiu retomar imediatamente as negociações sobre a paz no Oriente Médio.

A Autoridade Nacional Palestina suspendeu as negociações porque Israel não congelou a construção de novas moradias nos territórios árabes ocupados, especialmente no setor árabe de Jerusalém, onde a direita israelense tenta consolidar a ocupação.

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, aceitou a proposta de paz lançada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em setembro do ano passado, mas Netanyahu rejeitou a hipótese de negociar com base nas fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias, em 1967. Isso seria reconhecer que a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, inclusive o setor oriental de Jerusalém, são territórios ocupados.

Discriminação de militares gays nos EUA acaba

NOVA YORK -Acabou a discriminação a homossexuais nas Forças Armadas dos Estados Unidos, uma promessa de campanha do presidente Barack Obama. A partir de hoje, está oficialmente revogada a política conhecida como "não pergunte e não fale".

Essa política permitia aos gays servir no Exército, na Marinha, na Aeronática e o Corpo de Fuzileiros Navais desde que não assumissem publicamente sua homossexualidade. Isso os impedia de manifestar afeto pelos parceiros em partidas, regressos e funerais.

Para celebrar mais uma vitória do movimento gay, o tenente de navio Gary Ross, de 33 anos, se casou com seu parceiro Dan Swezy, de 49, no primeiro minuto do dia de hoje, no estado de Vermont, na costa leste.

Terror mata ex-presidente do Afeganistão

NOVA YORK - Um atentado terrorista suicida matou hoje o ex-presidente do Afeganistão Burhanudin Rabbani, encarregado de negociar a paz com a milícia fundamentalista dos Talebã (Estudantes), minando a estratégia de paz do governo Hamid Karzai e dos Estados Unidos.


Rabbani presidiu o país num período de grande instabilidade, anarquia e violência, de 1992 a 1996, da queda de Mohamed Najibullah, instalado no poder pela invasão soviética à ascensão dos Talebã ao poder.


Ainda não se sabe que grupo foi responsável pelo ataque. A última grande ação da insurgência foi atribuída pelos EUA a um grupo extremista do vizinho Paquistão.

S&P rebaixa nota de crédito da Itália

NOVA YORK -  Por causa do fraco crescimento econômico e da fragilidade do governo Silvio Berlusconi, a agência de classificação de risco Standard & Poors rebaixou ontem a nota de crédito da dívida soberana da Itália, que deve chegar a 120% neste ano, de A+ para A e a colocou em perspectiva negativa.

A decisão deve provocar mais quedas nas bolsas de valores, já pressionadas pelo alto risco de calote da Grécia.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Igualdade entre sexos ajuda o desenvolvimento

NOVA YORK - A igualdade entre os sexos é um fator importante no desenvolvimento econômico e social, e exige mais investimentos, afirmou hoje o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick.

Ao fazer um balanço do progresso para dar às mulheres educação, saúde, terra, crédito e emprego nos últimos cinco anos, Zoellick considerou insuficientes os US$ 65 bilhões investidos, observando que a desigualdade entre os sexos é maior nos países mais pobres e atrasados.

Strauss-Kahn admite "erro moral"

NOVA YORK - Em sua primeira entrevista longa à televisão desde que voltou à França depois de ser preso num escândalo sexual que o derrubou do cargo de diretor-geral do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn admitiu ter cometido um "erro moral", mas negou responsabilidade por qualquer crime.

Strauss-Kahn foi preso em 14 de maio de 2011, dentro de um avião prestes a decolar do Aeroporto John Kennedy, em Nova York, sob a acusação de agressão sexual, cárcere privado e tentativa de estupro da camareira Nafissatou Dialom, que trabalhava no Hotel Sofitel da Times Square, onde ele estava hospedado.

A imagem do ex-ministro das Finanças da França e diretor do FMI algemado, barbudo e desgrenhado revoltou os franceses, que consideraram isso uma humilhação e um pré-julgamento.

O caso entrou em colapso quando Dialo disse a um namorado preso por tráfico de drogas que poderia ganhar muito dinheiro porque Strauss-Kahn é um homem rico.

Sem condições de apresentar provas consistentes que incriminassem o ex-diretor do Fundo, a Justiça de Nova York terminou por arquivar o processo. Mas ele perdeu o cargo e uma grande chance de ser presidente da França. Era considerado o favorito, o candidato do Partido Socialista capaz de derrotar o presidente François Mitterrand.

Veja a íntegra da entrevista no jornal francês Libération.

Camisetas inteligentes monitoram pacientes

NEW HAVEN, EUA - Pesquisadores da Universidade Carlos III, de Madri, na Espanha, desenvolveram camisetas sensíveis capazes de medir a temperatura, a pressão e outros sinais vitais de pacientes hospitalizados.

