Durante missa da Semana Santa, o arcebispo de Viena, cardeal Christoph Schönberg, admitiu nesta quarta-feira que agentes da Igreja Católica traíram Deus e fizeram o mal a quem mais precisava de proteção, as crianças abusadas sexualmente nos escândalos de pedofilia envolvendo padres.
Na frente da Igreja de Santo Estêvão, a Catedral de Viena, um senhor de meia idade declarou que "isso não pode acontecer. Quando acontece, os responsáveis precisam ser levados à Justiça. Não dá para varrer a sujeira para baixo do tapete".
Eva, uma católica que declarou gostar de Jesus Cristo e não da Igreja, que descreveu como "uma associação de homens", criticou o fato de que padres punidos por pedofilia tenham sido simplesmente transferidos de uma escola para outra onde continuaram cometendo os mesmos crimes.
"Nesta hora, diante da cruz, para ouvir acusações, admitir a culpa e pedir perdão", disse o cardeal.
Em seguida, foram ouvidos representantes de vítimas de escândalos sexuais ocorridos no seio da Igreja: "Quando ele tinha 19 anos, decidiu estudar teologia e decidiu mudar de cidade. Conseguiu acomodação num mosteiro e lá foi violentado sexualmente por um padre."
Uma vítima contou ser atormentada até hoje pelo trauma do abuso sexual: "Minhas experiências ruins me atacam. Voltam sempre. Estão sempre diante dos meus olhos."
Em nome da Igreja Católica da Áustria, o cardel Schönberg fez sua confissão de culpa: "Confessamos que traímos Deus, que é amor. Alguns ministros da Igreja falaram do amor a Deus enquanto faziam o mal àqueles que mais precisavam de proteção.
"Admitimos diante do Senhor e de cada um de nós, nossa culpa."
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
quarta-feira, 31 de março de 2010
Terror contra Rússia ataca no Daguestão
Um duplo atentado terrorista matou hoje 12 pessoas, entre elas nove policiais, na cidade de Kisliar, na república russa do Daguestão, no Norte do Cáucaso.
O governo da Rússia acredita que o ataque pode ter sido realizado pelo mesmo grupos que explodiu duas mulheres-bomba no metrô de Moscou, na segunda-feira, 29 de março de 2010. Enquanto os moscovitas enterram seus mortos, 71 pessoas continuam no hospital. Cinco estão em estado grave.
Hoje o líder rebelde checheno Doku Umarov reivindicou a autoria dos ataques na capital e ameaçou com novos atentados em represália contra a atuação do Exército da Rússia no Norte do Cáucaso.
Umarov, um dos senhores da guerra da Chechênia, declarou que "duas operações para matar infiéis e mandar um recado ao serviço federal de segurança foram realizadas em Moscou sob meu comando, e ameaçou realizar novos atentados".
Ele é um dos rebeldes que lutam para criar o Emirado Islâmico do Cáucaso, reunindo três repúblicas da Federação Russa que têm maioria muçulmana: a Inguchétia, a Chechênia e o Daguestão.
Durante nova reunião de emergência do governo russo, o ministro do Interior, Rachid Nurgaliev, contou que "o primeiro ataque aconteceu quando um carro furou uma barreira de trânsito, foi perseguido pela polícia e explodiu ao ser cercado, perto das sedes do Ministério do Interior e do Serviço Federal de Segurança".
Cerca de 20 minutos depois, em imagens registradas por um cinegrafista amador, um homem-bomba disfarçado de policial se aproximou da multidão atraída pela primeira explosão e se detonou.
Tanto o presidente Dimitri Medvedev quanto o primeiro-ministro Vladimir Putin acreditam que possa ter sido o mesmo grupo que atacou Moscou dois dias antes.
Putin afirmou que "não importa onde os atos criminosos sejam cometidos nem quem forem suas vítimas, são crimes contra a Rússia".
O governo da Rússia acredita que o ataque pode ter sido realizado pelo mesmo grupos que explodiu duas mulheres-bomba no metrô de Moscou, na segunda-feira, 29 de março de 2010. Enquanto os moscovitas enterram seus mortos, 71 pessoas continuam no hospital. Cinco estão em estado grave.
Hoje o líder rebelde checheno Doku Umarov reivindicou a autoria dos ataques na capital e ameaçou com novos atentados em represália contra a atuação do Exército da Rússia no Norte do Cáucaso.
Umarov, um dos senhores da guerra da Chechênia, declarou que "duas operações para matar infiéis e mandar um recado ao serviço federal de segurança foram realizadas em Moscou sob meu comando, e ameaçou realizar novos atentados".
Ele é um dos rebeldes que lutam para criar o Emirado Islâmico do Cáucaso, reunindo três repúblicas da Federação Russa que têm maioria muçulmana: a Inguchétia, a Chechênia e o Daguestão.
Durante nova reunião de emergência do governo russo, o ministro do Interior, Rachid Nurgaliev, contou que "o primeiro ataque aconteceu quando um carro furou uma barreira de trânsito, foi perseguido pela polícia e explodiu ao ser cercado, perto das sedes do Ministério do Interior e do Serviço Federal de Segurança".
Cerca de 20 minutos depois, em imagens registradas por um cinegrafista amador, um homem-bomba disfarçado de policial se aproximou da multidão atraída pela primeira explosão e se detonou.
Tanto o presidente Dimitri Medvedev quanto o primeiro-ministro Vladimir Putin acreditam que possa ter sido o mesmo grupo que atacou Moscou dois dias antes.
Putin afirmou que "não importa onde os atos criminosos sejam cometidos nem quem forem suas vítimas, são crimes contra a Rússia".
Conferência promete US$ 5,3 bilhões ao Haiti
A Conferência Internacional para a Reconstrução do Haiti realizada hoje em Nova York terminou com promessas de ajuda de US$ 5,3 bilhões nos próximos dois anos, acima dos US$ 3,8 bilhões que era a meta do encontro.
Num prazo mais longo, o total prometido ao Haiti chega a US$ 9,9 bilhões, declarou o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon. Mas a porta-voz para assuntos humanitários, Elizabeth Byrs, lembrou que até agora só foram obtidos 48% dos US$ 1,4 bilhão de ajuda de emergência que a ONU pediu em fevereiro, um mês depois do terremoto que matou mais de 200 mil pessoas.
Ao abrir a conferência, co-presidida pelo Brasil e os Estados Unidos, Ban afirmou que o objetivo é "criar um novo Haiti, um trabalho de construção nacional numa escala que não é vista a gerações".
Em nome dos EUA, a secretária de Estado, Hillary Clinton, prometeu US$ 1,15 bilhão. A União Europeia ofereceu US$ 1,7 bilhão. O Brasil, representado pelo ministro das Relações Exteriores, embaixador Celso Amorim, doou US$ 172 milhões.
Quem está sob enorme pressão é o presidente haitiano, René Préval. O primeiro-ministro Jean-Max Bellerive quer bilhões para fechar o orçamento deste ano, mas a sociedade internacional teme o desvio do dinheiro num dos países mais corruptos do mundo, com uma pequena elite e uma imensa maioria miserável.
Num prazo mais longo, o total prometido ao Haiti chega a US$ 9,9 bilhões, declarou o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon. Mas a porta-voz para assuntos humanitários, Elizabeth Byrs, lembrou que até agora só foram obtidos 48% dos US$ 1,4 bilhão de ajuda de emergência que a ONU pediu em fevereiro, um mês depois do terremoto que matou mais de 200 mil pessoas.
Ao abrir a conferência, co-presidida pelo Brasil e os Estados Unidos, Ban afirmou que o objetivo é "criar um novo Haiti, um trabalho de construção nacional numa escala que não é vista a gerações".
Em nome dos EUA, a secretária de Estado, Hillary Clinton, prometeu US$ 1,15 bilhão. A União Europeia ofereceu US$ 1,7 bilhão. O Brasil, representado pelo ministro das Relações Exteriores, embaixador Celso Amorim, doou US$ 172 milhões.
Quem está sob enorme pressão é o presidente haitiano, René Préval. O primeiro-ministro Jean-Max Bellerive quer bilhões para fechar o orçamento deste ano, mas a sociedade internacional teme o desvio do dinheiro num dos países mais corruptos do mundo, com uma pequena elite e uma imensa maioria miserável.
Bebês mortos e fetos aparecem em rio na China
Dois homens foram presos sob a acusação de jogar os corpos de 21 bebês e fetos mortos no Rio Guangfu na cidade de Jining, na província de Xandong, na costa leste da China.
Os corpos foram encontrados boiando, revelou nesta quarta-feira o noticiário da televisão estatal chinesa. Um saco identificava uma criança como "lixo médico". Os fetos teriam sido abortados.
A explicação do governo municipal de Jining é que os dois suspeitos fizeram acordos verbais com as famílias das crianças mortas para se livrar dos corpos em troca de algum dinheiro. Como as cremações e enterros são caros na China, as famílias mais pobres aceitariam essa solução.
O diretor do Hospital Universitário de Jining foi suspenso e dois gerentes foram demitidos.
Os corpos foram encontrados boiando, revelou nesta quarta-feira o noticiário da televisão estatal chinesa. Um saco identificava uma criança como "lixo médico". Os fetos teriam sido abortados.
A explicação do governo municipal de Jining é que os dois suspeitos fizeram acordos verbais com as famílias das crianças mortas para se livrar dos corpos em troca de algum dinheiro. Como as cremações e enterros são caros na China, as famílias mais pobres aceitariam essa solução.
O diretor do Hospital Universitário de Jining foi suspenso e dois gerentes foram demitidos.
Parlamento sérvio condena massacre de Srebrenica
Quase 15 anos depois, o Parlamento da Sérvia condenou ontem o massacre de 8 mil bósnios pelos sérvios da Bósnia-Herzegovina, em julho de 1995, quando a cidade, então declarada "zona sob proteção" das Nações Unidas, foi conquistada pelo general Ratko Mladic.
Em cenas registradas para a História, o general separou os bósnios jovens e adultos das mulheres e crianças - e executou sumariamente os homens, no pior massacre cometido na Europa depois da Segunda Guerra Mundial.
O presidente da então autodeclarada república sérvia da Bósnia, Radovan Karadzic, está preso, sendo submetido a julgamento no Tribunal Internacional das Nações Unidas para Crimes de Guerra na Antiga Iugoslávia, em Haia, na Holanda. Mas o general Mladic continua solto.
Em cenas registradas para a História, o general separou os bósnios jovens e adultos das mulheres e crianças - e executou sumariamente os homens, no pior massacre cometido na Europa depois da Segunda Guerra Mundial.
O presidente da então autodeclarada república sérvia da Bósnia, Radovan Karadzic, está preso, sendo submetido a julgamento no Tribunal Internacional das Nações Unidas para Crimes de Guerra na Antiga Iugoslávia, em Haia, na Holanda. Mas o general Mladic continua solto.
FARC libertam refém mais antigo
O mau tempo atrasou em algumas horas ontem a libertação do sargento Pablo Emiliano Moncayo, sequestrado há 12 anos pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia. A operação deveria começar pela manhã, mas só aconteceu à tarde.
Com o apoio logístico do Brasil, que forneceu o helicóptero usado para resgatar o refém, a missão humanitária da Cruz Vermelha recebeu Moncayo para alegria de seu pai e outros parentes que esperavam no aeroporto da cidade de Florência, no estado de Caquetá, na Colômbia.
Moncayo tinha apenas 19 quando foi capturado pela guerrilha colombiana.
Com o apoio logístico do Brasil, que forneceu o helicóptero usado para resgatar o refém, a missão humanitária da Cruz Vermelha recebeu Moncayo para alegria de seu pai e outros parentes que esperavam no aeroporto da cidade de Florência, no estado de Caquetá, na Colômbia.
Moncayo tinha apenas 19 quando foi capturado pela guerrilha colombiana.
EUA e França aumentam pressão sobre o Irã
Ao receber ontem o presidente da França, Nicolas Sarkozy, na Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu apresentar em semanas uma proposta para impor sanções mais duras contra o regime fundamentalista do Irã, suspeito de estar desenvolvendo armas nucleares.
terça-feira, 30 de março de 2010
Parte do palácio de Nero desaba em Roma
Parte do teto do antigo Palácio Dourado do imperador Nero desmoronou nesta terça-feira, 30 de março de 2010.
O Domo Dourado foi construído no século 1 da Era Cristã. Fica numa montanha com vista para o Coliseum. Desde que foi aberto à visitação pública, em 1999, o palácio apresenta problemas estruturais a ponto de ser considerado arriscado para turistas.
Especialistas em História de Roma disseram que a parte que desabou era conhecida como a galeria de Trajano. O imperador Trajano (98-117) governou o Império Romano no seu período de maior expansão e construiu termas no Domo Dourado.
