terça-feira, 31 de março de 2020

EUA e França passam China em mortes pelo coronavírus

Os Estados Unidos e a França superam a China em número de mortos pela pandemia do coronavírus, se o regime comunista chinês não estiver escondendo. A Espanha teve 849 mortes num dia. A França tem 499 mortes em 24 horas. Dois adolescentes, de 12 e 13 anos, morrem na Espanha.

O presidente Jair Bolsonaro volta a mentir e a enganar a população, distorcendo declarações do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde para defender a volta dos trabalhadores informais ao trabalho. A pandemia do coronavírus ameaça a democracia, com ditadores aproveitando para aumentar o poder com o estado de emergência.

No mundo inteiro, são 858 mil casos, 42 mil 139 mortes e 178 mil pacientes curados, mortalidade de 4,9%. Os Estados Unidos têm o maior número de casos, mais de 188 mil 530 contaminados e 3.889 mortes, com letalidade de 2 por cento. Só hoje morreram 821 pessoas nos Estados Unidos. 

A Itália é a segunda em número de casos, 105.972, e tem o maior número de mortes, 12.428, mortalidade de 11,7%. Só hoje morreram 837 pessoas na Itália, mas os epidemiologistas acreditam que a epidemia chegou ao pico. A curva se estabilizou e tende a cair. 

A Espanha registra 95.923 casos e 8.464 óbitos, com 748 mortos hoje. A mortalidade na Espanha está em 8,8%. 

A China, onde a pandemia começou, tem 82.290 casos e 3.305 mortes, mortalidade de 4%, se é que se pode confiar nas estatísticas do regime comunista. 

O governo chinês anunciou a retomada de 80% da atividade industrial, mas analistas da empresa de consultoria e análise estratégica Stratfor desconfiam por não verem o movimento nas ruas e estradas que isso implicaria. 

A ditadura China escondeu a notícia no início da epidemia. Agora, afirma que todos os casos novos são importados. 

A Alemanha tem 71.808 casos e 775 mortes. Com 130 mortes hoje, a letalidade subiu para quase 1,1%. 

A França tem 52.128 casos registrados e 3.523 mortes, sendo 449 em 24 horas, com mortalidade de 6,75%. 

O Irã em 44.605 casos e 2.898 mortes, com mortalidade de 6,5%, se a ditadura dos aiatolás não está mentindo. 

A Alemanha, a França e o Reino Unido estão exportando suprimentos médicos para o Irã, violando as sanções impostas pelo governo Donald Trump contra o programa nuclear iraniano. Meu comentário:

segunda-feira, 30 de março de 2020

Trump deixa claro que prioridade é salvar vidas e depois recuperar economia

O presidente Donald Trump muda de opinião e deixa claro que a prioridade é a emergência de saúde pública e depois a economia. A Itália ultrapassa 100 mil casos da pandemia do novo coronavírus. A Espanha passa a China e é o terceiro país em número de casos. 

O presidente Jair Bolsonaro insiste em encontrar populares e defender a retomada das atividades econômicas, mas o Ministério da Saúde reforça a orientação de manter o distanciamento social. 

No mundo inteiro, são 784 mil 314 caos, 37 mil 638 mortes e 165 mil 288 pacientes curados. Cerca de 43 por cento da população mundial, 3 bilhões e 380 milhões de pessoas estão em quarentena. 

Com mais de 60 mil casos e 914 mortes, o estado de Nova York é o novo centro da pandemia. Os Estados Unidos têm mais de 163 mil casos e passaram a marca de 3 mil mortes. 

O presidente Trump mudou de ideia ontem, depois que os médicos apresentaram estudos indicando que o país pode ter entre 100 mil e 2 milhões e 200 mil mortes. Trump desistiu da pretensão de reabrir totalmente os Estados Unidos até o Domingo de Páscoa, 12 de abril, e prorrogou as medidas de isolamento social até 30 de abril. Meu comentário:

Preço do petróleo cai abaixo de US$ 20 por barril nos EUA

Por causa da forte queda no consumo em meio à pandemia do novo coronavírus, da prorrogação das medidas de isolamento social nos Estados Unidos e da possibilidade de medidas de confinamento no Japão, os preços do petróleo sofreram nova queda forte. 

Nesta segunda-feira, o barril de petróleo do tipo West Texas Intermediate, do Golfo do México, padrão de referência do mercado americano, foi vendido a US$19,92, uma queda de 7,4%, o menor preço em 18 anos.

O barril do tipo Brent, do Mar do Norte, padrão de referência da Bolsa de Mercadorias de Londres, caiu 7,6% para US$ 23,03.

Robert Rennie, analista do mercado de energia da empresa Westpac, observou que "estamos chegando perto do ponto em que os produtores chegarão no limite da capacidade de armazenagem. Podem pagar aos consumidores para não de arcar com os custos de armazenamento."

A baixa aconteceu depois que o presidente Donald Trump prorrogou a orientação de distanciamento social até o fim de abril, num sinal de que a maior economia do mundo continua em quarentena por mais um mês.

Como o primeiro-ministro Shinzo Abe advertiu que o Japão está à beira de uma segunda onda de contaminação e pode adotar medidas de confinamento, a Bolsa de Valores de Tóquio chegou a cair 3,94% e no momento está em baixa de 1,97%.

Na pior das hipóteses, os economistas do banco Nomura esperam uma queda de 7% no produto mundial bruto de 2020.

domingo, 29 de março de 2020

Médico da força-tarefa dos EUA prevê 100 mil mortes no país

O presidente Donald Trump prorrogou até 30 da abril as medidas de contenção adotadas nos Estados Unidos depois que o Dr. Anthony Fauci, diretor do Instituto de Alergias e Doenças Infecciosas, previu que 100 mil pessoas podem morrer no país da pandemia do novo coronavírus. Na pior das hipóteses, admitiu Trump, seriam 2,2 milhões de mortes. Esses números alarmantes fizeram o presidente americano mudar de posição.

Hoje o total de casos da doença do novo coronavírus chegou a 723.328 casos, com 33.997 mortes e 151.991 pacientes curados, com mortalidade de 4,7% sem levar em conta os casos assintomáticos.

Os EUA têm o maior número de casos, 143.025, e 2.485 mortos, uma letalidade de 1,73%. Trump prometera reabrir lojas e igrejas até o Domingo de Páscoa, 15 de abril.

Agora, talvez lembrando que o presidente George W. Bush declarou "missão cumprida" no Iraque em 1º de maio de 2003 e o país não está em paz até hoje, Trump preferiu não declarar a vitória antes da hora e ser obrigado a voltar atrás e retomar a luta contra o coronavírus.

A Itália tem o maior número de casos depois dos EUA, 97.689, e o maior número de mortes: 10.779. Pelo segundo dia seguido, o número de mortes por dia baixou, para 756. O índice de mortalidade é o maior: 11,03%. O Ministério do Interior vai prorrogar o confinamento obrigatório além do prazo atual, 3 de abril.

A China, onde a pandemia começou, com o primeiro caso em 17 de novembro, tem 82.152 casos e hoje passou de 3,3 mil mortes, chegando a 3.304, mas o governo afirma que não há novos casos de transmissão interna. A taxa de letalidade é de 4,02%

Quarta em número de casos, 80.110, a Espanha é a segunda em número de mortes, logo atrás da Itália, com 6.803, mas teve o maior número de mortos hoje, 838. A letalidade está em 8,5%. O primeiro-ministro socialista Pedro Sánchez ordenou a paralisação de todas as atividades não essenciais por duas semanas.

Aqui no Brasil, são 4.256 casos e 136 mortes. Hoje o presidente Jair Bolsonaro voltou a se misturar com populares, desta vez na cidade de Ceilândia nos arredores de Brasília. O Twitter tirou da rede dois tuítes do presidente por "violar as regras" da empresa.

As redes sociais estão retirando do ar notícias falsas sobre a pandemia, num sinal de que podem fazer o mesmo, se quiserem, com propaganda política mentirosa.

sábado, 28 de março de 2020

Mortos pelo coronavírus na Itália são mais de 10 mil

O número de casos confirmados da pandemia do coronavírus de 2019 (Covid-19) chegou hoje a 664.608, com 30.878 mortes e 140.156 pacientes curados. Com 92.472 casos, a Itália tem o maior número de mortes: 10.023. Foram 889 óbitos só hoje. Os Estados Unidos têm mais casos, 124.377, e hoje ultrapassaram a marca de 2 mil mortes, chegando a 2.227 óbitos.

Nos EUA, hoje o centro da pandemia, o presidente Donald Trump recuou depois de cogitar impor uma quarentena aos estados de Nova York, Nova Jérsei e Connecticut. O governador nova-iorquino, Andrew Cuomo, chamou a possível quarentena de "uma declaração de guerra aos estados da União".

São mais de 52 mil casos e 700 mortes só no estado de Nova York. O governador declarou precisar de 30 a 40 mil respiradores artificiais e teme o colapso do sistema de saúde na próxima semana.

Aqui no Brasil, são 3.904 casos e 114 mortes. Hoje o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afastou na prática a tentativa do presidente Jair Bolsonaro de retomar as atividades econômicas. Mais uma vez, deixou claro que a quarentena é necessária para preparar o sistema único de saúde (SUS) para atender o grande número de pacientes esperado nas próximas semanas.

