O presidente Donald Trump nomeou agora à noite o juiz conservador Neil Gorsuch para a vaga na Suprema Corte dos Estados Unidos aberta com a morte, no ano passado, do ministro Antonin Scalia, um dos expoentes do tribunal.
Gorsuch, de 49 anos, estudou nas famosas universidades de Harvard, nos EUA, e de Oxford, na Inglaterra. Seu nome de ser aprovado pelo Senado, onde a maioria do Partido Republicano se negou a examinar o juiz indicado pelo presidente Barack Obama, Meredith Garland.
Ele é defensor do chamado constitucionalismo estrito, a interpretação literal da Constituição, contra interpretações modernas e criativas e contra a prerrogativa do juiz ficar legislando em vez de se limitar à aplicação estrita da lei.
Com a nomeação de Gorsuch, Trump desloca o equilíbrio do supremo tribunal de nove juízes para os conservadores, embora o juiz Anthony Kennedy, normalmente conservador, às vezes vote com os liberais.
O ministro nomeado é adversário ferrenho do aborto. Em junho de 2014, decidiu a favor de uma empresa que por motivos religiosos não queria pagar pílulas anticoncepcionais para suas empregadas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
terça-feira, 31 de janeiro de 2017
Trump demite ministra interina da Justiça
O presidente Donald Trump demitiu ontem à noite a ministra interina da Justiça dos Estados Unidos, Sally Yates, uma remanescente do governo Barack Obama, enquanto o ministro nomeado, o senador Jeff Sessions, aguarda a aprovação do Senado.
Sally Yates orientou os promotores e procuradores do Departamento da Justiça a não aplicar o decreto de Trump vetando a entrada no país por 90 dias de cidadãos de sete países de maioria muçulmana e de refugiados por 120 dias, sob a alegação de violar a lei.
A Casa Branca a acusou de rejeitar uma medida destinada a proteger cidadãos americanos de atos de terrorismo.
Durante sua audiência de confirmação no Senado como subprocuradora-geral do governo Obama, o ministro nomeado por Trump perguntou se ela descumpriria uma ordem do presidente caso fosse contra a lei. Ela declarou que não aceitaria.
Mais de 900 estrangeiros foram barrados em aeroportos americanos desde sexta-feira pormcausa do decreto de Trump. Por decisão da Justiça, eles não podem ser deportados sumariamente. Há protestos em várias cidades nos EUA e da Europa contra a medida, inclusive dentro do Partido Republicano e do próprio governo Trump.
Sally Yates orientou os promotores e procuradores do Departamento da Justiça a não aplicar o decreto de Trump vetando a entrada no país por 90 dias de cidadãos de sete países de maioria muçulmana e de refugiados por 120 dias, sob a alegação de violar a lei.
A Casa Branca a acusou de rejeitar uma medida destinada a proteger cidadãos americanos de atos de terrorismo.
Durante sua audiência de confirmação no Senado como subprocuradora-geral do governo Obama, o ministro nomeado por Trump perguntou se ela descumpriria uma ordem do presidente caso fosse contra a lei. Ela declarou que não aceitaria.
Mais de 900 estrangeiros foram barrados em aeroportos americanos desde sexta-feira pormcausa do decreto de Trump. Por decisão da Justiça, eles não podem ser deportados sumariamente. Há protestos em várias cidades nos EUA e da Europa contra a medida, inclusive dentro do Partido Republicano e do próprio governo Trump.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2017
Morre primeiro soldado dos EUA no governo Trump
Durante uma operação antiterrorista contra uma base da rede Al Caeda na Península Arábica, no Iêmen, um soldado americano e 14 milicianos morreram. A ação de comandos visava obter informações e foi aprovada diretamente pelo presidente Donald Trump. É o primeiro militar dos EUA morto em combate em seu governo.
Vários helicópteros de combate Apache participaram do ataque. Outros três soldados americanos saíram feridos. Entre os mortos, três eram líderes da rede terrorista, informou a televisão pública britânica BBC. Outras fontes locais falaram em 41 milicianos e 16 civis mortos.
O presidente Barack Obama ordenou seguidos ataques com drones contra bases d'al Caeda no Iêmen, mas sempre evitou colocar soldados americanos diretamente em ação. Trump deixa logo claro que com ele será diferente.
Mais de cem pessoas morreram nas últimas 24 horas na guerra civil do Iêmen, em violentos combates entre os rebeldes hutis, xiitas zaiditas apoiados pelo Irã e pelo ex-ditador Ali Abdullah Saleh e o presidente deposto, Abed Rabbo Mansur Hadi, apoiado pela Arábia Saudita e as monarquias petroleiras sunitas do Golfo Pérsico.
Vários helicópteros de combate Apache participaram do ataque. Outros três soldados americanos saíram feridos. Entre os mortos, três eram líderes da rede terrorista, informou a televisão pública britânica BBC. Outras fontes locais falaram em 41 milicianos e 16 civis mortos.
O presidente Barack Obama ordenou seguidos ataques com drones contra bases d'al Caeda no Iêmen, mas sempre evitou colocar soldados americanos diretamente em ação. Trump deixa logo claro que com ele será diferente.
Mais de cem pessoas morreram nas últimas 24 horas na guerra civil do Iêmen, em violentos combates entre os rebeldes hutis, xiitas zaiditas apoiados pelo Irã e pelo ex-ditador Ali Abdullah Saleh e o presidente deposto, Abed Rabbo Mansur Hadi, apoiado pela Arábia Saudita e as monarquias petroleiras sunitas do Golfo Pérsico.
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Juíza suspende decreto antimuçulmanos de Trump
Uma juíza federal de Nova York impediu por medida liminar no sábado à noite a expulsão de cidadãos de sete países de maioria muçulmana que chegaram aos Estados Unidos ou estejam em trânsito e tenham vistos válidos para entrar no país. Na prática, suspendeu parte dos efeitos de um decreto do presidente Donald Trump contra muçulmanos.
Em 27 de janeiro, Trump baixou decreto proibindo a entrada nos EUA por 90 dias de cidadãos do Irã, do Iraque, do Iêmen, da Síria, da Líbia, da Somália e do Sudão, de qualquer refugiado por 120 dias e de refugiados sírios indefinidamente. Logo os estrangeiros começaram a ser barrados nos aeroportos americanos e nos voos internacionais para os EUA.
Houve casos absurdos como o de um iraquiano que trabalhou como tradutor para o Exército dos EUA durante a ocupação do Iraque. Ele foi um dos que recorreram à Justiça.
"Os reclamantes têm forte probabilidade de sucesso em estabelecer que sua remoção viola o devido processo e a proteção igual perante a lei garantidas pela Constituição dos EUA", escreveu na sentença a juíza Ann Donnelly, de um tribunal federal com sede no bairro do Brooklyn.
A magistrada acrescentou: "Há um perigo iminente de que, na ausência da suspensão da remoção, haja danos substanciais e irreparáveis a refugiados, portadores de visas e outros indivíduos das nações submetidas ao decreto de 27 de janeiro."
O Irã já retaliou, vetando a entrada de cidadãos americanos. Também dificulta a saída de quem tem dupla cidadania iraniano-americana.
Em 27 de janeiro, Trump baixou decreto proibindo a entrada nos EUA por 90 dias de cidadãos do Irã, do Iraque, do Iêmen, da Síria, da Líbia, da Somália e do Sudão, de qualquer refugiado por 120 dias e de refugiados sírios indefinidamente. Logo os estrangeiros começaram a ser barrados nos aeroportos americanos e nos voos internacionais para os EUA.
Houve casos absurdos como o de um iraquiano que trabalhou como tradutor para o Exército dos EUA durante a ocupação do Iraque. Ele foi um dos que recorreram à Justiça.
"Os reclamantes têm forte probabilidade de sucesso em estabelecer que sua remoção viola o devido processo e a proteção igual perante a lei garantidas pela Constituição dos EUA", escreveu na sentença a juíza Ann Donnelly, de um tribunal federal com sede no bairro do Brooklyn.
A magistrada acrescentou: "Há um perigo iminente de que, na ausência da suspensão da remoção, haja danos substanciais e irreparáveis a refugiados, portadores de visas e outros indivíduos das nações submetidas ao decreto de 27 de janeiro."
O Irã já retaliou, vetando a entrada de cidadãos americanos. Também dificulta a saída de quem tem dupla cidadania iraniano-americana.
sexta-feira, 27 de janeiro de 2017
Presidente do México cancela visita aos EUA
Com a decisão do presidente Donald Trump de iniciar imediatamente a construção de um muro na fronteira entre os dois países, o presidente do México, Enrique Peña Nieto, cancelou uma viagem que faria a Washington na próxima terça-feira.
Desde que tomou posse, no dia 20 de janeiro, Trump tenta deixar clara sua determinação de cumprir as promessas da campanha. Ele retirou os EUA da Parceria Transpacífica, praticamente entreando a região à China, proibiu a entrada de nacionais de sete países muçulmanos e reduziu o financiamento americano a várias organizações internacionais, inclusive as Nações Unidas.
O muro é uma promessa para tentar barrar a imigração ilegal, sobretudo de mexicanos. Desde a campanha, Trump garante que o México vai pagar.
Ontem, o porta-voz da Casa Branca disse que uma sobretaxa de 20% no imposto de importação vai financiar a obra, de custo estimado entre 12 e 15 bilhões de dólares pelo líder do Partido Republicano, Mitch McConnell.
Peña Nieto iria a Washington iniciar conversas sobre a renegociação do Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) exigida por Trump. Depois dessas declarações de guerra e de acusar os mexicanos de serem estupradores, traficantes e assassinos na campanha, será um diálogo difícil.
Diante da hostilidade aberta de Trump, o México pode tentar reforçar os laços com a América Latina, mas 75% de seu comércio exterior são com os EUA.
sexta-feira, 20 de janeiro de 2017
El Chapo é apresentado à Justiça dos EUA
O traficante mexicado Joaquín El Chapo Guzmán, chefão do Cartel de Sinaloa, extraditado ontem de maneira surpreendente pelo governo do México, foi apresentado hoje à Justiça de Nova York, onde vai responder por tráfico internacional de drogas, formação de quadrilha e varios homicídios.
Guzmán escapou de extradição numa prisão anterior, mas uma fuga espetacular em 2015 por um túnel sofisticado longamente construído desmoralizou o governo mexicano.
Guzmán escapou de extradição numa prisão anterior, mas uma fuga espetacular em 2015 por um túnel sofisticado longamente construído desmoralizou o governo mexicano.
quinta-feira, 19 de janeiro de 2017
Nigéria e Senegal invadem Gâmbia para depor ditador
Em nome da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental e da União Africana, com mandato do Conselho de Segurança das Nações Unidas, os exércitos da Nigéria e do Senegal invadiram hoje a Gâmbia para depor o ditador Yahya Jammeh e dar posse ao presidento eleito, o empresário Adama Barrow.
O novo presidente tomou posse na embaixada da Gâmbia em Dacar, a capital senegalesa, noticiou a agência Reuters.
Yammeh chegou a reconhecer a derrota na eleição presidencial de 1º de dezembro de 2016. Depois, voltou atrás. Em 18 de janeiro de 2017, o Parlamento prorrogou o mandato de Jammeh. Ele estava no poder desde um golpe de Estado em 1994.
O novo presidente tomou posse na embaixada da Gâmbia em Dacar, a capital senegalesa, noticiou a agência Reuters.
