O medo de uma recessão mundial por causa da epidemia do novo coronavírus deflagra uma guerra nos preços do petróleo e derruba as bolsas de valores no mundo inteiro. Toda a Itália entra em quarentena para tentar parar a transmissão da doença. Nos Estados Unidos, quatro deputados, um senador e o novo chefe da Casa Civil vão para isolamento voluntário.
A principal causa do terremoto no mercado financeiro foi uma guerra de preços do petróleo. A China responde por 80 por cento das importações mundiais de petróleo e o consumo chinês caiu 28 por cento no mês passado.
Na sexta-feira, a Rússia, segunda maior exportadora mundial, não aceitou uma proposta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, a OPEP, de corte na produção de um milhão e meio de barris por dia para tentar sustentar o preço.
Em resposta, a Arábia Saudita, maior exportadora mundial, decidiu aumentar a produção e baixar os preços. Resultado: os preços do petróleo chegaram a cair 30 por cento na Bolsa de Mercadorias de Londres e terminaram o dia em baixa de 24 por cento, com o barril um pouco acima de 30 dólares, na maior queda desde o início da Guerra do Golfo de 1991.
No fundo, seria uma manobra da Rússia para inviabilizar a produção de óleo betuminoso, que fez os Estados Unidos voltarem a ser os maiores produtores mundiais de energia. Abaixo de 40 dólares por barril, o óleo de xisto dá prejuízo. A Arábia Saudita é aliada dos Estados Unidos, mas também compete com o óleo de xisto. Meu comentário:
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