No fim da entrevista, Mandetta citou a preocupação de Bolsonaro com a economia como um aspecto importante na luta contra o coronavírus e anunciou que o governo se reúne neste domingo para discutir como e quando retomar atividades não essenciais.

A melhor maneira de fazer isso será com a testagem em massa da população para mapear o vírus e constatar se há mesmo uma grande quantidade de pessoas que foi atacada mas não desenvolveu a doença.

Quem estiver curado e tiver anticorpos em princípio não deve se contaminar de novo nem transmitir a doença. Portanto, estaria apto para voltar ao trabalho. Mas esta imunização ainda não está comprovada pela ciência.

O governo errou ao não se preparar para enfrentar a pandemia. Faltam testes até mesmo para jovens com sintomas da Covid-19. Assim, é impossível mapear a disseminação do vírus.

sexta-feira, 27 de março de 2020

Itália tem recorde de mais de 900 mortes num dia

A Itália tem um número recorde de mortos num dia pela pandemia do novo coronavírus, 919 óbitos, e ultrapassa a China em número de casos. Nos Estados Unidos, país com maior número de contaminados, são mais de cem mil casos. O presidente Donald Trump sanciona o plano econômico de US$ 2 trilhões, muda o tom e admite esperar para reabrir a economia quando a situação for segura.

Na contramão da ciência, o presidente Jair Bolsonaro gasta R$ 5 milhões sem licitação num vídeo de propaganda para defender a reabertura da economia, enquanto um estudo do Imperial College, de Londres, estima que mais de um milhão de pessoas podem morrer no Brasil se não houver medidas de restrição à circulação de pessoas.

No mundo inteiro, são mais de 590 mil casos e 27 mil mortes. Mais de 130 mil pessoas foram curadas. No Brasil, são 3 mil 417 casos e 97 mortes. Na melhor das hipóteses, o modelo do Imperial College prevê 44 mil mortes no Brasil; na pior, 1 milhão 150 mil. 

Se isolar só os idosos, como quer Bolsonaro, a expectativa é de 529 mil mortes. As medidas que o presidente se recusa a aceitar podem salvar mais de meio milhão de vidas. Foi um estudo desses que levou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, a adotar medidas de confinamento no Reino Unido. Hoje, Johnson revelou que pegou o coronavírus.

Com 769 mortes em 24 horas, o total de óbitos na Espanha chega a 5 mil 138, atrás apenas da Itália, que tem 9 mil 134 mortes e 86 mil e 500 casos. 

A Itália tem o maior número de mortes. Em número de casos, só fica atrás dos Estados Unidos, que tem 104 mil casos e mil 557 mortes, com 15 mil e 500 novos em 24 horas.

Com mais de 33 mil e 400 casos e 2 mil mortes, a França prorroga quarentena até 15 de abril. Meu comentário:

quinta-feira, 26 de março de 2020

Pandemia do novo coronavírus tem mais de meio milhão de casos

Com 100 mil casos em dois dias, o total de contaminados pela doença do novo coronavírus passa de meio milhão de pessoas. Mais da metade dos novos casos está nos Estados Unidos, na Espanha e na Itália. Os EUA ultrapassam a China e a Itália, tem mais de mil casos, o maior número de casos novos e quase 3 milhões de desempregado numa semana. Os países do Grupo dos Vinte países mais ricos do mundo prometem gastar US$ 5 trilhões para combater a pandemia e tentar evitar uma depressão da economia mundial. 

No mundo inteiro, são quase 532 mil casos e mais de 24 mil mortes. O Brasil tem 2.985 casos e 77 mortes. Dois dias do alerta da Organização Mundial da Saúde de que os Estados Unidos poderiam ser o novo centro da pandemia, a profecia se realizou. 

Os EUA têm mais de 85 mil e 500 casos e mil 290 mortes, com mortalidade de 1,5 por cento. Num dia, teve mais 273 mortes. Na Califórnia, morreu um jovem de 17 anos para desmentir a notícia falsa de que o coronavírus só mata idosos. 

A China, onde houve o surto inicial, há mais de 81 mil casos e 3 mil 287 óbitos, com letalidade de 4 por cento, mas hoje não registrou nenhum caso novo. A China fechou as fronteiras para evitar os casos importados. Meu comentário:

EUA denunciam Maduro por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro

O Departamento da Justiça dos Estados Unidos denunciou hoje o ditador Nicolás Maduro e mais de dez altos funcionários da Venezuela por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro - e ofereceram uma recompensa de US$ 15 milhões de dólares, mais de R$ 75 milhões, por informações que levem à sua captura.

As acusações, apresentadas em tribunais de Nova York, da Flórida e de Washington, são resultado de uma década de investigações. Maduro e os demais denunciados são acusados de agir em coordenação com guerrilheiros colombianos para enviar toneladas de cocaína para os EUA nos últimos 20 anos.

Em entrevista coletiva em Washington, o procurador-geral e secretário da Justiça do governo Donald Trump, William Barr, descreveu o regime chavista da Venezuela como "empestado pela criminalidade e a corrupção", dominado por "um sistema construído e controlado para enriquecer quem está nos altos escalões do governo".

O presidente da Corte Suprema da Venezuela, Maikel José Moreno, foi denunciado por receber milhões de dólares de propina e de gastar o dinheiro com artigos de luxo de propriedades na Flórida.

Maduro preside a um governo catastrófico, com uma depressão econômica que reduziu o produto interno bruto venezuelano à metade desde a morte do caudilho Hugo Chávez, em março de de 2013.

A Venezuela enfrenta uma hiperinflação superior a um milhão por cento ao ano e desabastecimento generalizado. Como muitos hospitais não nem água e fornecimento regular de energia elétrica, o impacto da pandemia do coronavírus deve ser catastrófico.

Em janeiro do ano passado, a Assembleia Nacional, controlada pela oposição, declarou a nulidade do novo mandato de Maduro, reeleito com fraude, e empossou seu presidente, Juan Guaidó, como presidente interino.

Mais de 50 países, inclusive os EUA, o Brasil e a maioria da União Europeia, reconhecem Guaidó como o presidente legítimo da Venezuela, mas sua tentativa de estimular um golpe militar fracassou.

Com o apoio da cúpula das Forças Armadas, envolvidas nos crimes do regime, Maduro continua no poder e dificilmente será levado à Justiça dos EUA. A denúncia é mais uma tentativa de forçar sua queda. Talvez o vírus seja mais eficiente.

Há um precedente. Em 1988, dois tribunais do júri de Miami e Tampa, na Flórida, denunciaram o então ditador do Panamá, general Manuel Antonio Noriega, por extorsão, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

Os EUA invadiram o Panamá em dezembro de 1989. Noriega foi preso e levado para julgamento nos EUA. Condenado a 40 anos de prisão, Noriega teve a pena reduzida para 17 anos por bom comportamento na cadeia.

Em 2010, o ex-ditador foi extraditado para a França, onde pegou 7 anos de prisão por lavagem de dinheiro. No ano seguinte, foi extraditado para o Panamá, onde morreu em 2017 de um tumor cerebral.

quarta-feira, 25 de março de 2020

Espanha passa a China e é segundo país em mortes pelo coronavírus

Com mais 738 óbitos, a Espanha ultrapassa a China. Já é o segundo país em número de mortes pela pandemia do novo coronavírus. Os Estados Unidos têm mais de 66 mil casos e pelo menos 944 mortes. A Casa Branca e o Congresso americano chegam a um acordo para aprovar um plano de US$ 2 trilhões, mais de R$ 10 trilhões de reais, para atacar a epidemia e sustentar a economia.

O presidente Jair Bolsonaro insiste em atacar as medidas de isolamento social. A embaixada dos EUA pede a todos os americanos que deixem o Brasil, que tem 2.554 casos e 59 mortes. No mundo inteiro, são 467.594 casos e 21.181 mortes. Mais de 113 mil pessoas foram curadas.

A Europa já tem conta mais de 13 mil mortes. Com quase 50 mil casas e 3 mil 647 mortes, a Espanha superou a China. É o segundo país com o maior número de mortes. A letalidade está em 7,4 por cento. O total de óbitos foi o maior num dia: 738 mortes. 

Na Itália, o país com maior número de mortes, mais 683 pessoas morreram em 24 horas, a Itália tem mais de 74 mil casos e 7 mil 503 mortes. A mortalidade chegou a 10 por cento.

Os Estados Unidos estão em terceiro lugar no número de casos, com mais de 66 mil casos, 11 mil a mais num dia, e pelo menos 944 mortes, com mortalidade de 1,4 por cento. 

A China, onde foi registrado o primeiro caso, em 17 de novembro, tem mais de 81 mil casos e 3 mil 287 mortes. Hoje, teve 67 casos novos, oficialmente todos importados, e 6 mortes. Meu comentário:

Congresso dos EUA aprova plano de US$ 2 trilhões para enfrentar pandemia

O Congresso dos Estados Unidos acaba de chegar a um acordo bipartidário aprovar a lei mais cara da história do país, um plano de US$ 2 trilhões, mais de R$ 10 trilhões de reais, para reforçar o sistema de saúde e ajudar os cidadãos e as empresas a enfrentar a pandemia do novo coronavírus. O presidente Donald Trump prometeu sancionar a lei assim que chegar à Casa Branca.

