sábado, 30 de abril de 2011

Líbia anuncia morte de filho e netos de Kadafi

O governo da Líbia anunciou agora à noite que um bombardeio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) contra uma das residências da família do ditador Muamar Kadafi em Trípoli, a capital do país, causou a morte de seu filho mais moço, Saif al-Arab Kadafi, e de três netos.

Kadafi e a mulher estavam no prédio. Saif, de 29 anos, estudava na Alemanha e não tinha maior envolvimento com o governo.

Kadafi propõe trégua e negociação

Depois de um mês e meio de bombardeios da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), o ditador da Líbia, coronel Muamar Kadafi, pediu hoje um cessar-fogo e negociações com as grandes potências ocidentais.

"Venham negociar conosco,americanos, britanicos e franceses", apelou o ditador. "São vocês que estão nos atacando, aterrorizando nossas crianças e destruindo nossa infraestrutura para tomar o petróleo."

Os Estados Unidos, a França e o Reino Unido exigem a saída de Kadafi, no poder há 41 anos, como precondição para negociar.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Manning sai do isolamento e é considerado capaz

O cabo Bradley Manning, principal acusado pelo vazamento de centenas de milhares de documentos sigilosos dos Estados Unidos divulgados pelo sítio de Internet WikiLeaks, foi considerado "mentalmente capaz" de ir a julgamento.

Ao ser classificado como "preso de periculosidade média", Manning vai sair da solitária e poderá interagir com dez outros detentos que esperam julgamento na prisão do Forte Leavenworth.

O relator especial das Nações Unidas sobre tortura, Juan Mendes, teve um pedido para visitar Manning negado pela Justiça Militar dos EUA.

Há um movimento mundial pedindo sua libertação que o apresenta como primeiro preso político da era digital.

Total de desempregados na Espanha é recorde

O total de desempregados na Espanha chegou ao número recorde de 4.910.200 de trabalhadores no primeiro trimestre de 2011. A taxa de desemprego está em 21,19%, abaixo do recorde de 24,55% em 1994.

Nos primeiros três meses do ano, foram extintas mais 256,5 mil vagas na Espanha. Os lares onde toda a família está sem emprego somam 1,386 milhões.

Dólar tem pior semana em dois anos e meio

A moeda americana caiu nesta semana a sua menor cotação em dois anos e meio por causa do crescente pessimismo com a economia dos Estados Unidos, da decisão da Reserva Federal de manter o afrouxamento monetário e das dúvidas sobre a sustentabilidade de sua dívida pública.

O mercado já aposta que o euro, que chegou a US$ 1,48, suba para US$ 1,60 nos próximos meses, revela o jornal The Wall St. Journal. Um dólar compra apenas 81,10 ienes.

Essa fraqueza do dólar é atribuída pelo analista Peter Schiff, presidente da empresa Euro Pacific Capital, à ação das autoridades monetárias dos EUA. Na sua opinião, "é a melhor alternativa. Se elevarem as taxas de juros para fortalecer o dólar, o mercado imobiliário vai entrar em colapso de novo, levando a economia de volta à recessão".

Vendas no varejo caem 2,1% na Alemanha

As vendas ao consumidor na Alemanha caíram 2,1% em março depois de baixar 0,4% em fevereiro, informa o jornal The Wall St. Journal

Os economistas previam uma queda de 0,4%. A redução foi atribuída a uma perda de confiança do consumidor alemão por causa da incerteza criada pelo terremoto e maremoto no Japão e as revoluções no mundo árabe.

Inflação na Eurozona é a maior em dois anos e meio

O índice de preços ao consumidor nos 17 países da Zona do Euro subiu de 2,7% para 2,8% ao ano em abril, a maior taxa desde outubro de 2008, quando a economia europeia começou a sofrer o impacto mais forte da crise financeira mundial.

Isso aumenta a pressão para que o Banco Central da Europa aumente de novo sua taxa básica de juros, que subiu no início do mês de 1% para 1,25% ao ano, observa o jornal The Wall St. Journal.

NASA adia último voo de ônibus espacial

Por problemas técnicos, a Administração Nacional de Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos  (NASA) adiou por 48 horas o lançamento do Endeavour para a última missão de um ônibus espacial.

A nave será comandada pelo astronauta Mark Kelly, marido da deputada Gabrielle Giffords, baleada num atentado no Arizona em janeiro de 2011.

Polícia síria volta a atirar na multidão em Derá

A ditadura da Síria voltou a atacar manifestantes que lutam pacificamente pela queda do regime liderado pelo presidente Bachar Assad, em Derá e outras cidades do país.

Pelo menos 16 pessoas foram mortas.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Lucro da Exxon sobe 69%

Quando o presidente Barack Obama pediu ao Congresso dos Estados Unidos que acabe com isenções de impostos para as companhias de petróleo no valor de US$ 4 bilhões, alegou que o setor não precisa de estímulo. Hoje o aumento de 69% no lucro trimestral da Exxon indicou que tem razão.

Liga de direitos humanos acusa Sarkozy

Em seu relatório sobre 2010, a Liga dos Direitos do Homem da França acusou o presidente Nicolas Sarkozy de ter abalado as bases da república francesa.

Sob o título A República Desfigurada, o relatório considera que quatro anos de sarkozismo ameaçam os fundamentos da "república laica, democrática e social", como define o Art. 1 da Constituição de 1958, que criou a 5ª República.

Com a popularidade abalada pela crise econômica, de olho na eleição presidencial de 2012, o presidente adotou políticas normalmente associadas à extrema direita, de hostilidade a imigrantes.

Em 10 de fevereiro, uma operação policial desmantelou um acampamento de ciganos na cidade de Toulouse. Em 8 de março, o prefeito de Nice anunciou a intenção de dobrar o número de câmeras de segurança na cidade, passando a ter uma câmera para cada 600 habitantes.

Mais 170 ciganos foram expulsos em 6 de julho, desta vez de Saint-Denis. Em 28 de julho, o governo Sarkozy decidiu fechar todos os 300 acampamentos de ciganos.

As Nações Unidas reagiram. Em 27 de agosto, o Comitê pela Eliminação da Discriminação Racial manifesta preocupação com "o discurso discriminatório na França".

O Parlamento Europeu também reagiu. Em setembro, aprovou uma resolução exigindo que a França suspendesse imediatamente todas as expulsões de ciganos.

No dia 14 daquele mês, a comissária de Justiça e vice-presidente da Comissão Europeia, Vivianne Reding, ameaçou processar a França, advertindo que "a Europa não será mais testemunha deste tipo de ação depois da Segunda Guerra Mundial".

Em seguida, a França enfrentou uma onda de protestos contra o aumento da idade mínima para aposentadoria.

O governo ainda conseguiu, em dezembro, reduzir a assistência médica do Estado a estrangeiros de um ano para três meses, além de introduzir novas medidas para aumentar a vigilância sobre os cidadãos.

Will & Kate: conto de fadas da era eletrônica

Um conto de fadas da era eletrônica vai ao ar amanhã, renovando as esperanças e ilusões de milhões de pessoas que ainda acreditam na magia de príncipes e princesas.

Como jogada de marketing, distrai a atenção dos súditos do Reino Unido da terrível crise econômica que afasta ainda mais os dias gloriosos do império onde o Sol nunca se punha, de uma intervenção militar irresolvida na Líbia e das guerras no Afeganistão e no Iraque.

Em tese, a monarquia se moderniza com um jovem príncipe e a primeira princesa de origem plebeia. Mas faz sentido no século 21.

O histriônico Richard Quest acaba de defender a monarquia na CNN, dizendo que governa a Inglaterra desde  a Invasão Normanda, de Guilherme o Conquistador, em 1066.

Não é bem assim. Houve diversas transições violentas, com guerras, e mudanças de dinastia, a longa guerra civil do século 17 e uma breve experiência republicana sob Oliver Cromwell, o Stalin ou Robespierre da História da Inglaterra.

Em 1066, quando foi implantado esse sistema monárquico, em que a transferência do poder se dá poder hereditariedade, era uma maneira de dar estabilidade, de criar uma regra do jogo.

Não conseguiu acabar com as inevitáveis guerras entre príncipes e outros nobres pretendentes à coroa. Em 1100, Guilherme II, terceiro filho de Guilherme I, o Conquistador, foi morto por uma “flecha perdida” durante uma caçada.

Seu irmão Henrique, que também estava na caçada, tomou a coroa, aproveitando-se da ausência do irmão mais velho, que participava da 1ª Cruzada.

Era outro mundo.

