Com dois anos e meio de atraso, o presidente Barack Obama está lançando neste momento, em discurso no Congresso, um plano para gerar empregos de US$ 450 bilhões. É uma medida tardia e eleitoreira.
Obama deveria ter feito do emprego a prioridade máxima de seu governo desde o primeiro dia. Subestimou o impacto da crise e dedicou seu primeiro ano à reforma da saúde que a oposição republicana luta para revogar.
Quando o programa de estímulo de US$ 787 bilhões foi aprovado, em fevereiro de 2009, Obama prometeu mantar o desemprego abaixo de 8%. Hoje, está em 9,1%. Nenhum presidente se reelegeu com desemprego acima de 7,2% no dia da eleição.
Agora, Obama lança o projeto da Lei de Empregos, prometendo reduzir os impostos que incidem sobre salários, contratações e demissões, reempregar professores, policiais e veteranos de guerra.
É difícil que os republicanos aceitem qualquer aumento de gastos públicos por causa do endividamento elevado do país. A um ano e dois meses das eleições, Obama quer marcar posição e se diferenciar da oposição.
Sob aplauso da bancada democrata, o presidente acaba de propor uma série de obras de infraestrutura para movimentar o setor da construção civil, reconstruir escolas, pontes e estradas.
Os critérios para execução das obras seriam a necessidade local e o impacto global sobre a economia.
Ao defender sua proposta, Obama garante que não implica aumento do déficit público. Ele também quer que os ricos e as grandes empresas paguem mais impostos, mas a direita resiste.
"Vamos manter furos na lei que as companhias de petróleo usam para pagar menos impostos, ou acabar com eles e dar isenções para pequenas empresas que criem empregos?", perguntou o presidente. "No momento, não podemos fazer as duas coisas."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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