Serão US$ 250 bilhões para ajuda direta aos cidadãos que ganham menos de US$100 mil por ano, US$150 bilhões para estados e municípios, e US$130 bilhões para o sistema de saúde, inclusive para os laboratórios que estão pesquisando e desenvolvendo vacinas e tratamentos para a Covid-19, e US$ 50 bilhões para companhias aéreas.

As pequenas empresas vão receber US$ 350 bilhões para não falir. Os trabalhadores da pequenas empresas que não tiveram como pagar salários serão protegidos por um seguro-desemprego especial durante quatro meses, na expectativa de que voltem para o mesmo emprego quando a emergência de saúde pública acabar.

terça-feira, 24 de março de 2020

EUA podem ser novo centro da pandemia do coronavírus, alerta OMS

A Organização Mundial da Saúde advertiu hoje que os Estados Unidos tem potencial para se tornar o novo foco principal da pandemia do novo coronavírus. O presidente Donald Trump segue brigando com a ciência. Quer reabrir o país até o Domingo de Páscoa, 12 de abril. O número de mortes volta a subir na Itália e é o maior num dia na Espanha. 
Aqui no Brasil, o presidente Jair Bolsonaro faz um pronunciamento insano, contrariando todas as recomendações das autoridades de saúde. A Índia entra em quarenta. Um em cada três dos 7,7 bilhões de habitantes da Terra está em confinamento ou sob medidas de isolamento social. 

Já são 418 mil casos e 18 mil 615 mortes no mundo inteiro. Nas últimas 24 horas, 85 por cento dos casos novos foram registrados na Europa e nos Estados Unidos, sendo 40% nos Estados Unidos, alertou Margaret Harris, porta-voz da Organização Mundial da Saúde. 

A OMS alertou que “estamos vendo uma grande aceleração do número de casos” no país. É um grande surto e está se intensificando.


Os Estados Unidos são o terceiro país com maior número de casos: 53 mil 740 infectados e 696 mortes. 55% dos casos e 60% dos novos casos são na região metropolitana de Nova York. O governador de Nova York, Andrew Cuomo, recebeu 400 respiradores artificiais, mas afirmou que o estado precisa de 13 mil. 

Cuomo quer testar os pacientes curados para ver se criaram anticorpos. Assim, poderia voltar a trabalhar sem risco de se contaminar de novo. Meu comentário:

Olimpíada de Tóquio será adiada para o próximo ano

Por causa da pandemia do novo coronavírus, depois de muita pressão, pela primeira vez, uma olimpíada será adiada. Hoje o Comitê Olímpico Internacional (COI) cedeu, a pedido do primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe. Os Jogos de Tóquio começariam em 24 de julho. Devem ser realizados daqui a um ano.

A expectativa dos organizadores era que 5 milhões de pessoas do mundo inteiro assistissem à Olimpíada. Ontem, o Canadá e a Austrália anunciaram que não enviariam delegações. O Reino Unido, outros países e atletas do mundo inteiro apoiaram a decisão.

No início da pandemia, o Japão era um dos países com maior número de casos, em parte por causa de um navio de cruzeiro. O país conseguiu controlar a situação. Hoje, tem 1.140 casos e 42 mortes, menos infectados do que o Brasil, que tem 1.980 casos e 34 mortes. Mas o número de casos aumentou muito em Tóquio, que pode adotar medidas de confinamento.

Agora, espera-se que a pandemia seja controlada nos próximos meses para que os atletas possam voltar a treinar para brilhar naquele que é o maior palco de suas carreiras.

Outras competições importantes foram adiadas, como a Copa América e a Eurocopa, no futebol, e o Torneio Aberto de Tênis da França.

OMS alerta que pandemia do coronavírus está se acelerando

A Organização Mundial da Saúde (OMS) adverte: a pandemia do novo coronavírus está se acelerando. São mais de 378 mil casos, 16.497 mortes e mais de 100 mil doentes curados. O Reino Unido, a Holanda, Israel, a Nova Zelândia e a África do Sul anunciam novas medidas de confinamento obrigatório. 

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, faz um apelo mundial para um cessar-fogo em todas as guerras para que a humanidade possa se concentrar na luta contra o coronavírus. E a recessão da economia pode ser a pior desde a Grande Depressão (1929-39).

De Genebra, na Suiça, veio novo alerta do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom. Foram necessários 67 dias desde o primeiro caso registrado para o total chegar a 100 mil, em mais 11 dias chegou a 200 mil e apenas quatro dias para pular de 200 para 300 mil casos. 

Mais uma vez, a OMS apelou aos países para que façam mais testes, isolamento dos infectados e rastreamento daqueles que tiveram contato com eles.

Na Itália, o país com maior número de mortes, o total passou de 6 mil mortes para um total de 63.927 casos. A taxa de mortalidade subiu para 9,5 por cento. A boa notícia é que os novos casos e as mortes por dia estão diminuindo. Pode ser um sinal de que a epidemia chegou ao pico. Meu comentário:

segunda-feira, 23 de março de 2020

COI e governo do Japão admitem adiar a Olimpíada de Tóquio

Pela primeira vez, o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, admitiu hoje adiar os Jogos Olímpicos de Tóquio, que deveriam começar em 24 de julho, por causa da pandemia do novo coronavírus. O Comitê Olímpico Internacional (COI) devem tomar a decisão em quatro semanas.

O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) havia feito um pedido de adiantamento dos jogos. Ontem, o Canadá anunciou oficialmente que não participaria, aumentando a pressão sobre os organizadores. A Austrália também declarou que os Jogos não poderiam ser realizados nas atuais condições.

A Olimpíada de Tóquio pode ser realizada em escala menor, com menos atletas e menos competições. O mais provável é que seja adiada para o ano que vem, como aconteceu com torneios importantes do futebol mundial como a Copa América e a Eurocopa.

Em tempos de paz, os Jogos Olímpicos nunca foram cancelados. A Olimpíada de 1940, que seria realizada em Tóquio, foi adiada por causa da Segunda Guerra Mundial. Em 1980, em Moscou, os Jogos foram boicotados pelos Estados Unidos e aliados por causa da invasão soviética ao Afeganistão em 1979.

Já se fala que há uma maldição que atrapalha as olimpíadas a cada 40 anos.

domingo, 22 de março de 2020

Europa tem duas vezes mais casos do coronavírus do que China

O número de casos da doença do novo coronavírus na Europa já é o dobro da China. São 336 mil casos no mundo inteiro e 14.632 mortes. Mais de 100 milhões de americanos, um terço da população dos Estados Unidos, são orientados a ficar em casa. O Brasil tem 25 mortes e 1.546 casos confirmados da Covid-19.

Aqui no Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu o pagamento da dívida do estado de São Paulo com a União, liberando R$ 1,2 bilhão que seriam pagos nesta segunda-feira para o combate à pandemia. 

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, pediu à população que não se automedique com a hidroxicloroquina, que está sendo usada em tratamentos experimentais, inclusive nos EUA.

Hoje, o governo Donald Trump enviou hidroxicloroquina e azitromicina para o governo do estado de Nova York. O Nova York, Bill de Blasio, declarou que sem novos suprimentos o sistema de saúde da cidade estará sem condições de prestar os cuidados necessários.

A Itália teve 794 mortes no pior dia e hoje mais 651 mortes, elevando o total 5.476. Com mais de 59 mil casos, fica atrás apenas da China em número de casos.

Na China, onde a pandemia se originou, há mais de 81,5 mil casos, mas nenhum novo caso de transmissão interna, de acordo com o regime comunista. O total de mortos está em cerca de 3.267, com letalidade de 4%. 

Cerca de 43 mil chineses com o vírus não apresentaram qualquer sintoma: são os transmissores silenciosos, noticiou o jornal South China Morning Post, de Hong Kong.

Ontem, a cidade de Wuhan começou a desmantelar as barreiras internas à circulação de veículos sob aplausos do público, que voltou às ruas. Mas a cidade onde a pandemia se originou, provavelmente num mercado de carnes que vende carnes de 114 animais, ainda está fechada para fora. Wuhan entrou em confinamento obrigatório em 23 de janeiro.

A Espanha é a terceira em número de mortes, 1.772 para 28.768 casos, com mortalidade de 6,16%. Com mais de 33 mil infectados, os Estados Unidos ultrapassaram a Espanha em número de casos, mas tem menos mortes: 410. A mortalidade é de 1,23%.

Na entrevista coletiva diária da Casa Branca, o presidente Donald Trump anunciou o envio da Guarda Nacional aos estados mais atingidos, Nova York, Califórnia e Washington. Mas voltou a mentir para o povo americano, dando falsas esperanças, quando ainda não há um tratamento medicamentoso comprovadamente capaz de curar a doença. 

Narcisista patológico, ainda perdeu tempo falando de si, como perdeu dinheiro para ser presidente, o que é uma grande mentira.

Trump ganha dinheiro com a Presidência. Há pouco, uma delegação brasileira liderada pelo presidente Jair Bolsonaro se hospedou num de seus clubes de golfe. Delegações estrangeiras se hospedam na Trump Tower de Washington. 