A nova tecnologia funciona como uma espécie de GPS para ambientes fechados. Permite até mesmo saber se a pessoa está sentada, deitada, caminhando ou correndo.

Obama defende aumento de impostos para milionários

BOSTON, EUA - Em pronunciamento agora há pouco no jardim de rosas da Casa Branca, o presidente Barack Obama apresentou detalhes de sua proposta para reduzir o déficit público federal dos Estados Unidos em US$ 3 trilhões nos próximos dez anos. A metade viria de cortes de gastos governamentais e o resto de aumentos de impostos para quem ganha mais de US$ 1 milhão por ano.

O governo Obama estima que isso aumentaria a arrecadação em US$ 1,5 trilhão, mas a oposição republicana, que tem maioria na Câmara dos Representantes, promete rejeitar o plano. Na semana passada, o presidente da Câmara, o deputado John Boehner, afirmou que "aumentos de impostos destroem empregos".

A pouco mais de um ano e um mês das eleições presidencial e parlamentares, Obama tenta caracterizar a oposição republicana como o partido dos ricos, das grandes empresas e dos interesses especiais, e resiste a cortes nos programas de saúde pública.

"Não vou aceitar nenhum acordo que fira as pessoas mais vulneráveis", desafiou o presidente dos EUA, ameaçando vetar cortes nos programas Medicare, para idosos, e Medicaid, para os pobres, se nào houver aumentos de impostos para milionários e bilionários.

Os republicanos o acusam de fomentar a "luta de classes".

Semanas atrás, o bilionário Warren Buffet criticou o atual regime de impostos, alegando que paga numa alíquota de 17%, enquanto sua secretária paga 41%.

domingo, 18 de setembro de 2011

EUA já temem resultado das revoluções árabes

CAMBRIDGE, MA, EUA - Com a junta militar do Egito usando leis de exceção e a força contra manifestações populares, a ascensão dos fundamentalistas como a força política mais organizada na Líbia e no Egito, e uma crescente hostilidade em relação a Israel, os Estados Unidos já temem as consequências inesperadas das revoluções democráticas no mundo árabe.

Durante décadas, o Ocidente apoiou ditaduras no Norte da África e no Oriente Médio por temer o nacionalismo e, mais recentemente, o fundamentalismo islâmico.

Na semana passada, o jornal The New York Times reportou o nascimento de um fundamentalismo muçulmano aliado do Ocidente, mas a incerteza é enorme, admite a edição deste domingo. O tema também foi discutido no programa Fareed Zakaria GPS, na CNN.

Para influenciar decisivamente transições para a democracia que serão longas como foram na América Latina, a Europa e os EUA precisam ajudar os novos regimes na promoção do bem-estar social dos países rebelados.

Em meio a uma crise econômica, será mais difícil, sem falar em todos os problemas políticos.

sábado, 17 de setembro de 2011

Obama quer aumento de impostos para quem ganha mais de US$ 1 milhão por ano

BOSTON, EUA - O presidente Barack Obama aceitou o desafio lançado pelo presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, deputado John Boehner, que rejeitou totalmente qualquer possibilidade de aumentos de impostos ou fim de isenções fiscais para grandes empresas, sob o argumento de que destroem empregos.

Obama quer que quem ganha mais de US$ 1 milhão por ano pague imposto de renda na mesma alíquota que a classe média. Seu objetivo é identificar a oposição republicana como um partido que protege os ricos e as grandes empresas.

EUA devem vetar a independência palestina

BOSTON, EUA - Por causa de sua aliança incondicional com Israel, os Estados Unidos devem vetar o reconhecimento da Palestina como país independente pelas Nações Unidas, anunciou hoje oficialmente seu presidente, Mahmoud Abbas.

A Autoridade Nacional Palestina deve conseguir o apoio de uma ampla maioria da Assembleia Geral, mas o veto no Conselho de Segurança, órgão supremo da ONU, é praticamente certo.

"O estado nacional palestino deve nascer de uma negociação com Israel", declarou ontem a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, alertando para o risco de um agravamento do conflito.

Mas o pior impacto deve ser para os EUA, que mais uma vez vão ficar contra os árabes, alienando países como o Egito e a Líbia, que atravessam processos de transição que ninguém no que vão dar.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Espanha reinstitui imposto sobre grandes fortunas

BOSTON, EUA - Três anos depois de acabar com o imposto sobre grandes fortunas, o governo da Espanha pretende reintroduzi-lo para reduzir o déficit orçamentário e sair da crise das dívidas públicas da Zona do Euro.

Com a medida, a ministra das Finanças, Elena Salgado, espera arrecadar mais 1 bilhão de euros por ano. Devem ser sobretaxados cerca de 160 mil contribuintes que ganham mais de 700 mil euros por ano.

