quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Europa se divide sobre ajuda à Grécia

Pelo menos sete países da Zona do Euro, inclusive a Alemanha e a Holanda, querem que o setor privado arque com parte dos custos do resgate à Grécia, enquanto a França e o Banco Central da Europa lideram a resistência a qualquer tipo de calote, informa o jornal Financial Times.

 A França está preocupada com a saúde financeira dos seus bancos, que reagiram nos últimos dias, com a expectativa de aumento do Fundo Europeu de Estabilização Financeira, que hoje tem dotação de 440 bilhões de euros. Alguns economistas estimam que precise de 2 trilhões de euros.

Com as medidas aprovadas ontem pelo Parlamento, em Atenas, a Grécia deve receber mais uma parcela do plano acertado em maio de 2010 com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional, num total de 110 bilhões de euros.

Essa quantia não foi suficiente. A Grécia já negocia novo empréstimo de emergência. Neste momento, pela inviabilidade política de fazer suas populações sustentarem um fundo trilionário, a Alemanha e a Holanda já aceitam um calote grego como inevitável.

É melhor então negociar uma moratória ordenada, forçando bancos, outras empresas financeiras e investidores a arcar com seus prejuízos, para que a Eurozona consiga superar a crise das dívidas públicas, hoje a maior ameaça à economia mundial.

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