No Senado dos EUA, os dois partidos não chegaram a um acordo para aprovar um plano de US$ 2 trilhões para sustentar a economia, com ajuda direta aos cidadãos e empréstimos a empresas para superar a crise. Um acusa o outro.

O quarto país em número de mortes é o Irã. Tem 21,6 mil casos e 1.685 mortes, com mortalidade de 7,79%.

A Alemanha é o quinto país em número de casos, atrás da China, da Itália, da Espanha e dos EUA. Com 94 mortes, tem a menor letalidade, 0,38%. A chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel entrou em quarentena por ter mantido contato com um médico infectado. Merkel proibiu encontros de mais de duas pessoas

Em Paris, o Parlamento da França aprovou o “estado de emergência sanitária”, que permite restringir as liberdades públicas para impor confinamentos, proibir a circulação, isolar pessoas infectadas, fechar temporariamente estabelecimentos, impedir reuniões públicas, limitar a liberdade de empreender e ordenar a requisição de bens e serviços.

Com 12 mil casos confirmados, a França teve mais 112 mortes num dia, elevando o total de mortos para 674, o que dá uma taxa de mortalidade de 4,2%. É o terceiro país europeu em número de mortos. 

Todos os outros países têm menos de 10 mil casos cada.

Nota: estes índices de mortalidade foram calculados pela divisão direta do número de mortes pelo número de casos confirmados. Um modelo matemático mais sofisticado teria de estimar o número de casos assintomáticos não computados. Podemos estar vendo só a ponta do iceberg.

sábado, 21 de março de 2020

Pandemia tem mais de 307 mil casos e 13 mil mortes

Com mais de 53,5 mil casos e 4.825 mortes, a Itália bateu hoje pelo terceiro dia consecutivo o recorde de mortes num dia na pandemia do novo coronavírus: 794. A taxa de mortalidade subiu para 9%.

No mundo inteiro, já são mais de 307 mil casos e 13.050 mortes, o que dá uma letalidade de 4,2%. Quase 93 mil pessoas foram curadas. Um bilhão de pessoas receberam orientação de ficar em casa.

O Brasil 1.128 casos e 18 mortes. A taxa de mortalidade está em 1,6%. Um doente na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, é o primeiro registrado numa favela carioca, onde a situação pode ser catastrófica.

Depois de contrariar a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), o governo brasileiro anunciou hoje que em breve terá 10 milhões de kits de exame. Serão instalados hospitais de campanha para que as pessoas possam fazer o teste em sistema de drive-thru, sem sair do carro.

Pelo terceiro dia seguido, a China, onde houve o primeiro surto, com o primeiro caso registrado em 17 de novembro, não teve nenhum caso novo de transmissão interna pelas estatísticas oficiais do regime comunista. Teve mais de 83 mil casos, 46 novos casos hoje, 3.261 mortes e mais de 72 mil casos de cura.

O terceiro país mais atingido é os Estados Unidos, com 26,6 mil casos, 340 mortes e mortalidade de 1,27%. Ultrapassou hoje em número de casos a Espanha, onde há 25,5 mil casos e o total de mortos passou de mil hoje e chegou a 1.381, com letalidade de 5,4%.

A Alemanha tem 22,3 mil casos, sendo mais de 2,5 mil casos novos hoje, 84 mortes e índice de letalidade de 0,37%.

No Irã, terceiro país em número de mortos, atrás apenas da Itália e da China, são mais de 20,6 mil casos, 1.556 mortes e uma taxa de mortalidade de 7,5%.

A França tem pouco menos de 14,5 mil casos, 562 mortes e taxa de letalidade de 3,9%. Dos 6.172 hospitalizados, 1.525 estão entubados. O governo francês encomendou à indústria 250 milhões de máscaras cirúrgicas. O confinamento, que no momento vai até o fim do mês, deve ser prorrogado com medidas mais duras, avisou o ministro do Interior, Christophe Castaner.

Todos os outros países têm menos de 10 mil casos da covid-19.

Cingapura, uma cidade-estado da Ásia vista como modelo do combate ao coronavírus, com 432 casos, teve hoje as primeiras duas mortes. A taxa de letalidade está em 0,46%.

Diante da ameaça de uma recessão e até de uma depressão da economia mundial, os EUA já pensam num plano de estímulo à retomada do crescimento na maior economia do mundo de US$ 2 trilhões, quase 10% do produto interno bruto.

Os programas de incentivo de cerca de 1% do PIB anunciados pelos países da Europa são considerados insuficientes. Na Alemanha, o governo prometeu um plano de 356 bilhões de euros de gastos públicos e destinou mais 822 bilhões de euros para emprestar a empresas e pessoas.

sexta-feira, 20 de março de 2020

Itália bate novo recorde com 627 mortes

A Itália bate um novo recorde de mortes pela pandemia do novo coronavírus. Os médicos chineses que estão ajudando o país a combater a doença criticam as falhas no confinamento. Os Estados Unidos fecham a fronteira com o México e mandam 75 milhões de americanos ficar em casa. E a Organização Mundial da Saúde adverte mais uma vez que os jovens não livres da doença.

Em Genebra, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, alertou que os jovens não são invulneráveis nem invencíveis: "Vocês não vão querer ficar semanas entubados, com risco de morrer. Nos Estados Unidos, 38 por cento dos internados nos EUA têm de 20 a 54 anos.

A Itália já registra mais de 47 mil casos e teve 627 mortes em 24 horas. O vice-presidente da Cruz Vermelha da China, Yang Huichuan, que está na Itália ajudando a combater a doença, advertiu que “ainda há festas e jantares em hotéis”, transportes coletivos funcionando, muita gente na rua e, mesmo nas áreas mais atingidas, as pessoas não usam máscaras.” 

No mundo inteiro, são mais de 272 mil casos e 11.310 mortes. Meu comentário:

quinta-feira, 19 de março de 2020

Itália passa a China em número de mortes pelo novo coronavírus

O total de mortes pelo novo coronavírus na Itália já é maior do que na China, onde a pandemia começou. O Brasil tem sete mortes. E os Estados Unidos estão preocupados com os jovens, que não correm tanto risco, mas podem contaminar os mais velho. No mundo inteiro, são quase 243 mil casos e 9.867 mortes.

A Itália tem mais de 41 mil casos e 3.405 mortes. A taxa de mortalidade está em 8,2 por cento. O primeiro-ministro Giuseppe Conte alertou que a quarentena deve ser prorrogada além do prazo previsto inicialmente, 3 de abril. Em Bérgamo, com o cemitério lotado, o Exército está levando os caixões para outros cemitérios.

A França vai prorrogar o confinamento, inicialmente previsto para durar 15 dias. Cento e oito pessoas morreram no país em 24 horas.

O total de casos na Alemanha aumentou um terço ontem para 11 mil casos e hoje chegou a 14 mil, com 42 mortes. A taxa de mortalidade subiu para 3 por cento. Meu comentário:

Bolsonaro finalmente reconhece a gravidade da pandemia

O presidente Jair Bolsonaro finalmente admite a gravidade da pandemia do novo coronavírus. A Itália tem um recorde de 475 mortes num dia, mais do que em qualquer dia na China, que afirma não ter registrado ontem, pela primeira vez desde o surto inicial, em novembro, nenhum caso novo de transmissão interna. As bolsas de valores voltam a desabar, numa indicação de que o mercado espera uma recessão global mesmo depois dos grandes planos de estímulo à economia.

Em entrevista coletiva em Brasília, ao lado de seus ministros, todos de máscaras cirúrgicas, o presidente mudou o tom, adotou uma postura conciliatória em relação ao Congresso e ao Supremo Tribunal Federal, mas ainda falou em histeria. 

Bolsonaro e os ministros deram um show sobre como não usar máscaras, tirando do rosto, tocando repetidas vezes e até mesmo pendurando na orelha. Mais uma amostra de como o governo está perdido. 

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, o último a falar no início da entrevista, tentou justificar por que o Brasil não segue a recomendação da Organização Mundial da Saúde de testar todos os casos suspeitos. Alegou que seria um desperdício de recursos. O Brasil continua atacando um inimigo invisível em saber onde ele está. 

Mais três pessoas morreram hoje no Brasil, elevando o total para 4. O país tem 372 casos e mais de 9 mil casos suspeitos. Faltam testes, faltam leitos hospitalares e vão faltar respiradores artificiais, justamente os problemas que causaram a tragédia na Itália. Meu comentário:

quarta-feira, 18 de março de 2020

Biden vence mais três primárias e consolida candidatura à Casa Branca

Com mais três amplas vitórias em eleições primárias em estados importantes, Flórida, Illinois e Arizona, o ex-vice-presidente Joe Biden aumentou sua liderança na disputa pela candidatura do Partido Democrata à Presidência dos Estados Unidos em 3 de novembro. 

A pressão para que o senador socialista Bernie Sanders desista e se una à campanha contra o presidente Donald Trump tende a aumentar. Na prática, ele não tem mais chance de provocar uma reviravolta.

Ao lado de Nova York, a Flórida é o terceiro estado que mais manda delegados ao Colégio Eleitoral que elege o presidente dos EUA (29), depois da Califórnia (55) e do Texas (38). É um estado com grande população de origem latino-americana que, ao contrário de outros estados, vota no Partido Republicano por causa da questão cubana.

