domingo, 22 de março de 2020

Europa tem duas vezes mais casos do coronavírus do que China

O número de casos da doença do novo coronavírus na Europa já é o dobro da China. São 336 mil casos no mundo inteiro e 14.632 mortes. Mais de 100 milhões de americanos, um terço da população dos Estados Unidos, são orientados a ficar em casa. O Brasil tem 25 mortes e 1.546 casos confirmados da Covid-19.

Aqui no Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu o pagamento da dívida do estado de São Paulo com a União, liberando R$ 1,2 bilhão que seriam pagos nesta segunda-feira para o combate à pandemia. 

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, pediu à população que não se automedique com a hidroxicloroquina, que está sendo usada em tratamentos experimentais, inclusive nos EUA.

Hoje, o governo Donald Trump enviou hidroxicloroquina e azitromicina para o governo do estado de Nova York. O Nova York, Bill de Blasio, declarou que sem novos suprimentos o sistema de saúde da cidade estará sem condições de prestar os cuidados necessários.

A Itália teve 794 mortes no pior dia e hoje mais 651 mortes, elevando o total 5.476. Com mais de 59 mil casos, fica atrás apenas da China em número de casos.

Na China, onde a pandemia se originou, há mais de 81,5 mil casos, mas nenhum novo caso de transmissão interna, de acordo com o regime comunista. O total de mortos está em cerca de 3.267, com letalidade de 4%. 

Cerca de 43 mil chineses com o vírus não apresentaram qualquer sintoma: são os transmissores silenciosos, noticiou o jornal South China Morning Post, de Hong Kong.

Ontem, a cidade de Wuhan começou a desmantelar as barreiras internas à circulação de veículos sob aplausos do público, que voltou às ruas. Mas a cidade onde a pandemia se originou, provavelmente num mercado de carnes que vende carnes de 114 animais, ainda está fechada para fora. Wuhan entrou em confinamento obrigatório em 23 de janeiro.

A Espanha é a terceira em número de mortes, 1.772 para 28.768 casos, com mortalidade de 6,16%. Com mais de 33 mil infectados, os Estados Unidos ultrapassaram a Espanha em número de casos, mas tem menos mortes: 410. A mortalidade é de 1,23%.

Na entrevista coletiva diária da Casa Branca, o presidente Donald Trump anunciou o envio da Guarda Nacional aos estados mais atingidos, Nova York, Califórnia e Washington. Mas voltou a mentir para o povo americano, dando falsas esperanças, quando ainda não há um tratamento medicamentoso comprovadamente capaz de curar a doença. 

Narcisista patológico, ainda perdeu tempo falando de si, como perdeu dinheiro para ser presidente, o que é uma grande mentira.

Trump ganha dinheiro com a Presidência. Há pouco, uma delegação brasileira liderada pelo presidente Jair Bolsonaro se hospedou num de seus clubes de golfe. Delegações estrangeiras se hospedam na Trump Tower de Washington. 

No Senado dos EUA, os dois partidos não chegaram a um acordo para aprovar um plano de US$ 2 trilhões para sustentar a economia, com ajuda direta aos cidadãos e empréstimos a empresas para superar a crise. Um acusa o outro.

O quarto país em número de mortes é o Irã. Tem 21,6 mil casos e 1.685 mortes, com mortalidade de 7,79%.

A Alemanha é o quinto país em número de casos, atrás da China, da Itália, da Espanha e dos EUA. Com 94 mortes, tem a menor letalidade, 0,38%. A chanceler (primeira-ministra) Angela Merkel entrou em quarentena por ter mantido contato com um médico infectado. Merkel proibiu encontros de mais de duas pessoas

Em Paris, o Parlamento da França aprovou o “estado de emergência sanitária”, que permite restringir as liberdades públicas para impor confinamentos, proibir a circulação, isolar pessoas infectadas, fechar temporariamente estabelecimentos, impedir reuniões públicas, limitar a liberdade de empreender e ordenar a requisição de bens e serviços.

Com 12 mil casos confirmados, a França teve mais 112 mortes num dia, elevando o total de mortos para 674, o que dá uma taxa de mortalidade de 4,2%. É o terceiro país europeu em número de mortos. 

Todos os outros países têm menos de 10 mil casos cada.

Nota: estes índices de mortalidade foram calculados pela divisão direta do número de mortes pelo número de casos confirmados. Um modelo matemático mais sofisticado teria de estimar o número de casos assintomáticos não computados. Podemos estar vendo só a ponta do iceberg.

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