quarta-feira, 13 de abril de 2011

Dilma fecha 20 acordos na China

A empresa chinesa Foxconn, que faz os produtos da Apple na China, prometeu investir US$ 12 bilhões para instalar uma fábrica de iPads, no Brasil. É mais um dos negócios anunciados durante a visita oficial da presidente Dilma Rousseff à China.

Na chegada, o governo chinês anunciou a liberação das importações de carne de porco do Brasil e a compra de US$1,5 bilhão em aviões da Embraer por companhias aéreas da China.

Uma das preocupações da visita é equilibrar melhor o comércio bilateral, que triplicou nos últimos cinco anos, chegando a US$ 62,6 bilhões no ano passado.

Com a crise nos países ricos, a China superou os Estados Unidos e se tornou o maior país importador do Brasil, mas compra basicamente produtos primários, como soja e minério. Na visita do presidente Lula à China, em maio de 2009, o Brasil se comprometeu a vender 100 mil barris de petróleo por dia durante dez anos.

Em troca, o Brasil importa manufaturados, produtos de maior valor agregado. Isso criar uma relação neocolonial com a superpotência ascendente.

Dilma quer mudar isto, mas o Brasil precisa investir muito em educação, ciência e tecnologia para não ser eternamente um exportador de produtos primários, de sua natureza. Os brasileiros só vão enriquecer coletivamente quando forem capazes de agregar valor e de vender ao exterior produtos de alto conteúdo tecnológico.

Amanhã à noite pelo horário chinês, de manhã no Brasil, a presidente vai para Sanya, onde participa de uma reunião de cúpula do BRIC. O grupo, que originalmente incluía Brasil, Rússia, Índia e China, as grandes potências emergentes do início do século 21, agora tem também a África do Sul, apesar do economista do banco Goldman Sachs que criou a sigla tenha dito que a África do Sul não têm o mesmo peso dos demais países.

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