Nero construiu o palácio depois do grande incêndio de Roma, em 64DC, para festas e não para morar. Sua cúpula era folheada a ouro. As paredes tinham pedras semipreciosas e afrescos. Mas depois da morte de Nero, em 68, o Domo Dourado foi depenado e abandonado.
O Domo Dourado foi construído no século 1 da Era Cristã. Fica numa montanha com vista para o Coliseum. Desde que foi aberto à visitação pública, em 1999, o palácio apresenta problemas estruturais a ponto de ser considerado arriscado para turistas.
Especialistas em História de Roma disseram que a parte que desabou era conhecida como a galeria de Trajano. O imperador Trajano (98-117) governou o Império Romano no seu período de maior expansão e construiu termas no Domo Dourado.
Nero construiu o palácio depois do grande incêndio de Roma, em 64DC, para festas e não para morar. Sua cúpula era folheada a ouro. As paredes tinham pedras semipreciosas e afrescos. Mas depois da morte de Nero, em 68, o Domo Dourado foi depenado e abandonado.
Igreja abre linha direta sobre abusos sexuais
A igreja Católica da Alemanha instalou uma linha telefônica direta para ligações gratuitas para falar sobre escândalos sexuais envolvendo agentes da Igreja.
O telefone vermelho está na Diocese de Trier. Seu bispo, Stephan Ackermann, é o porta-voz da Conferência Nacional dos Bispos da Alemanha para assuntos referentes a abusos sexuais.
Será uma linha de aconselhamento, para confortar as vítimas, esclarecer os casos e ajudar a punir os responsáveis. Mas a decisão de levar ou não os casos à Justiça vai depender sempre das vítimas, assegura o bispo.
Mais de 250 de pedofilia envolvendo a Igreja ocorridos nas últimas décadas foram denunciados nas últimas semanas na Alemanha.
O telefone vermelho está na Diocese de Trier. Seu bispo, Stephan Ackermann, é o porta-voz da Conferência Nacional dos Bispos da Alemanha para assuntos referentes a abusos sexuais.
Será uma linha de aconselhamento, para confortar as vítimas, esclarecer os casos e ajudar a punir os responsáveis. Mas a decisão de levar ou não os casos à Justiça vai depender sempre das vítimas, assegura o bispo.
Mais de 250 de pedofilia envolvendo a Igreja ocorridos nas últimas décadas foram denunciados nas últimas semanas na Alemanha.
China censura Google parcialmente
A China está bloqueando parcialmente o acesso ao Google.
Uma das maiores e mais influentes empresas de Internet hoje no mundo, o Google decidiu retirar o serviço de busca da China continental, transferindo-o para Hong Kong, onde o regime liberal será mantido pelo menos até 2047, com base no acordo feito com o Reino Unido para a devolução da colônia à China.
Depois de ser invadido por hackers que violaram o correio eletrônico de dissidentes e roubaram segredos empresariais, o Google ameaçou encerrar as operações na China.
Com a mudança do serviço de busca para Hong Kong, o Google quis fugir da censura chinesa. Mas o regime comunista de Beijim acionou o que os internautas chamam de Grande Muralha de Fogo da China.
Uma das maiores e mais influentes empresas de Internet hoje no mundo, o Google decidiu retirar o serviço de busca da China continental, transferindo-o para Hong Kong, onde o regime liberal será mantido pelo menos até 2047, com base no acordo feito com o Reino Unido para a devolução da colônia à China.
Depois de ser invadido por hackers que violaram o correio eletrônico de dissidentes e roubaram segredos empresariais, o Google ameaçou encerrar as operações na China.
Com a mudança do serviço de busca para Hong Kong, o Google quis fugir da censura chinesa. Mas o regime comunista de Beijim acionou o que os internautas chamam de Grande Muralha de Fogo da China.
Economia britânica cresceu 0,4% no fim de 2009
A economia britânica cresceu 0,4% no último trimestre do ano passado, mais do que o 0,1% que a estimativa oficial tinha indicado, confirmando que o Reino Unido saiu da grande recessão.
O Reino Unido ficou seis semestres seguidos em contração, o pior desempenho entre as economias do Grupo dos Sete (G-7), as maiores potências industriais capitalistas: EUA, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Canadá).
O Reino Unido ficou seis semestres seguidos em contração, o pior desempenho entre as economias do Grupo dos Sete (G-7), as maiores potências industriais capitalistas: EUA, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Canadá).
Supercolisor de partículas simula Big Bang
O maior acelerador de partículas do mundo quebrou hoje seu próprio, realizando a maior colisão de alta energia, cerca de 7 trilhões de eletronvolts, numa tentativa de simular o Big Bang, a grande explosão que criou o Universo há 13 bilhões e 700 milhões de anos.
Dois feixes de prótons, a partícula de carga positiva no núcleo do átomo, foram acelerados a quase 300 mil quilômetros por segundo, a velocidade da luz, em sentidos contrários e se chocaram, produzindo "mais de meio milhão de eventos" que agora serão analisados por especialistas, inclusive brasileiros que colaboram com o projeto.
O Grande Colisor de Hádrons, nome da máquina criada pelo homem para tentar reproduzir a criação do Universo, é um túnel circular com 27km de circunferência. Está instalado a cem metros de profundidade na fronteira entre a Suíça e a França, onde fica o Centro Europeu de Pesquisas Nucleares.
Às 8h de hoje pelo horário de Brasília, os quatro sensores gigantes do acelerador detectaram as colisões dos feixes de partículas lançados em sentidos opostos.
Na sala de controle, os cientistas vibraram. Foram décadas de trabalho para chegar até aqui.
O porta-voz do Projeto Atlas, Dave Charlton, afirmou que "é um marco, mas apenas um começando. Estamos pegando a estrada rumo a novas descobertas" na eterna busca para desvender os segredos da intimidade do átomo e da imensidão do universo.
Dois feixes de prótons, a partícula de carga positiva no núcleo do átomo, foram acelerados a quase 300 mil quilômetros por segundo, a velocidade da luz, em sentidos contrários e se chocaram, produzindo "mais de meio milhão de eventos" que agora serão analisados por especialistas, inclusive brasileiros que colaboram com o projeto.
O Grande Colisor de Hádrons, nome da máquina criada pelo homem para tentar reproduzir a criação do Universo, é um túnel circular com 27km de circunferência. Está instalado a cem metros de profundidade na fronteira entre a Suíça e a França, onde fica o Centro Europeu de Pesquisas Nucleares.
Às 8h de hoje pelo horário de Brasília, os quatro sensores gigantes do acelerador detectaram as colisões dos feixes de partículas lançados em sentidos opostos.
Na sala de controle, os cientistas vibraram. Foram décadas de trabalho para chegar até aqui.
O porta-voz do Projeto Atlas, Dave Charlton, afirmou que "é um marco, mas apenas um começando. Estamos pegando a estrada rumo a novas descobertas" na eterna busca para desvender os segredos da intimidade do átomo e da imensidão do universo.
Produção industrial cai no Japão
A produção industrial do Japão caiu em fevereiro pela primeira vez em 12 meses. A queda foi de 0,9%.
O consumo das famílias japonesas caiu 0,5% em relação a fevereiro do ano passado. O desemprego ficou estável em 4,9%.
O consumo das famílias japonesas caiu 0,5% em relação a fevereiro do ano passado. O desemprego ficou estável em 4,9%.
Portugal teve déficit maior do que previsto
O déficit público de Portugal ficou em 9,4% do PIB no ano passado, acima do cálculo anterior, de 9,3%.
Sob pressão do mercado e da crise da Grécia, o primeiro-ministro socialista José Sócrates prometeu baixar o déficit para 8,3% neste ano e 2,8% até 2013. O mercado quer mais pressa.
Portugal faz parte do grupo chamado PIIGS (do inglês, porcos), Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha (em inglês, Spain).
Sob pressão do mercado e da crise da Grécia, o primeiro-ministro socialista José Sócrates prometeu baixar o déficit para 8,3% neste ano e 2,8% até 2013. O mercado quer mais pressa.
Portugal faz parte do grupo chamado PIIGS (do inglês, porcos), Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha (em inglês, Spain).
Putin ordena caçada a terroristas na Rússia
Ao ordenar uma caçada aos terroristas que mataram ontem 39 pessoas no metrô de Moscou, o primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, afirmou hoje que “remover os responsáveis do fundo do esgoto” é uma questão de honra.
Já o presidente Dimitri Medvedev pediu hoje leis mais duras contra o terrorismo. O parlamento pode aprovar a pena de morte. Um analista russo teme que os ataques façam parte de uma campanha maior.
O total de mortes subiu para 39; 72 pessoas estão hospitalizadas.
A polícia divulgou fotos das duas mulheres suicidas que teriam explodido as bombas, identificando-as apenas como do Norte do Cáucaso. Elas fariam parte do grupo chamado de Viúvas Negras, viúvas de chechenos mortos nas duas guerras com a Rússia. O serviço secreto russo suspeita que há mais 19 viúvas negras na capital russa prontas para cometer atentados suicidas.
A polícia divulgou fotos das duas mulheres suicidas que teriam explodido as bombas, identificando-as apenas como do Norte do Cáucaso. Elas fariam parte do grupo chamado de Viúvas Negras, viúvas de chechenos mortos nas duas guerras com a Rússia. O serviço secreto russo suspeita que há mais 19 viúvas negras na capital russa prontas para cometer atentados suicidas.
Moscou amanheceu de luta, com bandeiras hasteadas a meio-mastro. O metrô da capital russa, que normalmente transporta 7 milhões de pessoas por dia, estava mais vazio hoje.
A segurança foi bastante reforçada, com vigia atenta às câmeras, revista de passageiros suspeitos e uso de cães farejadores.
Centenas de corbélias de flores foram deixadas na estação Lubkyanka, a primeira atacada.Os moscovitas doam sangue para ajudar os feridos. A Igreja Cristã Ortodoxa prestou homenagem às vítimas.
A segurança foi bastante reforçada, com vigia atenta às câmeras, revista de passageiros suspeitos e uso de cães farejadores.
Centenas de corbélias de flores foram deixadas na estação Lubkyanka, a primeira atacada.Os moscovitas doam sangue para ajudar os feridos. A Igreja Cristã Ortodoxa prestou homenagem às vítimas.
A população deixou flores nas estações atacadas ontem e tb. o embaixador dos EUA.
Os atentados podem ser uma vingança pela morte de Said Buriatsky, morto no começo do mês na república da Inguchétia, vizinha da Chechênia, durante a busca dos responsáveis pelo ataque contra o trem Moscou-S. Petersburgo em novembro passado.
segunda-feira, 29 de março de 2010
China está crescendo num ritmo de 12% ao ano
A China deve crescer num ritmo anual de 12% no primeiro trimestre deste ano, previu hoje o diretor de pesquisas macroeconômicas do Centro de Pesquisas do Conselho de Estado, Yu Bin.
Nos dois primeiros meses do ano, a produção industrial chinesa avançou 21% em relação ao mesmo período no ano passado.
Nos dois primeiros meses do ano, a produção industrial chinesa avançou 21% em relação ao mesmo período no ano passado.
Duas explosões matam pelo menos 38 em Moscou
Duas terroristas suicidas mataram pelo menos 38 pessoas hoje no metro de Moscou. Elas podem fazer parte do grupo chamado de Viúvas Negras, as mulheres dos chechenos mortos nas guerras com a Rússia.
A primeira explosão foi pouco antes das 8h na estação Lubyanka, onde 24 pessoas morreram, e a segunda às 9h37min na estação Park Kultury, onde outras 14 pessoas morreram, na hora de maior movimento de passageiros.
Lubyanka é a estação que leva ao Serviço Federal de Informações, sucessor do Comitê de Defesa do Estado (KGB), a temida polícia política da União Soviética. A estação Park Cultury serve o Parque Gorki, famoso ponto de encontro de espiões durante a Guerra Fria.
A primeira explosão foi pouco antes das 8h na estação Lubyanka, onde 24 pessoas morreram, e a segunda às 9h37min na estação Park Kultury, onde outras 14 pessoas morreram, na hora de maior movimento de passageiros.
Lubyanka é a estação que leva ao Serviço Federal de Informações, sucessor do Comitê de Defesa do Estado (KGB), a temida polícia política da União Soviética. A estação Park Cultury serve o Parque Gorki, famoso ponto de encontro de espiões durante a Guerra Fria.
O governo da Rússia culpa rebeldes muçulmanos do Norte do Cáucaso que lutam pela independência da Chechênia, mas o ministro do Exterior, Sergei Lavrov, falou que os atentados podem ter sido planejados no Afeganistão.
De qualquer maneira, foram atentados cometidos por fundamentalistas muçulmanos que levam conflitos da periferia da Federação Russa para sua capital.