Yammeh chegou a reconhecer a derrota na eleição presidencial de 1º de dezembro de 2016. Depois, voltou atrás. Em 18 de janeiro de 2017, o Parlamento prorrogou o mandato de Jammeh. Ele estava no poder desde um golpe de Estado em 1994.
quarta-feira, 18 de janeiro de 2017
Justiça da Coreia do Sul nega prisão de herdeiro da Samsung
Um tribunal distrital do centro de Seul rejeitou hoje um pedido do Ministério Público da Coreia do Sul, para prender Lee Jae Yong, herdeiro e principal executivo da empresa de eletroeletrônicos Samsung, acusado de pagar propina, mentir sob juramento e apropriação indébita.
Em sua decisão, o juiz disse ter dificuldade em "ver a razão, a necessidade e a adequação de uma prisão nesta etapa". Assim, Lee vai continuar solto durante a investigação.
A Samsung é acusada de pagar 43 bilhões de wons, a moeda sul-coreana, cerca de US$ 36 milhões, dentro do escândalo de corrupção que levou ao pedido de impeachment da presidente Park Geun Hye. Sua amiga e confidente usou a intimidade com a presidente para extorquir dinheiro das grandes empresas sul-coreanas.
Depois da aprovação do impeachment na Assembleia Nacional, no mês passado, o Supremo Tribunal da Coreia do Sul tem seis meses para confirmar ou não o afastamento da presidente.
Em sua decisão, o juiz disse ter dificuldade em "ver a razão, a necessidade e a adequação de uma prisão nesta etapa". Assim, Lee vai continuar solto durante a investigação.
A Samsung é acusada de pagar 43 bilhões de wons, a moeda sul-coreana, cerca de US$ 36 milhões, dentro do escândalo de corrupção que levou ao pedido de impeachment da presidente Park Geun Hye. Sua amiga e confidente usou a intimidade com a presidente para extorquir dinheiro das grandes empresas sul-coreanas.
Depois da aprovação do impeachment na Assembleia Nacional, no mês passado, o Supremo Tribunal da Coreia do Sul tem seis meses para confirmar ou não o afastamento da presidente.
Parlamento prorroga mandato do presidente da Gâmbia
Em mais um agravante para a crise política no país, que está sob ameaça de intervenção militar dos países da Comunidade Econômica da África Ocidental (ECOWAS), o Parlamento da Gâmbia decretou estado de emergência e aprovou hoje a prorrogação por 90 dias do mandato do presidente Yahya Jammeh, que terminaria amanhã.
As forças de segurança foram orientadas a "manter a paz, a ordem e a segurança totalmente".
Depois de reconhecer a derrota para o empresário Adama Barrow na eleição presidencial de 1º de dezembro de 2016, Jammeh voltou atrás e se nega a deixar o poder, que ocupa desde um golpe militar em 1994.
Até agora, todas as tentativas de mediação fracassaram. A ECOWAS, o bloco regional liderado pela Nigéria. pode intervir na Gâmbia a pedido da União Africana com mandato do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Barrow fugiu para o Senegal, onde declarou que pode voltar a qualquer momento para tomar posse.
As forças de segurança foram orientadas a "manter a paz, a ordem e a segurança totalmente".
Depois de reconhecer a derrota para o empresário Adama Barrow na eleição presidencial de 1º de dezembro de 2016, Jammeh voltou atrás e se nega a deixar o poder, que ocupa desde um golpe militar em 1994.
Até agora, todas as tentativas de mediação fracassaram. A ECOWAS, o bloco regional liderado pela Nigéria. pode intervir na Gâmbia a pedido da União Africana com mandato do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Barrow fugiu para o Senegal, onde declarou que pode voltar a qualquer momento para tomar posse.
terça-feira, 17 de janeiro de 2017
Divórcio Reino Unido-UE será submetido ao Parlamento Britânico
A primeira-ministra conservadora Theresa May anunciou hoje em discurso a diplomatas estrangeiros na sede do Ministério do Exterior, o rompimento total dos laços entre o Reino Unido e a União Europeia. Ela propôs um acordo de livre comércio com o bloco europeu e prometeu submeter o acordo final ao Parlamento Britânico.
A libra esterlina subiu 2%, depois de cair abaixo de US$ 1,20 nos últimos dias com a expectativa de uma saída dura em que o RU deixe o mercado único europeu, com o qual tem hoje a maior parte de seu comércio exterior.
O mercado aposta assim numa possível reversão do resultado plebiscito de 23 de junho de 2016, quando 52% dos votantes optaram pela saída do Reino Unido da UE.
Para evitar a fragmentação do bloco, os líderes da UE pretendem jogar duro. Se quiser ficar na UE, o RU terá de aceitar a livre circulação de pessoas dos países-membros. Como o controle da imigração foi tema central da campanha vitoriosa no referendo, isso é praticamente impossível.
Sob o argumento de que o centro financeiro de Londres seria abalado, o ministro das Finanças, Philip Hammond, defendeu a permanência no mercado comum. Foi voto vencido. A primeira-ministra rejeitou uma associação parcial em que o país fique "meio dentro, meio fora" do projeto de integração da Europa.
A dívida a ser cobrada do Reino Unido pode chegar de 40 a 60 bilhões de euros. Será um processo longo e doloroso. Na minha opinião, tende a acentuar o declínio e até dividir o país se a Escócia convocar novo plebiscito sobre a independência.
O processo de divórcio deve durar pelo menos dois anos a partir do momento em que a primeira-ministra recorrer ao artigo 50 do Tratado de Lisboa, um dos tratados constitutivos da UE. May deve fazer isso no fim de março.
A libra esterlina subiu 2%, depois de cair abaixo de US$ 1,20 nos últimos dias com a expectativa de uma saída dura em que o RU deixe o mercado único europeu, com o qual tem hoje a maior parte de seu comércio exterior.
O mercado aposta assim numa possível reversão do resultado plebiscito de 23 de junho de 2016, quando 52% dos votantes optaram pela saída do Reino Unido da UE.
Para evitar a fragmentação do bloco, os líderes da UE pretendem jogar duro. Se quiser ficar na UE, o RU terá de aceitar a livre circulação de pessoas dos países-membros. Como o controle da imigração foi tema central da campanha vitoriosa no referendo, isso é praticamente impossível.
Sob o argumento de que o centro financeiro de Londres seria abalado, o ministro das Finanças, Philip Hammond, defendeu a permanência no mercado comum. Foi voto vencido. A primeira-ministra rejeitou uma associação parcial em que o país fique "meio dentro, meio fora" do projeto de integração da Europa.
A dívida a ser cobrada do Reino Unido pode chegar de 40 a 60 bilhões de euros. Será um processo longo e doloroso. Na minha opinião, tende a acentuar o declínio e até dividir o país se a Escócia convocar novo plebiscito sobre a independência.
O processo de divórcio deve durar pelo menos dois anos a partir do momento em que a primeira-ministra recorrer ao artigo 50 do Tratado de Lisboa, um dos tratados constitutivos da UE. May deve fazer isso no fim de março.
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segunda-feira, 16 de janeiro de 2017
Libra cai abaixo de US$ 1,20 com expectativa de ruptura Reino Unido-UE
A moeda britânica caiu abaixo de US$ 1,20 hoje diante da expectativa de que a primeira-ministra Theresa May anuncie nesta terça-feira uma ruptura total com a União Europeia e a saída do Reino Unido do mercado único europeu. Depois, subiu um pouco, para US$ 1,2055, mas ainda está no menor nível desde 1985.
Como o controle total da imigração foi um dos temas centrais da campanha pela saída da UE e o mercado único impõe a livre circulação de mercadorias, capital e pessoas, May não tem alternativa e já afirmou que a decisão do plebiscito de 23 de junho de 2016 será mantida.
No pronunciamento de hoje para diplomatas e embaixadores estrangeiros na Lancaster House, sede do Ministério do Exterior, May vai declarar que vai negociar um acordo que não deixe o país "meio dentro, meio fora". Ao mesmo tempo, em tom conciliatória, vai defender a necessidade de "uma parceria positiva e construtiva entre o Reino Unido e a UE."
"Queremos uma parceria entre um Reino Unido global, independente e que se autogoverne e nossos amigos e aliados da UE", diz um trecho do discurso divulgado pelo gabinete da primeira-ministra. "Mas não será com uma associação parcial, como membro associado ou qualquer coisa que nos deixe meio dentro e meio fora."
Como o controle total da imigração foi um dos temas centrais da campanha pela saída da UE e o mercado único impõe a livre circulação de mercadorias, capital e pessoas, May não tem alternativa e já afirmou que a decisão do plebiscito de 23 de junho de 2016 será mantida.
No pronunciamento de hoje para diplomatas e embaixadores estrangeiros na Lancaster House, sede do Ministério do Exterior, May vai declarar que vai negociar um acordo que não deixe o país "meio dentro, meio fora". Ao mesmo tempo, em tom conciliatória, vai defender a necessidade de "uma parceria positiva e construtiva entre o Reino Unido e a UE."
"Queremos uma parceria entre um Reino Unido global, independente e que se autogoverne e nossos amigos e aliados da UE", diz um trecho do discurso divulgado pelo gabinete da primeira-ministra. "Mas não será com uma associação parcial, como membro associado ou qualquer coisa que nos deixe meio dentro e meio fora."
Trump ataca OTAN e UE em entrevistas a jornais europeus
Em mais um sinal de ruptura com a política externa dos Estados Unidos e a ordem internacional liberal do pós-guerra, o presidente eleito, Donald Trump, declarou em entrevista publicadas domingo na Europa que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) é obsoleta e que a União Europeia é um instrumento da Alemanha.
A chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel, repudiou as alegações e seu ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, advertiu Trump para os riscos do protecionismo e de ser condescendente com a agressividade da Rússia de Vladimir Putin.
A chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel, repudiou as alegações e seu ministro das Finanças, Wolfgang Schäuble, advertiu Trump para os riscos do protecionismo e de ser condescendente com a agressividade da Rússia de Vladimir Putin.
MP da Coreia do Sul pede prisão de herdeiro da Samsung
Como parte do escândalo de corrupção que gerou um processo de impeachment contra a presidente Park Geun Hye, o Ministério Público da Coreia do Sul pediu hoje a prisão do herdeiro e presidente na prática da Samsung, Lee Jae Yong.
Os procuradores especiais encarregados do caso investigam se a Samsung, hoje a maior fibricante de produtos eletroeletrônicos do mundo, pagou propina para obter o apoio do governo para a fusão de duas subsidiárias, em 2015.
Lee Jae Yong é acusado de pagar propina, apropriação indébita e de mentir sob juramento. O pedido de prisão será examinado pela Justiça sul-coreana na quarta-feira. Deve ser seguido de uma denúncia com acusações formais.
Ao admitir que a prisão terá impacto sobre a economia do país, um porta-voz do procurador especial argumentou que "é mais importante obter justiça". A Samsung é responsável por cerca de um terço do valor das ações negociadas na Bolsa de Valores de Seul.
Em sua defesa, a empresa negou "ter feito contribuições para receber favores" e rejeitou "o argumento do procurador especial de que a Samsung fez pedidos indevidos relacionados à fusão de subsidiárias da Samsung."
No mês passado, a Assembleia Nacional da Coreia do Sul aprovou o impeachment da presidente por causa de sua amiga e confidente Choi Soon Sil, acusada de usar a intimidade com Park Geun Hye para tomar dinheiro de grandes empresas sul-coreanas para projetos pessoais. O Supremo Tribunal tem seis meses para confirmar ou não o afastamento da presidente.