A questão que se coloca é que sentido faz a monarquia hoje. Se é um símbolo de estabilidade ter um(a) chefe de Estado acima das disputas eleitorais, como argumentos os defensores do regime, a família real representa uma casta de privilegiados, a aristocracia baseada na posse da terra.

William e Kate são jovens e moderninhos. Ela não precisou se submeter ao teste de virgindade, como Diana Spencer, a mãe de Will, em 1981. O ventre que geraria os futuros reis da Inglaterra precisava ser imaculado.

Depois disso, Diana levou o amante no porta-malas do carro para dentro de residências reais. Seu segundo filho se parece mais com o capitão e instrutor de equitação da princesa do que com Charles.

"A monarquia", dizia Walter Bagehot, o editor histórico da revista inglesa The Economist, liberal e republicana, "é como a magia. Não se deve jogar muita luz sobre a magia".

Kate vai chegar à igreja de Rolls-Royce e não de carruagem. Menos pompa, mas a mesma riqueza e esnobismo.

O jovem príncipe tem grande chance de se tornar mais popular do que o pai, o desastrado príncipe Charles, mais recatado depois da série de escândalos que minou seu conto de fadas às avessas com Diana. Mas isso importa ou faz diferença?

Cerca de 500 mil funcionários públicos britânicos perderam seus empregos sob cortes de gastos de 83 bilhões de libras nos próximos quatro anos. Com a economia estagnada, tem pouca chance de conseguir empregos no setor privado.

A economia britânica avançou 0,5% no primeiro trimestre de 2011, depois de encolher 0,5% nos últimos três meses de 2010 por causa do inverno rigoroso. Mal retomou o ritmo anterior às nevascas e deve sofrer ainda mais com o impacto dos cortes.

A festa, portanto, é o melhor que o Reino de Elizabeth II tem a oferecer a seus súditos no momento.

Embaixador sírio é desconvidado de casamento real

O ministro do Exterior do Reino Unido, William Hague, anunciou hoje a retirada do convite para que o embaixador da Síria em Londres assista ao casamento do príncipe William com Kate Middleton, amanhã, na Abadia de Westminster, em Londres.

Para o governo britânico, é inaceitável "à luz das agressões cometidas nesta semana contra civis pelas forças de segurança sírias".

Explosão mata 15 no centro de Marrakech

Um atentado terrorista contra um café situada numa praça central da cidade de Marrakech, no Marrocos, matou pelo menos 15 pessoas e deixou outras 20 feridas às 11h50 da manhã de hoje, pelo horário local, noticia o jornal francês Le Monde

O café Argana fica na praça Djemá el-Fna, uma área muito frequentada por turistas. Entre os mortos, foram identificados três marroquinos e 11 estrangeiros. Seis seriam franceses, informou uma televisão local.

Para um alto funcionário da Prefeitura de Marrakech, foi um atentado terrorista suicida. O homem-bomba teria se detonado no primeiro andar do café, arrasando o prédio.

Em comunidade oficial, o rei Mohamed VI ordenou a realização de um inquérito rápido e transparente.

Foi o pior atentado terrorista contra esta monarquia do Norte da África desde 16 de maio de 2003, quando 45 foram mortas em atentados em Casablanca, inclusive 12 homens-bomba.

Com cerca de 32 milhões de habitantes, o Marrocos tem uma economia muito dependente do turismo. Quando o movimento pela democracia começou uma onda de protestos, inspirado pelas revoluções na Tunísia e no Egito, o rei prometeu reformas para instaurar uma monarquia constitucional no país.

Economia dos EUA cresce em ritmo mais fraco

A economia dos Estados Unidos cresceu nos três primeiros meses do ano num ritmo que projeta uma expansão anual de 1,8%, desacelerando-se em relação ao último trimestre de 2010, quando avançou numa taxa de 3,1% ao ano, informou hoje o Departamento do Comércio, reporta o jornal The New York Times

Os economistas esperavam crescimento de 2% ao ano.

Essa desaceleração é atribuída ao aumento do déficit comercial, ao crescimento nos preços dos produtos primários e à forte redução nos gastos do governo federal.

A inflação para o consumidor registrou uma alta anual de 3,8%. O núcleo do índice, excluídos os preços mais voláteis de energia e alimentos, ficou em 1,5%.

Na semana passada, o número de novos pedidos de seguro-desemprego subiu 25 mil para 429 mil.

Produção industrial do Japão cai 15,3%

Sob o impacto do terremoto e do maremoto de 11 de março de 2011, que afetou suas cadeias produtivas e o fornecimento de energia, a produção industrial do Japão registrou uma queda de 15,3% em março na comparação com fevereiro, revela hoje o jornal Financial Times. Foi a maior queda desde o início da pesquisa, em 1953.

“É uma estatística chocante”, lamentou o ministro da Economia, Kaoru Yosano.

O consumo doméstico caiu 8,5% na comparação com março do ano passado, e os preços ao consumidor registraram queda pelo 25º mês seguido, com deflação de 0,1% ao ano. Isso desestimula o investimento, a produção e o consumo.

Diante desses números, o Banco do Japão reduziu sua previsão de crescimento para a terceira maior economia do mundo neste ano de 1,6% para 0,6%.

A fábrica de automóveis Toyota produziu 63% menos em março por falta de 150 peças cuja produção foi abalada pelo tremor. Estima que serão necessários oito meses para voltar a operar normalmente.

Inflação na Alemanha sobe para 2,6% ao ano

O índice de preços ao consumidor da Alemanha subiu neste mês para uma taxa anual de 2,6%, a mais alta em dois anos, aumentando a pressão sobre o Banco Central da Europa para elevar sua taxa básica de juros, reporta o jornal inglês Financial Times.

No início do mês, o BCE aumentou sua taxa básica de 1% para 1,25% ao ano, depois de baixá-la para o menor valor de sua história a fim de combater a Grande Recessão de 2008 e 2009. 

Uma elevação nos juros prejudicaria a recuperação dos países em crise fiscal, com problemas para honrar suas dívidas públicas, especialmente Grécia, Irlanda e Portugal.

Tornados matam mais de 300 nos EUA

O presidente Barack Obama decretou hoje estado de emergência em seis estados do Sul dos Estados Unidos atingidos por violentos tornados que mataram mais de 300 pessoas, conta o jornal inglês The Independent.


Milhões de pessoas foram afetadas. Só no estado do Alabama, houve mais de 200 mortes.


Obama visita o Alabama nesta sexta-feira,

quarta-feira, 27 de abril de 2011

População da China chega a 1,3397 bilhão

País mais populoso do mundo, a China tem 1,3397 bilhão de habitantes, de acordo com o último censo realizado no país, revelou agora há pouco o jornal Shanghai Daily.

Piloto afegão mata nove americanos em Cabul

No pior ataque em anos contra as forças internacionais que invadiram o país para vingar os atentados de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos, um piloto da Força Aérea do Afeganistão abriu hoje fogo no Aeroporto do Norte de Cabul, matando oito militares e um civil americanos.

Um porta-voz militar afegão disse que o piloto atirou em meio a uma discussão com os americanos.

Cumplicidade levou Japão a crise nuclear

As relações nebulosas entre companhias de energia, políticos e reguladores conspiraram para promover o uso da energia nuclear a qualquer custo no Japão. Esta é a principal razão por trás do acidente na central nuclear de Fukushima, abalada pelo terremoto e o maremoto de 11 de março de 2011, afirma hoje o jornal The New York Times.

Ouro atinge novo recorde

Depois da declaração do presidente do banco central dos Estados Unidos, Ben Bernanke, de que não vai haver aumento nas taxas básicas de juros a curto prazo, a onça de 31,1 gramas de ouro subiu mais US$ 13,60 hoje, atingindo o preço recorde de US$ 1.527,50.

O Comitê de Mercado Aberto da Reserva Federal (Fed) decidiu hoje manter a taxa no seu recorde histórico de baixa, entre zero e 0,25% ao ano. Também vai continuar com seu programa de compra de títulos públicos, no valor total de US$ 600 bilhões, para aumentar a quantidade de dólares em circulação.

Isso desvaloriza a moeda americana, causando protestos de países como a China e o Brasil, onde o ministro Guido Mantega acusa os EUA de promoverem uma "guerra cambial".

França acha carcaça de caixa preta do Airbus

Um minissubmarino da França achou hoje a carcaça de uma das caixas pretas do Airbus A330 que caiu no Oceano Atlântico em 31 de maio de 2009, matando todas as 228 pessoas a bordo, quando fazia o voo 447 da Air France, na rota Rio-Paris. Mas os registros de voo não foram encontrados.