Numa reunião de emergência do Conselho de Segurança Nacional da Rússia que começou com um minuto de silêncio, o diretor do serviço de segurança, Alexander Bortnikov, fez um relato dos atentados, atribuindo-os a duas mulheres do Norte do Cáucaso. O presidente Dimitri Medvedev prometeu levar a luta contra o terrorismo até o fim.
Já o primeiro-ministro Vladimir Putin interrompeu uma viagem à Sibéria. Em pronunciamento público, jurou "aniquilar" os terroristas.
O patriarca da Igreja Cristã Ortodoxa da Rússia pediu solidariedade diante do mal. Em nome da comunidade muçulmana, o Supremo Múfti do país pediu desculpas a todos os russos, enquanto o presidente checheno, Ramzan Kadirov, se associou à linguagem de Putin, jurando acabar com os terroristas.
Mais tarde, quando as estações do metrô foram reabertas, os passageiros deixaram flores em homenagem aos mortos. Putin visitou feridos no hospital e Medvedev foi pessoalmente colocar flores na estação Lubyanka.
Logo depois da fracassada tentativa de golpe contra o presidente Mikhail Gorbachev, em agosto de 1991, várias repúblicas soviéticas proclamaram a independência. Entre elas, surgiu a declaração de independência da Chechênia, uma república da Federação Russa.
A Chechênia é uma das 89 unidades administrativas da Rússia. O governo Boris Yeltsin primeiro ignorou e depois passou a acusar o governo checheno de cumplicidade e conivência com o crime organizado no Norte do Cáucaso.
Em 31 de dezembro de 1994, Yeltsin ordenou a invasão da Chechênia. Foram dois anos de guerra. O Exército da Rússia, herdeiro do Exército Vermelho, que derrotou 85% das tropas nazistas na Segunda Guerra Mundial, perdeu a Primeira Guerra da Chechênia. Pelo menos 40 mil pessoas morreram.
A partir de 1997, a Chechênia viveu um breve período de autonomia sob a liderança de Aslan Maskhadov.
Depois das ações do senhor da guerra Shamil Bassaiev no Daguestão, em agosto de 1999, e de uma série de atentados terroristas em Moscou em setembro de 1999, o então recém-nomeado primeiro-ministro Vladimir Putin, ex-diretor do Serviço Federal de Segurança, de reafirmar sua liderança.
Em outubro de 1999, Putin lançou a Segunda Guerra da Chechênia. Seu sonho sempre foi restaurar o poder imperial da era soviética. Tinha uma oportunidade.
Com uma política de terra arrasada, retomou Grozny em alguns meses. No fim da guerra, a capital chechena mais parecia uma cidade-fantasma. Mais 30 mil pessoas morreram. A Chechênia nunca foi pacificada.
Desde então, houve vários atentados terroristas atribuídos a grupos armados muçulmanos do Norte do Cáucaso. Em 2002, um ataque a um teatro em Moscou terminou com mais de cem mortes por causa do gás usado pela polícia para deter os terroristas.
O pior de todos os incidentes foi o ataque a uma escola primária da cidade de Beslã, na Ossétia do Norte. Mais de 330 pessoas foram mortas, na maioria crianças, quando as forças de segurança da Rússia atacaram a escola, completamente minada por bombas instaladas pelo comando terrorista.
Em novembro passado, houve um ataque contra o trem Moscou-São Petersburgo, o mais importante do país.
De qualquer maneira, foram atentados cometidos por fundamentalistas muçulmanos que levam conflitos da periferia da Federação Russa para sua capital.
Numa reunião de emergência do Conselho de Segurança Nacional da Rússia que começou com um minuto de silêncio, o diretor do serviço de segurança, Alexander Bortnikov, fez um relato dos atentados, atribuindo-os a duas mulheres do Norte do Cáucaso. O presidente Dimitri Medvedev prometeu levar a luta contra o terrorismo até o fim.
Já o primeiro-ministro Vladimir Putin interrompeu uma viagem à Sibéria. Em pronunciamento público, jurou "aniquilar" os terroristas.
O patriarca da Igreja Cristã Ortodoxa da Rússia pediu solidariedade diante do mal. Em nome da comunidade muçulmana, o Supremo Múfti do país pediu desculpas a todos os russos, enquanto o presidente checheno, Ramzan Kadirov, se associou à linguagem de Putin, jurando acabar com os terroristas.
Mais tarde, quando as estações do metrô foram reabertas, os passageiros deixaram flores em homenagem aos mortos. Putin visitou feridos no hospital e Medvedev foi pessoalmente colocar flores na estação Lubyanka.
Logo depois da fracassada tentativa de golpe contra o presidente Mikhail Gorbachev, em agosto de 1991, várias repúblicas soviéticas proclamaram a independência. Entre elas, surgiu a declaração de independência da Chechênia, uma república da Federação Russa.
A Chechênia é uma das 89 unidades administrativas da Rússia. O governo Boris Yeltsin primeiro ignorou e depois passou a acusar o governo checheno de cumplicidade e conivência com o crime organizado no Norte do Cáucaso.
Em 31 de dezembro de 1994, Yeltsin ordenou a invasão da Chechênia. Foram dois anos de guerra. O Exército da Rússia, herdeiro do Exército Vermelho, que derrotou 85% das tropas nazistas na Segunda Guerra Mundial, perdeu a Primeira Guerra da Chechênia. Pelo menos 40 mil pessoas morreram.
A partir de 1997, a Chechênia viveu um breve período de autonomia sob a liderança de Aslan Maskhadov.
Depois das ações do senhor da guerra Shamil Bassaiev no Daguestão, em agosto de 1999, e de uma série de atentados terroristas em Moscou em setembro de 1999, o então recém-nomeado primeiro-ministro Vladimir Putin, ex-diretor do Serviço Federal de Segurança, de reafirmar sua liderança.
Em outubro de 1999, Putin lançou a Segunda Guerra da Chechênia. Seu sonho sempre foi restaurar o poder imperial da era soviética. Tinha uma oportunidade.
Com uma política de terra arrasada, retomou Grozny em alguns meses. No fim da guerra, a capital chechena mais parecia uma cidade-fantasma. Mais 30 mil pessoas morreram. A Chechênia nunca foi pacificada.
Desde então, houve vários atentados terroristas atribuídos a grupos armados muçulmanos do Norte do Cáucaso. Em 2002, um ataque a um teatro em Moscou terminou com mais de cem mortes por causa do gás usado pela polícia para deter os terroristas.
O pior de todos os incidentes foi o ataque a uma escola primária da cidade de Beslã, na Ossétia do Norte. Mais de 330 pessoas foram mortas, na maioria crianças, quando as forças de segurança da Rússia atacaram a escola, completamente minada por bombas instaladas pelo comando terrorista.
Em novembro passado, houve um ataque contra o trem Moscou-São Petersburgo, o mais importante do país.
domingo, 28 de março de 2010
Brasil: o futuro chegou
Depois de décadas de promessa, o Brasil deixa de ser o país do futuro. Está prestes a se tornar uma grande potência, reconhece o jornal The Wall Street Journal em uma série de reportagens.
Uribe admite fazer acordo humanitário com FARC
A poucos meses de deixar o poder, o presidente Álvaro Uribe admitiu fazer um acordo humanitário com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) para trocar prisioneiros por reféns sequestrados pela guerrilha. Mas impõe uma condição: os rebeldes soltos "não podem voltar a suas atividades delinquentes".
Uribe aplica há quase oito anos o que chama de política de "segurança democrática". Nega legitimidade à guerrilha, que equipara a delinquentes comuns, alegando que só o governo eleito tem legitimidade democrática.
Com essa política linha dura, conseguiu reduzir em 90% o número de sequestros e atentados terroristas, mas as FARC resistem em zonas rurais.
Uribe aplica há quase oito anos o que chama de política de "segurança democrática". Nega legitimidade à guerrilha, que equipara a delinquentes comuns, alegando que só o governo eleito tem legitimidade democrática.
Com essa política linha dura, conseguiu reduzir em 90% o número de sequestros e atentados terroristas, mas as FARC resistem em zonas rurais.
FARC soltam soldado colombiano sequestrado
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) libertaram hoje o soldado Josué Daniel Calvo, resgatado por um helicóptero brasileiro na Floresta Amazônica.
Calvo tem 23 anos e tinha sido sequestrado pela guerrilha em abril do ano passado.
Calvo tem 23 anos e tinha sido sequestrado pela guerrilha em abril do ano passado.
Obama faz visita surpresa ao Afeganistão
Depois de 13 horas de voo, o presidente Barack Obama chegou hoje de surpresa à base militar dos Estados Unidos em Bagram, no Afeganistão, e tomou um helicóptero para Cabul, onde se reuniu com o presidente afegão, Hamid Karzai.
Durante a visita, Obama pressionou Karzai a combater a corrupção e prometeu manter a ofensiva contra a milícia fundamentalista dos Talebã (Estudantes).
O presidente americano aumentou em 30 mil soldados o total dos EUA no Afeganistão, agora em cerca de 100 mil.
Durante a visita, Obama pressionou Karzai a combater a corrupção e prometeu manter a ofensiva contra a milícia fundamentalista dos Talebã (Estudantes).
O presidente americano aumentou em 30 mil soldados o total dos EUA no Afeganistão, agora em cerca de 100 mil.
Israel prepara retaliação contra o Hamas
Depois da morte de dois soldados israelenses na sexta-feira na fronteira da Faia de Gaza, num conflito com um comando palestino formado por vários grupos radicais, Israel prepara uma resposta militar forte contra o território, dominado desde junho de 2007 pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).
O ministro das Finanças de Israel, Yuval Steinitz, que é parente do primeiro-ministro linha dura Benjamin Netanyahu, declarou que "cedo ou tarde teremos de acabar com o regime militarista pró-iraniano".
Em entrevista à Rádio Israel, Steinitz não quis falar em prazos, "mas não podemos aceitar que esse regime continue a se fortalecer militarmente a possa ter acesso a mísseis que ameacem a segurança do país", fazendo uma ligação entre o Hamas e o regime fundamentalista do Irã, suspeito de desenvolver armas nucleares.
Quanto à possibilidade de uma invasão à Faixa de Gaza, o ministro israelense não vacilou: "Não temos outra opção".
Israel acredita que o conflito da sexta-feira foi uma tentativa do Hamas de sequestrar soldados israelenses. Os palestinos alegam que repeliram uma invasão israelense.
Dois soldados e dois milicianos morreram. No sábado, mais um palestino foi morto em confronto com as forças de segurança israelenses.
Como Israel respondeu com tanques, foi o pior conflito nos territórios árabes ocupados desde a ofensiva contra Gaza em dezembro de 2008 e janeiro de 2009, quando morreram cerca de 1,4 mil palestinos e 13 israelenses.
O ministro das Finanças de Israel, Yuval Steinitz, que é parente do primeiro-ministro linha dura Benjamin Netanyahu, declarou que "cedo ou tarde teremos de acabar com o regime militarista pró-iraniano".
Em entrevista à Rádio Israel, Steinitz não quis falar em prazos, "mas não podemos aceitar que esse regime continue a se fortalecer militarmente a possa ter acesso a mísseis que ameacem a segurança do país", fazendo uma ligação entre o Hamas e o regime fundamentalista do Irã, suspeito de desenvolver armas nucleares.
Quanto à possibilidade de uma invasão à Faixa de Gaza, o ministro israelense não vacilou: "Não temos outra opção".
Israel acredita que o conflito da sexta-feira foi uma tentativa do Hamas de sequestrar soldados israelenses. Os palestinos alegam que repeliram uma invasão israelense.
Dois soldados e dois milicianos morreram. No sábado, mais um palestino foi morto em confronto com as forças de segurança israelenses.
Como Israel respondeu com tanques, foi o pior conflito nos territórios árabes ocupados desde a ofensiva contra Gaza em dezembro de 2008 e janeiro de 2009, quando morreram cerca de 1,4 mil palestinos e 13 israelenses.
sábado, 27 de março de 2010
Allawi busca alianças para governar Iraque
O ex-primeiro-ministro Ayad Allawi, líder da aliança laica vencedora das eleições parlamentares de 7 de março de 2010, que elegeu 91 deputados, declarou estar aberto ao diálogo.
Allawi já teria convidado o atual primeiro-ministro, Nuri al-Maliki, líder de uma aliança xiita moderada que fez 89 deputados na Assembleia Nacional, de 325 cadeiras, para participar do futuro governo.
Allawi já teria convidado o atual primeiro-ministro, Nuri al-Maliki, líder de uma aliança xiita moderada que fez 89 deputados na Assembleia Nacional, de 325 cadeiras, para participar do futuro governo.