A Samsung é suspeita de ter pago suborno no valor de 43 bilhões de wons sul-coreanos, cerca de US$ 36 milhões ou R$ 116 milhões.
"Acreditamos que a propina esteja ligada à presidente", declarou o porta-voz do procurador especial, afirmando ter provas de que Park e a amiga de beneficiaram do dinheiro.
Para a Samsung, maior fabricante mundial de telefones celulares, é mais um golpe. No momento, a empresa tenta se recuperar do abalo sofrido com a retirada de circulação do Note 7, proibido de entrar nos aviões de várias companhias aéreas depois de explosões de bateria capazes de provocar incêndios.
Além de ser o principal executivo e fazer o microgerenciamento da empresa, Lee é o grande estrategista e a imagem pública da companhia. Sua eventual condenação criaria um problema sucessório.
O MP sul-coreano denunciou hoje o presidente do Serviço Nacional de Pensões, Moon Hyung Pyo, acusado de abuso de autoridade e de mentir sob juramento por supostamente ter ordenado que o terceiro maior fundo de pensão do mundo, de US$ 430 bilhões (R$ 1,116 trilhão), aprovasse a fusão. O SNP tem uma participação de 11% na Samsung C&T Corporation e não comentou a denúncia.
Os procuradores especiais encarregados do caso investigam se a Samsung, hoje a maior fibricante de produtos eletroeletrônicos do mundo, pagou propina para obter o apoio do governo para a fusão de duas subsidiárias, em 2015.
Lee Jae Yong é acusado de pagar propina, apropriação indébita e de mentir sob juramento. O pedido de prisão será examinado pela Justiça sul-coreana na quarta-feira. Deve ser seguido de uma denúncia com acusações formais.
Ao admitir que a prisão terá impacto sobre a economia do país, um porta-voz do procurador especial argumentou que "é mais importante obter justiça". A Samsung é responsável por cerca de um terço do valor das ações negociadas na Bolsa de Valores de Seul.
Em sua defesa, a empresa negou "ter feito contribuições para receber favores" e rejeitou "o argumento do procurador especial de que a Samsung fez pedidos indevidos relacionados à fusão de subsidiárias da Samsung."
No mês passado, a Assembleia Nacional da Coreia do Sul aprovou o impeachment da presidente por causa de sua amiga e confidente Choi Soon Sil, acusada de usar a intimidade com Park Geun Hye para tomar dinheiro de grandes empresas sul-coreanas para projetos pessoais. O Supremo Tribunal tem seis meses para confirmar ou não o afastamento da presidente.
A Samsung é suspeita de ter pago suborno no valor de 43 bilhões de wons sul-coreanos, cerca de US$ 36 milhões ou R$ 116 milhões.
"Acreditamos que a propina esteja ligada à presidente", declarou o porta-voz do procurador especial, afirmando ter provas de que Park e a amiga de beneficiaram do dinheiro.
Para a Samsung, maior fabricante mundial de telefones celulares, é mais um golpe. No momento, a empresa tenta se recuperar do abalo sofrido com a retirada de circulação do Note 7, proibido de entrar nos aviões de várias companhias aéreas depois de explosões de bateria capazes de provocar incêndios.
Além de ser o principal executivo e fazer o microgerenciamento da empresa, Lee é o grande estrategista e a imagem pública da companhia. Sua eventual condenação criaria um problema sucessório.
O MP sul-coreano denunciou hoje o presidente do Serviço Nacional de Pensões, Moon Hyung Pyo, acusado de abuso de autoridade e de mentir sob juramento por supostamente ter ordenado que o terceiro maior fundo de pensão do mundo, de US$ 430 bilhões (R$ 1,116 trilhão), aprovasse a fusão. O SNP tem uma participação de 11% na Samsung C&T Corporation e não comentou a denúncia.
domingo, 15 de janeiro de 2017
Presidente eleito da Gâmbia foge para o Senegal
O empresário Adama Barrow, eleito presidente da Gâmbia, fugiu para o vizinho Senegal, no Leste da África, noticiou hoje a agência Reuters. Depois de reconhecer a derrota, o atual presidente, Yahya Jammeh, voltou atrás e se nega a deixar o poder, que ocupa desde um golpe militar em 22 de julho de 1994.
Ao virar a mesa, o ditador jogou o país numa crise, diminuindo a expectativa de democratização numa região marcada pelo autoritarismo.
Barrow tem o apoio do Ocidente e da União Africana. Ele deveria tomar posse em 19 de janeiro de 2017. Jammeh recorreu ao Supremo Tribunal alegando fraude eleitoral.
Uma missão de mediadores da África Ocidental liderada pelos presidentes da Nigéria, Muhammadu Buhari, e da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, não conseguiu negociar uma solução. O diálogo dentro da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Ecowas, do inglês) também fracassou.
Se o ditador se negar a deixar o cargo, o grupo deve pedir autorização formal à União Africana e às Nações Unidas para intervir militarmente na Gâmbia, revelou na semana passada o enviado especial da onu para a África Ocidental e o Sahel,.
Ao virar a mesa, o ditador jogou o país numa crise, diminuindo a expectativa de democratização numa região marcada pelo autoritarismo.
Barrow tem o apoio do Ocidente e da União Africana. Ele deveria tomar posse em 19 de janeiro de 2017. Jammeh recorreu ao Supremo Tribunal alegando fraude eleitoral.
Uma missão de mediadores da África Ocidental liderada pelos presidentes da Nigéria, Muhammadu Buhari, e da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, não conseguiu negociar uma solução. O diálogo dentro da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Ecowas, do inglês) também fracassou.
Se o ditador se negar a deixar o cargo, o grupo deve pedir autorização formal à União Africana e às Nações Unidas para intervir militarmente na Gâmbia, revelou na semana passada o enviado especial da onu para a África Ocidental e o Sahel,.
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sábado, 14 de janeiro de 2017
Forças especiais do Iraque avançam na Universidade de Mossul
Comandos de operações especiais das forças de segurança do Iraque expulsaram hoje os milicianos do Estado Islâmico do Iraque e do Levante da maior parte do campus da Universidade de Mossul, noticiou a agência Reuters.
Com a cobertura de bombardeios aéreos da coalizão de 65 países liderada pelos Estados Unidos, unidades especiais da polícia e da 9ª Divisão Blindada do Exército do Iraque avançaram pela margem sudeste do Rio Tigre, tomando a região de Yarimja.
O diretor do Serviço Antiterrorismo declarou que as forças governamentais vão logo assumir o controle de toda a margem oriental do rio.
Também hoje, a polícia reassumiu o controle da rodovia Mossul-Kirkuk. Pelo menos 30 civis teriam sido mortos numa tentativa da coalizão aérea liderada por Washington de matar um líder do Estado Islâmico.
Desde o inicio da ofensiva para retomar Mossul, o Exército do Iraque e milícias aliadas enfrentam feroz resistência dos terroristas, que conquistaram a segunda maior cidade iraquiana em 10 de junho de 2014.
Com a cobertura de bombardeios aéreos da coalizão de 65 países liderada pelos Estados Unidos, unidades especiais da polícia e da 9ª Divisão Blindada do Exército do Iraque avançaram pela margem sudeste do Rio Tigre, tomando a região de Yarimja.
O diretor do Serviço Antiterrorismo declarou que as forças governamentais vão logo assumir o controle de toda a margem oriental do rio.
Também hoje, a polícia reassumiu o controle da rodovia Mossul-Kirkuk. Pelo menos 30 civis teriam sido mortos numa tentativa da coalizão aérea liderada por Washington de matar um líder do Estado Islâmico.
Desde o inicio da ofensiva para retomar Mossul, o Exército do Iraque e milícias aliadas enfrentam feroz resistência dos terroristas, que conquistaram a segunda maior cidade iraquiana em 10 de junho de 2014.
Canceroso desafia republicano e elogia plano de saúde de Obama
Durante um debate público no formato de assembleia de cidadãos organizado pela TV americana CNN, um sobrevivente de câncer enfrentou quinta-feira à noite o presidente da Câmara dos Representantes, o deputado ultradireitista Paul Ryan, e elogiou o presidente Barack Obama, afirmando que o programa de cobertura universal de saúde do atual governo salvou sua vida.
O Partido Republicano fez oposição sistemática nos oito anos de governo Obama. Seu programa de saúde foi aprovado nos primeiros anos de governo, quando o Partido Democrata tinha maioria nas duas casas do Congresso. Desde então, os republicanos tentam revogá-lo sem apresentar uma proposta alternativa.
Pelo menos 20 milhões de americanos passaram a ter seguro-saúde com base no programa de saúde que Ryan chamou de "fracassado", informou o boletim de notícias PoliticusUSA. Sem maioria suficiente no Senado para revogar a lei, os republicanos pretendem esvaziar o financiamento do programa.
Jeff Jeans declarou que foi republicano a vida inteira, participou das campanhas presidenciais de Ronald Reagan e George H. W. Bush, o pai, e era contra o programa de saúde de Obama. Aos 49 anos, foi diagnosticado com câncer. Os médicos lhe deram seis semanas de vida.
"Graças à Lei de Cobertura de Saúde Acessível, eu estou vivo hoje aqui", disse Jeans. "Precisei da Lei de Cobertura de Saúde Acessível para comprar meu próprio seguro-saúde. Como vocês pretendem acabar com a lei sem encontrar uma substituição?"
Visivalmente constrangido, o presidente da Câmara, principal líder do Partido Republicano depois do presidente eleito, Donald Trump, respondeu: "Não vamos fazer isso. Queremos substituí-la por algo melhor. Em primeiro lugar, estou feliz porque você está aqui de pé.
Jeans fez questão de voltar ao microfone para elogiar o programa de cobertura universal de saúde de Obama: "Eu queria agradecer ao presidente Obama do fundo do coração porque eu estaria morto se não fosse ele."
O Partido Republicano fez oposição sistemática nos oito anos de governo Obama. Seu programa de saúde foi aprovado nos primeiros anos de governo, quando o Partido Democrata tinha maioria nas duas casas do Congresso. Desde então, os republicanos tentam revogá-lo sem apresentar uma proposta alternativa.
Pelo menos 20 milhões de americanos passaram a ter seguro-saúde com base no programa de saúde que Ryan chamou de "fracassado", informou o boletim de notícias PoliticusUSA. Sem maioria suficiente no Senado para revogar a lei, os republicanos pretendem esvaziar o financiamento do programa.
Jeff Jeans declarou que foi republicano a vida inteira, participou das campanhas presidenciais de Ronald Reagan e George H. W. Bush, o pai, e era contra o programa de saúde de Obama. Aos 49 anos, foi diagnosticado com câncer. Os médicos lhe deram seis semanas de vida.
"Graças à Lei de Cobertura de Saúde Acessível, eu estou vivo hoje aqui", disse Jeans. "Precisei da Lei de Cobertura de Saúde Acessível para comprar meu próprio seguro-saúde. Como vocês pretendem acabar com a lei sem encontrar uma substituição?"
Visivalmente constrangido, o presidente da Câmara, principal líder do Partido Republicano depois do presidente eleito, Donald Trump, respondeu: "Não vamos fazer isso. Queremos substituí-la por algo melhor. Em primeiro lugar, estou feliz porque você está aqui de pé.