Lá, Biden conquistou 61,9% dos votos e leva 130 delegados à Convenção Nacional Democrata, que vai indicar oficialmente o candidato, contra 22,8% e 48 delegados para Sanders.

Em Illinois, o estado onde o ex-presidente Barack Obama iniciou a carreira política, Biden venceu por 59,1% a 36,1%, conquistando 93 delegados contra 46 para Sanders.

É o estado onde fica Chicago, a terceira maior e mais importante cidade dos EUA, depois de Nova York e Los Angeles. Tem uma grande população negra que se identifica com Obama, é o quarto estado que mais envia delegados ao Colégio Eleitoral (20) e será decisivo na eleição presidencial.

No Arizona, um estado do Oeste com grande população de latinos e aposentados, por causa do calor, onde o Partido Republicano costuma vencer, a apuração ainda não terminou. Com 88% das urnas apuradas, Biden tem 43,6% contra 31,6% para Sanders.

Por enquanto, Biden leva 26 delegados e Sanders 22 à convenção democrata. Para o Colégio Eleitoral, o Arizona manda 11 delegados.

O estado de Ohio também deveria realizar eleições prévias hoje. As autoridades de saúde proibiram por causa da pandemia do novo coronavírus. A votação deve ser realizada pelo correio.

Por causa da pandemia, o Partido Democrata cogita não realizar sua convenção nacional. Se o candidato estiver definido, melhor. A campanha eleitoral migrou para a Internet. O fracasso da resposta inicial do governo Donald Trump ao coronavírus e a possível recessão ajudam a oposição.

terça-feira, 17 de março de 2020

EUA anunciam plano de US$1 trilhão para estimular a economia

O governo lançou hoje um plano de US$ 1 trilhão, mais de R$ 5 trilhões, para enfrentar o impacto da pandemia do novo coronavírus. Todo americano vai receber um cheque pelo correio para ajudar a superar a crise. A União Europeia fecha as fronteiras externas.


Aqui no Brasil, já são 321 casos confirmados. Hoje, houve a primeira morte, em São Paulo, de um homem de 62 anos com hipertensão e diabetes. Outra morte, de um homem de 69 anos com insuficiência respiratória e um parente portador do vírus, é considerada suspeita. Nenhum dos dois havia sido testado. O governo federal pediu ao Congresso que declare estado de calamidade pública.


Nos Estados Unidos, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, apresentou aos senadores do Partido Republicano o plano de salvação da maior economia do mundo. O pacote prevê pagamentos diretos no valor de 250 bilhões de dólares, mais de 1 trilhão 250 bilhões de reais. 

A Bolsa de Valores de Nova York subiu 5,2 por cento hoje, depois da queda de 13 por cento ontem, e arrastou a Bolsa de São Paulo, que subiu 4,85 por cento depois de queda de 14 por cento ontem. 

O aumento dos gastos públicos, das despesas de governo, é visto como a única maneira de evitar ou amenizar uma recessão da economia internacional. Os Estados Unidos têm 6 mil e 500 casos e 109 mortes. Meu comentário:

segunda-feira, 16 de março de 2020

OMS manda testar todos os suspeitos da doença do novo coronavírus

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda ampliar os testes. Não é esta a orientação das autoridades sanitárias aqui no Brasil. A União Europeia fecha as fronteiras externas e internas para combater a epidemia do novo coronavírus. O presidente Emmanuel Macron fecha a França declara guerra a um "inimigo invisível". 


No Brasil, o Rio e São Paulo desaconselham todas as interações sociais desnecessárias. O presidente Donald Trump admite que os Estados Unidos podem entrar em recessão. As bolsas de valores voltam a desabar diante da inação dos governos para enfrentar o impacto econômico da pandemia.


Durante entrevista coletiva em Genebra, na Suíça, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, aconselhou aos países-membros que examinem todos os pacientes com sintomas da doença do novo coronavírus e reforcem o isolamento dos contaminados.

“A forma mais eficaz de salvar vidas é quebrar a cadeia de transmissão", disse ele. "E para fazer isso precisa testar e isolar. Não se pode combater um incêndio de olhos fechados. Não conseguiremos parar a pandemia se não soubermos quem está infectado. Temos uma simples mensagem: testem, testem, testem. Todos os casos suspeitos. Se eles derem positivo, isolem”

Não é esta a orientação das autoridades sanitárias brasileiras, que só querem examinar quando o paciente apresentar complicações. É um reconhecimento implícito da falta de condições do sistema de saúde para enfrentar o desafio. Meu comentário:

domingo, 15 de março de 2020

Fed praticamente zera taxa de juros para combater impacto da pandemia

No segundo corte de emergência para enfrentar o impacto econômico da pandemia do coronavírus, o Conselho da Reserva Federal (Fed), a diretoria do banco central dos Estados Unidos, baixou a taxa básica de juros da economia americana em um ponto percentual para uma faixa de 0 a 0,25%. 


O Fed também vai comprar bônus da dívida pública do Tesouro e títulos da dívida hipotecária (crédito imobiliário) no valor de US$ 700 bilhões para aumentar a quantidade de dinheiro em circulação e assim a estimular a maior economia do mundo.


"O surto do coronavírus causou danos a comunidades e prejudicou a atividade econômica em muitos países, inclusive nos EUA", declarou em nota o Comitê de Mercado Aberto, responsável pela política de juros. "O Fed está preparado para usar sua ampla variedade de instrumentos para sustentar o fluxo de crédito para lares e empresas.

Para aumentar a quantidade de dinheiro em circulação, a partir de amanhã, o Fed vai comprar US$ 500 milhões em títulos da dívida pública do Tesouro dos EUA e US$ 200 milhões em títulos da dívida hipotecária.

Com medo de uma crise econômica capaz de abalar sua campanha à reeleição, o presidente Donald Trump. Mas a ação dos bancos centrais não basta. Assim que a medida foi anunciada, o Índice de Dow Jones, da Bolsa de Valores de Nova York, começou a cair no pregão eletrônico e baixou mil pontos.

O mercado entende que são necessários investimentos públicos maciços para sustentar a economia num momento de emergência de saúde pública. A ação dos bancos centrais não será suficiente.

No fim de semana, a Câmara dos Representantes aprovou lei para tornar o exame gratuito e oferecer auxílio-doença para trabalhadores obrigados a ficar em casa. O projeto está no Senado. O Congresso já aprovou uma verba de US$ 8 bilhões para financiar pesquisas sobre tratamentos contra o coronavírus e ajuda aos estados em necessidade.

Ao declarar estado de emergência nacional, na última sexta-feira, o presidente Trump prometeu a liberação imediata de US$ 50 bilhões para combater a pandemia.

Em entrevista ao programa This Week, da rede de televisão ABC, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, disse não acreditar que os EUA estejam numa recessão e prometeu trabalhar com o Congresso para combater o coronavírus e "usar todos os instrumentos que tivermos para ter a certeza de que a economia e os americanos que trabalham duro passem por esta."

Para o economista Mark Zandi, da empresa Moody's Analytics, "o ônus é claramente do governo Trump e do Congresso. Não há outra saída. As medidas tomadas até agora ajudam, mas é um tsuname. Eles precisam propor algo muito maior."

O banco J P Morgan Chase prevê uma queda de 2% no produto interno bruto dos EUA no primeiro trimestre e de 3% no segundo trimestre. Espera uma recuperação rápida no segundo semestre se o Congresso aprovar um programa de estímulo fiscal de US$ 500 bilhões.

sábado, 14 de março de 2020

Espanha também para a fim de enfrentar o coronavírus

A exemplo da Itália, a Espanha decretou estado de alerta e entrou hoje numa quarentena quase total para combater o coronavírus. Durante 15 dias, os 47 milhões de habitantes do país só vão poder sair de casa por razões de absoluta necessidade como trabalhar e comprar remédios, alimentos e produtos essenciais, informa o jornal espanhol El País.

O primeiro-ministro socialista Pedro Sánchez anunciou as medidas no início da noite deste sábado depois que a Espanha se tornou o segundo país da Europa com maior número de casos, depois da Itália. São 6.391, com 195 mortes e 517 curas, de acordo com Mapa do Coronavírus da Universidade Johns Hopkins. A mulher de Sánchez contraiu o vírus.

"A proibição de circular pelas ruas é obrigatória a partir de hoje", ordenou o primeiro-ministro em pronunciamento na televisão. Todas as atividades externas não essenciais estão proibidas. Para não paralisar totalmente a economia, os espanhóis podem sair para trabalhar, inclusive de carro e de avião.

Durou sete horas a reunião do Conselho de Ministros do regime parlamentarista espanhol, sob a presidência de Sánchez. Foi uma das mais longas da história. O primeiro-ministro precisou de mais de três horas de preparação para explicar as medidas ao povo espanhol.

Sánchez entrou no ar depois das nove da noite pelo horário espanhol (17h em Brasília), sete horas depois do previsto, no fim de um dia de intensas especulações em que o exame da mulher de Sánchez, Begoña Gómez, deu positivo para o coronavírus.