Conflito em Gaza mata quatro
Os tanques do Exército de Israel invadiram ontem a Faixa de Gaza, na maior incursão em mais de um ano no território palestino, depois de um conflito em que dois soldados israelenses e dois milicianos palestinos morreram.
Israel afirma que um comando formado por militantes de diversos grupos radicais palestinos, inclusive o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), que controla a Faixa de Gaza desde junho de 2007, atravessou a fronteira para tentar sequestrar soldados israelenses.
Já os milicianos declaram que apenas repeliram uma tentativa israelense de invadir Gaza.
Israel afirma que um comando formado por militantes de diversos grupos radicais palestinos, inclusive o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), que controla a Faixa de Gaza desde junho de 2007, atravessou a fronteira para tentar sequestrar soldados israelenses.
Já os milicianos declaram que apenas repeliram uma tentativa israelense de invadir Gaza.
Dieta natural reduz risco de câncer de seio
Uma dieta com mais frutas, legumes e cereais integrais, e menos álcool, reduz o risco de câncer de seio, revela uma pesquisa da Queen's University em Belfast, na Irlanda do Norte.
Vírus do sexo causa câncer na cabeça e gargante
O vírus do papiloma humana (HPV), transmitido pelo sexo, está causando cânceres na cabeça e no pescoço por causa do sexo oral, revela pesquisa divulgada hoje na revista médica British Medical Journal.
Normalmente, o HPV é associado ao câncer de colo de útero, mas agora os cientistas descobriram que pode causar a doença em outras parte do corpo.
Normalmente, o HPV é associado ao câncer de colo de útero, mas agora os cientistas descobriram que pode causar a doença em outras parte do corpo.
Argentina limita exportação de carne bovina
O governo da Argentina limita as exportações de carne bovina a 350 mil toneladas neste ano, 40% a menos do que em 2009, para conter os preços no mercado interno.
Desde o início do ano, o preço da carne argentina subiu 40%.
Aliança não religiosa vence eleições no Iraque
A aliança laica liderada pelo ex-primeiro-ministro Ayad Allawi venceu as eleições parlamentares de 7 de março no Iraque, vencendo a coligação xiita que apoia o atual primeiro-ministro, Nuri al-Maliki.
O resultado final saiu ontem. A bancada de Allawi terá 91 deputados na Assembleia Nacional, de 325 cadeiras, enquanto os aliados de Maliki serão 89.
O resultado final saiu ontem. A bancada de Allawi terá 91 deputados na Assembleia Nacional, de 325 cadeiras, enquanto os aliados de Maliki serão 89.
Navio sul-coreano afunda com 104 a bordo
Um navio da Coreia do Sul naufragou hoje no Mar Amarelo com 104 pessoas a bordo. Pelo menos 40 estão desaparecidas.
A agência de notícias sul-coreana Yonhap chegou a afirmar que a embarcação tinha sido atingida por um torpedo da Coreia do Norte.
O porta-voz do Estado-Maior das Forças Armadas disse que o governo sul-coreano examina três possibilidades: ataque, explosão de munição a bordo ou mina.
Na última década, houve dois conflitos com mortes no Mar Amarelo entre as Marinhas de Guerra da Coreia do Sul e da Coreia do Norte. O último tiroteio aconteceu em novembro do ano passado.
A Península da Coreia, dividida até hoje entre o Norte comunista e o Sul capitalista, é a última fronteira da Guerra Fria. Os dois países travaram a Guerra da Coreia (1950-53) e nunca assinaram um tratado de paz.
O Sul colabora com os Estados Unidos para impor ao Norte as sanções aprovadas pelas Nações Unidas contra o programa nuclear norte-coreano que proíbem a entrada e a saída de equipamentos e tecnologia nuclear da Coreia do Norte. Isso aumenta a tensão na disputada fronteira das áreas territoriais dos dois países.
A agência de notícias sul-coreana Yonhap chegou a afirmar que a embarcação tinha sido atingida por um torpedo da Coreia do Norte.
O porta-voz do Estado-Maior das Forças Armadas disse que o governo sul-coreano examina três possibilidades: ataque, explosão de munição a bordo ou mina.
Na última década, houve dois conflitos com mortes no Mar Amarelo entre as Marinhas de Guerra da Coreia do Sul e da Coreia do Norte. O último tiroteio aconteceu em novembro do ano passado.
A Península da Coreia, dividida até hoje entre o Norte comunista e o Sul capitalista, é a última fronteira da Guerra Fria. Os dois países travaram a Guerra da Coreia (1950-53) e nunca assinaram um tratado de paz.
O Sul colabora com os Estados Unidos para impor ao Norte as sanções aprovadas pelas Nações Unidas contra o programa nuclear norte-coreano que proíbem a entrada e a saída de equipamentos e tecnologia nuclear da Coreia do Norte. Isso aumenta a tensão na disputada fronteira das áreas territoriais dos dois países.
sexta-feira, 26 de março de 2010
Haiti quer romper dependência de alimentos
Com o terremoto de 12 de janeiro, o Haiti recebeu uma grande ajuda internacional de alimentos. Na conferência internacional sobre a reconstrução do país a ser realizada no próximo dia 31 em nova York, uma das preocupações deve ser recuperar o setor agroindustrial para evitar a dependência a longo prazo.
Os trabalhadores da usina de produção de açúcar se preparam para receber uma nova safra de cana. Mas faltam investimentos.
As usinas de produção de açúcar e de beneficiamento de arroz e as granjas de aves e ovos estão lá, mas precisam aumentar a produtividade.
Dominique Volcin, diretor técnico da única usina de açúcar, acredita que o Haiti é um país agrícola. Já foi um dos maiores produtores mundiais de açúcar.
Os trabalhadores da usina de produção de açúcar se preparam para receber uma nova safra de cana. Mas faltam investimentos.
As usinas de produção de açúcar e de beneficiamento de arroz e as granjas de aves e ovos estão lá, mas precisam aumentar a produtividade.
Dominique Volcin, diretor técnico da única usina de açúcar, acredita que o Haiti é um país agrícola. Já foi um dos maiores produtores mundiais de açúcar.
EUA e Rússia fecham novo acordo nuclear
Os Estados Unidos e a Rússia fecharam o 2º Tratado de Redução de Armas Estratégicas.
Cada lado vai poder manter 1.550 ogivas nucleares estratégicas, num corte de 30% nos arsenais nucleares. Os veículos de lançamento (mísseis e aviões bombardeiros estratégicos.
O acordo será assinado em 8 de abril, em Praga, capital da República Tcheca.
EUA cresceram menos no quarto trimestre
A economia dos Estados Unidos cresceu num ritmo de 5,6% ao ano no quarto trimestre, abaixo da estimativa anterior, de 5,9% ano.
Na revisão, os investimentos das empresas diminuíram, assim como o consumo pessoal.
Na revisão, os investimentos das empresas diminuíram, assim como o consumo pessoal.
Vaticano, França e Inglaterra defendem o papa
O Vaticano e bispos da França e da Inglaterra defendem o papa Bento XVI das acusações de omissão diante das denúncias de pedofilia na Igreja Católica, descartando a possibilidade de renúncia do Sumo Pontífice.
Mas o jornal The New York Times faz novas revelações insistindo que ele sabia de abusos sexuais cometidos por um padre protegido pela Arquidiocese de Munique quanto o cardeal Joseph Ratzinger, hoje Bento XVI, era o arcebispo.
Logo depois de voltar de um tratamento psicológico, um padre pedófilo foi apenas transferido para outra escola, onde continuou suas práticas sexuais criminosas.
O cardeal Ratzinger sempre esteve mais preocupado com a doutrina da Igreja.
Mas o jornal The New York Times faz novas revelações insistindo que ele sabia de abusos sexuais cometidos por um padre protegido pela Arquidiocese de Munique quanto o cardeal Joseph Ratzinger, hoje Bento XVI, era o arcebispo.
Logo depois de voltar de um tratamento psicológico, um padre pedófilo foi apenas transferido para outra escola, onde continuou suas práticas sexuais criminosas.
O cardeal Ratzinger sempre esteve mais preocupado com a doutrina da Igreja.
Professores alemães querem Grécia fora do euro
Quatro professors alemães publicam artigo hoje no Financial Times dizendo que a única saída para a Grécia é deixar a união monetária e recriar o dracma com uma cotação 40% menor.
Eles ameaçam recorrer à Justiça contra qualquer plano de resgate.
Eles ameaçam recorrer à Justiça contra qualquer plano de resgate.
Congresso envia reforma da saúde a Obama
Por 219 a 207, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta noite as últimas emendas do Senado ao projeto de reforma da saúde do governo Barack Obama para garantir cobertura universal para os americanos e estrangeiros residindo legalmente no país.
Venezuela prende e solta presidente de TV
O governo da Venezuela prendeu ontem o empresário Guillermo Zuloaga, presidente da rede de televisão Globovisión, a única emissora de TV de sinal aberto independente, sob a acusação de divulgar informações falsas e insultar o presidente Hugo Chávez.
Durante uma reunião da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) na semana passada, Zuloaga disse que "não se pode falar em liberdade de expressão num país em que o governo fecha meios de comunicação à força".
Mais adiante, disse que "Chávez ganhou eleições e tem legitimidade originária, mas governa para um grupo e trata de dividir os venezuelanos".
Zuloaga foi preso quando tentava sair da Venezuela rumo a uma ilha do Caribe em seu jatinho particular.
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, exigiu sua libertação imediata. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos e o relator das Nações Unidas para liberdade de expressão também condenaram à prisão.
No início da noite de ontem, Zuloaga foi apresentado à Justiça e liberado, mas está proibido de sair do país.
Durante uma reunião da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) na semana passada, Zuloaga disse que "não se pode falar em liberdade de expressão num país em que o governo fecha meios de comunicação à força".
Mais adiante, disse que "Chávez ganhou eleições e tem legitimidade originária, mas governa para um grupo e trata de dividir os venezuelanos".
Zuloaga foi preso quando tentava sair da Venezuela rumo a uma ilha do Caribe em seu jatinho particular.
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, exigiu sua libertação imediata. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos e o relator das Nações Unidas para liberdade de expressão também condenaram à prisão.
No início da noite de ontem, Zuloaga foi apresentado à Justiça e liberado, mas está proibido de sair do país.
Alemanha e França acertam apoio à Grécia
A Alemanha e a França chegaram a um acordo, e a União Europeia aprovou ontem um plano de apoio aos países da zona do euro em dificuldade para pagar suas dívidas públicas inchadas pela crise.
Por insistência da primeira-ministra Angela Merkel, a ajuda em dinheiro só virá "quando não houver alternativa".
O plano aprovado inclui recurso ao FMI (Fundo Monetário Internacional). A Grécia deve receber até 30 bilhões de euros, pouco mais de R$ 72 bilhões. Dois terços do dinheiro viriam de países da zona do euro e o resto do Fundo
O governo grego já teme que o FMI imponha medidas recessivas que aprofundem a crise econômica do país.
Por insistência da primeira-ministra Angela Merkel, a ajuda em dinheiro só virá "quando não houver alternativa".
O plano aprovado inclui recurso ao FMI (Fundo Monetário Internacional). A Grécia deve receber até 30 bilhões de euros, pouco mais de R$ 72 bilhões. Dois terços do dinheiro viriam de países da zona do euro e o resto do Fundo
O governo grego já teme que o FMI imponha medidas recessivas que aprofundem a crise econômica do país.
• O vice-presidente do BC chinês não vê “ações decisivas que digam ao mercado nós vamos resolver o problema” e alerta que a crise grega é só o começo.
quinta-feira, 25 de março de 2010
Ben Laden ameaça matar americanos capturados
Em mensagem de som enviada à rede de televisão árabe especializada em notícias, o terrorista mais procurado do mundo, Ossama ben Laden, ameaçou matar todos os americanos sequestrados ou capturados em combate pela rede terrorista Al Caeda.
Fome ameaça metade da população do Níger
A metade dos 15 milhões de habitantes do Níger, um dos países mais pobres do mundo, está ameaçada pela fome causada por uma grande seca.
Na cidade de Tera, no interior desértico do Níger, os hospitais estão sobrecarregados. Chegam por dia, em média, 20 crianças com desnutrição severa aguda, que exige hospitalização, revela o chefe do dapartamento de nutrição de um hospital.
O govermo do Níger pediu no início do mês uma ajuda internacional de US$ 123 milhões, cerca de US$ 220 milhões. As secas que atingiram o país nos últimos meses agravou ainda mais uma situação precária.
A junta militar que tomou o poder no mês passado rompeu um tabu ao admitir publicamente o problema da fome. Enquanto a sociedade internacional pressiona a junta militar a realizar eleições, as organizações de ajuda humanitária advertem que a prioridade deve ser a fome.