No último ano em que o imposto foi cobrado, em 2007, 900 mil ricaços espanhóis pagaram 2,12 bilhões de euros, o que por si só já dá uma dimensão do crise no país.

Esquerda volta ao poder na Dinamarca

BOSTON, EUA - Na contramão da maioria de seus parceiros da União Europeia, que marcharam para a direita com a crise econômica mundial dos últimos anos, a Dinamarca acaba de eleger um governo de esquerda.

Depois de dez anos de governos liberais e conservadores, a nova primeira-ministra social-democrata Helle Thorning-Schmidt promete aumentar impostos e gastos públicos.

Com taxa de desemprego de 4,1% e déficit público de 4,6%, a Dinamarca é motivo de inveja de seus vizinhos europeus, mas mal escapou de uma recaída na recessão crescendo 1% no segundo trimestre de 2011.

Palestina pede reconhecimento à ONU

BOSTON,EUA - Diante do impasse nas negociações com Israel, a Autoridade Nacional Palestina vai pedir reconhecimento internacional de sua independência às Nações Unidas na próxima semana, durante a reunião anual da Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

Grandes bancos centrais irrigam Europa com dólares

NOVA YORK - Para acalmar o mercado, os cinco maiores bancos centrais do mundo ofereceram dólares para evitar uma crise de falta da moeda americana no sistema financeiro da Europa. As bolsas de valores subiram, mas o impacto da medida é apenas temporário. Reduz o nervosismo, mas não resolve os problemas de fundo.

Com a crise das dívidas públicas dos chamados PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha) e o forte golpe que eventuais calotes dariam nos bancos do continente, as instituições privadas dos Estados Unidos reduziram os empréstimos. Havia um risco de escassez de dólares, como aconteceu depois da falência do banco de investimento Lehman Brothers, há três anos.

A medida mostra a determinação da Reserva Federal dos Estados Unidos, do Banco Central da Europa, do Banco da Inglaterra, do Banco Nacional da Suíça e do Banco do Japão de tomar medidas conjuntas para evitar um novo colapso do setor financeiro.

"Eles estão se reunindo e agindo em conjunto", observou a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde. "Para mim, está é a mensagem mais importante."

Japão impõe novas regras para usinas nucleares

NOVA YORK - Para evitar um acidente como o que aconteceu com o terremoto e maremoto de 11 de março de 2011, toda nova usina nuclear construída no país terá de ser capaz de resistir a um tremor de nove graus na escala de Richter e a ondas gigantes, as tsunames, de até 15 metros de altura, anunciou hoje em Tóquio o governo japonês.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Presidente da Câmara rejeita lei do emprego

NOVA YORK - Em discurso neste momento no Clube de Economia, em Washington, o presidente da Câmara, deputado John Boehner, o principal líder da oposição republicana, está rejeitando o projeto de Lei do Emprego do governo Barack Obama.

 Boehner atriubiu o desemprego a uma "greve" dos empresarios causada pelo suposto excesso de regulamentação imposto pelo governo federal e rejeitou totalmente aumento de impostos e de isenções fiscais para ricos e grandes empresas, alegando que aumentos de impostos destroem empregos.

Os republicanos insistem na mesma filosofia neoliberal que causou a Grande Depressão (1929-39) e a Grande Recessão: o setor privado é infalível e o governo só atrapalha. Esquecem das trapalhadas do companheiro Bush e aprofundam o declínio relativo dos EUA.

Zona do Euro deve crescer 1,6% em 2011

NOVA YORK - Apesar da crise das dívidas públicas, os países da Zona do Euro devem crescer em conjunto 1,6% neste ano, previu hoje a Eurostat, órgão oficial de estatísticas da União Europeia. O crescimento do início do ano deve compensar a estagnação esperada para o segundo semestre.

Corretor dá prejuízo de US$ bilhões ao UBS


NOVA YORK - Kweku Adoboli, um diretor de fundos de investimentos de 31 anos, foi preso hoje sob a acusação de dar um prejuízo de US$ 2 bilhões à União de Bancos Suíços (UBS), o maior banco do país centro-europeu, informa a agência de notícias Reuters.

É a segunda maior fraude do gênero de que se tem notícia. A pior foi do corretor francês Jerome Kerviel, que perdeu US$ 6,7 bilhões em operações ilegais no banco Société Génerale.

Adoboli trabalhava na filial do UBS no centro financeiro de Londres.

Bachmann faz "terrorismo psicológico" com vacina


NOVA YORK - A líder da bancada do movimento ultrarradical de direita Festa do Chá na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, deputada Michele Bachmann, está fazendo "terrorismo psicológico" contra uma vacinação em massa ordenada pelo governo do Texas, Rick Perry, numa tentativa de salvar sua campanha para ser candidata da oposição republicana à Casa Branca em 2012.