Baathistas de Derá deixam partido em massa

Em protesto contra a ocupação militar da cidade de Derá, cerca de 200 membros do partido Baath, que governa a Síria ditatorialmente desde 1963, na província de Derá e arredores, no sul do país, abandonaram a agremiação hoje, anuncia a agência de notícias Reuters.

“Diante da atitude negativa tomada pela liderança do Partido Socialista Árabe Baath em relação aos events na Síria e em Derá, e da morte de centenas e ferimento de milhares nas mõas de vários serviços de segurança, submetemos nossa renúncia coletiva”, diz uma nota divulgada pelo grupo.

Outra declaração enviada à Reuters indica que um grupo de 28 baathistas deixou o partido em Banias. Essa cidade é um dos alvos do governo na reação contra o movimento pela democracia, que luta para derrubar o presidente Bachar Assad, no poder há dez anos, e acabar com a ditadura de 48 anos do partido Baath.

Dissidente faz crônica de sequestro em Cuba

O jornalista dissidente Miguel Iturria denuncia ter sido sequestrado por agentes do serviço secreto do regime comunista cubano. A Crônica de um Sequestro foi distribuída pela blogueira cubana Yoani Sánchez:

"El viernes 22 de abril, en la esquina de H y Calzada, Vedado, La Habana, fui interceptado a las 3:45 p.m por un auto Lada sin chapa policial, del cual bajaron 4 agentes de la Seguridad del Estado vestidos de civil. Ante la sorpresa intenté pedirles la orden de arresto; mientras el conductor ordena “¡Sube, Iturria que llegó tu hora!”, y uno de los dos gendarmes de me da un puñetazo y me empuja hacia adentro con ayuda de otro.
"En el vehículo me despojaron de mis pertenencias (celular, cámara, un libro, papeles y el carnet de identidad). Ya en marcha, bajaron por la calle G hasta 23 y de esta a 41 y 31. En el Hospital Militar de Marianao doblaron hacia Siboney y desembocaron en la estación policial de San Agustín, municipio La Lisa.
"Durante parte del trayecto me mantuvieron con los brazos maniatados hacia atrás y la cabeza hacia abajo. El chofer respondía a llamadas del móvil con frases como “llevo la carga, llama después”, o “coge diez equipos y espérame en el punto 30”. A su lado un oficial cincuentón, alto, negro, de labios gruesos y cara de hastío; el único que llevaba botas militares.
"En la estación me registraron minuciosamente. Estuve en el lobby bajo vigilancia del tipo del puñetazo —un trigueño treintañero y medio calvo con cara de odio—, y del mulato joven del asiento trasero, hasta que una suboficial me condujo a una oficina medio desvencijada, donde entró uno de los militares que estuvo en mi casa el ocho de marzo, cuando rechacé la citación a una entrevista con el “oficial Octavio”, quien se presenta y busca dos sillas; pero llega el capitán Tamayo y me traslada a un local con aire acondicionado, comenzando el repetitivo “intercambio verbal” con Tamayo, escoltado por los subordinados que estuvieron en casa, ambos bravitos y silenciosos.
Tamayo es blanco, de tamaño mediano y ojos claros. Padece de incontinencia verbal y le gusta deslumbrar con estadísticas que demuestran el control de la Seguridad del Estado sobre la oposición pacífica, las organizaciones del exilio, los periodistas independientes y los bloggers alternativos, a los cuales denigra y minimiza incesantemente, lo que contradice la poca importancia que les conceden. Menciona con desprecio a Elizardo Sánchez Santa Cruz, Presidente de la Comisión Cubana de Derechos Humanos; Wilfredo Vallín Almeida, líder de la Asociación de Juristas Cubanos; los comunicadores Juan González Febles, director del Semanario digital Primavera; Julio Aleaga Pesant, José Álvarez y otros que como yo “se pasan del límite de tolerancia que hemos trazado” y “se atreven a rechazar las citaciones de la Seguridad del Estado, sin saber que nosotros no necesitamos cumplir los artículos de la Ley de procedimiento penal, nos basta con una citación verbal; averígualo para no detenerte otra vez en plena vía”.
"En su monólogo, Tamayo combina las informaciones y estadísticas con elogios al Comandante en Jefe, “el hombre del siglo”, y al General Raúl Castro, “modesto y humanitario como el Comandante”. Pondera a la “generación histórica que dirige la revolución”, al sistema de salud, de enseñanza, los logros deportivos y la participación del pueblo en las elecciones y los actos políticos. Para compensar, desata sus agravios contra las penurias del pasado en Cuba (aunque él nació en 1970), las agresiones de los Estados Unidos a la isla (cita las palabras del presidente Obama en Chile), el capitalismo mundial y la miseria de África, Asia y América Latina. Como si fuera poco, culpa al embargo económico como causa de nuestros problemas y piensa que “si los yanquis liberan el turismo y nos permiten la extracción de petróleo en el Golfo de México, salvaremos el socialismo y viviremos mejor”.
"Habla de su origen campesino y de la pobreza de su familia, pues nació en un caserío de la Sierra Maestra del municipio Contramaestre, provincia Santiago de Cuba. Reitera que lleva 23 años en el Ministerio del Interior, donde apenas gana para comer a pesar de tener una casa La Habana y ser comunista. Lamenta no poder tomarse una buena botella de ron cada semana y llevarles cajas con regalos a los parientes de la montaña.
"Más que interrogarme, Tamayo combina el discurso del poder con amenazas contra quienes piensan diferente. Advierte que su departamento tiene el expediente de cada uno de los 109 comunicadores independientes del país, “listos para presentarlos a la fiscalía, como hicimos en el 2003”. Agrega que “la Seguridad del Estado determina quien obtiene el permiso de salida o se pudre en la isla”.
"Ante una mentalidad tan codificada me limité a hacerle algunas preguntas irónicas y rectificarle ciertas opiniones con datos contrapuestos. Le aclaré que él sirve a una tiranía totalitaria y no a una revolución socialista, de la cual quedan las consignas, los rituales y las máscaras de la mayoría amedrentada que dependen del estado, cada vez más parecido a un sultanato árabe; que el embargo económico y las supuestas agresiones externas no son las causas del desastre nacional, sino la ineficacia, la corrupción y la ausencia de libertades y oportunidades para liberar las fuerzas productivas y las iniciativas ciudadanas.
"A las ocho de la noche, el oficial me entrega mis pertenencias como “gesto de buena voluntad”, en espera de que “no arme un circo con lo sucedido”. Le aseguro que seguiré escribiendo sin censura y denunciaré el secuestro ordenado por él."
Miguel Iturria
La Habana

Ordens de bens duráveis sobem 2,5% nos EUA

As encomendas de bens duráveis (durante pelo menos três) à indústria dos Estados Unidos subiram 2,5% em março para US$ 208,37 bilhões, num sinal de fortalecimento da recuperação da economia, apesar da alta nos preços do petróleo, registra o jornal The Wall St. Journal.

General Petraeus deve ser diretor da CIA

O presidente Barack Obama deve nomear nesta semana o atual diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), o serviço de espionagem dos Estados Unidos, Leon Panetta, para secretário da Defesa, substituindo-o pelo general David Petraeus, atual chefe do Comando Militar Central do país.

O subcomandante do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos EUA, general James Cartwright, deve substituir o atual comandante, almirante Mike Mullen, a partir de setembro.

É a maior reformulação do setor de segurança nacional no governo Obama.

Fed mantém afrouxamento monetário

A Reserva Federal (Fed), o banco central dos Estados Unidos, decidiu manter seu programa de compra de títulos públicos no valor total de US$ 600 bilhões para aumentar a quantidade de dólares em circulação e assim estimular a recuperação da economia americana.

O programa é muito criticado por grandes países emergentes como o Brasil e a China, que acusam o Fed pela "enxurrada de dólares" que têm um efeito inflacionário sobre suas economias.

Palestinos fazem acordo de reconciliação nacional

Os dois maiores partidos políticos palestinos, a Fatah (Luta) e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), chegaram a um acordo no Cairo para se reconciliar depois de uma violenta ruptura e de uma guerra civil pelo controle da Faixa de Gaza, em 2007, anunciou a agência de notícias egípcia Wafa, citada pelo jornal The New York Times.

Pelo acordo feito por Azzam al-Ahmed, da Fatah, e Mussa Abu Marzuk, do Hamas, os dois grupos se comprometeram a formar um governo de união nacional e realizar eleições parlamentares nos próximos meses. São passos importantes para a retomada das negociações de paz com Israel.