Na cidade de Tera, no interior desértico do Níger, os hospitais estão sobrecarregados. Chegam por dia, em média, 20 crianças com desnutrição severa aguda, que exige hospitalização, revela o chefe do dapartamento de nutrição de um hospital.
O govermo do Níger pediu no início do mês uma ajuda internacional de US$ 123 milhões, cerca de US$ 220 milhões. As secas que atingiram o país nos últimos meses agravou ainda mais uma situação precária.
A junta militar que tomou o poder no mês passado rompeu um tabu ao admitir publicamente o problema da fome. Enquanto a sociedade internacional pressiona a junta militar a realizar eleições, as organizações de ajuda humanitária advertem que a prioridade deve ser a fome.
Papa é acusado de omissão diante de pedofilia
A Santa Sé foi acusada de omissão diante do abuso sexual de 200 menores surdos por um padre nos Estados Unidos.
Um apelo direto ao então cardeal Joseph Ratzinger, na época chefe da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé, hoje papa Bento XVI, não deu em nada.
Em 1996, Ratzinger não respondeu a duas cartas do arcebispo de Milwaukee, Rembert Weakland. Oito meses depois, o então secretário da congregação, cardeal Tarcisio Bertone, hoje secretário de Estado do Vaticano, instruiu os bispos dos EUA a julgarem secretamente o padre Lawrence Murphy.
Depois de uma carta endereçada a Ratzinger em que Murphy pediu para terminar a vida eclesiástica com dignidade, Bertone encerrou o processo. Murphy nunca foi preso nem processado. Morreu e foi enterrado de batina.
Os bispos dos EUA ficaram convencidos de que o Vaticano preferiu não manchar a imagem da Igreja. Ratzinger também foi acusado de omissão quando era bispo de Munique, apesar de inúmeras denúncias, mais de 250 casos em toda a Alemanha.
É um padrão que se repete. Dos 3 mil casos de pedofilia na Igreja denunciados nesta década, só 20% terminaram em julgamento.
Nesses processos, em apenas 10% dos casos os padres pedófilos foram imediatamente expulsos da Igreja. Outros 10% se afastaram espontaneamente. Em 60%, houve apenas advertências ou punições como transferência.
Em 1996, Ratzinger não respondeu a duas cartas do arcebispo de Milwaukee, Rembert Weakland. Oito meses depois, o então secretário da congregação, cardeal Tarcisio Bertone, hoje secretário de Estado do Vaticano, instruiu os bispos dos EUA a julgarem secretamente o padre Lawrence Murphy.
Depois de uma carta endereçada a Ratzinger em que Murphy pediu para terminar a vida eclesiástica com dignidade, Bertone encerrou o processo. Murphy nunca foi preso nem processado. Morreu e foi enterrado de batina.
Os bispos dos EUA ficaram convencidos de que o Vaticano preferiu não manchar a imagem da Igreja. Ratzinger também foi acusado de omissão quando era bispo de Munique, apesar de inúmeras denúncias, mais de 250 casos em toda a Alemanha.
É um padrão que se repete. Dos 3 mil casos de pedofilia na Igreja denunciados nesta década, só 20% terminaram em julgamento.
Nesses processos, em apenas 10% dos casos os padres pedófilos foram imediatamente expulsos da Igreja. Outros 10% se afastaram espontaneamente. Em 60%, houve apenas advertências ou punições como transferência.
Ontem, o Vaticano aceitou a renúncia do bispo irlandês John Magee, da Diocese de Cloyne, acusado de não tomar medidas para punir escândalos de pedofilia. Magge foi secretário particular de três papas. Foi a primeira pessoa a descobrir a morte do papa João Paulo I, em 1978.
Outros quatro bispos irlandeses renunciaram. Até agora, o Vaticano só aceitou a renúncia de Magee.
Na Alemanha, o governo Angela Merkel nomeou uma procuradora especial para investigar mais de 250 de abuso sexual de menores em escolas católicas, protestantes e não religiosa. Será a ex-ministra para a Família, Cristine Bergman.
Durante a reunião ministerial, a ministra da Educação, Annette Schavan, reconheceu que são crimes graves que deixam marcas profundas nos jovens.
Bernhard Rasche, de 51 anos, que com 11 anos foi internado numa escola católica da Baviera conta que sofreu abusos físicos, emocionais e sexuais: "Um mesmo padre molestava sexualmente as crianças todas as noites."
Israelenses têm 57,3 mil imóveis na Cisjordânia
A Cisjordânia ocupada tem 57 mil imóveis israelenses e 500 mil colonos.
Cerca de 200 mil vivem no setor árabe de Jerusalém e os outros no resto do território ocupado, onde há bolsões sob controle da Autoridade Nacional Palestina.
Cerca de 200 mil vivem no setor árabe de Jerusalém e os outros no resto do território ocupado, onde há bolsões sob controle da Autoridade Nacional Palestina.
quarta-feira, 24 de março de 2010
EUA e Rússia anunciam novo acordo nuclear
Os Estados Unidos e a Rússia estão prestes a fechar um acordo para reduzir os arsenais nucleares estratégicos dos dois países em um quarto. Um novo tratado de redução de armas estratégicas deve ser assinado no início de abril em Praga, na República Tcheca.
Este novo acordo vai substituir o Tratado de Redução de Armas Estratégicas (Start-1), assinando em 1991 pelos então presidentes dos EUA, George Herbert Walker Bush, e da União Soviética, Mikhail Gorbachev, cinco meses antes do fim da superpotência comunista.
É o primeiro passo na ofensiva diplomática do presidente Barack Obama para melhorar as relações com a Rússia, de quem precisa do apoio para impedir que o Irã faça armas nucleares.
O máximo de ogivas nucleares estratégicas (aquelas que podem atingir diretamente o inimigo) será reduzido de 2,2 mil para 1,6 mil para cada país. O total de veículos para lançamento - mísseis e aviões bombardeiros estratégicos - cai pela metade, de 1,6 mil para 800 para cada país.
Ainda faltam detalhes finais, que devem ser acertados diretamente por Obama e Medvedev. Mas os negociadores russos e americanos estão convencidos de que o Start-2 será mesmo assinado em breve em Praga.
Este novo acordo vai substituir o Tratado de Redução de Armas Estratégicas (Start-1), assinando em 1991 pelos então presidentes dos EUA, George Herbert Walker Bush, e da União Soviética, Mikhail Gorbachev, cinco meses antes do fim da superpotência comunista.
É o primeiro passo na ofensiva diplomática do presidente Barack Obama para melhorar as relações com a Rússia, de quem precisa do apoio para impedir que o Irã faça armas nucleares.
O máximo de ogivas nucleares estratégicas (aquelas que podem atingir diretamente o inimigo) será reduzido de 2,2 mil para 1,6 mil para cada país. O total de veículos para lançamento - mísseis e aviões bombardeiros estratégicos - cai pela metade, de 1,6 mil para 800 para cada país.
Ainda faltam detalhes finais, que devem ser acertados diretamente por Obama e Medvedev. Mas os negociadores russos e americanos estão convencidos de que o Start-2 será mesmo assinado em breve em Praga.
Carro-bomba mata seis na Colômbia
A explosão de um carro-bomba matou pelo menos seis pessoas e feriu outras 44 hoje na cidade de Buenaventura, o principal porto da Colômbia.
O Exército acusou as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), mas o procurador-geral suspeita de traficantes de drogas.
Eram 9h35 da manhã, hora de grande movimento de pedestres no centro da cidade, quando o automóvel Mazda com 40 quilos foi detonado perto da Procuradoria-Geral e da Prefeitura.
Os sequestros e atentados terroristas diminuíram em 90% na Colômbia desde que o presidente Álvaro Uribe chegou ao poder, há quase oito anos. Mas a guerrilha de esquerda ainda atua nas zonas rurais.
A ação de hoje foi um dos poucos ataques a grandes cidades nos últimos anos. Por isso, há suspeita de que tenham sido traficantes de drogas, que usam o porto para enviar cocaína para os Estados Unidos e recentemente foram alvo de uma operação policial.
O Exército acusou as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), mas o procurador-geral suspeita de traficantes de drogas.
Eram 9h35 da manhã, hora de grande movimento de pedestres no centro da cidade, quando o automóvel Mazda com 40 quilos foi detonado perto da Procuradoria-Geral e da Prefeitura.
Os sequestros e atentados terroristas diminuíram em 90% na Colômbia desde que o presidente Álvaro Uribe chegou ao poder, há quase oito anos. Mas a guerrilha de esquerda ainda atua nas zonas rurais.
A ação de hoje foi um dos poucos ataques a grandes cidades nos últimos anos. Por isso, há suspeita de que tenham sido traficantes de drogas, que usam o porto para enviar cocaína para os Estados Unidos e recentemente foram alvo de uma operação policial.
Fitch rebaixa crédito da dívida de Portugal
A agência de classificação de risco Fitch rebaixou a nota de crédito de Portugal de AA para AA-.
Portugal fechou 2009 com um défice (como dizem os portugueses) orçamentário de 9,3% do PIB. A Fitch esperava 6,5%
O euro caiu à menor cotação em 10 meses: US$ 1,3325.
A primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, estaria disposta a aceitar uma declaração do Grupo do Euro sobre ajuda a países em dificuldades, sem mencionar especificamente a Grécia na reunião de cúpula da UE de amanhã e sexta-feira.
Portugal fechou 2009 com um défice (como dizem os portugueses) orçamentário de 9,3% do PIB. A Fitch esperava 6,5%
O euro caiu à menor cotação em 10 meses: US$ 1,3325.
A primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, estaria disposta a aceitar uma declaração do Grupo do Euro sobre ajuda a países em dificuldades, sem mencionar especificamente a Grécia na reunião de cúpula da UE de amanhã e sexta-feira.
Parlamento Britânico suspende ex-ministros corruptos
Três ex-ministros foram suspensos ontem pelo Parlamento Britânico depois de serem filmados se oferecendo a lobistas para influenciar decisões políticas em troca de dinheiro.
Favela sul-africana se revolta contra miséria
A polícia da África do Sul deu tiros com espingarda de chumbinho para matar passarinhos para dispersar uma multidão que protestava contra a falta de transporte e saneamento básico numa favela da periferia de Pretória, a capital do país. Há uma expectativa de que esses protestos aumentem até o início da Copa do Mundo, em 11 de junho.
Centenas de moradores da favela de Phomolong bloquearam as ruas com pedras e pneus queimando. Foi um protesto para exigir melhora na infraestrutura das áreas mais pobres do país, uma promessa não cumprida desde a queda da ditadura da minoria branco há 16 anos.
Com tiros de chumbinho, a polícia conseguiu evitar que a multidão saqueasse lojas, mas não impede a revolta da mesma periferia que foi decisiva para derrubar o regime segregacionista do apartheid.
Os protestos tendem a aumentar à medida que a Copa do Mundo se aproxime.
A maioria dos negros sul-africanos reclama que a vida não melhorou desde que a maioria negra chegou ao poder com a vitória do Congresso Nacional Africano, de Nelson Mandela, em 1994, prometendo emprego, casa, saúde e educação para todos.
Apesar do forte crescimento até 2008, o desemprego continua acima de 20%. Milhões de negros ainda em favelas sem água, saneamento básico e eletricidade. Com a recessão do ano passado, o governo tem menos condições de atender às demandas sociais.
Centenas de moradores da favela de Phomolong bloquearam as ruas com pedras e pneus queimando. Foi um protesto para exigir melhora na infraestrutura das áreas mais pobres do país, uma promessa não cumprida desde a queda da ditadura da minoria branco há 16 anos.
Com tiros de chumbinho, a polícia conseguiu evitar que a multidão saqueasse lojas, mas não impede a revolta da mesma periferia que foi decisiva para derrubar o regime segregacionista do apartheid.
Os protestos tendem a aumentar à medida que a Copa do Mundo se aproxime.
A maioria dos negros sul-africanos reclama que a vida não melhorou desde que a maioria negra chegou ao poder com a vitória do Congresso Nacional Africano, de Nelson Mandela, em 1994, prometendo emprego, casa, saúde e educação para todos.
Apesar do forte crescimento até 2008, o desemprego continua acima de 20%. Milhões de negros ainda em favelas sem água, saneamento básico e eletricidade. Com a recessão do ano passado, o governo tem menos condições de atender às demandas sociais.
Netanyahu chama Irã de "tirania terrorista"
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pediu o apoio dos Estados Unidos contra a "tirania terrorista", do Irã. Mas não cedeu à exigência do governo Barack Obama de congelar a colonização dos territórios árabes ocupados, inclusive no Leste de Jerusalém, como precondição imposta pelos palestinos para o reinício das negociações de paz no Oriente Médio.
Ao sair de um encontro com Obama na Casa Branca, Netanyahu disse apenas que a Autoridade Nacional Palestina não deveria perder mais tempo com precondições e começar a negociar logo.
