A Força Aérea da Nigéria atacou na semana passada acampamentos da milícia extremista muçulmana Boko Haram na Floresta de Sambissa, no Nordeste do país. Na quinta-feira, a estrutura do campo Alafa C foi arrasada e os terroristas neutralizados, noticiou a televisão nigeriana citando fontes militares.
No seu segundo mandato popular, o presidente Muhammadu Buhari, ex-general e ex-ditador, decidiu lançar uma guerra total contra o grupo jihadista que aterroriza o Nordeste da Nigéria desde 2009, quando aderiu à luta armada para impor a lei islâmica na região.
Em 2015, o Boko Haram, que significa repúdio à educação ocidental, se dividiu. Surgiu a Província do Estado Islâmico na África Ocidental, que tem suas principais bases na beira do Lago Chade. Além da Nigéria, estes grupos atacam em Camarões, no Chade e no Níger.
A Província do Estado Islâmico na África Ocidental trata seus civis muçulmanos melhor do que o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, o original, e que o Boko Haram. Cava poços de água, policia o pastoreio do gado, oferece serviços de saúde e pune seus milicianos em casas de abusos de civis.
Nas regiões que domina, os civis pagam impostos ao grupo como se fosse um governo legítimo e consideram o ambiente de negócios melhor do que sob o Estado nigeriano.
Para derrotar a insurgência, além do aspecto militar, o governo da Nigéria precisa reconquistar a confiança da população, oferecer serviços públicos de melhor qualidade, combater a impunidade das forças de segurança, garantir o funcionamento dos mercados locais e manter um canal de comunicação com os rebeldes.
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