Mas o primeiro-ministro linha dura de Israel, Benjamin Netanyahu, sempre interessado em dividir o movimento palestino, afirmou que a Fatah tem de escolher se quer a paz com Israel ou com o Hamas.

Sarkozy apoia italiano para presidente do BCE

O presidente do Banco da Itália, Mario Draghi, recebeu ontem um apoio importante para se tornar o próximo presidente do Banco Central da Europa, substituindo o francês Jean-Claude Trichet. O presidente da França, Nicolas Sarkozy, endossou publicamente sua candidatura, descrevendo-o como "um homem qualificado", noticia o jornal Financial Times.

S&P rebaixa perspectiva de crédito do Japão

A agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou hoje de "estável" para "negativa" sua perspectiva para a dívida pública do Japão, que já passa de 50% do produto interno bruto, revela o jornal Financial Times.

A decisão levou em conta o custo elevado de reconstrução do Nordeste do país, atingido em 11 de março de 2011 pelo pior terremoto registrado até hoje no Japão, seguido de um maremoto e de um acidente nuclear.

Fed começa a dar entrevistas regularmente

Ben Bernanke faz história. A partir de hoje, o presidente da Reserva Federal (Fed), o banco central dos Estados Unidos, dará entrevistas coletivas regulares aos jornalistas, noticia o jornal The Washington Post.

É mais uma medida no longo processo para tornar mais transparente sua política monetária.

No Reino Unido, a direção do Banco da Inglaterra dá entrevistas toda vez que lança um relatório trimestral sobre inflação.

Obama coloca certidão de nascimento na Internet

Para acabar com a maldosa campanha de membros da oposição republicana questionando se o presidente Barack Obama nasceu realmente nos Estados Unidos, a Casa Branca colocou hoje na Internet uma cópia completa de sua certidão de nascimento, comprovando que ele nasceu em Honolulu, no Havaí.

No fundo, no fundo, é uma atitude racista de repúdio ao primeiro presidente negro de um país marcado pela escravidão e o racismo.

Obama aproveitou a oportunidade para convocar os americanos a discutir os problemas reais do país, como a dívida e o déficit públicos.

Reino Unido cresceu 0,5% no primeiro trimestre

Depois de encolher 0,5% no último trimestre de 2010, principalmente por causa do rigoroso inverno no Hemisfério Norte, a economia do Reino Unido cresceu 0,5% nos primeiros três meses de 2011, informa Escritório Nacional de Estatísticas do país, citado pelo jornal Financial Times.

O Tesouro festejou a retomada do crescimento econômico. Mas o porta-voz da oposição para economia e finanças, deputado Ed Balls, acusou o governo de coalizão conservador-liberal-democrata de paralisar a recuperação da economia com cortes de gastos no valor recorde de 83 bilhões de libras em quatro anos.

As medidas restritivas foram adotadas para enfrentar o elevado endividamento público causado pela crise financeira internacional de 2008-9.

ONU não chega a acordo para condenar a Síria

O Conselho de Segurança das Nações Unidas não conseguiu se acertar ontem à noite para aprovar uma resolução condenando o governo da Síria pela violência contra manifestantes que protestam pacificamente desde 15 de março de 2011 para exigir a queda da ditadura de Bachar Assad, informa o jornal espanhol El País.

A maior resistência vem da China e da Rússia, duas potências com poder de veto, que relutam em interferir no que consideram "problemas internos" de outros países. No caso da Líbia, ambas terminaram concordando com a intervenção militar para proteger a população civil dos ataques das forças do ditador Muamar Kadafi.

Para intimidar os manifestantes, uma coluna de 30 tanques circulou hoje pela capital, Damasco, revelou a agência de notícias Reuters. Eles estariam sendo deslocados para a cidade de Derá, onde a revolta popular começou, há um mês e meio.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Chávez acusa EUA por violência na Síria

Em mais uma de suas análises políticas estapafúrdias, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, acusou as potências ocidentais de infiltrar terroristas na Síria para derrubar o ditador Bachar Assad.

O regime sírio é acusado de ter matado mais de 300 pessoas do movimento que há cinco semanas luta pacificamente pela democratização do país.

Chávez externou seu apoio a Assad em entrevista à agência de notícias Zawya: "Mais uma vez, acusam o presidente sem que nada tenha sido investigado. Vão impor sanções, congelar seus bens, bloqueá-lo e bombardeá-lo a pretexto de defender o povo".

E acrescentou: "Que cinismo! É o império, a loucura imperial".

Para o caudilho venezuelano, Assad é "um líder árabe socialista, humanista e irmão, com grande sensibilidade" e "não é radical de modo algum".

Cuba fustiga dissidentes

Apesar das promessas de abertura econômica, o regime comunista de Cuba persegue e fustiga dissidentes, como mostra este vídeo divulgado no You Tube em que aliados da ditadura dos irmãos Castro cercam a casa de Sara Marta Fonseca.

Lucro trimestral da Ford sobe 22%

Apesar do terremoto no Japão e da alta da gasolina nos Estados Unidos, os lucros da companhia automobilística Ford aumentaram 22% no primeiro trimestre de 2011, graças principalmente às vendas na América do Norte, maior mercado da empresa.

Obama quer fim de isenções fiscais a petróleo

Sob grande pressão para controlar o endividamento público dos Estados Unidos, o presidente Barack Obama fez um apelo aos líderes do Congresso para que acabem com as "isenções de impostos indevidas" das companhias de petróleo, que estimou em US$ 4 bilhões, informou o jornal The Washington Post.

“Os altos preços do petróleo dão lucro mais do que suficiente para as empresas investirem na exploração e na produção sem isenções de impostos”,  disse Obama em carta aos líderes dos Partidos Republicano e Democrata no Capitólio.

Kadafi promove festa toda noite em Trípoli


Em plena guerra, todas as noites uma parte do centro da capital da Líbia é palco de uma grande onde jovens dançam à glória do ditador Muamar Kadafi, informa hoje o jornal líbio Asharq Al-Awsat, reproduzido pelo jornal semanal francês Courrier International.

Os bombardeiros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) dominam o céu, disparam mísseis e jogam bombas contra seus alvos, inclusive o complexo presidencial de Bab Al-Azizia, uma das residências do ditador.

Nos seus arredores, o regime promove toda noite uma festa a céu aberto. Centenas de jovens convergem para a Praça Verde. Sobre uma plataforma instalada perto das ruínas do palácio bombardeado pelos Estados Unidos na noite de 14 para 15 de abril de 1986, um sistema de som tonitruante convida para dançar ao ritmo de músicas glorificando o “Irmão Guia”.

Os jovens cantam: “Deus, Muamar, a pátria está contigo!” De vez em quando, ouviam-se gravações com a voz do ditadot conclamando à luta: "Vamos enfrentá-los.

Déficit da Grécia estoura meta prometida

A Grécia teve um déficit orçamentário de 10,5% do produto interno bruto em 2010, acima da meta fixada no acordo feito em maio passado para receber uma ajuda de emergência da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) no valor de 110 bilhões de euros, cerca de R$ 250 bilhões, revelou hoje o jornal The Wall St. Journal.

A meta prometida era de um déficit de 9,4%. A Comissão Europeia esperava 9,6%.

Neste ano, o governo grego promete reduzir o déficit público para 7,4%, um pouco mais do que a meta anterior, de 7,6%. A explicação oficial é que “uma recessão maior do que antecipada afetou a arrecadação de impostos e as contribuições para a previdência social”.

Diante do descumprimento das metas, é cada vez maior o temor do mercado de que a Grécia será obrigada a renegociar sua dívida, de 340 bilhões de euros, cerca de US$ 495 bilhões, equivalente no fim do ano passado a 142,8% do PIB, a maior da Europa percentualmente.

“Qualquer reestruturação da dívida”, adverte José Manuel González, membro do comitê executivo do Banco Central da Europa, “será uma ruptura nas obrigações legais capaz de ter um impacto sistêmico mais negativa do que o colapso do banco Lehman Brothers.”

A falência do Lehman Brothers deflagrou a pior crise econômica mundial desde a Grande Depressão (1929-39).

Medvedev pede regulação nuclear global

Ao participar da solenidade para lembrar os 25 anos do pior acidente nuclear da história, ocorrido em 26 de abril de 1986, em Chernóbil, na Ucrânia, o presidente da Rússia, Dimitri Medvedev, pediu a criação de novas normas internacionais para aumentar a segurança das usinas atômicas, informa a agência de notícias Reuters.