"Unicamente poderão circular pelas vias de uso público para a realização das seguintes atividades: aquisição de alimentos, produtos farmacêuticos e de primeira necessidade. Ida a centros de saúde. Deslocamento ao local de trabalho para prestação de serviços profissionais ou empresariais. Retorno ao local de residência habitual. Assistência e cuidado a idosos, menores, dependentes, pessoas com deficiência ou extremamente vulneráveis. Deslocamento até instituições financeiras. Por motivo de força maior ou situação de necessidade", detalhou o primeiro-ministro.

"Suspende-se a abertura ao público de lojas varejistas, com a exceção dos estabelecimentos comerciais de alimentação, bebidas, produtos e bens de primeira necessidade, estabelecimentos farmacêuticos, médicos, óticas, lojas de produtos ortopédicos e de produtos de higiene, cabeleireiros, papelaria e impressos, combustível automotivo, equipamentos tecnológicos e de telecomunicações, alimentos para animais domésticos, comércio eletrônico e telefônico, correios e lavanderias", acrescentou Sánchez.

Os transportes públicos vão oferecer 50% menos viagens. As igrejas continuam abertas, com a recomendação de não permitir a aglomeração de pessoas. Todas as outras atividades estão suspensas. O governo poderá intervir no mercado e em empresas para garantir o abastecimento de itens essenciais que estejam escassos.

Em tom épico, falando em humildade e confiança, o chefe de governo convocou o povo espanhol, os empresários e as Forças Armadas para a guerra contra a pandemia: "Usaremos todos os recursos a nosso alcance para combater a curva do contágio. É importante não nos enganarmos de inimigo, é o vírus e todos devemos combatê-lo juntos. As medidas que vamos adotar são drásticas e terão consequências."

Nesta guerra, apesar das autonomias regionais, o comando será centralizado em Madri: "Todas as polícias estarão sob as ordens diretas do ministro do Interior. Disporemos da ação das Forças Armadas. O Exército já está preparado", acrescentou o primeiro-ministro.

Há dias, havia rumores de que o governo fecharia Madri. A decisão foi parar o país inteiro.

Trump estende proibição de entrada de europeus a Reino Unido e Irlanda

O presidente Donald Trump proibiu hoje todas as viagens do Reino Unido e da Irlanda para os Estados Unidos a partir de meia-noite de segunda-feira. Amplia assim a restrição imposta desde hoje aos 26 países da União Europeia que fazem parte do Espaço Schengen, onde não havia controle interno de fronteiras antes da pandemia do novo coronavírus. 


Os cidadãos americanos e os residentes nos EUA estão isentos, mas devem ficar em quarentena durante 14 dias, o prazo de incubação da doença do novo coronavírus (Covid-19). O transporte de cargas não tem restrições.


Em entrevista coletiva na Casa Branca, Trump admitiu ter feito exame na sexta-feira. Pelo menos quatro pessoas da delegação brasileira que foi à Flórida com o presidente Jair Bolsonaro no fim de semana passada contraíram o coronavírus. Alguns estiveram na Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC), onde o vírus circulou.

A proibição de voos dos 26 países do Espaço Schengen começou hoje. Por causa da emergência de saúde pública, a Dinamarca, a Polônia e a República Tcheca já haviam proibido a entrada de estrangeiros. O Acordo de Schengen permite esta medida em crises de saúde.

O total de casos confirmados no mundo inteiro passou hoje de 144 mil, com 5.397 mortes.

sexta-feira, 13 de março de 2020

Trump repete o erro da China ao politizar o combate ao coronavírus

 O governo Donald Trump cometeu o mesmo erro que a China ao politizar o combate à epidemia do novo coronavírus, perdendo meses que poderia poupar muitas vidas - e o mesmo se pode dizer do presidente Jair Bolsonaro, que ainda duvida dos riscos. 

O objetivo das autoridades sanitárias é retardar ao máximo a inevitável transmissão da doença para evitar a sobrecarga dos sistemas de saúde. Alguns países, como a Alemanha, Cingapura, a Coreia do Sul, Hong Kong e Taiwan, aparentemente estão conseguindo.

Depois de negar o óbvio durante semanas, o presidente Donald Trump anunciou hoje à tarde em pronunciamento no jardim da Casa Branca a decretação de estado de emergência nacional por causa da pandemia do novo coronavírus. 

Trump citou a entrevista dada pela manhã pelo diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, apontando a Europa como principal foco da epidemia para defender a decisão de proibir a entrada nos Estados Unidos de pessoas vindas da Europa, com a exceção do Reino Unido e da Irlanda, o que não faz muito sentido. 

Ao lado de seu comitê de crise, o presidente americano tentou negar a responsabilidade pela falta de kits de exame em quantidade suficiente. Trump disse que há dez dias convocou os diretores da indústria farmacêutica para uma reunião na Casa Branca e prometeu que em duas semanas haverá 4 milhões de kits de exame e, em seguida, 5 milhões, mas, insistindo no erro anterior, sugeriu que talvez não seja necessária examinar tanta gente.

Um articulista da revista Foreign Affairs escreveu que uma pandemia tem de ser atacada como um incêndio florestal, concentrando todos os reforços disponíveis para combater cada foco. O que Trump e o regime comunista chinês fizeram foi deixar a floresta pegar fogo e aí se vangloriar por terem combatido um grande incêndio. Meu comentário:

Trump decreta emergência nacional nos EUA por causa do coronavírus

Depois de semanas negando a gravidade da situação, o presidente Donald Trump anuncia em pronunciamento neste momento no jardim da Casa Branca que declarou emergência nacional por causa da pandemia do novo coronavírus. A medida libera US$ 50 bilhões para o combate à doença.

O presidente americano citou a entrevista de hoje do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, dizendo que a Europa é agora o principal foco da pandemia para justificar a decisão anunciada na quarta-feira de proibir a entrada de cidadãos vindos da Europa, com a exceção de cidadãos americanos e residentes nos EUA.

Para se defender das acusações de inação e falta de exames suficientes, Trump alegou ter se reunido há 10 dias na Casa Branca com diretores da indústria farmacêutica e prometeu que 4 milhões de testes estarão disponíveis em duas semanas e, em seguida, 5 milhões, mas suscitou dúvidas sobre a necessidade de tantos exames.

Trump agradeceu ao Google por criar um sítio na Internet para as pessoas avaliarem o risco e entrarem em contato com as autoridades.

Principal foco da pandemia do coronavírus agora é a Europa

A Europa é o novo centro da pandemia do novo coronavírus, declarou hoje o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom. Há hoje mais casos novos na Europa por dia do que na China no auge da epidemia.

"Todo país que olha para a experiência dos outros com grandes epidemias e pensa que 'isto não vai acontecer conosco' está cometendo um grande erro. Pode acontecer em qualquer país", afirmou o diretor-geral da OMS.

A solução, recomenda a OMS, é "detectar, proteger e tratar" numa abordagem ampla que permita quebrar ou reduzir a transmissão da doença. A OMS enviou equipamentos de proteção para 56 países e está enviado para mais 20. Mandou 1,5 milhão de kits de exames para 120 países.

Até o momento, foram registrados mais de 137 mil casos em 123 países. O total de mortes passou hoje de 5 mil. A China, onde houve o primeiro surto, no início de dezembro, ontem houve menos de dez novos casos e menos de dez morte, a confiar nas estatísticas oficiais do regime comunista.

quinta-feira, 12 de março de 2020

EUA bombardeiam milícias xiitas no Iraque

Em retaliação à morte de dois soldados americanos e um britânico ontem num ataque de 18 foguetes o contra a base de Camp Taji, a Força Aérea dos Estados Unidos bombardeou hoje no Iraque milícias xiitas apoiadas pelo Irã. Os alvos foram cinco depósitos de armas situados ao sul de Bagdá pertencentes às milícias Kataib Hesbolá (Brigadas do Partido de Deus), responsáveis por várias ataques contra tropas americanas nos últimos meses.

O objetivo foi degradar a capacidade ofensiva das milícias contra os EUA e aliados, declarou em nota o Departamento da Defesa, o Pentágono, sem fazer uma estimativa de mortos e feridos. Anonimamente, alguns oficiais falaram em dezenas de mortos e feridos.

Houve contatos com o governo britânico, mas os EUA acabaram retaliando sozinhos. Os bombardeios foram "defensivos e proporcionais", alegou o Pentágono. As forças americanas no Iraque têm cerca de 5 mil soldados no Iraque.

"Os EUA não vão tolerar ataques contra nosso povo, nossos interesses e nossos aliados", afirmou o secretário da Defesa, Mark Esper. "Como mostramos nos últimos meses, faremos qualquer ação necessária para proteger nossas forças no Iraque ou em outras regiões."

Ataques anteriores das mesmas milícias xiitas financiadas, armadas e treinadas pelo Irã levaram o presidente Donald Trump a ordenar o assassinato do general Kassam Suleimani, comandante da Força Quods, força de elite da Guarda Revolucionária Islâmica para ações no exterior, no aeroporto de Bagdá, em 3 de janeiro de 2020.

A morte do general Suleimani aumentou a tensão e o risco de guerra entre os EUA e o Irã. Na época, o Irã fez uma retaliação que Trump disse não ter ferido ninguém. Depois, mais de cem soldados americanos apresentaram distúrbios atribuídos às ondas de choque das explosões.

Agora, as milícias argumentam que os ataques se justificam porque as forças americanas não obedeceram à decisão da Assembleia Nacional do Iraque de ordenar a retirada de todas as tropas estrangeiras do país.

