A pedido da família, o Chile vai exumar na seguinda quinzena de maio os restos mortais do presidente Salvador Allende, que morreu em 11 de setembro de 1973, durante o golpe de Estado liderado pelo general Augusto Pinochet, quando o palácio de La Moneda foi bombardeado.
Seus parentes acreditam que ele possa ter se matado para não cair nas mãos dos golpistas, mas exigem o esclarecimento total de sua morte.
Em 12 de abril, a senadora Isabel Allende, uma das três filhas do presidente morto, pediu ao juiz encarregado do caso, Mario Carroza, uma nova exumação e perícia para tentar estabelecer a causa da morte de Allende.
Quando venceu a eleição de 4 de novembro de 1970 com 35% dos votos, Allende se tornou o primeiro presidente socialista eleito democraticamente na América Latina. Seu governo enfrentou forte oposição da classe média e da elite chilenas, e dos EUA.
Nos governos Richard Nixon (1969-74), com o apoio da CIA (Agência Central de Inteligência) e de empresas transnacionais americanas, os EUA conspiraram abertamente para derrubar Allende.
Durante a ditadura militar do general Pinochet (1973-90), pelo menos 3.105 chilenos foram mortos ou desapareceram e mais de 200 mil foram torturados.
A maioria dos países da América Latina realiza hoje a eleição presidencial em dois turnos para evitar que um presidente chegue ao poder sem o apoio de pelo menos metade dos votantes.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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12 comentários:
Nossa, tomei um susto. Quando li no título "sua morte", pensei que se referia a mim...
Mas lendo o post entendi que era a morte do Allende, e não a minha.
Não vou distorcer a língua portuguesa para adotar a linguagem da televisão.
USAR O "DELE" NÃO É UMA DISTORÇÃO!
Usa-se na linguagem coloquial, mas, na linguagem escrita, é uma deselegância e um erro. Não vou passar recibo para o empobrecimento da língua portuguesa cometido pela TV.
Alguns leitores são ignorantes mesmo. Está bem claro que o "sua" se refere ao Chile.
Erro usar o dele? Onde está escrito isso?
A forma gramaticalmente correta é usar o pronome possessivo teu para a pessoa com quem se fala e seu para a pessoa de quem se fala.
Então, como ficaria, na sua lógica, a frase "Isto é dele", na linguagem culta?
Dele é linguagem coloquial. Se as pessoas falam assim, logo isso vai ser aceito ou considerado aceitável. A língua é um processo dinâmico. Mas a norma culta que aprendi na escola, nos anos 60 e 70, é muito diferente do que se fala hoje.
Os pronomes oblíquos caíram em desuso
A economia acelera, por exemplo, é um absurdo. Parece que a economia é um agente (voz ativa) e está acelerando algo externo. A economia se acelera (é agente e paciente, voz reflexiva), a inflação se acelera...
Para mim, há uma evidente alteração de sentido que prejudica a comunicação. A língua é um processo lógico, com alguma previsibilidade.
Por isso, vou continuar escrevendo maremoto para lembrar aos meus leitores que existe uma palavra na língua portuguesa para tsuname, assim como um dia os shopping centers eram centros comerciais e as liquidações de fim de estação eram liquidações e não sales.
São erros tolos e simples que saem todos os dias nos jornais.
1) Não respondeu a minha pergunta (na norma culta).
2) Troque o blog por blogue para "lembrar aos seus leitores que existe uma palavra na língua portuguesa para blog".
3) Sobre a expressão "a economia acelera", de início gostei da sua observação, mas em seguida, confirmei que você está equivocado. Não é um erro simples e tolo e está longe de ser um absurdo! O Aurélio registra o verbo acelerar como transitivo direto quando significa tornar mais célere, apressar. Mas também como intransitivo, quando significa tornar-SE mais célere, apressar-SE, o que permite dizermos, de acordo com a norma culta "A economia acelera". Sim, a conomia é agente sim! E há ainda a indicação de verbo pronominal.
Por favor, Nelson, verifique isso e confirme o que digo.
Acelerar pode ser verbo transitivo direto: eu acelero meu carro. Agora, se eu usar o carro acelera, o carro acelera o quê? A si mesmo. Portanto, se acelera.
Você não entendeu. Leia novamente. Acelera vale como "se acelera". Então você pode dizer o carro acelera. Quem diz não sou eu, é o dicionário.
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