"É dever do Estado dizer a verdade ao povo", declarou Medvedev, admitindo que "o Estado soviético não agiu corretamente".

Há uma semana, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, propôs uma reflexão global sobre segurança nuclear, tendo em vista os acidentes de Chernóbil e o mais recente, causado pelo terremoto e o maremoto que atingiram a central atômica de Fukushima, no Japão.

Síria prende 500 manifestantes

Depois de usar tanques e blindados para ocupar a cidade de Derá, onde o movimento pela democracia começou e dezenas de pessoas teriam sido mortas ontem, a ditadura da Síria prendeu cerca de 500 manifestantes em todo o país.

O total de mortos em cinco semanas de protestos passa de 300, estimam grupos de defesa dos direitos humanos.

Hoje os líderes da União Europeia fizeram um apelo ao presidente Bachar Assad para que suspenda a repressão violenta. Mas o regime colocou mais soldados e atiradores de elite em Duma e Banias.

Eike Batista é 2º mais rico da América Latina

O empresário brasileiro Eike Batista é o segundo homem mais rico da América Latina, atrás apenas do bilionário mexicano Carlos Slim Helú, que é o mais rico do mundo.

O ranking dos ricaços latino-americanos acaba de ser publicado pela revista América Economia.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

ONU examina milhares de mortes na guerra do Sri Lanka

O Exército do Sri Lanka (antigo Ceilão) matou a maioria das dezenas de milhares de vítimas de sua ofensiva final, em 2009, contra os rebeldes separatistas conhecidos como Tigres da Libertação do Ilã Tamil para acabar com uma guerra civil que durou 25 anos. A conclusão é de uma investigação das Nações Unidas, informou hoje a agência de notícias France Presse


Mas os Tigres também são acusados, principalmente de usar a 300 mil pessoas da população civil como "escudos humanos", executando sumariamente quem tentava escapar.

A ONU não pode ordenar uma inquérito internacional sobre as mortes sem a autorização do governo do Sri Lanka ou do Conselho de Segurança, declarou o secretário-geral da organização, Ban Ki Moon. Mas pode investigar a ação dos militares cingaleses, acusados de não se esforçarem para poupar vidas.

Ouro bate recorde pelo sétimo dia seguido

A cotação da onça de 31,1 gramas de ouro bateu novo recorde hoje, pelo sétimo dia útil consecutivo, chegando a US$ 1.518,20, enquanto a onça da prata subiu para US$ 49,80, seu maior valor em 30 anos, noticia o jornal Financial Times.

Os metais preciosos são o último refúgio para investidores chamuscados pelos baixos rendimentos das ou prejuízos com ações, a desvalorização do dólar, a inflação na China, o terremoto no Japão e a ameaça de rebaixamento da nota de crédito da dívida pública dos Estados Unidos.

Talebã libertam mais de 500 presos no Afeganistão

Durante o longo inverno no Afeganistão, a Milícia dos Talebã (Estudantes) entrou embaixo da terra para construir um túnel de mais de 300 metros até a maior prisão do Sul do país, Sarposa, situada na cidade de Candahar, onde a milícia nasceu. Mais de 500 militantes fugiram no domingo, informa o jornal The Washington Post.

A fuga mostra a determinação dos talebã de continuar lutando, num momento em que os Estados Unidos intensificam o processo de negociações secretas com elementos mais moderados da milícia, a fim de cumprir a meta de retirar as forças americanas do país em 2012.

É o que revelou o jornalista paquistanês Ahmed Rashid, em artigo publicano no Financial Times.

Toyota produz 63% menos no Japão

Por causa de problemas no fornecimento de peças decorrente do terremoto de 11 de março, a Toyota, maior fabricante de automóveis do mundo, produziu apenas 129.491 carros em março no Japão, 63% menos do que no mesmo mês em 2010.

Banco do Japão prevê recessão no semestre

Por causa do terremoto e do maremoto de 11 de março, a terceira maior economia do mundo deve encolher no primeiro semestre de 2011, previu o presidente do Banco do Japão, Masaaki Shirakawa, em entrevista ao jornal The Wall St. Journal.

“Antes do pior terremoto registrado até hoje no país, a economia japonesa apresentava um crescimento moderado”, observou Shirakawa. Tinha a menor taxa de desemprego e o ritmo de expansão mais forte entre as economias do Grupo dos Sete (maiores potências industriais, menos a China).

O Terremoto de Sendai causou o que o presidente do banco central japonês chama de “choque de oferta”: começaram a faltar insumos na cadeia de suprimento à indústria e há uma escassez de energia no Leste do Japão por causa do acidente na usina nuclear de Fukushima.

“Agora, esperamos queda na produção e no produto interno bruto no primeiro e no segundo trimestres”, acrescentou Shirakawa.

Em comparação com a crise deflagrada pelo colapso do banco Lehman Brothers, em 15 de setembro de 2008, “desta vez, a demanda não evaporou. A demanda está aí. Por causa de severos constrangimentos à oferta, esta procura não pode ser atendida. Esta é a chave do problema”.

Ao mesmo tempo, isso significa que assim que a oferta de insumos estiver regularizada, o Japão vai voltar a uma trajetória de crescimento moderado: “Muitos analistas privados esperam que a economia japonesa volte a crescer no terceiro trimestre, mas ainda há muita incerteza”.

Como não há um problema de demanda, o Banco do Japão não vê necessidade de dar um novo estímulo à economia.

Logo depois do terremorto, as autoridades monetárias injetaram mais dinheiro no mercado para evitar uma paralisação da economia. O banco avalia que foi um sucesso ao manter a estabilidade do sistema financeiro em meio à pior crise no Japão desde a Segunda Guerra Mundial. Está atento para tomar medidas adicionais, se for preciso.

O prejuízo total causado pelo terremoto, maremoto e acidente nuclear está estimado em US$ 300 bilhões.

EUA ameaçam impor sanções à Síria

Depois da violenta repressão aos manifestantes que exigem democracia durante o fim de semana, com mais de 120 mortes, os Estados Unidos ameaçaram hoje impor sanções à ditadura da Síria, um país árabe ligado ao Irã e a grupos palestinos que são contra as negociações de paz com Israel.

Hoje o Exército sírio tomou a cidade de Derá, onde o movimento pela democracia surgiu no país, há cinco semanas. Mais sete pessoas teriam sido mortas.

O regime sírio justificou a operação militar, alegando que o objetivo é desarmar e prender terroristas.

No Brasil, o Ministério das Relações Exteriores divulgou nota repudiando o "uso da força contra manifestantes desarmados" e defendendo uma solução negociada dos conflitos nos países árabes.

OTAN bombardeia palácio de Kadafi

A Organização do Tratado do Atlântico Norte bombardeou na madrugada de hoje um complexo residencial do ditador Muamar Kadafi em Trípoli, a capital da Líbia.

O regime líbio afirma que três pessoas foram mortas, mas o ditador saiu ileso.

domingo, 24 de abril de 2011

Al Caeda se concentrava em Caráchi em 11 de setembro

Quando a rede terrorista Al Caeda atacou Nova York e o Departamento da Defesa dos Estados Unidos, em 11 de setembro de 2001, sua liderança estava concentrada em Caráchi, a maior cidade do Paquistão, revelam novos documentos sigilosos americanos divulgados pela organização não governamental WikiLeaks e publicados pelo jornal The Washington Post.

O responsável pelo ataque contra o navio americano USS Cole, em 2000, no Iêmen, se recuperava num hospital da cidade depois de uma operação no joelho.

Um dos articuladores do atentado de 12 de outubro de 2002 em Báli, na Indonésia, comprava equipamento de laboratório para produzir armas biológicas.

E Khaled Cheikh Mohamed, o suposto idealizador dos ataques terroristas contra os EUA, assistia ao colapso das Torres Gêmeas do World Trade Center comodamente instalado numa das casas do grupo.

Os documentos analisam a periculosidade dos 779 presos na guerra contra o terrorismo que passaram pelo centro de detenção instalado na base naval americana de Guantânamo, em Cuba, no início de 2002.


Pelo menos 150 eram totalmente inocentes, 30 sofriam de problemas mentais e oito deram depoimentos incriminando 255 detentos.

Vargas Llosa apoia Humala contra Fujimori

Para evitar a recuperação do prestígio do ditador que o derrotou nas urnas em 1990, o escritor liberal Mario Vargas Llosa vai apoiar o candidato nacionalista Ollanta Humala no segundo turno da eleição presidencial no Peru.