Desde que chegou aos EUA, Netanyahu deixou claro que não cederia diante da exigência de congelar as construções em Jerusalém. Em discurso no Comitê de Assuntos Públicos Americano-Israelente, o principal lobby israelense em Washington, o primeiro-ministro afirmou que "Jerusalém não é um assentamento, é nossa capital".
Netanyahu afirmou que "os judeus constroem há 3 mil anos em Jerusalém e vão continuar construindo Jerusalém". É um sinal de que o governo direitista de Israel se nega a negociar Jerusalém.
O Leste da cidade pertencia à Jordânia. Foi ocupado na Guerra dos Seis Dias, em 1967. É uma região conquistada à força, o que contraria o direito internacional.
Da plateia, uma pessoa gritou: "Isto é um ultraje e um crime de guerra contra os palestinos", antes de ser retirada pela polícia.
Netanyahu está mais preocupado com a ameaça de que o Irã faça a bomba atômica. O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, já disse muitas vezes que Israel deve ser varrido do mapa.
Em reunião com líderes do Congresso dos EUA, o chefe de governo israelense chamou o Irã de uma "tirania terrorista" capaz de dar armas nucleares a grupos fundamentalistas muçulmanos.
Mais tarde, Bibi Netanyahu foi para a Casa Branca se encontrar com Obama. Mas não cedeu na princpal exigência do governo americano para retomar imediatamente as negociações de paz.
Ao sair de um encontro com Obama na Casa Branca, Netanyahu disse apenas que a Autoridade Nacional Palestina não deveria perder mais tempo com precondições e começar a negociar logo.
Desde que chegou aos EUA, Netanyahu deixou claro que não cederia diante da exigência de congelar as construções em Jerusalém. Em discurso no Comitê de Assuntos Públicos Americano-Israelente, o principal lobby israelense em Washington, o primeiro-ministro afirmou que "Jerusalém não é um assentamento, é nossa capital".
Netanyahu afirmou que "os judeus constroem há 3 mil anos em Jerusalém e vão continuar construindo Jerusalém". É um sinal de que o governo direitista de Israel se nega a negociar Jerusalém.
O Leste da cidade pertencia à Jordânia. Foi ocupado na Guerra dos Seis Dias, em 1967. É uma região conquistada à força, o que contraria o direito internacional.
Da plateia, uma pessoa gritou: "Isto é um ultraje e um crime de guerra contra os palestinos", antes de ser retirada pela polícia.
Netanyahu está mais preocupado com a ameaça de que o Irã faça a bomba atômica. O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, já disse muitas vezes que Israel deve ser varrido do mapa.
Em reunião com líderes do Congresso dos EUA, o chefe de governo israelense chamou o Irã de uma "tirania terrorista" capaz de dar armas nucleares a grupos fundamentalistas muçulmanos.
Mais tarde, Bibi Netanyahu foi para a Casa Branca se encontrar com Obama. Mas não cedeu na princpal exigência do governo americano para retomar imediatamente as negociações de paz.
Pilotos da TAP marcam greve
Os pilotos da companhia aérea Transportes Aéreos Portugueses (TAP) aprovaram uma greve para 26 a 31 e março para coincidir com os feriados da Semana Santa.
França faz greve contra Sarkozy
Depois da maior derrota eleitoral da direita em décadas na França, o presidente Nicolas Sarkozy enfrentou ontem uma greve no setor público, principalmente nos setores de educação e transporte.
A luta é contra a reforma do sistema de aposentadorias.
A luta é contra a reforma do sistema de aposentadorias.
terça-feira, 23 de março de 2010
Reino Unido expulsa diplomata de Israel
O ministro do exterior do Reino Unido, David Miliband, comunicou hoje ao Parlamento Britânico a expulsão de um diplomata israelense envolvido no assassinato de um comandante militar do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, em janeiro.
Doze passaportes britânicos falsificados foram usados na operação.
China volta a censurar o Google
A China considerou "totalmente errada" a decisão da empresa de Internet Google de mudar os servidores de seu serviço de busca para Hong Kong para evitar a censura.
O regime comunista chinês acusou a companhia de "violar um compromisso" escrito quando o Google entrou na China. Seus censores já bloqueiam o acesso a temas sensíveis para o governo.
Esse conflito começou há dois meses, quando o Google denunciou pirataria cibernética para roubar segredos empresariais e violar o correio eletrônico de dissidentes políticos.
Havia uma expectativa de que a empresa pudesse encerrar suas operações na China. Mas não quis deixar um mercado de 384 milhões de internautas, o maior do mundo.
Ontem, anunciou a transferência do serviço de busca para Hong Kong, uma região autônoma com plena liberdade de expressão garantida pelo acordo em que o Reino Unido devolveu a antiga colônia britânica à China em 1997.
Hoje, o Conselho de Estado acusou o Google de violar a legislação chinesa e de politizar uma questão comercial. O porta-voz do Ministério do Exterior chinês também tratou o problema como comercial, "a não ser que queiram politizar a questão".
Durante a noite, os fãs chineses do Google chegaram a fazer vigília luminosa junto à sede da empresa, torcendo para que não saia da China.
O regime comunista chinês acusou a companhia de "violar um compromisso" escrito quando o Google entrou na China. Seus censores já bloqueiam o acesso a temas sensíveis para o governo.
Esse conflito começou há dois meses, quando o Google denunciou pirataria cibernética para roubar segredos empresariais e violar o correio eletrônico de dissidentes políticos.
Havia uma expectativa de que a empresa pudesse encerrar suas operações na China. Mas não quis deixar um mercado de 384 milhões de internautas, o maior do mundo.
Ontem, anunciou a transferência do serviço de busca para Hong Kong, uma região autônoma com plena liberdade de expressão garantida pelo acordo em que o Reino Unido devolveu a antiga colônia britânica à China em 1997.
Hoje, o Conselho de Estado acusou o Google de violar a legislação chinesa e de politizar uma questão comercial. O porta-voz do Ministério do Exterior chinês também tratou o problema como comercial, "a não ser que queiram politizar a questão".
Durante a noite, os fãs chineses do Google chegaram a fazer vigília luminosa junto à sede da empresa, torcendo para que não saia da China.
Bolívia festeja o Dia do Oceano
A Bolívia comemorou hoje o Dia do Oceano com uma homenagem a Eduardo Abaroa, o grande herói boliviano da Guerra do Pacífico (1789-83), quando o país perdeu sua saída para o Oceano Pacífico para o Chile, que também tomou a ponta Sul do Peru.
Durante a cerimônia, o presidente Evo Morales prometeu continuar a luta da Bolívia de 130 anos por uma saída para o mar. Ele disse ter discutido o assunto com a ex-presidente do Chile Michelle Bachelet e também com o novo presidente, Sebastián Piñera.
"Saudamos o presidente Piñera, seu governo e o povo chileno", declarou Morales. "Vamos trabalhar juntos para encontrar soluções como vizinhos e amigos."
Durante a cerimônia, o presidente Evo Morales prometeu continuar a luta da Bolívia de 130 anos por uma saída para o mar. Ele disse ter discutido o assunto com a ex-presidente do Chile Michelle Bachelet e também com o novo presidente, Sebastián Piñera.
"Saudamos o presidente Piñera, seu governo e o povo chileno", declarou Morales. "Vamos trabalhar juntos para encontrar soluções como vizinhos e amigos."
Alemanha impõe condições para ajudar a Grécia
A Alemanha impõe três condições para resgatar a Grécia: envolvimento do FMI, um compromisso dos 27 países-membros da União Europeia com regras mais rígidas para controlar os déficits e as dívidas públicas dos países do euro, e mudanças nos tratados constitutivos da UE para tornar as novas regras obrigatórias e prever punições que pode ir até a expulsão da união monetária.
O banco central da Grécia previu hoje uma queda de 2% na economia do país neste ano. O ministro das Finanças grego, George Papaconstantinu, disse que não precisa de apoio financeiro, mas pediu a criação de um “mecanismo de sustentação do euro”. Os bombeiros gregos marcharam hoje em protesto do Ministério das Finanças até o Parlamento.
Obama assina hoje reforma da saúde nos EUA
O presidente Barack Obama deve sancionar nesta terça-feira a lei que oferece, pela primeira vez na História dos Estados Unidos, assistência médica para quase todos os americanos e os estrangeiros residentes legalmente no país.
A luta pela universalização da cobertura de saúde no país mais rico do mundo durou 100 anos. Terminou ontem à noite, no fim de uma batalha parlamentar de nove meses.
No calor do debate, o deputado republicano Randy Neugebauer chegou a acusar o democrata Bart Stupak, que mudou de posição, de "assassino de bebês", sugerindo que a reforma vai facilitar a realização de abortos.
O programa de saúde para os pobres, Medicaid, será ampliado para incluir mais 32 milhões de pessoas que hoje não tem seguro-saúde. Continuam excluídos de 15 a 22 milhões de pessoas, na maioria imigrantes ilegais.
Não há uma opção de fazer um seguro público de saúde, como chegou a ser cogitado inicialmente, porque o Senado rejeitou. O sistema será operado por empresas privadas.
A partir de agora, as empresas de seguro-saúde não podem mais rejeitar adesões por causa de doenças preexistentes nem descredenciar segurados quando for diagnosticada uma doença grave.
Os filhos poderão ser incluídos como dependentes até 26 anos.
Pelos cálculos do Escritório de Orçamento do Congresso, a reforma deve custar US$ 938 bilhões de dólares em 10 anos, mas vai reduzir o déficit público neste mesmo período em US$ 138 bilhões.
A reforma será financiada por aumento de impostos sobre empresas de saúde, famílias com renda acima de US$ 250 mil por ano ou indivíduos com renda acima de US$ 200 mil por ano.
Os EUA são o país que mais gasta com saúde, cerca de 16% do produto interno bruto, de US$ 14,3 trilhões
A luta pela universalização da cobertura de saúde no país mais rico do mundo durou 100 anos. Terminou ontem à noite, no fim de uma batalha parlamentar de nove meses.
No calor do debate, o deputado republicano Randy Neugebauer chegou a acusar o democrata Bart Stupak, que mudou de posição, de "assassino de bebês", sugerindo que a reforma vai facilitar a realização de abortos.
O programa de saúde para os pobres, Medicaid, será ampliado para incluir mais 32 milhões de pessoas que hoje não tem seguro-saúde. Continuam excluídos de 15 a 22 milhões de pessoas, na maioria imigrantes ilegais.
Não há uma opção de fazer um seguro público de saúde, como chegou a ser cogitado inicialmente, porque o Senado rejeitou. O sistema será operado por empresas privadas.
A partir de agora, as empresas de seguro-saúde não podem mais rejeitar adesões por causa de doenças preexistentes nem descredenciar segurados quando for diagnosticada uma doença grave.
Os filhos poderão ser incluídos como dependentes até 26 anos.
Pelos cálculos do Escritório de Orçamento do Congresso, a reforma deve custar US$ 938 bilhões de dólares em 10 anos, mas vai reduzir o déficit público neste mesmo período em US$ 138 bilhões.
A reforma será financiada por aumento de impostos sobre empresas de saúde, famílias com renda acima de US$ 250 mil por ano ou indivíduos com renda acima de US$ 200 mil por ano.
Os EUA são o país que mais gasta com saúde, cerca de 16% do produto interno bruto, de US$ 14,3 trilhões
Google evita censura mas fica na China
A empresa de internet Google anunciou hoje que vai transferir para Hong Kong os servidores do seu sistema de busca na China numa tentativa de fugir da censura imposta pelo regime comunista chinês.
Assim, quem procurar Google.cn deve ser dirigido para Google.com.hk.
Na sexta-feira passada, os jornais China Business News e Financial Times deram como praticamente certa a saída da empresa, mas o Google decidiu manter sua presença num mercado com 400 milhões de internautas.
Para ficar na China e fugir da censura, o Google apelou para Hong Kong, que tem autonomia administrativa até 2047, com base no acordo assinado com o Reino Unido para a devolução desta ex-colônia britânica, em 1997.
Assim, quem procurar Google.cn deve ser dirigido para Google.com.hk.
Na sexta-feira passada, os jornais China Business News e Financial Times deram como praticamente certa a saída da empresa, mas o Google decidiu manter sua presença num mercado com 400 milhões de internautas.
Para ficar na China e fugir da censura, o Google apelou para Hong Kong, que tem autonomia administrativa até 2047, com base no acordo assinado com o Reino Unido para a devolução desta ex-colônia britânica, em 1997.
segunda-feira, 22 de março de 2010
Água mata mais do que guerra
A água suja mata mais do que a violência e a guerra, advertiu hoje um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente para marcar o Dia Mundial da Água.