Bolsas caem mais ainda com discurso nacionalista de Trump

As bolsas de valores tiveram hoje mais um dia de cão, depois do pronunciamento de ontem à noite do presidente Donald Trump, que acusou a China e a Europa pela epidemia do novo coronavírus, proibiu a entrada de estrangeiros vindos da Europa a partir desta sexta-feira e não anunciou nenhuma medida de impacto.


A França, Israel e Portugal suspenderam todas as aulas presenciais. Aqui no Brasil, depois que o secretário de Comunicação, Fábio Wejngarten, chegou dos Estados Unidos com o vírus, o presidente Jair Bolsonaro foi às redes sociais de máscara cirúrgica e desconvocou as manifestações marcada para domingo contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal.


Nos Estados Unidos, o Índice Dow Jones, da Bolsa de Valores de Nova York, caiu 10 por cento. Foi a maior baixa desde 19 de outubro de 1987, quando a perda foi de 22,6 por cento. 

Hoje, a queda foi maior na Europa, onde Londres recuou 10,87 por cento, Frankfurt 12,24 por cento e Paris 12,28 por cento. A Europa sofreu mais porque a proibição de voos anunciada por Trump agrava a crise econômica causada pelo coronavírus. 

No Brasil, o resultado foi ainda pior: a Bolsa de São Paulo suspendeu as operações duas vezes e caiu 14,78 por cento. O dólar chegou a 5 reais. Com a intervenção do Banco Central, fechou em 4,79 no câmbio oficial e em 5 reais o dólar-turismo. Só agora o governo vai criar um comitê para avaliar o impacto econômico da pandemia. 

Em Tóquio, onde o mercado já abriu na sexta-feira, a bolsa cai 10 por cento. Meu comentário:

quarta-feira, 11 de março de 2020

OMS declara pandemia e critica inação de governos

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu hoje finalmente que a doença do novo coronavírus virou uma pandemia, uma epidemia em escala global. A Itália reforçou a quarentena, fechando lojas, bares e restaurantes. Só farmácias, supermercados e lojas que vendem comida continuarão abertas. A entrega de refeições em domicílio está autorizada.

Na Alemanha, a chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel revelou o temor de que 50% a 70% da população sejam contaminados. Após menosprezar o risco, o presidente Donald Trump anunciou que nenhum pessoa vinda da Europa vai ser autorizada a entrar nos Estados Unidos durante 30 dias. A Casa Branca esclareceu que a medida só vale para estrangeiros.

A OMS declarou hoje uma pandemia porque "um novo vírus aparece e se propaga no mundo inteiro, na ausência de imunidade da grande maioria da população". 

"A OMS não para de monitorar este epidemia, e estamos muito inquietos pelos níveis de difusão e periculosidade, assim como pelos níveis alarmantes de inação" da sociedade internacional, afirmou o diretor-geral da organização, o etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus. 

"Nos próximos dias e semanas, esperamos ver o número de casos, de mortos e de países atingidos aumentar", acrescentou o diretor-geral da OMS. Meu comentário:

OMS declara que doença do coronavírus virou pandemia

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou hoje em Genebra, na Suíça, que os "níveis alarmantes de propagação" do novo coronavírus caracterizam uma pandemia porque "um novo vírus aparece e se propaga no mundo inteiro, na ausência de imunidade da grande maioria da população". É uma epidemia em escala global.

"A OMS não para de monitorar esta epidemia, e estamos muito preocupados pelos níveis de difusão e periculosidade, assim como pelos níveis alarmantes de inação" da sociedade internacional, afirmou o diretor-geral da organização, o etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus.

"Nos próximos dias e semanas, esperamos ver o número de casos, de mortos e de países atingidos aumentar", acrescentou o diretor-geral da OMS.

Desde o aparecimento do novo coronavírus na cidade de Wuhan, na China, no início de dezembro de 2019, quase 120 mil casos foram registrados e houve 4.379 mortes. A China tem mais de 80 mil casos, 3.158 mortes e 61.475 casos curados.

Em seguida, vem a Itália, com mais de 10 mil casos e 631 mortes; o Irã, com mais de 9 mil casos e 354 mortes; a Coreia do Sul, com 7.755 casos e 60 mortes; a França, com 1.784 casos e 33 mortes; os Estados Unidos, com 1.670 casos e 56 mortes; e a Alemanha, com 1.457 casos e duas mortes. Os outros países têm menos de mil casos.

No Brasil, onde há 50 casos, o número pode subir exponencialmente em semanas. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, lamentou que a OMS tenha demorado a reconhecer que a epidemia do novo coronavírus virou uma pandemia.

terça-feira, 10 de março de 2020

Biden ganha primárias democratas em Michigan, Missouri e Mississípi

Com uma grande vitória no estado de Michigan, maior prêmio das eleições prévias de hoje, o ex-vice-presidente Joe Biden reafirma sua liderança na disputa pela candidatura do Partido Democrata à Presidência dos Estados Unidos em 3 de novembro.

Apurados dois terços dos votos em Michigan, centro história da indústria automobilística americana, Biden lidera com 53% contra 39% para o senador socialista Bernie Sanders. No Mississípi, o estado mais pobre do país, onde o eleitorado democrata é sobretudo negro, o ex-vice-presidente venceu por 81% a 15%. No Missouri, a vitória foi de 60% a 34%.

Também realizam primárias hoje os estados de Dakota do Norte, Idaho e Washington. No fim da noite, Biden venceu em Idaho e Sanders em Dakota do Norte. No estado de Washington, a apuração ainda não acabou.

No discurso da vitória, na cidade da Filadélfia, onde cancelou um comício por causa da epidemia do coronavírus, depois de citar todos os ex-pré-candidatos democratas que aderiram à sua campanha, Biden se dirigiu aos partidários do adversário: "Quero agradecer a Bernie Sanders e seus partidários por sua energia inesgotável e sua paixão. Temos um objetivo comum. Juntos, vamos derrotar Donald Trump."

Em Michigan, Sanders obteve uma ampla vitória sobre Hillary Clinton nas eleições primárias de 2016. Na eleição presidencial, Hillary perdeu para o presidente Donald Trump por pouco mais de 10 mil votos. Fui um dos estados decisivos, ao lado de Ohio, Pensilvânia e Wisconsin, para a eleição de Trump.

Ao derrotar Sanders num estado onde o partido tem uma forte base operária, Biden se mostra capaz de vencer Trump num estado-chave em novembro.

Joe Biden tem o voto do eleitorado negro, em parte por ter sido vice-presidente de Obama, e a maioria do voto latino-americano por causa da perseguição de Trump a imigrantes. Seu desafio é reconquistar os eleitores das classes média e baixa branco sem curso superior que abandonaram o Partido Democrata e votaram no atual presidente.

Na disputa pelos delegados à Convenção Nacional do Partido Democrata que vai indicar o candidato da oposição de 13 a 16 de julho em Milwaukee, no estado de Wisconsin, Biden tem agora 812 contra 655 para Sanders.

Para garantir a indicação, um candidato preciso do apoio de no mínimo 1.991 delegados. Nesta noite, restam 129 delegados a serem alocados de acordo com os resultados das primárias ainda em apuração.

Confinamento é a estratégia para enfrentar o novo coronavírus

A Itália confina toda a população, de mais de 60 milhões de habitantes. É o primeiro país inteiro a entrar em quarentena. Diante da falta de uma vacina e de um tratamento eficaz contra a doença do novo coronavírus, talvez seja a melhor solução no momento para combater a epidemia. 

A Itália fechou. A partir de hoje, só é possível sair de casa por três motivos: para trabalhar, com um documento certificando a necessidade, para ir ao supermercado ou a farmácia. Em cada casa, apenas uma pessoa está autorizada a ir à farmácia ou ao supermercado. 

Todas as diversões públicas, inclusive os jogos do Campeonato Italiano, estão suspensas até 3 de abril. Com mais de 10 mil casos e 631 mortes, a Itália é o país mais atacado pelo coronavírus depois da China, onde o número de novos casos cai a cada dia. 

A China deixou o surto se propagar rapidamente por menosprezar a gravidade da doença e tentar esconder a má notícia. Quando a contaminação explodiu, o sistema de saúde ficou sobrecarregado. São mais de 80 mil casos na China, com 3 mil 133 mortes. 

Cingapura e Hong Kong, muito menos na verdade, são cidades-estado e não grandes países, então agiram rapidamente e conseguiram mitigar os danos causados pelo coronavírus através do isolamento, da quarentena, do rastreamento das pessoas que tiveram contato com doentes, o cancelamento de encontros, conferências e diversões públicas, e de examinar os suspeitos em grande escala. 

Cingapura cancelou logo todos os eventos públicos, instalou postos de saúde ambulantes nas ruas para tirar a temperatura e examinar quem passava, enquanto as empresas privadas distribuem produtos para desinfetar as mãos. Está funcionando. Meu comentário:

segunda-feira, 9 de março de 2020

Ameaça de recessão e guerra do petróleo derrubam bolsas pelo mundo

O medo de uma recessão mundial por causa da epidemia do novo coronavírus deflagra uma guerra nos preços do petróleo e derruba as bolsas de valores no mundo inteiro. Toda a Itália entra em quarentena para tentar parar a transmissão da doença. Nos Estados Unidos, quatro deputados, um senador e o novo chefe da Casa Civil vão para isolamento voluntário.