Com a entrada de Perry, um cristão ultraconservador, na disputa, Bachmann perdeu apoio junto a essa parcela do eleitorado. Sua candidatura está à beira do colapso. Vários assessores importantes já a deixaram.

No último debate entre os oito aspirantes republicanos, há dois dias, Bachmann denunciou uma campanha de vacinação em massa de meninas de 12 anos contra o HPV (vírus do papiloma humana), um dos principais causadores de câncer no aparelho sexual.


A deputada considerou a obrigatoriedade uma agressão à liberdade individual. Disse ainda que há casos de retardo mental e autismo causados pela vacina.

Ontem, a revista Time acusou-a de ignorância e irresponsabilidade, tentando criar uma polêmica com falsas alegações. Mas Perry, considerado o grande perdedor do debate por ter recebido ataques de todos os seus adversários dentro do partido, foi prejudicado. A empresa fabricante da vacina é uma das grandes financiadoras de suas campanhas eleitorais, como informa o jornal The Washington Post.

Ron Paul culpa EUA pelo 11 de setembro

NOVA YORK - Depois de ser vaiado há dois dias no último debate dos postulantes à candidatura do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos em 2012, deputado Ron Paul, reafirmou ontem sua declaração de que os atentados de 11 de setembro de 2001 foram uma reação à política externa do país em relação aos países árabes e muçulmanos.

"O argumento de que fomos atacados por causa da nossa liberdade e prosperidade é falso", declarou ontem Paul em entrevista à CNN. "Se fosse assim, Al Caeda atacaria a Suécia, a Suíça e outros países. Eles nos atacam por causa da presença militar dos EUA na Arábia Saudita e outros países do Oriente Médio, tanto que retiramos nossas tropas da Arábia Saudita".

Ao ser questionado se seu discurso não implica falta de patriotismo, Paul alegou que a própria CIA (Agência Central de Inteligência) criou a palavra blowback para se referir a ações dos EUA no exterior que terminaram provocando golpes contra o país. 

Um exemplo foi o apoio dado aos rebeldes muçulmanos que lutaram contra a invasão soviética no Afeganistão. Em 1988, eles fundaram a rede terrorista Al Caeda, responsável pelos atentados de 11 de setembro, o que levou à Guerra do Afeganistão, que já a mais longa da História dos EUA.

Os ataques contra a embaixada americana e a sede da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) que mataram nove pessoas há dois foram mais uma amostra da resistência da milícia fundamentalista dos Talebã (Estudantes). Isso tira força moral das tropas ocidentais, num momento em que todos os países querem retirar suas forças de lá rapidamente.

Para os Talebã, a sensação é de estar vencendo a guerra. Se resistirem um pouco mais, os estrangeiros vão embora. Nestas condições, as tentativas do governo Barack Obama de negociar com elementos supostamente moderados da milícia fundamentalista não tem muita chance.

Jackie Kennedy não gostava de Martin Luther King

NOVA YORK - A mais famosa e charmosa das primeiras damas dos Estados Unidos, Jacqueline Kennedy, não gostava do líder do movimento negro Martin Luther King Jr., o presidente francês Charles de Gaulle e do vice-presidente Lyndon Johnson, que sucedeu John Kennedy depois da morte deste, informa a televisão pública britânica BBC.

Em uma série de entrevistas gravadas meses depois do assassinato de JFK com o compromisso de só serem divulgadas depois da sua morte, Jackie Kennedy disse que Luther King era "um homem horrível" e revelou algumas críticas do marido a líderes mundiais e ao próprio Johnson.

As oito horas de entrevistas feitas por Arthur Schlesinger, um historiador especializado em presidentes dos  EUA, foram transformadas no livro Jacqueline Kennedy: Conversas Históricas sobre a Vida com John Kennedy, lançado ontem.

“Jack [apelido de JFK] me disse algumas vezes. ‘Você pode imaginar o que aconteria com o país se Lyndon fosse presidente?’”, conta a ex-primeira dama.

Ela não gostava de Luther King porque Robert Kennedy, o irmão de JFK assassinado durante a campanha eleitoral de 1968, lhe disse que o reverendo está bêbado no enterro de seu marido.

Na sua opinião, De Gaulle era um “ególatra”. A então futura primeira-ministra da Índia Indira Gandhi, “amarga, uma mulher horrível”.

Depois da morte de JFK, em telefonema revelado anos atrás, o presidente Johnson combina com Luther King que os dois farão uma campanha para aprovar a legislação de direitos civis como uma homenagem ao presidente morto.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Produção industrial aumenta na Europa

NOVA YORK - A produção industrial dos 17 países da Zona do Euro avançou 1% em julho e 1,1% na União Europeia como um todo, anunciou hoje a Eurostat, agência oficial de estatísticas do bloco, que tem um produto regional bruto de 18 trilhões de dólares.