Por causa de água contaminada, morrem por ano 1,8 milhão de crianças de menos de cinco anos e 2,2 milhões de pessoas ao todo no mundo inteiro.
"Mais da metade dos leitos hospitalares no mundo é ocupada por doentes com problemas causados por água contaminada", afirma o relatório Água Doente.
Todos os dias dois milhões de toneladas de resíduos contaminam dois milhões de toneladas de água. O maior problema está nos países em desenvolvimento, onde 90 por cento dos esgotos são despejados no meio ambiente sem tratamento.
Na África, o prejuízo causado por água poluída é estimado em R$ 50 bilhões por ano, cerca de 5% de tudo o que o continente ganha em um ano.
No Chade, um dos países mais pobres do mundo, o representante da ONU Victor Angelo inaugurou um de 10 poços furados com ajuda internacional para abastecer 135 mil pessoas nos próximos 50 anos.
Na Guiné, o Fundo da ONU para a Infância (Unicef) está trabalhando com organizações locais para descontaminar a água com o uso de cloro.
Uganda luta para preservar o Lago Vitória, o maior da África. Durante uma conferência em Entebe, a queniana Wangari Matthai, ganhadora do Prêmio Nobel de Paz, defendeu a preservação e a não exploração de terras alagadas para não quebrar o ciclo da água na natureza.
Na Bolívia, onde o aquecimento global já provoca escassez de água, o presidente Evo Morales fez um apelo à ONU para que declare que água e saneamento básico são direitos humanos fundamentais.
Na Argentina, o dia foi marcado por um protesto do grupo ecológico Greenpeace no Riachuelo. Depois de 200 anos de poluição, o riacho que banha Buenos Aires afeta a vida de 5 milhões de pessoas. O problema não está apenas em suas águas. Já contaminou os lençóis d'água subterrâneos e o ar.
Por causa de água contaminada, morrem por ano 1,8 milhão de crianças de menos de cinco anos e 2,2 milhões de pessoas ao todo no mundo inteiro.
"Mais da metade dos leitos hospitalares no mundo é ocupada por doentes com problemas causados por água contaminada", afirma o relatório Água Doente.
Todos os dias dois milhões de toneladas de resíduos contaminam dois milhões de toneladas de água. O maior problema está nos países em desenvolvimento, onde 90 por cento dos esgotos são despejados no meio ambiente sem tratamento.
Na África, o prejuízo causado por água poluída é estimado em R$ 50 bilhões por ano, cerca de 5% de tudo o que o continente ganha em um ano.
No Chade, um dos países mais pobres do mundo, o representante da ONU Victor Angelo inaugurou um de 10 poços furados com ajuda internacional para abastecer 135 mil pessoas nos próximos 50 anos.
Na Guiné, o Fundo da ONU para a Infância (Unicef) está trabalhando com organizações locais para descontaminar a água com o uso de cloro.
Uganda luta para preservar o Lago Vitória, o maior da África. Durante uma conferência em Entebe, a queniana Wangari Matthai, ganhadora do Prêmio Nobel de Paz, defendeu a preservação e a não exploração de terras alagadas para não quebrar o ciclo da água na natureza.
Na Bolívia, onde o aquecimento global já provoca escassez de água, o presidente Evo Morales fez um apelo à ONU para que declare que água e saneamento básico são direitos humanos fundamentais.
Na Argentina, o dia foi marcado por um protesto do grupo ecológico Greenpeace no Riachuelo. Depois de 200 anos de poluição, o riacho que banha Buenos Aires afeta a vida de 5 milhões de pessoas. O problema não está apenas em suas águas. Já contaminou os lençóis d'água subterrâneos e o ar.
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Procuradores estaduais vão à Suprema Corte contra reforma
O Partido Republicano mantém a luta contra a reforma de saúde do presidente Barack Obama. Hoje os procuradores-gerais de 11 estados prometeram apelar à Suprema Corte dos Estados Unidos. Eles alegam que a reforma é inconstitucional e viola os direitos dos estados.
Na prática, a lei federal tem prioridade sobre as leis estaduais. A federação desapareceu na Guerra de Secessão (1961-1965), quando Abraham Lincoln impôs a abolição da escravatura ao Sul e os impediu de deixar a União.
Na prática, a lei federal tem prioridade sobre as leis estaduais. A federação desapareceu na Guerra de Secessão (1961-1965), quando Abraham Lincoln impôs a abolição da escravatura ao Sul e os impediu de deixar a União.
Hillary pede "escolhas difíceis" a Israel
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, adverte que a colonização dos territórios ocupados prejudica o processo de paz no Oriente Médio e pediu que Israel "faça escolhas difíceis mas necessárias" para chegar a um acordo definitivo com os palestinos.
Em discurso no Comitê de Assuntos Públicos Americano-Israelense, o principal lobby pró-Israel nos Estados Unidos, Hillary declarou que o governo americano "está determinado a impedir que o Irã tenha armas nucleares.
Ao mesmo tempo, a secretária de Estado alertou que, com o desenvolvimento tecnológico, os EUA não serão capazes de garantir a segurança de Israel eternamente. Por isso, Hillary recomendou que faça a paz com os vizinhos.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu chegou hoje a Washington, onde amanhã se encontra com o presidente Barack Obama. Hoje ele esteve com Hillary. Ainda insiste em não ceder na expansão das colônias no Leste de Jerusalém, que o governo direitista de Israel não considera território ocupado, mas foi conquistado na Guerra dos Seis Dias, em 1967.
A paralisação das construção ilegais na Jerusalém ocupada é só o que falta para que as negociações de paz recomecem.
Perto da fronteira com a Faixa de Gaza, um soldado israelense foi morto por colegas durante uma tentativa de impedir uma invasão de palestinos. Três palestinos foram presos.
Em discurso no Comitê de Assuntos Públicos Americano-Israelense, o principal lobby pró-Israel nos Estados Unidos, Hillary declarou que o governo americano "está determinado a impedir que o Irã tenha armas nucleares.
Ao mesmo tempo, a secretária de Estado alertou que, com o desenvolvimento tecnológico, os EUA não serão capazes de garantir a segurança de Israel eternamente. Por isso, Hillary recomendou que faça a paz com os vizinhos.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu chegou hoje a Washington, onde amanhã se encontra com o presidente Barack Obama. Hoje ele esteve com Hillary. Ainda insiste em não ceder na expansão das colônias no Leste de Jerusalém, que o governo direitista de Israel não considera território ocupado, mas foi conquistado na Guerra dos Seis Dias, em 1967.
A paralisação das construção ilegais na Jerusalém ocupada é só o que falta para que as negociações de paz recomecem.
Perto da fronteira com a Faixa de Gaza, um soldado israelense foi morto por colegas durante uma tentativa de impedir uma invasão de palestinos. Três palestinos foram presos.
Cerca de 227 milhões saem da favela
Cerca de 227 milhões de pessoas deixaram de ser faveladas na última década, sendo 125 milhões na China e na Índia.
Mas o total de pessoas vivendo em habitações precárias aumentou em 55 milhões desde 2000 e está agora em 827 milhões. Deve chegar a 889 em 2020, diz um novo relatório do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos – Habitat diuvlgado hoje.
Mas o total de pessoas vivendo em habitações precárias aumentou em 55 milhões desde 2000 e está agora em 827 milhões. Deve chegar a 889 em 2020, diz um novo relatório do Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos – Habitat diuvlgado hoje.
Esquerda ganha em quase todas regiões da França
A aliança de esquerda entre o Partido Socialista (PS), os verdes da Europa Ecologia e a Frente de Esquerda ganhou o segundo turno das eleições regionais da França com 54% dos votos contra 36% da coligação de centro-direita liderada pela União por um Movimento Popular (UMP), do presidente Nicolas Sarkozy. Vai governar todas as regiões da França, menos a Alsácia.
Em terceiro lugar, ligou a neofascista Frente Nacional, com surpreendentes 10% dos votos. A abstenção de 48% foi a segunda maior, superada apenas pela do primeiro turno, quando 54% do eleitorado francês deixaram de votar.
Meia hora depois da divulgação dos resultados, o primeiro-ministro François Fillon apareceu em público para assumir a responsabilidade pela derrota.
Para a líder socialista, Martine Aubry, "os franceses rejeitaram a política injusta de Sarkozy, que deu benefícios fiscais a quem tem mais, protege os bancos e os banqueiros, mas está pondo em risco a educação e a saúde públicas".
O próximo objetivo da líder do PS é "consolidar esta esquerda solidária que se reencontrou com os franceses".
Em terceiro lugar, ligou a neofascista Frente Nacional, com surpreendentes 10% dos votos. A abstenção de 48% foi a segunda maior, superada apenas pela do primeiro turno, quando 54% do eleitorado francês deixaram de votar.
Meia hora depois da divulgação dos resultados, o primeiro-ministro François Fillon apareceu em público para assumir a responsabilidade pela derrota.
Para a líder socialista, Martine Aubry, "os franceses rejeitaram a política injusta de Sarkozy, que deu benefícios fiscais a quem tem mais, protege os bancos e os banqueiros, mas está pondo em risco a educação e a saúde públicas".
O próximo objetivo da líder do PS é "consolidar esta esquerda solidária que se reencontrou com os franceses".
Guerra das drogas mata mais 30 no México
Pelo menos 30 pessoas morreram em mais um fim de semana violento na guerra das drogas no México.
Gangues de traficantes chegaram a bloquear estradas próximas à cidade de Monterrey com caminhões e ônibus. Seu objetivo era tentar impedir operações do Exército perto da fronteira com os Estados Unidos, no estado de Nuevo León.
O confronto mais violento aconteceu em Elota, no estado de Sinaloa, na estrada entre Culiacán e Mazatlán. Nove pessoas morreram num tiroteio entre duas facções criminosas rivais. Cinco corpos foram encontrados dentro de um caminhão e dois dentro de um jipe militar americano Hummer.
Ambos os veículos foram incendiados com as vítimas dentro. A polícia encontrou na cena do crime uma granada, dois rifles, e uniformes do Exército e da Polícia Federal usados pelos bandidos.
Desde que o presidente Felipe Calderón declarou guerra às drogas, logo depois de tomar posse, em 2006, pelo menos 19 mil pessoas foram assassinadas.
Gangues de traficantes chegaram a bloquear estradas próximas à cidade de Monterrey com caminhões e ônibus. Seu objetivo era tentar impedir operações do Exército perto da fronteira com os Estados Unidos, no estado de Nuevo León.
O confronto mais violento aconteceu em Elota, no estado de Sinaloa, na estrada entre Culiacán e Mazatlán. Nove pessoas morreram num tiroteio entre duas facções criminosas rivais. Cinco corpos foram encontrados dentro de um caminhão e dois dentro de um jipe militar americano Hummer.
Ambos os veículos foram incendiados com as vítimas dentro. A polícia encontrou na cena do crime uma granada, dois rifles, e uniformes do Exército e da Polícia Federal usados pelos bandidos.
Desde que o presidente Felipe Calderón declarou guerra às drogas, logo depois de tomar posse, em 2006, pelo menos 19 mil pessoas foram assassinadas.
Primeiro-ministro pede recontagem no Iraque
O primeiro-ministro xiita Nuri al-Maliki denuncia fraude na apuração dos resultados das eleições parlamentares de 7 de março de 2010 no Iraque e pede a recontagem manual dos votos. A comissão eleitoral independente rejeitou o pedido.
A ironia é que o mesmo tinha sido feito pelo atual líder da apuração, o ex-primeiro-ministro Ayad Allawi, quando Maliki estava na frente.
Cerca de 300 xiitas partidários de Maliki se reuniram ontem diante da sede do governo provincial na cidade sagrada xiita de Najaf.
Faixas e cartazes denunciavam a suposta fraude eleitoral e diziam não ao retorno ao poder dos baathistas, os partidários do ditador Saddam Hussein, deposto e enforcado. As mulheres cantavam: "Todo o povo está com você, Maliki."
Com cerca de 95% dos votos apurados, a lista do ex-primeiro-ministro secularista Allawi, que tem sunitas e sunitas, lidera com cerca de 8 mil votos de vantagem.
As eleições parlamentares são decisivas para a reconciliação nacional no Iraque e a saída das tropas americanas no país até agosto de 2011, como prometeu o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Seria o fim da desastrada invasão do Iraque, parte da herança maldita de George W. Bush.
Talvez o secularista Allawi se encaixe melhor no plano americano.
A ironia é que o mesmo tinha sido feito pelo atual líder da apuração, o ex-primeiro-ministro Ayad Allawi, quando Maliki estava na frente.
Cerca de 300 xiitas partidários de Maliki se reuniram ontem diante da sede do governo provincial na cidade sagrada xiita de Najaf.
