O candidato nacionalista Ollanta Humala, um ex-oficial envolvido numa tentativa de golpe contra o então presidente Alberto Fujimori, é o favorito para vencer o primeiro turno da eleição presidencial no Peru, com quase 30% das preferências.
Humala tem o apoio velado do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Há cinco anos, isso provocou uma forte rejeição e o levou à derrota diante do presidente Alan García, que fez um governo com forte crescimento econômico, na média de 7% ao ano, mas não resolveu os problemas sociais do país.
Agora, Humala cita o Brasil e o ex-presidente Lula como exemplos do que gostaria de fazer no Peru.
Em segundo lugar nas pesquisas, com 21%, aparece a deputada Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Fujimori. Sua campanha tenta resgatar o governo do pai, preso e condenado por corrupção e violações dos direitos humanos, dizendo que ele derrotou o terrorismo dos grupos guerrilheiros de esquerda e lançou as bases do crescimento econômico.
Um segundo turno entre Humala e Keiko é o pesadelo da classe média peruana. É um resultado possível, na medida em que há três candidatos de centro-direita que apoiam a atual política econômica, mas não conseguiram se unir para evitar a divisão de suas votações.
O ex-presidente Alejandro Toledo fez um apelo ao ex-primeiro-ministro Pedro Pablo Kuczynski e ao prefeito de Lima, Luis Castañeda, para que desistissem, mas ninguém quer abrir mão da candidatura.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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