Depois de usar tanques e blindados para ocupar a cidade de Derá, onde o movimento pela democracia começou e dezenas de pessoas teriam sido mortas ontem, a ditadura da Síria prendeu cerca de 500 manifestantes em todo o país.
O total de mortos em cinco semanas de protestos passa de 300, estimam grupos de defesa dos direitos humanos.
Hoje os líderes da União Europeia fizeram um apelo ao presidente Bachar Assad para que suspenda a repressão violenta. Mas o regime colocou mais soldados e atiradores de elite em Duma e Banias.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
Um comentário:
Duvido que Alepo faça demonstrações contra Assad. Quem viveu lá sabe que Alepo é e sempre foi situacionista, do tipo “hay gobierno, soy a favor”, resquício talvez das várias passagens de invasores, saqueadores, cruzados, tiranos e pragas diversas.
Quanto a Damasco, é cidade controladíssima e repleta de agentes do governo, dificílimo organizar qualquer coisa por lá que não seja reprimida antes de começar.
Assad e sua clique têm além disso um motivo a mais para matar quem quer que se oponha a eles: não há porta de saída, honrosa ou não. E ele dá claras mostras de não ligar a mínima para a opinião pública mundial.
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