Jeans fez questão de voltar ao microfone para elogiar o programa de cobertura universal de saúde de Obama: "Eu queria agradecer ao presidente Obama do fundo do coração porque eu estaria morto se não fosse ele."
sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
Bandeira do Iraque tremula na sede do governo provincial em Mossul
O Exército do Iraque e milícias aliadas retomaram hoje a sede do governo da província de Nínive, na cidade de Mossul, e hastearam a bandeira do país, noticiou a televisão saudita Al Arabiya citando como fonte um alta funcionária do Departamento da Defesa dos Estados Unidos. Mossul estava sob o controle da organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante desde 10 de junho de 2014.
A atual secretária adjunta da Defesa para questões internacionais, Elissa Slotkin, acrescentou em entrevista coletiva realizada hoje no Pentágono, na Virgínia, que uma equipe de ligação das Forças Armadas dos EUA está em contato com a Turquia.
O Exército da Turquia invadiu o Norte da Síria a pretexto de combater o Estado Islâmico, mas também quer evitar a união de territórios curdos da Síria e do Iraque para criar o Curdistão, que reivindicaria soberania sobre a região Sudeste da Turquia, de maioria curda.
"Estamos engajados em bases permanentes, hora a hora, com os turcos na campanha contra o Estado Islâmico na Síria", declarou Slotkin. "Temos uma equipe de ligação residente em Ancara. Eles estão totalmente engajados na coalizão de 65 países liderada pelos EUA na guerra contra o Estado Islâmico."
Com a derrota inevitável em Mossul, o Estado Islâmico perde na prática sua base territorial no Iraque, enquanto a ofensiva na Síria se aproxima de Rakka, a capital do Califado proclamado pelo líder Abu Baker al-Baghdadi em junho de 2014, depois da conquista de Mossul.
Sem território, o Estado Islâmico deixa de ser um protoestado e volta a ser apenas um grupo terrorista, o que não o torna menos perigoso.
A atual secretária adjunta da Defesa para questões internacionais, Elissa Slotkin, acrescentou em entrevista coletiva realizada hoje no Pentágono, na Virgínia, que uma equipe de ligação das Forças Armadas dos EUA está em contato com a Turquia.
O Exército da Turquia invadiu o Norte da Síria a pretexto de combater o Estado Islâmico, mas também quer evitar a união de territórios curdos da Síria e do Iraque para criar o Curdistão, que reivindicaria soberania sobre a região Sudeste da Turquia, de maioria curda.
"Estamos engajados em bases permanentes, hora a hora, com os turcos na campanha contra o Estado Islâmico na Síria", declarou Slotkin. "Temos uma equipe de ligação residente em Ancara. Eles estão totalmente engajados na coalizão de 65 países liderada pelos EUA na guerra contra o Estado Islâmico."
Com a derrota inevitável em Mossul, o Estado Islâmico perde na prática sua base territorial no Iraque, enquanto a ofensiva na Síria se aproxima de Rakka, a capital do Califado proclamado pelo líder Abu Baker al-Baghdadi em junho de 2014, depois da conquista de Mossul.
Sem território, o Estado Islâmico deixa de ser um protoestado e volta a ser apenas um grupo terrorista, o que não o torna menos perigoso.
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Grupos armados tomam ministérios na Líbia
Grupos armados ocuparam vários ministérios, entre eles Defesa, Economia e Justiça, ontem em Trípoli, a capital da Líbia, informou a televisão saudita Al Arabiya. São milícias ligadas do Congresso Nacional Geral, o primeiro parlamento eleito depois da queda do ditador Muamar Kadafi, em agosto de 2011.
Com três governos rivais disputando o poder, o Governo do Acordo Nacional, reconhecido internacionalmente vai perdendo força diante das milícias da cidade de Missurata que apoiam o CNG e do Exército Nacional da Líbia que o marechal Khalifa Hifter tenta criar.
A Líbia pós-Kadafi é um país dividido em estado de anarquia, um foco de instabilidade no Norte da África com grandes repercussões em países miseráveis mais ao sul e no Oriente Médio.
Vários países do Sahel enfrentam rebeliões lideradas por extremistas muçulmanos com armas e treinamento líbios. Sob pressão no Oriente Médio, a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante tentou instalar uma base em Sirte, a cidade natal de Kadafi.
Com três governos rivais disputando o poder, o Governo do Acordo Nacional, reconhecido internacionalmente vai perdendo força diante das milícias da cidade de Missurata que apoiam o CNG e do Exército Nacional da Líbia que o marechal Khalifa Hifter tenta criar.
A Líbia pós-Kadafi é um país dividido em estado de anarquia, um foco de instabilidade no Norte da África com grandes repercussões em países miseráveis mais ao sul e no Oriente Médio.
Vários países do Sahel enfrentam rebeliões lideradas por extremistas muçulmanos com armas e treinamento líbios. Sob pressão no Oriente Médio, a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante tentou instalar uma base em Sirte, a cidade natal de Kadafi.
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Obama acaba com direito automático de asilo para cubanos nos EUA
Em mais um passo para normalizar as relações com Cuba, o presidente Barack Obama revogou ontem com efeito imediato uma política de imigração de mais de duas décadas conhecida como pé molhado, pé seco, que garantia automaticamente o direito de asilo nos Estados Unidos para cubanos que pisassem em solo americano.
O fim da medida era uma antiga reivindicação do regime comunista de Cuba e também da comunidade asilada nos EUA, que não quer ser confundida com os atuais migrantes, que considera migrantes econômico e não refugiados políticos.
Só em 2016, mais de 50 mil cubanos que chegaram sem visto foram admitidos nos EUA, informou o jornal The Washington Post. Desde a vitória da revolução liderada por Fidel Castro, em 1º de janeiro de 1959, cerca de 2 milhões de cubanos fugiram para os EUA
Sob o pretexto de que era uma política "formulada para outra era", a Guerra Fria, Obama tenta consolidar o reatamento das relações com Cuba, anunciado em dezembro de 2014, que está sob a ameaça.
A equipe de segurança nacional linha-dura do presidente eleito, Donald Trump, que assume o cargo em 20 de janeiro, promete revisar os acordos com Cuba e o Irã, este último para congelar por 10 anos o programa nuclear iraniano, evitando que o país desenvolva armas atômicas.
O atual presidente também acabou com a tramitação rápida de pedidos de entrada de pessoal médico cubano em missões internacionais interessado em se refugiar nos EUA.
"A mudança na política essencialmente acaba com a Lei de Ajuste em Cuba, de 1966, que presumia que os cubanos eram refugiados políticos que precisavam de proteção e permitia aos que permanecessem nos EUA por mais de um ano o direito de pedir de residência legal", observaram Julie Hirschfeld Davis e Frances Robles no jornal The New York Times.
Como o reatamento com Cuba não foi aprovado pelo Congresso, onde o Partido Republicano tinha e manteve a maioria na Câmara e no Senado, o presidente Trump está numa posição que lhe permite anular os acordos se o regime comunista cubano rejeitar sua proposta de renegociação. Basta revogar os decretos de Obama.
A reforma do regime comunista cubano está em andamento com as políticas de Raúl Castro que autorizaram a criação de pequenos negócios como bares, restaurantes, oficinas mecânicas e outros tipos de serviços.
O futuro de Cuba está numa reforma rumo à economia de mercado mais no estilo da Europa Oriental do que de países como a China e o Vietnã, que mantiveram o modo de governar comunista enquanto adotam a economia de mercado.
Se o governo Trump jogar duro como tudo indica, para agradar a sua base parlamentar de ultradireita, na contramão de Obama, tende a retardar a abertura política e econômica do regime cubano, que terá uma mudança de gerações em 2018, quando Raúl promete entregar o poder depois de 59 anos de ditadura dos irmãos Castro.
O fim da medida era uma antiga reivindicação do regime comunista de Cuba e também da comunidade asilada nos EUA, que não quer ser confundida com os atuais migrantes, que considera migrantes econômico e não refugiados políticos.
Só em 2016, mais de 50 mil cubanos que chegaram sem visto foram admitidos nos EUA, informou o jornal The Washington Post. Desde a vitória da revolução liderada por Fidel Castro, em 1º de janeiro de 1959, cerca de 2 milhões de cubanos fugiram para os EUA
Sob o pretexto de que era uma política "formulada para outra era", a Guerra Fria, Obama tenta consolidar o reatamento das relações com Cuba, anunciado em dezembro de 2014, que está sob a ameaça.
A equipe de segurança nacional linha-dura do presidente eleito, Donald Trump, que assume o cargo em 20 de janeiro, promete revisar os acordos com Cuba e o Irã, este último para congelar por 10 anos o programa nuclear iraniano, evitando que o país desenvolva armas atômicas.
O atual presidente também acabou com a tramitação rápida de pedidos de entrada de pessoal médico cubano em missões internacionais interessado em se refugiar nos EUA.
"A mudança na política essencialmente acaba com a Lei de Ajuste em Cuba, de 1966, que presumia que os cubanos eram refugiados políticos que precisavam de proteção e permitia aos que permanecessem nos EUA por mais de um ano o direito de pedir de residência legal", observaram Julie Hirschfeld Davis e Frances Robles no jornal The New York Times.
Como o reatamento com Cuba não foi aprovado pelo Congresso, onde o Partido Republicano tinha e manteve a maioria na Câmara e no Senado, o presidente Trump está numa posição que lhe permite anular os acordos se o regime comunista cubano rejeitar sua proposta de renegociação. Basta revogar os decretos de Obama.
A reforma do regime comunista cubano está em andamento com as políticas de Raúl Castro que autorizaram a criação de pequenos negócios como bares, restaurantes, oficinas mecânicas e outros tipos de serviços.
O futuro de Cuba está numa reforma rumo à economia de mercado mais no estilo da Europa Oriental do que de países como a China e o Vietnã, que mantiveram o modo de governar comunista enquanto adotam a economia de mercado.
Se o governo Trump jogar duro como tudo indica, para agradar a sua base parlamentar de ultradireita, na contramão de Obama, tende a retardar a abertura política e econômica do regime cubano, que terá uma mudança de gerações em 2018, quando Raúl promete entregar o poder depois de 59 anos de ditadura dos irmãos Castro.
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quinta-feira, 12 de janeiro de 2017
Trump começa com apoio de apenas 37%
A dez dias da posse, em 20 de janeiro, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tinha o apoio de 37% do eleitorado, indica uma pesquisa divulgada na terça-feira pela Universidade Quinnipiac, enquanto 51% desaprovam a maneira como o magnata imobiliário está conduzindo a transição.
Em comparação, o presidente Barack Obama tinha o apoio de 63,3% dos americanos quando chegou 'a Casa Branca, em 20 de janeiro de 2009.
Ontem à noite, em seu discurso de despedida, em Chicago, onde começou sua carreira política, Obama destacou os sucessos de seu governo: a recuperação da economia e da indústria automobilística americanas, a mais longa sequência de geração de empregos da história, o desemprego de apenas 4,7%, o acesso de mais de 30 milhões de pessoas a seguros de saúde, a morte de Ossama ben Laden, o acordo para desarmar o programa nuclear do Irã sem disparar um tiro e o reatamento com Cuba.
"Se há oito anos, eu tivesse prometido tudo isso, diriam que minhas metas eram altas demais. Mas, sim, nós podemos", afirmou, repetindo o discurso da campanha. "Sim, nós fizemos. Vocês fizeram."
Obama omitiu os fracassos, como a guerra civil na Síria ou a impossibilidade de negociar a paz entre palestinos e israelenses. E advertiu para o risco do radicalismo e do divisionismo na política interna dos EUA. Sem se referir uma única vez a Trump, alertou para a ameaça do racismo e para a guetização provocada pelas redes sociais, onde cada vez mais as pessoas recebem mensagens concordando com o que pensam sem se questionar com posições adversas.
