Em retaliação à morte de dois soldados americanos e um britânico ontem num ataque de 18 foguetes o contra a base de Camp Taji, a Força Aérea dos Estados Unidos bombardeou hoje no Iraque milícias xiitas apoiadas pelo Irã. Os alvos foram cinco depósitos de armas situados ao sul de Bagdá pertencentes às milícias Kataib Hesbolá (Brigadas do Partido de Deus), responsáveis por várias ataques contra tropas americanas nos últimos meses.
O objetivo foi degradar a capacidade ofensiva das milícias contra os EUA e aliados, declarou em nota o Departamento da Defesa, o Pentágono, sem fazer uma estimativa de mortos e feridos. Anonimamente, alguns oficiais falaram em dezenas de mortos e feridos.
Houve contatos com o governo britânico, mas os EUA acabaram retaliando sozinhos. Os bombardeios foram "defensivos e proporcionais", alegou o Pentágono. As forças americanas no Iraque têm cerca de 5 mil soldados no Iraque.
"Os EUA não vão tolerar ataques contra nosso povo, nossos interesses e nossos aliados", afirmou o secretário da Defesa, Mark Esper. "Como mostramos nos últimos meses, faremos qualquer ação necessária para proteger nossas forças no Iraque ou em outras regiões."
Ataques anteriores das mesmas milícias xiitas financiadas, armadas e treinadas pelo Irã levaram o presidente Donald Trump a ordenar o assassinato do general Kassam Suleimani, comandante da Força Quods, força de elite da Guarda Revolucionária Islâmica para ações no exterior, no aeroporto de Bagdá, em 3 de janeiro de 2020.
A morte do general Suleimani aumentou a tensão e o risco de guerra entre os EUA e o Irã. Na época, o Irã fez uma retaliação que Trump disse não ter ferido ninguém. Depois, mais de cem soldados americanos apresentaram distúrbios atribuídos às ondas de choque das explosões.
Agora, as milícias argumentam que os ataques se justificam porque as forças americanas não obedeceram à decisão da Assembleia Nacional do Iraque de ordenar a retirada de todas as tropas estrangeiras do país.
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