Indústria do Japão cresce só 0,4%

NOVA YORK - A produção industrial do Japão, a terceira maior economia do mundo, cresceu apenas 0,4% em julho, informou hoje o Ministério da Economia, Indústria e Comércio, confirmando a longa estagnação do país, que já dura duas décadas.

14 de setembro foi muito pior do que 11 de setembro

NOVA YORK - Os dados sobre o aumento da pobreza divulgados ontem pelo Censo dos Estados Unidos confirmam que a primeira década do século 21 foi uma década perdida pelo país e que 14 de setembro de 2008 teve um impacto muito mais duradouro sobre o país e o mundo do que 11 de setembro de 2001.

Há exatamente três anos, as autoridades econômicas americanas decidiram não usar dinheiro público para salvar o banco de investimentos Lehman Brothers, na época o quarto maior do país. Tentaram articular um grupos de bancos privados para resolver o problema, sem sucesso

Na abertura do pregão de 15 de setembro de 2008, os preços das ações desabaram nos mercados financeiros do mundo inteiro.

Os investidores temiam o colapso de uma série de empresas financeiras, e os especuladores começaram a atacar as que teriam mais dificuldades para se sustentar. A bola da vez era a AIG, a maior seguradora do mundo, com um rombo muito maior do que o Lehman Brothers.

A AIG foi considerada grande demais para falir. No fim das contas, o governo dos EUA teve de socorrer a seguradora com US$ 182 bilhões para evitar que seguros, fundos de pensão e as mais variadas operações financeiras ficassem sem cobertura.

Com os balanços das empresas financeiras carregados de papéis podres, ninguém sabia qual era o rombo exato nas contas do outros. O resultado foi um colapso do mercado de crédito.

O dinheiro é uma espécie de sangue da economia. Circula por uma rede financeira onde os bancos centrais estão no topo. Eles emprestam dinheiro aos grandes bancos, que irrigam o sistema. Assim, o mercado interbancário ficou paralisado.

Durante uma crise, se uma empresa financeira tem dinheiro em caixa não vai emprestar a quem não sabe se vai pagar. Como ninguém tinha mais garantia, os governos foram obrigados a intervir para assegurar que os empréstimos seriam honrados: se os bancos privados não pagassem, os bancos centrais garantiriam os negócios.

Essa intervenção maciça levou ao inchaço das dívidas públicas dos países ricos, hoje o maior problema da economia internacional, alarmada hoje pelo risco de que a Grécia dê um calote em títulos com vencimento em outubro.

Ontem, a agência de classificação de risco Moody's rebaixou o crédito de dois importantes bancos franceses, Société Générale e Crédit Agricole. Todo o sistema financeiro da Zona do Euro está sob suspeita, e a Alemanha, maior economia da Europa, reluta em bancar países menos disciplinados, os chamados PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha).

A dívida pública da Itália chegou a 1,9 trilhão de euros, mais do que toda a riqueza que o país produz num ano menos as importações. Um diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI) já admite que a Espanha e a Itália vão precisar de ajuda externa.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Ahmadinejad promete soltar alpinistas americanos

NOVA YORK - Depois de um anúncio de que dois alpinistas americanos presos no Irã há mais de dois anos só seriam soltos mediante pagamento de fiança de US$ 1 milhão, o presidente Mahmoud Ahmadinejad prometeu lhes dar um "perdão unilateral" e libertá-los em breve, informa o jornal The Washington Post.

Shane Bauer e Josh Fattal, de 29 anos, foram presos junto com Sarah Shourd em 31 de julho de 2009, quando teriam cruzado sem saber a fronteira entre o Iraque e o Irã, em meio à revolta popular contra a reeleição fraudulenta de Ahmadinejad.

Ela foi solta em setembro de 2010 depois do pagamento de US$ 500 mil de fiança.

As decisões do presidente precisam ser referendadas pelas autoridades religiosas que dominam a república islâmica.

Pobreza já atinge mais de 46 milhões de americanos

NOVA YORK - Com a pior crise econômica internacional em 70 anos, o número de pobres nos Estados Unidos subiu de 43,6 milhões em 2009 para 46,2 milhões em 2010, revelou hoje o escritório do censo.

De cada seis americanos, um está na miséria. Ao todo, são 15,1% da população, o nível mais alto desde 1993. Quase 50 milhões de americanos não têm cobertura de saúde.

A renda média do trabalhador nos EUA caiu pela terceiro ano seguido e está agora no mesmo nível de 1996.

Talebã atacam embaixada dos EUA no Afeganistão

NOVA YORK - Depois de um ataque que deixou 77 feridos em 11 de setembro deste ano, a milícia fundamentalista dos Talebã (Estudantes) realizou uma série de ações coordenadas contra a embaixada dos Estados Unidos no Afeganistão e o quartel-general da Organização do Atlântico Norte (OTAN) em Cabul. Pelo menos nove pessoas - três civis, quatro policiais e dois militantes - morreram.