Trump é o anti-Obama. Elegeu-se com um discurso sobre um país decadente assolado pela criminalidade e pela violência muito diferente dos EUA de hoje, Ganhou no Colégio Eleitoral, mas perdeu na votação popular por mais de 2,8 milhões de votos.
O atual presidente fez questão de dizer que as relações raciais são melhores hoje do 10, 20 ou 30 anos atrás, O presidente eleito, que faz da mentira uma de suas armas prediletas, diz que nunca foram tão ruins, esquecendo da escravidão e da segregação existente até os anos 1960s.
Em sua primeira entrevista coletiva como presidente eleito, Trump ficou na defensiva. Teve de responder a mais um escândalo. Um relatório de inteligência produzido por um agente inglês declara que o serviço secreto da Rússia filmou Trump em orgias sexuais com prostitutas num hotel em Moscou para usá-las contra o futuro presidente dos EUA.
O dossiê não foi considerado "substanciando" pelos serviços secretos dos EUA, que mesmo assim apresentaram relatório sobre o caso a Obama e Trump. O sítio Buzzfeed o publicou, enquanto a rede de televisão CNN e outros meios de comunicação mais criteriosos não revelaram o conteúdo por não conseguirem confirmar as alegações.
Mesmo assim, Trump investiu contra um repórter da CNN, em mais um espetáculo de arrogância, prepotência, desrespeito à liberdade de expressão, à Constituição e ao povo dos EUA. Não admira que comece com popularidade tão baixa. A dúvida é se vai conseguir governar com tantos conflitos de interesses e desrespeito pelas regras básicas do jogo democrático.
O bilionário apresentou uma advogada e uma série de documentos transferindo a administração de suas empresas para seus filhos, prometendo demiti-los como no programa de televisão O Aprendiz, que apresentava nos EUA.
É o primeiro presidente da era dos reality shows, um mestre do espetáculo com pouco conteúdo, a ser testado em breve no cargo mais poderoso da Terra.
Em comparação, o presidente Barack Obama tinha o apoio de 63,3% dos americanos quando chegou 'a Casa Branca, em 20 de janeiro de 2009.
Ontem à noite, em seu discurso de despedida, em Chicago, onde começou sua carreira política, Obama destacou os sucessos de seu governo: a recuperação da economia e da indústria automobilística americanas, a mais longa sequência de geração de empregos da história, o desemprego de apenas 4,7%, o acesso de mais de 30 milhões de pessoas a seguros de saúde, a morte de Ossama ben Laden, o acordo para desarmar o programa nuclear do Irã sem disparar um tiro e o reatamento com Cuba.
"Se há oito anos, eu tivesse prometido tudo isso, diriam que minhas metas eram altas demais. Mas, sim, nós podemos", afirmou, repetindo o discurso da campanha. "Sim, nós fizemos. Vocês fizeram."
Obama omitiu os fracassos, como a guerra civil na Síria ou a impossibilidade de negociar a paz entre palestinos e israelenses. E advertiu para o risco do radicalismo e do divisionismo na política interna dos EUA. Sem se referir uma única vez a Trump, alertou para a ameaça do racismo e para a guetização provocada pelas redes sociais, onde cada vez mais as pessoas recebem mensagens concordando com o que pensam sem se questionar com posições adversas.
Trump é o anti-Obama. Elegeu-se com um discurso sobre um país decadente assolado pela criminalidade e pela violência muito diferente dos EUA de hoje, Ganhou no Colégio Eleitoral, mas perdeu na votação popular por mais de 2,8 milhões de votos.
O atual presidente fez questão de dizer que as relações raciais são melhores hoje do 10, 20 ou 30 anos atrás, O presidente eleito, que faz da mentira uma de suas armas prediletas, diz que nunca foram tão ruins, esquecendo da escravidão e da segregação existente até os anos 1960s.
Em sua primeira entrevista coletiva como presidente eleito, Trump ficou na defensiva. Teve de responder a mais um escândalo. Um relatório de inteligência produzido por um agente inglês declara que o serviço secreto da Rússia filmou Trump em orgias sexuais com prostitutas num hotel em Moscou para usá-las contra o futuro presidente dos EUA.
O dossiê não foi considerado "substanciando" pelos serviços secretos dos EUA, que mesmo assim apresentaram relatório sobre o caso a Obama e Trump. O sítio Buzzfeed o publicou, enquanto a rede de televisão CNN e outros meios de comunicação mais criteriosos não revelaram o conteúdo por não conseguirem confirmar as alegações.
Mesmo assim, Trump investiu contra um repórter da CNN, em mais um espetáculo de arrogância, prepotência, desrespeito à liberdade de expressão, à Constituição e ao povo dos EUA. Não admira que comece com popularidade tão baixa. A dúvida é se vai conseguir governar com tantos conflitos de interesses e desrespeito pelas regras básicas do jogo democrático.
O bilionário apresentou uma advogada e uma série de documentos transferindo a administração de suas empresas para seus filhos, prometendo demiti-los como no programa de televisão O Aprendiz, que apresentava nos EUA.
É o primeiro presidente da era dos reality shows, um mestre do espetáculo com pouco conteúdo, a ser testado em breve no cargo mais poderoso da Terra.
quarta-feira, 11 de janeiro de 2017
VW confessa culpa e paga US$ 4,3 bilhões em escândalo de poluição
A companhia alemã Volkswagen, uma das maiores fabricantes de automóveis do mundo, admitiu a culpa por mascarar as emissões de poluentes de seus motores a óleo diesel e vai pagar US$ 4,3 bilhões em acordo com o Departamento da Justiça dos Estados Unidos.
O escândalo das emissões abala há um ano e três meses a imagem de empresa-símbolo da excelência da tecnologia industrial da Alemanha, que disputa com a japonesa Toyota a posição de maior fabricante mundial de automóveis.
Há dez anos, a VW desenvolveu um programa de computador destinado a enganar o teste de poluição de motores diesel aplicado nos EUA. Quando o veículo rodava normalmente, poluía muito mais do que indicado no teste da Agência de Proteção Ambiental, um dos órgãos que o presidente eleito, Donald Trump, ameaça extinguir.
A gigante da indústria alemã vai pagar US$ 2,8 bilhões de multas pelos crimes cometidos e mais US$ 1,5 bilhão de indenizações em processos civis instaurados desde que o escândalo das emissões estourou, em setembro de 2015.
Na sua confissão de culpa, a VW admitiu ter manipulado 11 milhões de veículos a diesel no mundo inteiro para enganar os testes antipoluição.
O escândalo das emissões abala há um ano e três meses a imagem de empresa-símbolo da excelência da tecnologia industrial da Alemanha, que disputa com a japonesa Toyota a posição de maior fabricante mundial de automóveis.
Há dez anos, a VW desenvolveu um programa de computador destinado a enganar o teste de poluição de motores diesel aplicado nos EUA. Quando o veículo rodava normalmente, poluía muito mais do que indicado no teste da Agência de Proteção Ambiental, um dos órgãos que o presidente eleito, Donald Trump, ameaça extinguir.
A gigante da indústria alemã vai pagar US$ 2,8 bilhões de multas pelos crimes cometidos e mais US$ 1,5 bilhão de indenizações em processos civis instaurados desde que o escândalo das emissões estourou, em setembro de 2015.
Na sua confissão de culpa, a VW admitiu ter manipulado 11 milhões de veículos a diesel no mundo inteiro para enganar os testes antipoluição.
Coreia do Norte tem plutônio para 10 armas nucleares, diz Coreia do Sul
O regime comunista da Coreia do Norte tem cerca de 50 quilos de plutônio, suficientes para fabricar 10 bombas atômicas, de acordo com um novo Livro Branco divulgado hoje pelo Ministério da Defesa da Coreia do Sul, reportou a agência de notícias sul-coreana Yonhap.
No relatório anterior, do fim de 2014, o governo sul-coreano estimava em 40 quilos o estoque de plutônio da Coreia do Norte. A nova avaliação estima que o regime stalinista de Pionguiangue avançou também na capacidade de enriquecer urânio e na miniaturização de bombas atômicas, essencial para acomodá-las dentro de mísseis.
Desde o fim de sua maior patrocinadora, a União soviética, em 1991, a Coreia do Sul faz uma chantagem atômica com o Ocidente, ameaçando desenvolver armas nucleares se não receber ajuda em energia e alimentos. O regime comunista da China é seu único aliado externo importante.
No relatório anterior, do fim de 2014, o governo sul-coreano estimava em 40 quilos o estoque de plutônio da Coreia do Norte. A nova avaliação estima que o regime stalinista de Pionguiangue avançou também na capacidade de enriquecer urânio e na miniaturização de bombas atômicas, essencial para acomodá-las dentro de mísseis.
Desde o fim de sua maior patrocinadora, a União soviética, em 1991, a Coreia do Sul faz uma chantagem atômica com o Ocidente, ameaçando desenvolver armas nucleares se não receber ajuda em energia e alimentos. O regime comunista da China é seu único aliado externo importante.
Exército do Iraque chega às margens do Rio Tigre em Mossul
Três meses depois do início da Batalha de Mossul, o Exército do Iraque e milícias aliadas chegaram ontemàs margens do Rio Tigre no limite da segunda maior cidade iraquiana, dominada há dois anos e meio pela organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Ao bombardear várias pontes sobre o Tigre, a coalizão aérea de 65 países liderada pelos Estados Unidos impede as forças da milícia situadas no lado oeste da cidade de suprir e reforçar os jihadistas do outro lado do rio.
Na Zona Sul da cidade, a Polícia Federal do Iraque está a cerca de três quilômetros do aeroporto, mas estariam mais interessadas em dar apoio às ações antiterrorismo do que em avançar rumo ao aeroporto. Em sua feroz resistência, o Estado Islâmico usa homens-bomba para tentar barrar as tropas governamentais.
O Estado Islâmico já foi expulso de mais da metade do lado leste de Mossul. As forças iraquianas querem agora criar uma área segura para permitir a volta de mais de 133 mil civis que fugiram desde o início da ofensiva para retomar a cidade.
Durante o fim de semana, os primeiros-ministros do Iraque, Haider al-Abadi, e da Turquia, Binali Yildirim, fizeram declaração conjunta afirmando que o Exército turco deve se retirar do país depois do fim da Batalha de Mossul.
As forças turcas estão estão estacionadas numa base militar da cidade de Bachika. A maior preocupação do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, é a ligação da região autônoma do Curdistão iraquiano com as regiões de maioria curda no Norte da Síria.
Um Curdistão independente inevitavelmente reivindicaria a soberania sobre o Sudeste da Turquia, onde a maioria da população é curda.
Ao bombardear várias pontes sobre o Tigre, a coalizão aérea de 65 países liderada pelos Estados Unidos impede as forças da milícia situadas no lado oeste da cidade de suprir e reforçar os jihadistas do outro lado do rio.
Na Zona Sul da cidade, a Polícia Federal do Iraque está a cerca de três quilômetros do aeroporto, mas estariam mais interessadas em dar apoio às ações antiterrorismo do que em avançar rumo ao aeroporto. Em sua feroz resistência, o Estado Islâmico usa homens-bomba para tentar barrar as tropas governamentais.
O Estado Islâmico já foi expulso de mais da metade do lado leste de Mossul. As forças iraquianas querem agora criar uma área segura para permitir a volta de mais de 133 mil civis que fugiram desde o início da ofensiva para retomar a cidade.