No artigo Retorno da Ditadura, Não, publicado hoje no jornal espanhol El País, Vargas Llosa criticou os três candidatos de centro-direita – o ex-presidente Alejandro Toledo, o ex-primeiro-ministro Pedro Pablo Kuczynski e o prefeito de Lima Luis Castañeda – por se atacarem durante a campanha, deixando duas opções radicais para o segundo turno: Humala e a deputada Keiko Fujimori, filha do ex-ditador Alberto Fujimori.

 “Alguns amigos querem anular o voto”, comentou o escritor, preferindo o que chamou de “compromisso sartreano”: há sempre uma opção preferível às outras, mesmo que isso implique um risco.

Para Vargas Llosa, “eleger Keiko Fujimori para a presidência do Peru seria o equívoco mais grave que poderia cometer o povo peruano. Equivaleria a legitimar a pior ditadura de nossa história republicana”.

“Alberto Fujimori não foi apenas um governante assassino e ladrão”, condenado a 25 anos de cadeia, argumentou o escritor.

“Só US$ 184 milhões dos US$ 6 bilhões desviados dos cofres públicos durante seu governo foram repatriados”, acrescentou. Foi também um traidor que acabou com a democracia no Peru ao d”ar o golpe de 5 de abril de 1992.”

Na sua opinião, “o povo peruano não pode ter esquecido esses oito anos em que Fujimori e Vladimiro Montesinos perpetraram um saque sistemático dos recursos públicos e a corrupção que se espalhou por todos mecanismos e instituições do poder com a mais absoluta impunidade”.

“Tampouco pode esquecer os inúmeros crimes, desaparecimentos, torturas, execuções extrajudiciais e todo tipo de violações de direitos humanos de camponeses, estudantes, sindicalistas, jornalistas, que marcaram todos esses anos de horror”, afirmou Vargas Llosa.

Humala perdeu o segundo turno para o atual presidente Alan García por ter sua imagem associada ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Desta vez, com assessoria de Luis Favre e Vladimir Garreta, do PT, adotou a linha “Lulinha paz e amor”, tentando se associar às políticas do ex-presidente brasileiro.

Agora, promete respeitar a propriedade privada, não estatizar, não atacar a liberdade de imprensa nem convocar uma Assembleia Nacional Constituinte para reformar a Constituição do Peru.

Vargas Llosa questiona se a mudança é real ou cosmética, se Humala será como Ricardo Lagos, do Chile; José Mujica, do Uruguai; e Lula. Mas defende o “apoio crítico” a Humala, já aprovado pela candidatura Toledo, para impedir um mal maior.

sábado, 23 de abril de 2011

Ditador do Iêmen faz acordo para deixar o poder

Depois de meses de protestos que deixaram mais de 120 mortos nos últimos meses, o ditador Ali Abdullah Saleh chegou a um acordo mediado pelos países vizinhos do Conselho de Cooperação do Golfo Pérsico para deixar em 30 dias o poder que ocupa há 32 anos.

Em troca, ele e seus parentes teriam imunidade.

Ditadura síria volta a atacar manifestantes

As forças de segurança da Síria atacaram hoje funerais de manifestantes mortos ontem na capital, Damasco, e em outras cidades do país.

Ontem foi o dia mais violento em cinco semanas de revolta contra a ditadura do presidente Bachar Assad. Pelo menos 117 pessoas foram mortas.

Em protesto, dois deputados renunciaram a suas cadeiras no parlamento.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Martelly quer recriar Exército do Haiti

O novo presidente do Haiti, o cantor pop Michel Martelly, apoiado pela elite conservadora do país, quer recriar o Exército, historicamente ligado a ditaduras, golpes de Estado e tráfico de drogas.

O Exército foi extinto em 1995 pelo primeiro presidente eleito democraticamente da História do Haiti. Jean-Bertrand Aristide venceu a eleição presidencial de 1990. tomou posse em fevereiro do ano seguinte e foi deposto sete meses depois pelo general Raoul Cédras.

Uma intervenção militar dos Estados Unidos, em 1994, levou à queda de Cédras e à reinstauração de Aristide, que decidiu acabar com o Exército.

Reeleito no ano 2000, Aristide governou de 7 de fevereiro de 2001 a 29 de fevereiro de 2004, quando deixou o cargo, sob pressão dos EUA e da França, a antiga potência colonial, em meio a uma revolta no Oeste do país em que estariam envolvidos elementos das antigas Forças Armadas.

Desde então, a Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah), liderada pelo Brasil, tenta manter a paz no país mais pobre da América. O novo presidente quer a saída da força da ONU. Sua missão ficaria a cargo do Exército.

Se isso será capaz de pacificar o Haiti, é extremamente duvidoso.

Almirante dos EUA vê impasse na Líbia

O comandante-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos Estados Unidos, almirante Mike Mullen, afirmou hoje que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) já destruiu 30% a 40% da capacidade militar do ditador Muamar Kadafi, mas não conseguiu evitar um impasse na situação militar.

Mais uma vez, Mullen mostrou-se conta a proposta de armar os rebeldes que tentam derrubar Kadafi desde 17 de fevereiro de 2011.

EUA lembram 150 anos da Guerra da Secessão

Em 12 de abril de 1861, o Exército dos Estados Confederados do Sul atacaram a guarnição federal do Forte Sumter, em Charlestone, na Carolina do Sul. Depois de 36 horas de bombardeio, o major Robert Anderson se rendeu.

Os estados confederados queriam se separar da União para manter a escravidão, que o presidente Abraham Lincoln prometera abolir.

A queda do Forte Sumter marca o início da Guerra da Secessão. O pior conflito armado da História dos Estados Unidos durou quatro anos e matou mais de 620 mil pessoas, mais do que o número de americanos mortos nas guerras mundiais.

Com as comemorações dos 150 anos, uma série de livros sobre a Guerra Civil Americana será lançada nos próximos anos. Neste domingo, o suplemento literário do jornal The New York Times destaca 1861: The Civil War Awakening, algo como 1861: O Despertar da Guerra Civil, de Adam Goodheart.

Em 1995, um levantamento indicou a existência de mais de 10 mil livros publicados sobre o conflito. Uma nova enxurrada vem por aí.

Goodheart se concentra nos tempestuosos meses da eleição de Lincoln, em 1860, até sua primeira mensagem ao Congresso, em 4 de julho de 1861. Ele defendeu não só a guerra, mas a necessidade de aprofundar a democracia nos EUA.

Dívida do Japão é maior do mundo em percentual

O custo total do terremoto de 11 março, o maior registrado até hoje no Japão, deve chegar a US$ 300 bilhões, aumentando ainda mais a dívida pública do país, de cerca de US$ 11 trilhões.

É a maior do mundo em percentagem do produto interno bruto do país. Nominalmente a maior dívida é dos Estados Unidos: US$ 14,245 trilhões.

Síria mata mais 88 manifestantes

No dia mais violenta em cinco semanas de revolta popular, as forças de segurança da ditadura militar da Síria abriram fogo contra manifestantes hoje em Damasco e pelo menos mais dez cidades.

O total de mortes passa de 88 só hoje. Mais de 200 sírios foram mortos desde o início da onda de protestos.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Assad assina fim do estado de emergência na Síria

Sob intensa pressão de uma revolta popular sem precedentes, o ditador Bachar Assad assinou hoje a lei que suspende o estado de emergência que estava em vigor na Síria há 48 anos.

A nova legislação exige que os manifestantes obtenham autorização prévia para organizar protestos públicos.

BP processa Halliburton e Transocean

Um ano depois do pior vazamento de petróleo da História dos Estados Unidos, a empresa BP, que explorava a plataforma Horizonte de Águas Profundas, abriu processo contra duas companhias prestadoras de serviço, a Hallibuton e a Transocean, acusando-as de negligência.

Na prática, tenta se desviar da culpa, atribuindo-a às parceiras.

Sarkozy quer distribuição de lucros com aumento salarial

O presidente Nicolas Sarkozy quer obrigar todas as empresas privadas da França com mais de empregados a dar aumentos salariais toda vez que distribuírem lucros e dividendos entre seus acionistas.

Economia mundial tem ritmos diferentes

Os preços das casas estão em alta na África do Sul, na Austrália, no Brasil, no Canadá, na China, em Cingapura, em Israel e na Suécia. Estão em queda na Alemanha, na Espanha, na França, nos Estados Unidos, na Irlanda, na Itália e no Reino Unido.

É a economia mundial em duas velocidades, observa o jornal americano The Wall St. Journal, uma situação que se consolida no mundo pós-recessão. Ou, como diz Philip Suttle, do Instituto de Finanças Internacionais, "o mundo a 2 e 6: nas economias maduras, o crescimento e a inflação estão em 2%, enquanto nas economias emergentes ambas estão em torno de 6%".

