Os Estados Unidos abandonaram no ano passado o Acordo sobre Forças Nucleares Intermediárias, assinado em 1987 pelo presidente americano Ronald Reagan e o líder soviético Mikhail Gorbachev. Foi o primeiro a eliminar toda uma classe de armas nucleares, os mísseis de curto e médio alcances baseados em terra.
Em 2021, expira o Novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas, assinado em 2010 pelos Estados Unidos e a Rússia. O presidente Donald Trump só aceita renegociar e a China também for incluída. Mas a China tem muito menos armas atômicas do que Estados Unidos e Rússia. Não vai aceitar um status inferior e Washington e Moscou não vão querer dar paridade. Há um impasse.
O risco de guerra nuclear entre superpotências é menor porque seria a destruição mutuamente assegurada. É uma guerra que não podem ganhar.
Ao mesmo tempo, o Irã poderá ter em meses a quantidade de urânio enriquecido necessária para uma bomba atômica. Se os Estados Unidos e Israel não bombardearem preventivamente como ameaçam, e o Irã tiver armas nucleares, outras potências regionais do Oriente Médio como a Arábia Saudita e a Turquia não vão querer ficar atrás.
A Coreia do Norte virou uma potência nuclear. Diante da relutância do governo Trump de garantir a proteção de aliados, a Coreia do Sul pode fazer armas atômicas e quem sabe até o Japão, que teria de mudar a Constituição.
Mas a ameaça mais imediata é de uma guerra nuclear entre a Índia e o Paquistão depois que o governo ultranacionalista hindu do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, intensificou a discriminação aos muçulmanos. Meu comentário:
Nenhum comentário:
Postar um comentário