Durante o fim de semana, os primeiros-ministros do Iraque, Haider al-Abadi, e da Turquia, Binali Yildirim, fizeram declaração conjunta afirmando que o Exército turco deve se retirar do país depois do fim da Batalha de Mossul.
As forças turcas estão estão estacionadas numa base militar da cidade de Bachika. A maior preocupação do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, é a ligação da região autônoma do Curdistão iraquiano com as regiões de maioria curda no Norte da Síria.
Um Curdistão independente inevitavelmente reivindicaria a soberania sobre o Sudeste da Turquia, onde a maioria da população é curda.
terça-feira, 10 de janeiro de 2017
Governo do México promete medidas para conter alta de preços
O México estuda meios para o impacto da inflação nos preços ao consumidor, revelou o presidente Enrique Peña Nieto, citado pela agência de notícias Forbes. As medidas concretas ainda não foram anunciadas. Têm pouca chance com a expectativa de alta do dólar e de políticas hostis do futuro presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que toma posse em 20 de janeiro de 2017.
Uma proposta em discussão é dar algum tipo de subsídio a produtos da cesta básica, especialmente alimentos. No passado, o México impôs controles de preços. Como no caso brasileiro e de outros países da América Latina, eles foram insuficientes para conter a inflação.
Sob pressão de Trump, que ameaça sobretaxar produtos de empresas americanas fabricados no exterior, o peso mexicano está em queda em relação ao dólar. A tendência é de uma depreciação ainda maior até o fim do ano.
Com o peso no seu menor nível histórico, a 22 por dólar em tendência de queda, é improvável que os controles de preços funcionem. A margem de lucro dos agricultores mexicanos seria espremida, reduzindo a atividade numa economia com expectativa de desaceleração em 2017.
As altas de preços, a começar pelos combustíveis, apesar do país ser um grande produtor de petróleo, já deflagraram uma onda de manifestações. O gasolinaço elevou os preços em 20%. Pelo menos seis pessoas morreram nos protestos e mais de mil foram presas.
Com a esperada hostilidade de Trump e suas promessas de renegociar o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) e de construir um muro na fronteira entre os dois países, crescem as chances do ex-prefeito da Cidade do México Andrés Manuel López Obrador, um populista de esquerda, nas eleições presidenciais de 2018.
Uma proposta em discussão é dar algum tipo de subsídio a produtos da cesta básica, especialmente alimentos. No passado, o México impôs controles de preços. Como no caso brasileiro e de outros países da América Latina, eles foram insuficientes para conter a inflação.
Sob pressão de Trump, que ameaça sobretaxar produtos de empresas americanas fabricados no exterior, o peso mexicano está em queda em relação ao dólar. A tendência é de uma depreciação ainda maior até o fim do ano.
Com o peso no seu menor nível histórico, a 22 por dólar em tendência de queda, é improvável que os controles de preços funcionem. A margem de lucro dos agricultores mexicanos seria espremida, reduzindo a atividade numa economia com expectativa de desaceleração em 2017.
As altas de preços, a começar pelos combustíveis, apesar do país ser um grande produtor de petróleo, já deflagraram uma onda de manifestações. O gasolinaço elevou os preços em 20%. Pelo menos seis pessoas morreram nos protestos e mais de mil foram presas.
Com a esperada hostilidade de Trump e suas promessas de renegociar o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) e de construir um muro na fronteira entre os dois países, crescem as chances do ex-prefeito da Cidade do México Andrés Manuel López Obrador, um populista de esquerda, nas eleições presidenciais de 2018.
segunda-feira, 9 de janeiro de 2017
Governo de união nacional da Irlanda do Norte entra em colapso
O vice-primeiro-ministro católico Martin MacGuinness, ex-comandante militar do Exército Republicano Irlandês (IRA), renunciou hoje ao cargo provocando o colapso do governo de união nacional na Irlanda do Norte, criado pelo Acordo de Paz da Sexta-Feira Santa, em 1998. Sua decisão vai levar a uma nova eleição para a Assembleia provincial, noticiou o jornal inglês The Independent.
Pelo acordo para dividir o poder entre católicos favoráveis à unificação com a Irlanda e os protestantes defensores da união com o Reino Unido, a primera-ministra protestante Arlene Foster não pode continuar no cargo sem um vice representante da minoria católica.
Ela está no centro de um escândalo de corrupção que custou 400 milhões de libras aos cofres públicos. Esse dinheiro deveria ser usado num programa criado em 2012 para estimular o uso de fontes renováveis de energia e reduzir o consumo de carvão na Irlanda do Norte.
Como o resultado foi pífio, os empresários acabaram recebendo incentivo para queimar carvão. O caso ficou conhecido como dinheiro por cinzas.
O deputado Jonathan Bell rompeu o silêncio do Partido Unionista Democrático (DUP). Ele acusou Arlene Foster de alterar documentos oficiais para encobrir sua participação, mas ela nega qualquer responsabilidade e se recusa a renunciar.
Pequenos partidos apresentaram uma moção de desconfiança que não avançcou na Assembleia. No fim de semana, o presidente do Sinn Féin, o partido político do movimento católico, republicano e nacionalista irlandês, Gerry Adams, indicou que McGuinness poderia renunciar para forçar a queda de Foster.
Na carta de demissão, McGuinness apela a Foster para "sair a fim de garantir a credibilidade necessária para a investigação e o interesse público mais amplo."
Pelo acordo para dividir o poder entre católicos favoráveis à unificação com a Irlanda e os protestantes defensores da união com o Reino Unido, a primera-ministra protestante Arlene Foster não pode continuar no cargo sem um vice representante da minoria católica.
Ela está no centro de um escândalo de corrupção que custou 400 milhões de libras aos cofres públicos. Esse dinheiro deveria ser usado num programa criado em 2012 para estimular o uso de fontes renováveis de energia e reduzir o consumo de carvão na Irlanda do Norte.
Como o resultado foi pífio, os empresários acabaram recebendo incentivo para queimar carvão. O caso ficou conhecido como dinheiro por cinzas.
O deputado Jonathan Bell rompeu o silêncio do Partido Unionista Democrático (DUP). Ele acusou Arlene Foster de alterar documentos oficiais para encobrir sua participação, mas ela nega qualquer responsabilidade e se recusa a renunciar.
Pequenos partidos apresentaram uma moção de desconfiança que não avançcou na Assembleia. No fim de semana, o presidente do Sinn Féin, o partido político do movimento católico, republicano e nacionalista irlandês, Gerry Adams, indicou que McGuinness poderia renunciar para forçar a queda de Foster.
Na carta de demissão, McGuinness apela a Foster para "sair a fim de garantir a credibilidade necessária para a investigação e o interesse público mais amplo."
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Caminhão-bomba mata 10 pessoas no Norte do Egito
Um caminhão-bomba foi jogado hoje contra uma barreira num posto de controle militar na cidade de Aricha, na Península do Sinai, no Norte do Egito. Pelo menos dez pessoas foram mortas e outras 20 saíram feridas, noticiou a agência Associated Press (AP).
Mais uma vez, a arma foi um caminhão. Desta vez, era um caminhão de lixo carregado de explosivos. Logo depois da explosão do caminhão-bomba, atiradores dispararam granadas de morteiro contra uma delegacia de polícia atingindo os três andares do prédio.
Até agora, nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque. Há uma rebelião jihadista no Egito desde o golpe de Estado de 3 de julho de 2013 contra o presidente Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, com a participação inclusive da Província do Sinai do Estado Islâmico, ligada à organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Eleito democraticamente, ele governou autoritariamente e foi deposto pelo marechal e atual ditador Abdel Fattah al-Sissi numa segunda onda de manifestações de massa. A primeira derrubou o ditador Hosni Mubarak (1981-2011) na chamada Primavera Árabe, em 11 de fevereiro de 2011.
Mais uma vez, a arma foi um caminhão. Desta vez, era um caminhão de lixo carregado de explosivos. Logo depois da explosão do caminhão-bomba, atiradores dispararam granadas de morteiro contra uma delegacia de polícia atingindo os três andares do prédio.
Até agora, nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque. Há uma rebelião jihadista no Egito desde o golpe de Estado de 3 de julho de 2013 contra o presidente Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, com a participação inclusive da Província do Sinai do Estado Islâmico, ligada à organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante.
Eleito democraticamente, ele governou autoritariamente e foi deposto pelo marechal e atual ditador Abdel Fattah al-Sissi numa segunda onda de manifestações de massa. A primeira derrubou o ditador Hosni Mubarak (1981-2011) na chamada Primavera Árabe, em 11 de fevereiro de 2011.
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domingo, 8 de janeiro de 2017
Ex-presidente iraniano Rafsanjani morre aos 82 anos
O ex-presidente da República Islâmica do Irã Ali Akbar Hachemi Rafsanjani (1989-97) morreu do coração hoje aos 82 anos, informaram agências de notícias iranianas.
De homem do regime dos aiatolás, acusado de enriquecer em esquemas de corrupção, Rafsanjani passou a dissidente e apoiou a candidatura dissidentedo ex-primeiro-ministro Mir Hussein Mussavi, em 2009. Mussavi foi derrotado pelo então presidente Mahmoud Ahmadinejad numa eleição fraudulenta em que o Supremo Líder Espiritual da Revolução Islâmica, aiatolá Ali Khamenei, apoiou Ahmadinejad.
Em 2013, Rafsanjani apoiou o atual presidente Hassan Rouhani, considerado um aiatolá moderado, favorável a uma reaproximação com o Ocidente. Isso levou a um acordo com as grandes potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia) e a Alemanha para congelar por dez anos o programa nuclear iraniano.
Reintegrado ao sistema, chefiava a Assembleia dos Sábios, encarregada de aconselhar o Supremo Líder Espiritual. Sua morte enfraquece o movimento reformista para as eleições deste ano.
Rafsanjani presidia o Irã quando um atentado terrorista matou 85 pessoas na Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA) em Buenos Aires e chegou a ser denunciado pela Justiça da Argentina.
De homem do regime dos aiatolás, acusado de enriquecer em esquemas de corrupção, Rafsanjani passou a dissidente e apoiou a candidatura dissidentedo ex-primeiro-ministro Mir Hussein Mussavi, em 2009. Mussavi foi derrotado pelo então presidente Mahmoud Ahmadinejad numa eleição fraudulenta em que o Supremo Líder Espiritual da Revolução Islâmica, aiatolá Ali Khamenei, apoiou Ahmadinejad.
Em 2013, Rafsanjani apoiou o atual presidente Hassan Rouhani, considerado um aiatolá moderado, favorável a uma reaproximação com o Ocidente. Isso levou a um acordo com as grandes potências do Conselho de Segurança das Nações Unidas (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia) e a Alemanha para congelar por dez anos o programa nuclear iraniano.
Reintegrado ao sistema, chefiava a Assembleia dos Sábios, encarregada de aconselhar o Supremo Líder Espiritual. Sua morte enfraquece o movimento reformista para as eleições deste ano.
Rafsanjani presidia o Irã quando um atentado terrorista matou 85 pessoas na Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA) em Buenos Aires e chegou a ser denunciado pela Justiça da Argentina.
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Caminhão atropela e mata quatro soldados de Israel em Jerusalém
Quatro soldados do Exército de Israel morreram e outras 13 pessoas saíram feridas quando um caminhão foi jogado contra um ponto de ônibus em Jerusalém. O terrorista morava no setor árabe de Jerusalém. Foi baleado e morto pela polícia.