Mas há outras divisões. Alguns países passaram por crises bancárias; outros, não.

"Em outros países onde o sistema financeiro não foi seriamente abalado pela crise mundial, os preços das casas subiram rapidamente", observa o presidente do Banco de Israel, Stanley Fischer.

"Quando as taxas de juros foram cortadas drasticamente para tentar evitar a recessão", acrescentou, "os juros da casa própria caíram rapidamente. As pessoas reagiram comprando casas e os preços dos imóveis subiram."

Obama autoriza uso de aviões não tripulados na Líbia

O presidente Barack Obama autorizou bombardeios com aviões não tripulados na Líbia para tentar conter a  contraofensiva das forças do coronel Muamar Kadafi, que estão atacando Missurata, a terceira maior cidade do país e a mais próxima da capital em poder dos rebeldes, confirmou hoje o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates.

Dois fotógrafos com prestígio internacional foram mortos ontem na Batalha de Missurata, onde os rebeldes dizem estar levando vantagem. Em sua última mensagem no Twitter, Tim Hetherington, disse estar sob fogo cerrado na cidade: "Não há nenhum sinal da OTAN".

Desde 31 de março de 2011, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) assumiu o controle da intervenção militar iniciada em 17 de março de 2011, com autorização do Conselho de Segurança das Nações Unidas, para "proteger a população civil" líbia. Mas a poderosa a aliança atlântica, liderada pelos EUA, foi incapaz até agora de tirar as forças de Kadafi de combate.

Hoje os rebeldes anunciaram ter tomado um posto na fronteira com a Tunísia, para onde teriam desertado soldados líbios.

Ouro bate recorde pelo quinto dia seguido

A cotação da onça troy (31,1 gramas) estava em US$ 1.502,10 no início da tarde de hoje na Bolsa Mercantil de Londres depois de chegar a US$ 1.508,75.

No fechamento de ontem, em Nova York, o ouro ficou em US$ 1.498,15.

Com o baixo crescimento das grandes economias, terremoto, maremoto e acidente nuclear no Japão, inflação na China, crise das dívidas públicas dos países ricos e o dólar na menor cotação em dois anos e meio, os metais preciosos são um dos poucos refúgios seguros para os investidores aplicarem seu dinheiro.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Cineasta indicado ao Oscar morre na Líbia

Dois fotógrafos foram mortos hoje na Batalha de Missurata, a terceira maior cidade da Líbia, entre eles o fotógrafo americano Chris Hondos e o cineasta britânico Tim Hetherington, indicado ao Oscar por um documentário sobre a guerra no Afeganistão.

Pelo menos cinco civis líbios foram mortos.

Roubini critica situação fiscal dos EUA

Antes da agência de classificação de risco Standard and Poor's colocar a dívida pública dos Estados Unidos em perspectiva negativa, o economista turco-americano Nouriel Roubini, um dos únicos a prever a Grande Recessão de 2008-9, advertiu para a situação insustentável da dívida pública federal americana.


Vejam seu último artigo sobre o tema, divulgado hoje no sítio Roubini Global Economics: 


By Arnab Das and Nouriel Roubini
S&P’s decision to cut its outlook for U.S. government debt from stable to negative—a historic first—sent markets tumbling: On April 18, the Dow Jones Industrial Average and the S&P 500 both recorded their biggest one-day drops in nearly a month (though U.S. Treasurys and the dollar did well). The landmark outlook downgrade reinforces what we have been saying since 2010: The United States is on an unsustainable fiscal path from which it cannot exit without political consensus. The key question is whether the gridlocked U.S. political system can respond in time to avert a bond market revolt.

The rise in public debt following a financial crisis is one of the main mechanisms by which a recovery may be supported in the short term. Typically, this happens via Keynesian consumption-smoothing across economies and income generation through the state’s redistribution of resources between economic sectors, financed by borrowing against future revenues and growth. But the flip side of this short-term recovery may be reduced post-recovery potential and actual growth: The larger public debt portends a future rise in taxes on wealth and/or income, which in turn weighs on growth and thereby on fiscal balance.
Since the precrisis leveraged asset bubble induced above-equilibrium public revenue, corporate profits and household income, wealth and spending, it is logical to expect a general reduction in net wealth, including a rise in net public debt. The capacity of the financial markets and the state to tolerate and manage that rising debt burden or adjust fiscally or structurally to reduce it will be the key to whether the markets buy the fiscal liabilities or sell them en masse.

A bond market revolt is not at all easy to engineer in the United States. There is no safer asset destination on the planet than the United States, which has the third-longest-running system of government in the world, despite being a young nation. Almost no other country's structure of state—and hence property rights—have survived world and local wars (including defeats), economic depressions and financial and fiscal crises without major dislocations and arbitrary redistributions of wealth through inflation or more direct expropriation. The knee-jerk risk-off wave may well pass as people begin to recognize that this rating move will make little if any difference—and may even improve debt dynamics by cutting bond yields if risk-off persists. Unlike other debtor countries, the United States actually benefits from risk aversion, even domestic risk aversion, through a stronger dollar and lower bond yields, so the market impact will likely be transitory.

The United States has the most manageable fiscal issues of any major advanced economy because federal, state and local revenues as a share of GDP are very low, for cyclical and other reasons. Therefore, fiscal balance can be restored by fiscal adjustment without major economic difficulty in the near term. In the longer term, structural fiscal reform will be needed due to rising Social Security commitments. For the United States, debt sustainability is a function of political constraints. The political center has fractured as a result of the financial crisis, and healing it requires a consensus about the desired size of the state: Should the government bear the low level of responsibility of its 18-19th century libertarian predecessors or should it share the 20th century New Deal or Great Society vision of America?

The current shortage of consensus in Washington about the right balance between public and private responsibilities suggests no real action will be taken to address structural budget issues until at least after the 2013 presidential elections. On the other hand, there are now four potential plans to foster debate in Congress that would reduce the deficit by US$4-5 trillion over the next decade: the original Simpson-Bowles bipartisan proposal, the Republicans’ “Ryan Plan,” President Barack Obama’s new proposal and the impending “Gang of Six” proposal that potentially could have the most bipartisan appeal. So while formal progress will not be made until 2013, an agreement in principle that something will be done by 2013 could coalesce between 2011 and 2012.

Venda de imóveis usados cresce nos EUA

As vendas de imóveis residenciais usados subiram 3,7% em março de 2011 nos Estados Unidos, na comparação com o mês anterior, projetando vendas anuais de 5,1 milhões de unidades, revelou hoje a Associação Nacional das Empresas do Mercado Imobiliário.


A crise mundial começou com o calote das prestações da casa própria por clientes de segunda linha, que tinham tido problemas de crédito. O setor se ressente até hoje. É um dos fatores do atraso na recuperação da maior economia do mundo.


Com o forte aumento do lucro da Apple e o crescimento na venda de imóveis, a Bolsa de Valores de Nova York teve alta de 1,5%, fechando em 12.453,54, o maior nível desde junho de 2008, antes do agravamento da Grande Recessão de 2008-9.

Corrupção é um dos maiores problemas dos BRICS

A corrupção é um dos maiores obstáculo ao desenvolvimento das grandes economias emergentes, como Brasil, Rússia, Índia e China, adverte uma reportagem publicada pela revista americana Fortune.

“Estamos pensando em sair do Brasil”, declara o diretor-administrativo de uma grande empresa dos Estados Unidos.

A companhia opera há anos no país. Está insatisfeita com uma série de decisões judiciais que considera ilógicas, inexplicáveis e extremamente dispendiosas.

Na reportagem, há citações do então presidente Lula chamando a Justiça brasileira de “caixa preta” e “intocável”.

O primeiro-ministro Wen Jiabao advertiu o Congresso Nacional do Povo que “a corrupção é a maior ameaça à China”. E o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, citou a corrupção como o maior obstáculo ao progresso da Rússia.

Na Índia, o Ministério das Telecomunicações desviou US$ 30 bilhões nos últimos anos. Na Rússia, um ativista colocou na Internet documentos que comprovariam uma fraude de US$ 5 bilhões num projeto estatal de um oleoduto transiberiano.

Outros países emergentes importantes, como Argentina, México, Nigéria e África do Sul, também enfrentam sérios problemas de corrupção e desvio de dinheiro público para benefício de agentes privados.

A corrupção é, ao lado da falta de liberdade e de empregos, uma das principais causas das revoluções democráticas que sacodem os países árabes no momento.