O ataque mostra que os Talebã ainda resistem, na mais longa guerra da História dos EUA, prejudicada pela desastrada decisão do então presidente George W. Bush de invadir o Iraque em 2003, apesar deste país não ter nenhuma relação com os atentados de 11 de setembro de 2001.

Ex-agente diz que 11/9 poderia ter sido evitado

NOVA YORK - Em um livro de memórias, um ex-policial federal dos Estados Unidos acusa a competição entre os diferentes serviços secretos americanos de ter impedido de evitar os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, noticiou nessa segunda-feira o jornal americano The New York Times.

As Bandeiras Negras: a história secreta do 11/9 e da guerra contra Al Caeda, lançado nessa segunda-feira, foi escrito pelo ex-agente do FBI, a polícia federal americana, Ali Soufan. Ele denuncia uma sucessão de erros que teriam sido cometidos nas investigações sobre os atentados contra as embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia, em 1998, e no ataque contra o contratorpedeiro USS Cole, no Iêmen.

Soufan, um agente antiterrorista que fala árabe, acusa a CIA (Agência Central de Inteligência) de ter retido intencionalmente documentos e fotografias de militantes da Caeda que só foram repassados ao FBI depois de 11 de setembro de 2001, apesar de três pedidos formais por escrito.

Uma das alegações mais fortes do livro é a descrição de uma cena na Embaixada dos EUA no Iêmen. Poucas horas depois dos ataques contra Nova York e o Pentágono, a CIA entregou os documentos requisitados meses antes, inclusive as fotos de dois dos 19 terroristas suicidas responsáveis pela tragédia.

"Por cerca de um minuto, olhei atônito para as fotos e o relatório, quase não conseguindo acreditar no que tinha em mãos", afirma o autor. Ele correu para o banheiro e vomitou. "Todo o meu corpo tremia."

O relatório documentava uma reunião d'al Caeda na Malásia em janeiro de 2000. Soufan acredita que essas informações e o resultado da investigação sobre o USS Cole teriam permitido desarmar a conspiração.

Numa ocasião, o ex-agente estava interrogando Abdullah Tabarak no centro de detenção instalado na base naval de Guantânamo, um enclave americano em Cuba. Quando achava que poderia obter dados importantes, os militares o proibiram de falar com o prisioneiro, que foi enviado para o Marrocos e libertado.

Em outro momento, Soufan interrogou um militante conhecido como Batar, que levou o dote de Ossama ben Laden para o casamento do líder terrorista com uma jovem iemenita. Batar teria pedido para telefonar para a família. Os militares americanos rejeitaram o pedido. Soufan acredita que poderia ter conseguido uma pista capaz de levar a Ben Laden.

Para o autor, o maior erro foi a adoção pela CIA de técnicas brutais de interrogatório e tortura, sob ordens diretas da Casa Branca no governo George W. Bush.

Um porta-voz da CIA rejeitou as alegações de que a agência se negou a compartilhar informações antes dos atentados e defendeu os métodos de interrogatório, dizendo que permitiram "salvar vidas e desarmar conspirações inúmeras vezes" nos EUA e no exterior.


segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Crescimento industrial da Índia é menor em dois anos

NOVA YORK - A produção industrial da Índia registrou em julho o menor crescimento em quase dois anos. Avançou apen 3,3% por causa na grande queda na produção de bens de capital.

É um sinal de que as empresas estão investindo menos em novos equipamentos, sintoma de desaceleração da terceira maior economia da Ásia.

Repressão já matou 2,6 mil sírios


NOVA YORK - Em seis meses de revolta popular, a ditadura da Síria matou pelo menos 2,6 mil pessoas, anunciaram aqui hoje de manhã as Naçoes Unidas, informa o jornal The New York Times.

O Conselho de Direitos Humanos da ONU nomeou três investigadores para examinar a violência política na Síria, inclusive o sociólogo brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro. Ele já exerceu essa função em Burúndi.

Bolsas caem por medo de calote da Grécia

NOVA YORK - Com a Grécia mais uma vez à beira do calote, as bolsas de valores caem no mundo inteiro. Aqui, a queda é limitada. No momento, o índice Dow Jones 0,7%.

No mês de outubro, a Grécia vai ficar sem direito para honrar suas dívidas. Já recebeu empréstimos de 110 bilhões de euros, cerca de R$ 250 bilhões, no ano passado, e precisa de mais dinheiro.

As bolsas começaram a cair desde que o mercado abriu na Ásia. A bolsa de Tóquio perdeu 2,31% e Hong Kong, 4,21%.

Na Europa, Paris caiu mais de 4% por medo de que um calote grego cause uma crise para os bancos franceses.