Ao visitar a área acompanhado do ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu comparou o ataque às ações terroristas que mataram 86 pessoas em Nice, na França, em 14 de julho de 2016, e 12 pessoas numa feirinha de Natal em Berlim, em 22 de dezenbro passado. Ele sugeriu que "todos os indícios apontam que o atacante apoiava a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante."
Além de destruir a casa do motorista assassino, o governo de Israel quer autorizar a prisão de partidários do Estado Islâmico sem julgamento.
Desde outubro de 2015, 35 israelenses foram mortos em ataques terroristas com faca, bala ou atropelamento. Em resposta, as forçcas de segurança israelenses mataram mais de 200 palestinos que Israel acusa de participar dos massacres.
Na primeira semana de 2017, Israel destruiu as casas de 151 palestinos suspeitos de ligação com o terrorismo, quatro vezes acima da média no ano passado. O setor oriental de Jerusalém, ocupado na Guerra dos Seis Dias, é uma dos territórios que recebem assentamentos judaicos para criar uma política de fato consumado e não serem devolvidos aos árabes.
O governo israelense, ignorando objeções internacionais, praticamente anexou o Leste de Jerusalém e transferiu sua capital de Telavive para lá, o que não é reconhecido pela maioria dos países. O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que toma posse em 20 de janeiro, prometeu transferir a embaixada americana em Israel para Jerusalém.
Ao visitar a área acompanhado do ministro da Defesa, Avigdor Lieberman, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu comparou o ataque às ações terroristas que mataram 86 pessoas em Nice, na França, em 14 de julho de 2016, e 12 pessoas numa feirinha de Natal em Berlim, em 22 de dezenbro passado. Ele sugeriu que "todos os indícios apontam que o atacante apoiava a organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante."
Além de destruir a casa do motorista assassino, o governo de Israel quer autorizar a prisão de partidários do Estado Islâmico sem julgamento.
Desde outubro de 2015, 35 israelenses foram mortos em ataques terroristas com faca, bala ou atropelamento. Em resposta, as forçcas de segurança israelenses mataram mais de 200 palestinos que Israel acusa de participar dos massacres.
Na primeira semana de 2017, Israel destruiu as casas de 151 palestinos suspeitos de ligação com o terrorismo, quatro vezes acima da média no ano passado. O setor oriental de Jerusalém, ocupado na Guerra dos Seis Dias, é uma dos territórios que recebem assentamentos judaicos para criar uma política de fato consumado e não serem devolvidos aos árabes.
O governo israelense, ignorando objeções internacionais, praticamente anexou o Leste de Jerusalém e transferiu sua capital de Telavive para lá, o que não é reconhecido pela maioria dos países. O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que toma posse em 20 de janeiro, prometeu transferir a embaixada americana em Israel para Jerusalém.
sábado, 7 de janeiro de 2017
Ex-presidente de Portugal Mario Soares morre aos 92 anos
O ex-presidente Mario Soares, um dos símbolos da redemocratização de Portugal depois da queda da ditadura salazarista na Revolução dos Cravos, em 25 de abril de 1974, morreu hoje em Lisboa aos 92 anos.
Pai da democracia portuguesa, Soares foi presidente durante dez anos, primeiro-ministro, líder do Partido Socialista e deputado do Parlamento Europeu. Ele estava internado em coma havia 26 dias.
O primeiro-ministro socialista António Costa declarou que Portugal perdeu "aquele que tantas vezes foi o rosto e a voz da nossa liberdade contra a ditadura, e com isso sofreu com a prisão, a deportação e o exílio."
Soares nasceu em 1924 e foi um dos líderes da luta contra a ditadura intaurada por António Oliveira Salazar (1933-. Aos 18 anos, filiou-se ao Partido Comunista Português (PCP), do qual sairia em 1964 para fundar a Ação Socialista, embrião do Partido Socialista que ele encarnou.
Preso 12 vezes, fugiu para o exílio e só voltou a Portugal depois da Revolução dos Cravos. Em 1976, foi eleito primeiro-ministro no primeiro governo constitucional da democracia restaurada e foi um dos principais responsáveis pela adesão do país à Comunidade Europeia, em 1986, marco definitivo da consolidação da democracia e da modernização de Portugal.
Pai da democracia portuguesa, Soares foi presidente durante dez anos, primeiro-ministro, líder do Partido Socialista e deputado do Parlamento Europeu. Ele estava internado em coma havia 26 dias.
O primeiro-ministro socialista António Costa declarou que Portugal perdeu "aquele que tantas vezes foi o rosto e a voz da nossa liberdade contra a ditadura, e com isso sofreu com a prisão, a deportação e o exílio."
Soares nasceu em 1924 e foi um dos líderes da luta contra a ditadura intaurada por António Oliveira Salazar (1933-. Aos 18 anos, filiou-se ao Partido Comunista Português (PCP), do qual sairia em 1964 para fundar a Ação Socialista, embrião do Partido Socialista que ele encarnou.
Preso 12 vezes, fugiu para o exílio e só voltou a Portugal depois da Revolução dos Cravos. Em 1976, foi eleito primeiro-ministro no primeiro governo constitucional da democracia restaurada e foi um dos principais responsáveis pela adesão do país à Comunidade Europeia, em 1986, marco definitivo da consolidação da democracia e da modernização de Portugal.
sexta-feira, 6 de janeiro de 2017
EUA tiveram saldo de 156 mil empregos em dezembro
Os Estados Unidos geraram 156 mil vagas de emprego a mais do que fecharam em dezembro de 2016, revelou hoje o último relatório de emprego do governo Barack Obama. O ritmo de contratações diminuiu, mas os salários apresentaram o crescimento mais forte desde 2009.
A taxa de desemprego, medida em outra pesquisa, subiu de 4,6% para 4,7%, indicando um aumento da participação dos americanos na força de trabalho. O mercado financeiro previa 183 mil empregos e 4,7% de desemprego.
Os salários aumentaram 0,39% no mês passado, acima da expectativa dos economistas, que era de 0,3%, na maior alta desde 2009, quando os EUA saíram da Grande Recessão e voltaram a crescer.
Como o presidente eleito, Donald Trump, toma posse em 20 de janeiro, dezembro foi o último mês completo do governo Obama. Foi o 75º mês seguido de aumento da oferta de emprego, o período mais longo desde que essas estatísticas começaram a ser compiladas, em 1939.
A taxa de desemprego, medida em outra pesquisa, subiu de 4,6% para 4,7%, indicando um aumento da participação dos americanos na força de trabalho. O mercado financeiro previa 183 mil empregos e 4,7% de desemprego.
Os salários aumentaram 0,39% no mês passado, acima da expectativa dos economistas, que era de 0,3%, na maior alta desde 2009, quando os EUA saíram da Grande Recessão e voltaram a crescer.
Como o presidente eleito, Donald Trump, toma posse em 20 de janeiro, dezembro foi o último mês completo do governo Obama. Foi o 75º mês seguido de aumento da oferta de emprego, o período mais longo desde que essas estatísticas começaram a ser compiladas, em 1939.
Atentado atribuído a rebeldes curdos deixa dois mortes em Esmirna
Um explosão de carro-bomba diante de um tribunal da cidade de Esmirna, na margem do Mar Egeu, deixou pelo menos dois mortos, inclusive um policial e vários feridos. O maior suspeito é o grupo guerrilheiro ligado ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).
Depois da explosão, dois atiradores trocaram tiros com a polícia e foram mortos. Eles detonaram o carro-bomba ao serem parados numa barreira policial próxima ao tribunal.
A Turquia é alvo de guerrilheiros naciolistas curdos que lutam pela independência do Curdistão de extremista muçulmanos como o Estado Islâmico e de grupos de extrema esquerda. Desta vez, pela natureza do alvo e o método empregado a suspeita recai sobre o PKK.
Depois da explosão, dois atiradores trocaram tiros com a polícia e foram mortos. Eles detonaram o carro-bomba ao serem parados numa barreira policial próxima ao tribunal.
A Turquia é alvo de guerrilheiros naciolistas curdos que lutam pela independência do Curdistão de extremista muçulmanos como o Estado Islâmico e de grupos de extrema esquerda. Desta vez, pela natureza do alvo e o método empregado a suspeita recai sobre o PKK.
quinta-feira, 5 de janeiro de 2017
Turquia procura uigures pela massacre do Ano Novo em Istambul
As forças de segurança da Turquia estão à caça de um terrorista da etnia uiuir, presente no Noroeste da China, como principal suspeito do ataque contra o clube noturno Reina, em Istambul, onde 39 pessoas foram mortas no Massacre de Ano Novo, na madrugada de 1º de janeiro, à margem do Estreito de Bósforo, que separa Europa e Ásia, revelou o vice-primeiro-ministro Veysi Kaynak.
Vários uigures foram detidos numa operação de busca e apreensão em Selimpassa, a oeste de Istambul.
A organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivndicou a responsabilidade pelo atentado; Pela natureza do alvo e da tática empregada, o ataque teve a marca dos jihadistas, os extremistas muçulmanos.
Os uigures são um povo muçulmano de origem turca que vive principalmente na província de Xiajiang, no Noroeste da China, onde nas últimas décadas há uma política de sinificação semelhante à do Tibete que consiste em assentar na região migrantes da etnia hã, amplamente majoritária na China e normalmente confundida com o chinês, embora o país abrige 55 nacionalidades.
Com a repressão política e cultural do regime comunista chinês, há hoje uma diáspora uigur pelo resto do mundo, concentrada sobretudo na Turquia; O Movimento pela Libertação do Turquestão Orientel quer tornar o região uigur independente da China.
Vários uigures foram detidos numa operação de busca e apreensão em Selimpassa, a oeste de Istambul.
A organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante reivndicou a responsabilidade pelo atentado; Pela natureza do alvo e da tática empregada, o ataque teve a marca dos jihadistas, os extremistas muçulmanos.
Os uigures são um povo muçulmano de origem turca que vive principalmente na província de Xiajiang, no Noroeste da China, onde nas últimas décadas há uma política de sinificação semelhante à do Tibete que consiste em assentar na região migrantes da etnia hã, amplamente majoritária na China e normalmente confundida com o chinês, embora o país abrige 55 nacionalidades.
Com a repressão política e cultural do regime comunista chinês, há hoje uma diáspora uigur pelo resto do mundo, concentrada sobretudo na Turquia; O Movimento pela Libertação do Turquestão Orientel quer tornar o região uigur independente da China.
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quarta-feira, 4 de janeiro de 2017
O Núcleo de Estudos Internacionais Brasil-Argentina (NEIBA), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e ao Programa de Estudios Argentina-Brasil da Universidad Nacional de Rosario, na Argentina, dirige-se a todos os interessados em apresentar artigos e resenhas para informar que está recebendo material em fluxo contínuo para o quinto número da sua publicação eletrônica Revista NEIBA – Cadernos Argentina-Brasil, a ser lançado em 2017.
A partir deste ano a Revista adotará o método de publicação contínua, em que os artigos são disponibilizados conforme seus processos de análise e editoração forem concluídos. Ao final do ano, todos os artigos serão reunidos em um único número.
São aceitas as produções de internacionalistas, cientistas-políticos, historiadores, economistas, sociólogos e geógrafos. As contribuições devem ser sobre assuntos pertinentes a agenda internacional, não precisando tratar necessariamente dos processos de integração e/ou de cooperação entre os dois países.
Os trabalhos podem ser em português, espanhol ou inglês e a titulação mínima para a publicação é mestrado em curso.