Italiano pode presidir BCE

Altos funcionários do setor financeiro do governo da Alemanha estão inclinados a aceitar a candidatura do italiano Mario Draghi à presidência do Banco Central da Europa (BCE).

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, estaria disposto a aceitar Draghi. O apoio da Alemanha, maior economia do continente, é chave para qualquer candidato.

Draghi ainda depende da aprovação da primeira-ministra Angela Merkel, que pode ter dificuldades em defender junto a seu eleitorado a candidatura de um representante de um país endividado do Sul da Europa para presidir o banco encarregado de sustentar o euro no momento em que vários países, especialmente Grécia, Irlanda e Portugal, enfrentam crises de suas dívidas públicas.

Terremoto abala exportações do Japão

O terremoto que abalou Sendai e o Nordeste do Japão em 11 de março de 2011, provocando a formação de ondas gigantes e um acidente nuclear, reduziu as exportações do país em 2,2% no mês passado. Em abril, primeiro mês inteiro depois da tragédia, o impacto econômico pode ser ainda maior.

Lucro da Apple sobe 95% no trimestre

Com a venda de 4,7 milhões de iPads, 28% mais computadores Macintosh e de um aumento de quatro vezes nas encomendas de iPhones, o lucro da maior empresa de informática do mundo, a americana Apple, cresceu 95% no primeiro trimestre de 2011, chegando a US$ 6 bilhões.

O faturamento no trimestre ficou em US$ 24,78 bilhões, com alta de 83%. Cerca de 41% das vendas foram nos Estados Unidos.

As ações da Apple subiram 3% na negociação eletrônica, já que o anúncio foi feito depois do fechamento do pregão nas bolsas de valores dos EUA.

Obama está em empate virtual com Romney

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, está num empate virtual com o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney na sua luta pela reeleição, indica uma pesquisa da companhia jornalística McClatchy Newspapers.

No confronto direto com Romney, Obama lidera com 46%, um ponto apenas acima de Romney. A margem de erro da pesquisa, realizada de 10 a 14 de abril de 2011, é de 4,5%.

Governo do Iêmen mata mais três manifestantes

As forças de segurança do Iêmen voltaram a disparar contra manifestações de protesto que exigem a renúncia imediata do presidente Ali Abdullah Saleh, no poder há 32 anos. Mais de 120 iemenitas foram mortos em três meses de protestos.

O Conselho de Segurança das Nações Unidos discutiu ontem pela primeira vez a crise no mais pobre dos países árabes, mas os países-membros não chegaram a um acordo para divulgar um comunicado conjunto.

Cameron veta Gordon Brown no FMI

O primeiro-ministro David Cameron praticamente vetou o nome de seu antecessor, o trabalhista Gordon Brown, para diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), alegando que, se ele não previu o aumento colossal da dívida pública do Reino Unido, não está qualificado para dirigir a organização internacional.

Brown e Cameron disputaram as últimas eleições gerais britânicas em 6 de maio de 2010.

França e Itália também treinarão rebeldes da Líbia

Depois do Reino Unido, a França e a Itália anunciaram hoje que estão enviando assessores militares para treinar os rebeldes que tentam derrubar o ditador da Líbia, coronel Muamar Kadafi.

Mais de um mês depois do início da intervenção militar autorizada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas para "proteger os civis" na Líbia, um impasse no campo de batalha cria a perspectiva de um conflito prolongado, de consequências imprevisíveis.

Os rebeldes de Missurata, a terceira maior cidade líbia, de 500 mil habitantes, que está há dias sob forte ataque de Kadafi, pediram a intervenção de forças terrestres para proteger os civis.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Militares britânicos vão treinar rebeldes líbios

O Reino Unido vai mandar dez militares experientes dar treinamento logistico e de inteligência para os rebeldes da Líbia formarem um exército e enfrentarem as forças do ditador Muamar Kadafi com mais chances de sucesso.

Desde 17 de março de 2011, os rebeldes contam com o apoio das forças aéreas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Mas sua desorganização, a falta de armas, munição e treinamento militar impedem uma vitória no campo de batalha.

Enquanto não se sentir totalmente acusado, Kadafi não vai negociar.

Avião de Michelle Obama aborta aterrisagem

Por erro de um controlador de voo na base aérea de Andrews, um avião da Casa Branca com a primeira-dama Michelle Obama a bordo chegou perto de um avião cargueiro militar de 200 toneladas e foi obrigado a abortar aterrissagem ontem, revelou hoje o jornal The Washington Post.

A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos já enfrenta vários problemas porque controladores de voo andaram dormindo em serviço.

Ouro bate novo recorde

Com terremoto, maremoto e acidente nuclear no Japão, inflação na China, crise das dívidas públicas da Eurozona, dólar em queda e dívida dos Estados Unidos com perspectativa negativa, os metais preciosos são mais uma vez o refúgio dos investidores: o ouro bateu novo recorde hoje e a prata atingiu a cotação mais alta em 31 anos.

Depois de chegar a US$ 1,5 mil por onça troy, de 31,1 gramas, o ouro terminou o dia cotado em US$ 1.495,20, com alta de US$ 2,30 em relação a ontem.

A prata chegou ontem à sua maior cotação desde 1980: US$ 42,94. Subiu um pouco mais hoje, para US$ 43,98.

Síria anuncia fim do estado de emergência

Sob intensa pressão das ruas, com mais de cem mortos, a ditadura da Síria anunciou hoje a suspensão do estado de emergência em vigor desde 1963.

Mas... daqui para a frente, as manifestações de protesto precisam de autorização.

Apesar da promessa vaga de reformas, a polícia voltou a atirar nos manifestantes hoje na cidade de Homs, noticiou o jornal The New York Times.

Fidel dá adeus ao Partido Comunista de Cuba

O ex-ditador Fidel Castro, de 84 anos, confirmou hoje sua renúncia à liderança do Partido Comunista de Cuba e a transferência total de seus poderes ao irmão Raúl Castro. Ele não faz parte do Comitê Central eleito ontem, no 6º Congresso do PC.

A grande decepção foi a indicação de José Ramón Machado, um veterano de 80 anos, para vice-líder e do atual vice-presidente, Ramiro Valdez, para terceiro na hierarquia do partido, sinal de que a velha guarda resiste às mudanças.

Fidel foi obrigado a abandonar todos os cargos que ocupava - presidente, primeiro-ministro, comandante das Forças Armadas e líder do partido, entre outros - para ser submetido a uma cirurgia de emergência em 31 de julho de 2006, por causa de uma hemorragia abdominal.

Na época, noticiou-se que ele tinha mantido a liderança do partido para controlar o debate ideológico em torno de sua própria sucessão. Fidel escreve regularmente no jornal Granma, órgão oficial do PC cubano. Mas, há poucas semanas, confirmou que não ocupa formalmente mais nenhum cargo desde a cirurgia.

Em artigo publicado ontem, o veterano guerrilheiro convocou a nova geração a "retificar e mudar, sem hesitação, tudo o que deve ser retificado e mudado, além de continuar mostrando que o socialismo é também a arte do impossível". Ele admitiu que essa tarefa "é mais difícil do que a assumida por nossa geração quando foi proclamado o socialismo em Cuba, em 1959".

O Congresso do PC propôs mais de 300 reformas econômicas para permitir a abertura de pequenos negócios, a produção privada de alimentos e a compra e venda de casas. Devem acabar os carnês de racionamento, que limitavam o consumo de uma série de produtos.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Emergentes rejeitam plano do FMI

Os países emergentes, inclusive o Brasil, rejeitaram um plano do Fundo Monetário Internacional para orientar os esforços para controlar os grandes fluxos de capitais que estão entrando em suas economias, por considerar que mais restringem suas ações do que ajudam.

"Somos contra qualquer diretriz, marco regulatório ou código de conduta que tente restringir direta ou indiretamente as respostas políticas dos países que enfrentam aumentos crescentes nos fluxos de capital volátil", declarou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante reunião do Comitê de Coordenação do FMI.

Mantega disse que os equilíbrios seriam resolvidos se todos os países do Grupo dos Vinte adotassem regimes de câmbio flutuante.

Nigéria confirma reeleição de Goodluck Jonathan

Com 22.495.187 votos, o presidente Goodluck Jonathan foi reeleito hoje presidente da Nigéria, o país mais populoso da África.

Jonathan é cristão e sulista, o que provocou protestos violentos no Norte do país, majoritariamente muçulmano. Pelo menos 33 pessoas foram mortas.