Ao meio-dia em Nova York, 13h em Brasília, todos os índices divulgados pela agência de notícias Dow Jones estavam em queda, menos serviços de petróleo e semicondutores.

Obama faz novo apelo por Lei do Emprego

NOVA YORK - De volta aos cruciantes problemas da economia dos Estados Unidos, depois das homenagens pelos 10 anos dos atentados de 11 de setembro de 2001, o presidente Barack Obama fez agora há pouco novo apelo à oposição republicana para que aprove seu novo projeto de Lei do Emprego.

A proposta inclui cortes de impostos e gastos públicos nos setores de educação e infraestrutura. O problema está no aumento de despesas, que a direita não aceita, entre outras razões porque o Partido Republicano retomou a maioria na Câmara prometendo equilibrar o orçamento, e os deputados devem se candidatar à reeleição em novembro de 2012.

Em discurso nos jardins da Casa Branca, Obama alegou que os 14 milhões de desempregados não podem esperar mais 14 meses, até a posse dos eleitos no próximo ano, por medidas governamentais para melhorar suas vidas.

Será mais uma batalha difícil num país radicalmente dividido desde a eleição de George Walker Bush, em 2000, antes portanto dos atentados de 11 setembro, que não podem ser responsabilizados pela atual crise da maior economia do mundo.


domingo, 11 de setembro de 2011

Guerra contra o terror entra para a História

NOVA YORK - Esta cidade traumatizada pelo atentado terrorista mais espetacular da História lembrou hoje as vítimas da tragédia de 11 de setembro de 2001. Seus nomes foram lidos um a um no marco zero, em cerimônia presidida pelo presidente Barack Obama.

Perto de 3 mil pessoas foram mortas: 2.753 em Nova York, 184 no Pentágono e 40 no avião que caiu em Shanksville, na Pensilvânia, quando passageiros enfrentar os sequestradores e tentaram retomar o controle  da situação. Obama esteve nos três lugares para prestar homenagens.

Dez anos depois, com a morte de Ossama ben Laden, a malfadada "guerra contra o terror" declarada naquele dia pelo então presidente George W. Bush perde cada vez mais seu significado e "dissolve-se na História", como afirma a revista The Economist.

É claro que os terroristas da rede Al Caeda continuam mais determinados do que nunca a atacar os EUA. Gostariam de vingar a morte do xeque. Se não conseguiram nos últimos dez anos, têm menos chance. Os Estados Unidos acreditam que a maior ameaça hoje seja um ataque com armas químicas ou biológicas, mas o esconderijo de Ben Laden revelou uma Caeda muito mais pobre e primitiva do que se imaginava

O 11 de Setembro não mudou o mundo. Pode ser um marco do início do século 21, mas não se compara à queda do Muro de Berlim, que acabou com a ordem mundial da Guerra.

Ao deflagrar a Grande Recessão, o colapso do banco Lehman Brothers, em 14 de setembro de 2008, foi muito mais importante. Acelerou o declínio das potências do Ocidente e a ascensão da Ásia.

 O século 21 não será o século do terrorismo. Será o Século da Ásia. Com o terrorismo de Estado de Hitler, Stalin e Mao, além dos grupos guerrilheiros que tornaram essa tática de guerra endêmica no Oriente Médio, na América Latina, na África, na Ásia e na Europa, o século 20 foi o século do terrorismo.

Desde 2001, a dúvida era se os atentados eram a última guerra do século 20 ou a primeira do século 21. Como a rede Al Caeda nasceu no Afeganistão em 1988, ainda sob a ocupação soviética, talvez tenha sido mesmo a última guerra do século passado.

Antes de tudo, a guerra contra o terrorismo foi um equívoco semântico. Em primeiro lugar, não se pode fazer guerra contra uma tática de guerra. Em segundo lugar, várias vezes os EUA cometeram atos terroristas ou apoiaram aliados que fizeram isso, por exemplo, nas ditaduras militares latino-americanas durante a Guerra Fria.

A operação para matar Ben Laden mostrou que o terror não estatal se combate com mais eficiência com inteligência e ações de comandos

sábado, 10 de setembro de 2011

"Só pode ter sido Ben Laden"

Eram cinco para as duas da tarde de terça-feira, 11 de setembro de 2001, em Londres, quando saí do metrô de Warren St. Trabalhava numa produtora de rádio e tinha de gravar um programa semanal às 14h. Liguei o rádio do meu walkman no Serviço Mundial da BBC para chegar na redação sabendo das últimas notícias.

Um avião havia se chocado contra uma das torres do World Trade Center, em Nova York. A informação inicial é de seria um avião pequeno. Afinal, grandes aviões não poderia entrar no espaço aéreo da cidade a baixa altitude.