A principal causa do terremoto no mercado financeiro foi uma guerra de preços do petróleo. A China responde por 80 por cento das importações mundiais de petróleo e o consumo chinês caiu 28 por cento no mês passado. 

Na sexta-feira, a Rússia, segunda maior exportadora mundial, não aceitou uma proposta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, a OPEP, de corte na produção de um milhão e meio de barris por dia para tentar sustentar o preço. 

Em resposta, a Arábia Saudita, maior exportadora mundial, decidiu aumentar a produção e baixar os preços. Resultado: os preços do petróleo chegaram a cair 30 por cento na Bolsa de Mercadorias de Londres e terminaram o dia em baixa de 24 por cento, com o barril um pouco acima de 30 dólares, na maior queda desde o início da Guerra do Golfo de 1991. 

No fundo, seria uma manobra da Rússia para inviabilizar a produção de óleo betuminoso, que fez os Estados Unidos voltarem a ser os maiores produtores mundiais de energia. Abaixo de 40 dólares por barril, o óleo de xisto dá prejuízo. A Arábia Saudita é aliada dos Estados Unidos, mas também compete com o óleo de xisto. Meu comentário:

Petróleo cai 30% e arrasta bolsas da Ásia

Depois que Rússia e Arábia Saudita, em nome da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), não chegaram a um acordo na sexta-feira para reduzir a produção em 1,5 milhão de barris por dia, os preços do petróleo desabaram nesta segunda-feira. 

Por trás da forte queda, que arrastou bolsas de valores, estão a baixa no consumo com o impacto econômico da epidemia do novo coronavírus e uma guerra de preços deflagrada pela Arábia Saudita, maior exportador mundial.

O barril de petróleo do tipo Brent, do Mar do Norte, padrão de referência da Bolsa de Mercadoria de Londres, caiu 29,69% para US$ 31,83, enquanto o West Texas Intermediate (WTI), do Golfo do México, padrão do mercado americano, perdeu 32,19% e vale agora US$ 27,99.

É a maior queda num dia desde o início da Guerra do Golfo de 1991. No link, você acompanha as variações de preço.

Com o fracasso das exportações entre os grandes exportadores, a Arábia Saudita deflagrou uma guerra de preços, prometendo aumentar a produção e a oferta num momento de expectativa de forte queda da demanda.

Alguns analistas preveem uma queda nos preços do barril para US$ 20. Nesta faixa, a extração de óleo de xisto betuminoso, que tornou os EUA de novo no maior produtor mundial de energia, se torna economicamente difícil, se não inviável.

O rendimento dos títulos da dívida pública do Tesouro dos EUA com dez anos de prazo caiu abaixo de 0,5%, um recorde de baixa. O título de 30 anos rende menos de 1%, outro recorde de baixa. Os títulos da dívida americana são um dos instrumentos preferidos para investidores e fundos de pensão se protegerem em momentos de crise, na chamada fuga para a qualidade.

Na Ásia, a Bolsa de Valores de Tóquio cai 5% diante do temor cada vez dos investidores de recessão no Japão, enquanto a Bolsa de Hong Kong opera em baixa de 3,64%. Na China continental, Xangai e Xenzen perdem mais de 2%.

À medida que o vírus se propaga pelo mundo - e hoje já está na metade dos países -, a demanda por produtos chineses diminui. Já são mais de 110 mil casos no mundo inteiro, com 3.870 mortes e 99% dos novos casos anunciados hoje são fora da China. A Itália, segundo país com maior número de mortes, 366, colocou 16 milhões de pessoas em quarentena.

Em janeiro e fevereiro, a China registrou o primeiro déficit comercial em oito anos. As exportações caíram 17% em fevereiro na comparação anual para US$ 292,45 bilhões. As importações recuaram 4% para US$ 299 bilhões.

Vários economistas esperam uma contração na economia da China no primeiro trimestre de 2020, o que não acontece desde a Grande Revolução Cultural Proletária (1966-76), que terminou com a morte do Grande Timoneiro Mao Tsé-tung, antes das reformas de Deng Xiaoping, que transformaram o país na segunda maior economia do mundo.

A crise econômica do coronavírus é muito grave porque é uma crise de oferta e de demanda. A produção cai porque as empresas param de trabalhar e faltam suprimentos em várias cadeias produtivas. Então cai a oferta.

Ao mesmo tempo, as pessoas estão ficando em casa. Andam menos de automóvel. Não vão ao cinema ao teatro ou outras diversões públicas. Evitam bares, restaurantes e casas noturnas onde estarão perto de estranhos. Só as companhias aéreas estimam que terão perdas de US$ 113 bilhões

domingo, 8 de março de 2020

Força Aérea da Nigéria bombardeia Boko Haram na Floresta de Sambissa

A Força Aérea da Nigéria atacou na semana passada acampamentos da milícia extremista muçulmana Boko Haram na Floresta de Sambissa, no Nordeste do país. Na quinta-feira, a estrutura do campo Alafa C foi arrasada e os terroristas neutralizados, noticiou a televisão nigeriana citando fontes militares.

No seu segundo mandato popular, o presidente Muhammadu Buhari, ex-general e ex-ditador, decidiu lançar uma guerra total contra o grupo jihadista que aterroriza o Nordeste da Nigéria desde 2009, quando aderiu à luta armada para impor a lei islâmica na região.

Em 2015, o Boko Haram, que significa repúdio à educação ocidental, se dividiu. Surgiu a Província do Estado Islâmico na África Ocidental, que tem suas principais bases na beira do Lago Chade. Além da Nigéria, estes grupos atacam em Camarões, no Chade e no Níger.

A Província do Estado Islâmico na África Ocidental trata seus civis muçulmanos melhor do que o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, o original, e que o Boko Haram. Cava poços de água, policia o pastoreio do gado, oferece serviços de saúde e pune seus milicianos em casas de abusos de civis.

Nas regiões que domina, os civis pagam impostos ao grupo como se fosse um governo legítimo e consideram o ambiente de negócios melhor do que sob o Estado nigeriano.

Para derrotar a insurgência, além do aspecto militar, o governo da Nigéria precisa reconquistar a confiança da população, oferecer serviços públicos de melhor qualidade, combater a impunidade das forças de segurança, garantir o funcionamento dos mercados locais e manter um canal de comunicação com os rebeldes.

sábado, 7 de março de 2020

Combates violentos rompem cessar-fogo na Líbia

O autointitulado Exército Nacional da Líbia (ENL), comandando pelo general Khalifa Hifter, e as forças leais ao Governo do Acordo Nacional (GAN), liderado pelo primeiro-ministro Fayez al-Sarraj e reconhecido internacional, voltaram a travar violentos combate na quinta-feira ao sul da capital, Trípoli.

Foi mais um assalto dentro da ofensiva rumo a Trípoli meses atrás por Hifter, que controla a região de Trípoli, no Leste da Líbia, na tentativa de assumir o controle sobre todo o território nacional. O ELN avançou, mas os combates cessaram na manhã de sexta-feira.

Durante dois dias, os soldados do ENL testaram as milícias leias a Al-Sarraj que defendem a capital, especialmente nos subúrbios da Zona Sul. O ministro do Interior do GAN, Fathi Bachagha, prometeu usar força total para libertar o país inteiro das "milícias ilegais" do ELN.

A Líbia vive em estado de anarquia desde a queda e morte, em 2011, do coronel Muamar Kadafi, que governava o país ditatorialmente desde 1969. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e o secretário-geral da Liga Árabe, Abul Gheit, fizeram um apelo de cessar-fogo.

sexta-feira, 6 de março de 2020

Aliança de Netanyahu fica três cadeiras abaixo da maioria na Knesset

Com o fim da apuração dos votos da eleição de 2 de março, o partido conservador Likud, do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, ficou com 36 deputados contra 33 do partido Azul e Branco, de centro-direita. 


A aliança liderada por Netanyahu conquistou 58 cadeiras na Knesset, o Parlamento de Israel, de 120 cadeiras. Terá três deputados a menos do que o necessário para ter maioria absoluta e formar um governo.


Talvez o primeiro-ministro tenha festejado a vitória antes do tempo. Essas foram as terceiras eleições em menos de um ano em Israel. Mais uma vez, o resultado foi inconclusivo. Nenhum dos blocos parece em condições de formar um governo de maioria.

Netanyahu deve ser o primeiro líder a ser convidado pelo presidente Reuven Rivlin para tentar articular um governo. Se não conseguir, o general da reserva Benny Gantz, ex-comandante das Forças de Defesa de Israel, terá mais uma chance, como nas duas eleições anteriores.

A saída para este impasse seria a formação de um governo de união nacional do Likud como Azul e Branco, como antes da Guerra dos Seis, em 1967, e depois das eleições de 1984 e de 2009. Mas Gantz se nega a formar governo com o Likud enquanto Netanyahu for o líder porque o primeiro-ministro foi denunciado criminalmente por quatro escândalos de corrupção.

Chefe de governo que ficou mais tempo no poder em Israel, superando no ano passado o fundador do país, David ben Gurion, Netanyahu luta não só por sua carreira política, mas para não ir para a cadeia.