O novo presidente do Haiti, o cantor pop Michel Martelly, apoiado pela elite conservadora do país, quer recriar o Exército, historicamente ligado a ditaduras, golpes de Estado e tráfico de drogas.
O Exército foi extinto em 1995 pelo primeiro presidente eleito democraticamente da História do Haiti. Jean-Bertrand Aristide venceu a eleição presidencial de 1990. tomou posse em fevereiro do ano seguinte e foi deposto sete meses depois pelo general Raoul Cédras.
Uma intervenção militar dos Estados Unidos, em 1994, levou à queda de Cédras e à reinstauração de Aristide, que decidiu acabar com o Exército.
Reeleito no ano 2000, Aristide governou de 7 de fevereiro de 2001 a 29 de fevereiro de 2004, quando deixou o cargo, sob pressão dos EUA e da França, a antiga potência colonial, em meio a uma revolta no Oeste do país em que estariam envolvidos elementos das antigas Forças Armadas.
Desde então, a Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah), liderada pelo Brasil, tenta manter a paz no país mais pobre da América. O novo presidente quer a saída da força da ONU. Sua missão ficaria a cargo do Exército.
Se isso será capaz de pacificar o Haiti, é extremamente duvidoso.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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