Já estava na redação e as TVs já mostravam imagens ao vivo, às 14h04 pelo horário londrino, quando o segundo avião se chocou contra a Torre Sul. No primeiro momento, pensei que tinham conseguido a imagem do primeiro avião. Mas as duas torres estavam pegando fogo.

Naquele momento, a ficha caiu. Estávamos diante do atentado terrorista mais espetacular da História, com cobertura ao vivo e em cores. Imediatamente, Steve, um jornalista inglês do London Radio Service.  que tinha trabalhado no Oriente Médio, matou a charada: "Só pode ter sido Ben Laden".

O líder da rede terrorista Al Caeda era conhecido há pelo menos cinco anos do público britânico, desde que o laureado correspondente de Oriente Médio do Independent, Robert Fisk, o entrevistou.

A partir daí, a redação entrou em polvorosa. Com a queda das Torres Gêmeas, a sombra do terror pairou sobre Londres. Por causa do alinhamento automático do Reino Unido com os Estados Unidos, os londrinos temiam que a cidade fosse o próximo alvo.

Bateu o horror. A produtora decidiu cancelar a gravação. Foram todos trabalhar nos atentados.

O então primeiro-ministro britânico, Tony Blair, que seria um discurso num encontro de sindicatos, mudou o texto. Falando de improviso, deu total solidariedade aos Estados Unidos.

Eu tinha um lançamento de livro, um atlas da ONU sobre corais e biodiversidade, no Ministério do Exterior britânico, um possível alvo. Fui lá, comprei o livro e caí fora. Fui para casa, onde escrevi para o No.com um dos que considero melhores textos da miha carreira jornalística.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Egípcios atacam embaixada de Israel no Cairo

Em mais um sinal da deterioração das relações com Israel desde a revolução que acabou com a ditadura de Hosni Mubarak, uma multidão enfurecida atacou hoje a embaixada israelense no Egito. A polícia egípcia defendeu a representação diplomática. Cerca de 450 pessoas saíram feridas. O embaixador e outros diplomatas foram resgatados por um avião da Força Aérea de Israel.

Alemão sai por discordar de política do BCE

A renúncia do representante alemão Jürgen Stark do Conselho Diretor do Banco Central da Europa derruba as bolsas de valores no mundo inteiro. Mostra mais uma vez a incapacidade das autoridades europeias de chegar a um consenso para combater a crise das dívidas públicas dos países do continente, hoje a maior ameaça à recuperação da economia mundial depois da Grande Recessão (2008-9).

Stark era contra a política do BCE de comprar títulos da dívida pública dos países em risco, intervindo nos leilões para garantir seu sucesso.

Indústria da França avança 1,5%

Depois de uma queda de 1,5% em junho, a produção industrial da França cresceu 1,5% em julho, anunciou hoje o Insee (Instituto Nacional de Estatísticas e Estudos Econômicos.

Na comparação anual, o crescimento foi de 4,2%.

Em julho, a fabricação de máquinas, equipamentos eletroeletrônicos e de informática avançou 3,7%. O setor de transportes cresceu 2,6% e os outros setores, 0,8%.

Produção industrial da China cresce um pouco menos

A produção industrial da China cresceu 13,5% em agosto na comparação anual, um pouco menos do que os 14% de agosto, informou hoje o Escritório Nacional de Estatísticas do país.

PIB do Japão caiu mais do que estimado

Sob o impacto do terremoto e do maremoto de 11 de março de 2001, a economia do Japão encolheu 0,5% no segundo trimestre do ano, mais do que 0,3% da estimativa inicial. A taxa anualizada indicou baixa de 2,1%.

"A recuperação pode ser sido travada pela desaceleração da economia mundial e o fraco consumo doméstico", observou Instituto de Pesquisas Daiichi Life.

Interpol ordena prisão de Kadafi e filho

A pedido do Tribunal Penal Internacional, a Interpol (polícia internacional) emitiu hoje ordens de prisão contra o ex-ditador da Líbia, Muamar Kadafi, seu filho Seif al-Islam Kadafi e o cunhado Abdullah Senussi.

"O pedido do procurador de um alerta vermelho vai restringir significativamente a possibilidade destes três homens de cruzar a fronteira. Será importante para localizá-los e capturá-los", declarou um comunicado da Interpol.

Inflação tem leve queda na China


O índice de crescimento de preços ao consumidor na China registrou uma pequena queda, de 6,5% em julho para 6,2% em agosto, informou hoje o escritório oficial de estatísticas do país. A meta é uma inflação de 4%.

A alta foi puxada pelos preços dos alimentos, que avançaram em agosto num ritmo de 13,4% ao ano, menos do que os 14,8% de julho.

Já o índice de preços no atacado caiu de 7,5% para 7,3% ao ano.

Nos oito primeiros meses de 2011, os investimento de longo prazo em ativos fixos da segunda maior economia do mundo cresceram impressionantes 25% para US$ 2,83 trilhões.