NORMAS PARA PUBLICAÇÃO:
terça-feira, 3 de janeiro de 2017
Trump deve nomear crítico da China para representante comercial dos EUA
Em mais um sinal de que pretende jogar duro com a China, o presidente eleito, Donald Trump, deve nomear Robert Lightizer, um advogado crítico das práticas comerciais chineses, para representante comercial dos Estados Unidos, uma espécie de ministro do comércio exterior, noticiou hoje a agência Bloomberg.
Lightizer foi subchefe do Escritório de Representação Comercial dos EUA no governo Ronald Reagan. Ele defende o uso de barreiras tarifárias para promover a indústria americana e evitar novas transferências de fábricas dos EUA para a China.
Trazer de volta os empregos perdidos na era da globalização econômica foi uma das grandes promessas da campanha de Trump para conquistar o eleitorado branco sem curso superior, o mais afetado pela desindustrialização e a transferência de fábricas para outros países.
As empresas transnacionais americanas instalaram fábricas no resto do mundo depois da Segunda Guerra Mundial beneficiando-se de matérias-primas e mão de obra mais baratas, numa nova onda de globalização depois da expansão colonial marítima europeia na era dos descobrimentos e da Revolução Industrial dos séculos 18 e 19.
Essa nova onda de expansão econômica atingiu todos os recantos da Terra, como previu Karl Marx, o primeiro teórico da globalização, com o colapso do comunismo e a conversão da China à economia de mercado, criando cadeias produtivas que o trumpismo não será capaz de quebrar sem prejuízos para o consumidor americano.
Os telefones inteligentes da Apple, por exemplo, são projetados e desenhados em Cupertino, na Califórnia, ou seja, a maior parte do dinheiro vai para os EUA. O segundo item em termos de custo é a tela sensível, fabricada por empresas da Coreia do Sul e de Taiwan. Esses países são também grande fabricantes de microprocessadores. Os chineses fazem a parte da mão de obra barata.
Se Trump quiser um iPhone montado nos EUA, o preço dobra. Se quiser um iPhone 100% produzido nos EUA, será preciso criar uma fábrica de telas sensíveis. Não há nenhuma no continente americano.
Quando a presidente Dilma Rousseff foi à China, o ministro Aloizio Mercadante anunciou a instalação de uma fábrica de telas sensíveis no Brasil com investimentos de US$ 12 bilhões da empresa taiwanesa Foxconn, a mesma que monta os iPhones na China. Diante dos entraves da burocracia e da carga fiscal brasileiras, o negócio não saiu.
O economia keynesiano liberal Paul Krguman, ganhador do Prêmio Nobel de Economia, já prevê uma guerra comercial com sérios prejuízos ao eleitorado de Trump, que ainda corre sério risco de perder o programa de cobertura universal de saúde do governo Barack Obama.
Lightizer foi subchefe do Escritório de Representação Comercial dos EUA no governo Ronald Reagan. Ele defende o uso de barreiras tarifárias para promover a indústria americana e evitar novas transferências de fábricas dos EUA para a China.
Trazer de volta os empregos perdidos na era da globalização econômica foi uma das grandes promessas da campanha de Trump para conquistar o eleitorado branco sem curso superior, o mais afetado pela desindustrialização e a transferência de fábricas para outros países.
As empresas transnacionais americanas instalaram fábricas no resto do mundo depois da Segunda Guerra Mundial beneficiando-se de matérias-primas e mão de obra mais baratas, numa nova onda de globalização depois da expansão colonial marítima europeia na era dos descobrimentos e da Revolução Industrial dos séculos 18 e 19.
Essa nova onda de expansão econômica atingiu todos os recantos da Terra, como previu Karl Marx, o primeiro teórico da globalização, com o colapso do comunismo e a conversão da China à economia de mercado, criando cadeias produtivas que o trumpismo não será capaz de quebrar sem prejuízos para o consumidor americano.
Os telefones inteligentes da Apple, por exemplo, são projetados e desenhados em Cupertino, na Califórnia, ou seja, a maior parte do dinheiro vai para os EUA. O segundo item em termos de custo é a tela sensível, fabricada por empresas da Coreia do Sul e de Taiwan. Esses países são também grande fabricantes de microprocessadores. Os chineses fazem a parte da mão de obra barata.
Se Trump quiser um iPhone montado nos EUA, o preço dobra. Se quiser um iPhone 100% produzido nos EUA, será preciso criar uma fábrica de telas sensíveis. Não há nenhuma no continente americano.
Quando a presidente Dilma Rousseff foi à China, o ministro Aloizio Mercadante anunciou a instalação de uma fábrica de telas sensíveis no Brasil com investimentos de US$ 12 bilhões da empresa taiwanesa Foxconn, a mesma que monta os iPhones na China. Diante dos entraves da burocracia e da carga fiscal brasileiras, o negócio não saiu.
O economia keynesiano liberal Paul Krguman, ganhador do Prêmio Nobel de Economia, já prevê uma guerra comercial com sérios prejuízos ao eleitorado de Trump, que ainda corre sério risco de perder o programa de cobertura universal de saúde do governo Barack Obama.
segunda-feira, 2 de janeiro de 2017
Estado Islâmico reivindica autoria do Massacre do Ano Novo na Turquia
A organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante assumiu hoje a responsabilidade pelo ataque a uma casa noturna de Istambul, a maior cidade de Turquia em que 39 pessoas morreram e outras 69 saíram feridas.
O atirador está foragido. Ele foi descrito pelo grupo como "um soldado heróico do Califado que golpeou uma casa noturna famosa onde os cristãos celebravam suas festas apóstatas".
Antes de entrar no clube Reina, por volta de 1h15 da madrugada de 1º de janeiro (20h15 minutos de 31 de dezembro em Brasília), o atirador matou um policial e um agente de viagem. Lá dentro, onde havia cerca de 600 pessoas, disparou cerca de 120 tiros;
Pelo menos 25 mortos eram estrangeiros. Entre eles, cinco eram sauditas, três indianos, três libaneses, um belga, um kuwatiano, uma israelense, um marroquino, um líbio, um tuisiano e sua mulher franco-tunisiana.
O governo turco suspeita que o autor pertença à mesma célula terrorita responsável pelo ataque ao Aeroporto Mustafá Kemal Ataturk, em Istambul. Na semana passada, a polícia prendeu cerca de 150 suspeitos de ligação com o Estado Islâmico.
De início, foi dito que o terrorista estava fantasiado de Papai Noel. O primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, desmentiu essa versão, mas o atirador pode ter trocado de roupa antes de sair do clube Reina, uma casa noturna muito popular situada na margem do Estreito de Bósforo.
Os Estados Unidos teriam alertado a Turquia sobre o risco de atentados terroristas nas festas de Natal e Ano Novo, repudiadas pelos extremistas muçulmanos como celebrações cristãs.
O atirador está foragido. Ele foi descrito pelo grupo como "um soldado heróico do Califado que golpeou uma casa noturna famosa onde os cristãos celebravam suas festas apóstatas".
Antes de entrar no clube Reina, por volta de 1h15 da madrugada de 1º de janeiro (20h15 minutos de 31 de dezembro em Brasília), o atirador matou um policial e um agente de viagem. Lá dentro, onde havia cerca de 600 pessoas, disparou cerca de 120 tiros;
Pelo menos 25 mortos eram estrangeiros. Entre eles, cinco eram sauditas, três indianos, três libaneses, um belga, um kuwatiano, uma israelense, um marroquino, um líbio, um tuisiano e sua mulher franco-tunisiana.
O governo turco suspeita que o autor pertença à mesma célula terrorita responsável pelo ataque ao Aeroporto Mustafá Kemal Ataturk, em Istambul. Na semana passada, a polícia prendeu cerca de 150 suspeitos de ligação com o Estado Islâmico.
De início, foi dito que o terrorista estava fantasiado de Papai Noel. O primeiro-ministro turco, Binali Yildirim, desmentiu essa versão, mas o atirador pode ter trocado de roupa antes de sair do clube Reina, uma casa noturna muito popular situada na margem do Estreito de Bósforo.
Os Estados Unidos teriam alertado a Turquia sobre o risco de atentados terroristas nas festas de Natal e Ano Novo, repudiadas pelos extremistas muçulmanos como celebrações cristãs.
domingo, 1 de janeiro de 2017
Estado Islâmico é suspeito de massacre do Ano Novo em Istambul
Um terrorista supostamente disfarçado de Papai Noel matou pelo menos 39 pessoas e deixou outras 69 feridas no clube noturno Reina, em Istambul, a maior cidade de Turquia, num massacre de Ano Novo. A organização terrorista Estado Islâmico do Iraque e do Levante é a maior suspeita.
Era 1h15 da madrugada em Istambul (20h15min em Brasília) quando o terrorista abriu fogo. Entre os mortos, há pelo menos 16 estrangeiros da Arábia Saudita, da Bélgica, da França, de Israel, do Marrocos, do Líbano e da Líbia.
As forças de segurança turcas fazem uma caçada humana ao atirador. Pela natureza e o alvo do ataque, acredita-se que seja ligado ao Estado Islâmico. Os outros grupos atacam alvos governamentais. O EI ataca o setor turístico, manifestações de massa e casas noturnas que considera antros do pecado.
Em um ano e meio, o EI cometeu pelo menos seis atentados terroristas na Turquia, matando mais de 240 pessoas. O pior foi contra uma manifestação pela paz em Ancara, em 10 de outubro de 2015, quando mais de 100 pessoas morreram.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, declarou que o ataque visa a "semear o caos no país". O primeiro-ministro Yildirim desmentiu a versão de que o atirador estivesse vestido de Papai Noel.
A Turquia é alvo de terroristas de extrema esquerda, de guerrilheiros curdos e de extremistas muçulmanos. No caso, as maiores suspeitas recaem sobre o Estado Islâmico, responsável pelos maiores atentados ocorridos no país no ano passado.
O clube Reina é uma das casas noturnas mais populares da área próxima ao Estreito de Bósforo. Havia mais de 600 pessoas na casa festejando o Réveillon no momento do atentado.
Era 1h15 da madrugada em Istambul (20h15min em Brasília) quando o terrorista abriu fogo. Entre os mortos, há pelo menos 16 estrangeiros da Arábia Saudita, da Bélgica, da França, de Israel, do Marrocos, do Líbano e da Líbia.
As forças de segurança turcas fazem uma caçada humana ao atirador. Pela natureza e o alvo do ataque, acredita-se que seja ligado ao Estado Islâmico. Os outros grupos atacam alvos governamentais. O EI ataca o setor turístico, manifestações de massa e casas noturnas que considera antros do pecado.
Em um ano e meio, o EI cometeu pelo menos seis atentados terroristas na Turquia, matando mais de 240 pessoas. O pior foi contra uma manifestação pela paz em Ancara, em 10 de outubro de 2015, quando mais de 100 pessoas morreram.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, declarou que o ataque visa a "semear o caos no país". O primeiro-ministro Yildirim desmentiu a versão de que o atirador estivesse vestido de Papai Noel.
A Turquia é alvo de terroristas de extrema esquerda, de guerrilheiros curdos e de extremistas muçulmanos. No caso, as maiores suspeitas recaem sobre o Estado Islâmico, responsável pelos maiores atentados ocorridos no país no ano passado.
O clube Reina é uma das casas noturnas mais populares da área próxima ao Estreito de Bósforo. Havia mais de 600 pessoas na casa festejando o Réveillon no momento do atentado.
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