quarta-feira, 4 de março de 2020

Bloomberg deixa corrida à Casa Branca e apoia Biden

Depois de gastar meio bilhão de dólares na sua própria campanha e de um desempenho fraco ontem na superterça-feira, o ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg abandonou hoje a disputa pela candidatura do Partido Democrata à Presidência dos Estados Unidos em 3 de novembro. 

Bloomberg anunciou apoio ao ex-vice-presidente Joe Biden, o grande vencedor ontem, para barrar o senador socialista Bernie Sanders, que será um adversário fácil para o presidente Donald Trump.

"Depois dos resultados de ontem, a matemática dos delegados se tornou virtualmente impossível. Um caminho viável para a nomeação não existe mais", declarou Bloomberg.

"Sempre acreditei que a derrota de Donald Trump começa pela união em torno do candidato com melhores condições de fazê-lo. Depois da votação de ontem, está claro que este candidato é meu amigo Joe Biden, um grande americano. Vou trabalhar para que seja o próximo presidente dos EUA", acrescentou.

É o quarto pré-candidato ao deixar a corrida à Casa Branca dos democratas, depois do deputado Beto O'Rourke, do ex-prefeito Pete Buttigieg e da senadora Amy Klobuchar, numa reação da cúpula e da ala moderada do Partido Democrata, que considera Sanders inelegível.

O senador por Vermont parecia estar numa ascensão irresistível. Se tivesse vencido ontem, provavelmente abriria uma vantagem capaz de garantir a maioria dos delegados à Convenção Nacional do Partido Democrata, que vai indicar o candidato de 13 a 16 de julho, em Milwaukee, no estado de Wisconsin.

Sanders se apresenta como um socialista. Seu programa prevê um enorme aumento nos gastos públicos para financiar um sistema de saúde estatal para todos, universidade gratuita e outras propostas que seduzem especialmente os jovens. Mas a participação dos jovens ontem foi fraca. A "revolução jovem" do senador veterano não aconteceu e a coalizão formada por Sanders parece ter chegado ao limite.

Biden ganhou com os votos do eleitorado negro e dos idosos. Ele tem forte apelo junto à classe trabalhadora sem curso superior, um segmento decisivo para a vitória de Trump em 2016.

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