Faixas e cartazes denunciavam a suposta fraude eleitoral e diziam não ao retorno ao poder dos baathistas, os partidários do ditador Saddam Hussein, deposto e enforcado. As mulheres cantavam: "Todo o povo está com você, Maliki."
Com cerca de 95% dos votos apurados, a lista do ex-primeiro-ministro secularista Allawi, que tem sunitas e sunitas, lidera com cerca de 8 mil votos de vantagem.
As eleições parlamentares são decisivas para a reconciliação nacional no Iraque e a saída das tropas americanas no país até agosto de 2011, como prometeu o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama. Seria o fim da desastrada invasão do Iraque, parte da herança maldita de George W. Bush.
Talvez o secularista Allawi se encaixe melhor no plano americano.
África do Sul relembra massacre de Sharpeville
A África do Sul comemorou neste domingo o Dia Nacional dos Direitos Humanos. É a data de um massacre que se tornou um marco decisivo na luta contra o regime segracionista do apartheid, a ditadura de 300 anos da minoria branca de origem europeia no país mais rico da África.
Em 21 de março de 1960, milhares de negros se reuniram em Sharpeville, 50 quilômetros ao sul de Joanesburgo, a maior cidade sul-africana. Eles protestavam contra uma nova lei que obrigava os negros a andar com documentos de identidade (nos países, liberais isso não é obrigatório).
Era um protesto convocado pelo Congresso Pan-Africano, um partido mais radical do que o Congresso Nacional Africano. Os negros cercaram a delegacia de polícia de Evaton. Pediam para ser presos por falta de documentos.
A polícia mandou reforço, e a multidão que protestava pacificamente foi literalmente fuzilada. Pelo menos 69 pessoas morreram e outras 180 saíram feridas.
O massacre de Sharpeville levou o CNA a aderir à luta armada. Nelson Mandela era líder do Umkhonto we Sizwe (Lança da Nação), braço armado do CNA, quando foi preso, em 5 de agosto de 1962.
Depois de 27 anos de prisão, saiu em 11 de fevereiro de 1990 para negociar uma transição pacífica para a democracia e se tornar o primeiro presidente negro da África do Sul em 10 de maio de 1994. Cinco anos depois, Mandela transferiu o poder para o sucessor democraticamente eleito e se aposentou, mas é um personagem histórico vivo de grande influência.
Em 21 de março de 1960, milhares de negros se reuniram em Sharpeville, 50 quilômetros ao sul de Joanesburgo, a maior cidade sul-africana. Eles protestavam contra uma nova lei que obrigava os negros a andar com documentos de identidade (nos países, liberais isso não é obrigatório).
Era um protesto convocado pelo Congresso Pan-Africano, um partido mais radical do que o Congresso Nacional Africano. Os negros cercaram a delegacia de polícia de Evaton. Pediam para ser presos por falta de documentos.
A polícia mandou reforço, e a multidão que protestava pacificamente foi literalmente fuzilada. Pelo menos 69 pessoas morreram e outras 180 saíram feridas.
O massacre de Sharpeville levou o CNA a aderir à luta armada. Nelson Mandela era líder do Umkhonto we Sizwe (Lança da Nação), braço armado do CNA, quando foi preso, em 5 de agosto de 1962.
Depois de 27 anos de prisão, saiu em 11 de fevereiro de 1990 para negociar uma transição pacífica para a democracia e se tornar o primeiro presidente negro da África do Sul em 10 de maio de 1994. Cinco anos depois, Mandela transferiu o poder para o sucessor democraticamente eleito e se aposentou, mas é um personagem histórico vivo de grande influência.
domingo, 21 de março de 2010
Câmara aprova reforma da saúde nos EUA
Em uma grande vitória política do presidente Barack Obama, a Câmara dos Estados Unidos acaba de aprovar a reforma de saúde para incluir mais 32 milhões de americanos que hoje não tem nenhuma cobertura.
Foi uma vitória histórica e apertada. Eram necessários 216 votos. O resultado final foi 219 a favor e 212 contra.
Obama foi pessoalmente ao Capitólio no sábado fazer um último apelo para pressionar os deputados democratas em dúvida a aprovar sua proposta de política interna mais importante até agora. Na campanha, ele prometeu acesso à saúde para todos.
A reforma tem um custo estimado de 940 bilhões em dez anos. Enfrenta forte oposição das empresas de seguro médico e da oposição republicana, que alegou que os EUA não têm condições de pagar a conta.
Os EUA são o país que mais gasta dinheiro com saúde no mundo, cerca de 16% de seu produto interno bruto, de US$ 14,3 trilhões. A medicina de alta qualidade é a melhor do mundo, mas 46 milhões de pessoas não têm cobertura de saúde.
Com os gastos públicos para enfrentar a crise, a dívida pública dos EUA pulou para US$ 12,6 trilhões, 88% do PIB.
No Congresso, foram nove meses de uma batalha política que será usada pelo Partido Republicano tentar retomar a maioria na Câmara e no Senado nas eleições intermediárias de novembro, em que serão renovados um terço do Senado e toda a Câmara.
Sem maioria, Obama pode ter a certeza de dois anos tumultuados rumo à reeleição em 2012.
A última manobra política do presidente para garantir a aprovação da reforma da saúde foi prometer emitir um decreto proibindo o uso de dinheiro do governo federal em abortos. Era uma questão essencial para os democratas que são contra o aborto.
No encaminhamento da votação, o deputado democrata Steve Kagen defendeu o projeto dizendo que vai salvar vidas e empregos, e colocar o paciente em primeiro lugar.
Já o deputado republicano Paul Ryan acusou o governo Obama de encampar o sistema de saúde dos EUA. Seu líder, o deputado John Boehner ameaçou a maioria democrata de estar prestes a se tornar minoria, nas eleições de novembro, se aprovasse o projeto.
"A maioria nesta Casa está indo contra a vontade do povo", discursou. "E quando a maioria vai contra a vontade popular, está a caminho de se tornar minoria."
Essa foi claramente a estratégia republica para tentar derrubar a reforma da saúde: aterrorizar os democratas conservadores e indecisos, dizendo que eles estão liquidados eleitoralmente votando a favor do governo.
Foi uma vitória histórica e apertada. Eram necessários 216 votos. O resultado final foi 219 a favor e 212 contra.
Obama foi pessoalmente ao Capitólio no sábado fazer um último apelo para pressionar os deputados democratas em dúvida a aprovar sua proposta de política interna mais importante até agora. Na campanha, ele prometeu acesso à saúde para todos.
A reforma tem um custo estimado de 940 bilhões em dez anos. Enfrenta forte oposição das empresas de seguro médico e da oposição republicana, que alegou que os EUA não têm condições de pagar a conta.
Os EUA são o país que mais gasta dinheiro com saúde no mundo, cerca de 16% de seu produto interno bruto, de US$ 14,3 trilhões. A medicina de alta qualidade é a melhor do mundo, mas 46 milhões de pessoas não têm cobertura de saúde.
Com os gastos públicos para enfrentar a crise, a dívida pública dos EUA pulou para US$ 12,6 trilhões, 88% do PIB.
No Congresso, foram nove meses de uma batalha política que será usada pelo Partido Republicano tentar retomar a maioria na Câmara e no Senado nas eleições intermediárias de novembro, em que serão renovados um terço do Senado e toda a Câmara.
Sem maioria, Obama pode ter a certeza de dois anos tumultuados rumo à reeleição em 2012.
A última manobra política do presidente para garantir a aprovação da reforma da saúde foi prometer emitir um decreto proibindo o uso de dinheiro do governo federal em abortos. Era uma questão essencial para os democratas que são contra o aborto.
No encaminhamento da votação, o deputado democrata Steve Kagen defendeu o projeto dizendo que vai salvar vidas e empregos, e colocar o paciente em primeiro lugar.
Já o deputado republicano Paul Ryan acusou o governo Obama de encampar o sistema de saúde dos EUA. Seu líder, o deputado John Boehner ameaçou a maioria democrata de estar prestes a se tornar minoria, nas eleições de novembro, se aprovasse o projeto.
"A maioria nesta Casa está indo contra a vontade do povo", discursou. "E quando a maioria vai contra a vontade popular, está a caminho de se tornar minoria."
Essa foi claramente a estratégia republica para tentar derrubar a reforma da saúde: aterrorizar os democratas conservadores e indecisos, dizendo que eles estão liquidados eleitoralmente votando a favor do governo.
Câmara vota reforma da saúde nos EUA
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos vota em breve o que é até agora o projeto de política interna mais importante do governo Barack Obama: a reforma do sistema de saúde para incluir 32 milhões de americanos que não tem seguro-saúde, deixando de fora apenas os imigrantes ilegais.
Neste momento, sob aplausos de governistas e vaias da oposição, a presidente da Câmara, deputada Nancy Pelosi, faz a defesa final do projeto prometendo saúde para todos os americanos e redução de gastos a longo prazo. "Saúde e educação são investimentos públicos que criam oportunidade para os americanos".
Antes, o líder da oposição republicana, deputado John Boehner, pediu a rejeição do projeto para que "o Congresso possa começar a trabalhar num projeto realmente bipartidário".
Boehner pediu que o voto de cada um seja identificado.
Em 15 minutos, a votação estará encerrada. O projeto precisa de 216 votos, e a expectatvia é que seja aprovado.
Neste momento, sob aplausos de governistas e vaias da oposição, a presidente da Câmara, deputada Nancy Pelosi, faz a defesa final do projeto prometendo saúde para todos os americanos e redução de gastos a longo prazo. "Saúde e educação são investimentos públicos que criam oportunidade para os americanos".
Antes, o líder da oposição republicana, deputado John Boehner, pediu a rejeição do projeto para que "o Congresso possa começar a trabalhar num projeto realmente bipartidário".
Boehner pediu que o voto de cada um seja identificado.
Em 15 minutos, a votação estará encerrada. O projeto precisa de 216 votos, e a expectatvia é que seja aprovado.
Netanyahu compara Jerusalém a Telavive
Na véspera de embarcar para os Estados Unidos, onde será recebido pelo presidente Barack Obama na Casa Branca na quarta-feira, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu declarou neste domingo que “construir em Jerusalém é o mesmo que construir em Telavive”.
Netanyahu rejeita assim mais uma vez a pressão para congelar a colonização dos territórios ocupados. É um desrespeito ao direito internacional, que proíbe a guerra de conquista e a construção no Leste de Jerusalém, ocupado ilegalmente desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967.
Antes de ir para os EUA, o primeiro-ministro linha dura de Israel mandou carta à secretária de Estado americana, Hillary Clinton, se negando a impor restrições à colonização do setor árabe de Jerusalém.
Sem demonstrar qualquer interesse em negociar a paz, Netanyahu acrescentou que pode começar a negociar indiretamente, mas ressalvou que as questões fundamentais só podem ser resolvidas em negociações diretas.
Netanyahu rejeita assim mais uma vez a pressão para congelar a colonização dos territórios ocupados. É um desrespeito ao direito internacional, que proíbe a guerra de conquista e a construção no Leste de Jerusalém, ocupado ilegalmente desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967.
Antes de ir para os EUA, o primeiro-ministro linha dura de Israel mandou carta à secretária de Estado americana, Hillary Clinton, se negando a impor restrições à colonização do setor árabe de Jerusalém.
Sem demonstrar qualquer interesse em negociar a paz, Netanyahu acrescentou que pode começar a negociar indiretamente, mas ressalvou que as questões fundamentais só podem ser resolvidas em negociações diretas.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, foi à Faixa de Gaza, onde condenou o bloqueio imposto por Israel ao território controlado pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).
Mais dois palestinos foram mortos hoje por tropas israelenses. O Exército de Israel afirmou que eles tentavam esfaquear um soldado num posto de controle perto da cidade de Nablus.
Com dois palestinos mortos a tiros no sábado, sobe para quatro o total de mortos desde o agravamento das tensões em torno da ocupação de Jerusalém nas últimas semanas.
Com dois palestinos mortos a tiros no sábado, sobe para quatro o total de mortos desde o agravamento das tensões em torno da ocupação de Jerusalém nas últimas semanas.
Democratas dizem ter votos para reformar a saúde
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos deve votar hoje a reforma do sistema de saúde, projeto em que o presidente Barack Obama apostou todo o seu prestígio e é até agora sua maior proposta de política interna. O líder da bancada democrata garante ter os 216 votos necessários para aprovação.
Obama foi ontem ao Congresso fazer pessoalmente um último apelo, voltado principalmente para o Partido Democrata. A oposição republicana deve votar em peso contra a medida.
Pelos últimos cálculos do escritório de contabilidade do Congresso, como está, a reforma custaria US$ 940 bilhões em dez anos.
Os republicanos alegam que o país não tem condições de pagar essa conta porque a dívida pública passa de US$ 12,6 trilhões, equivalentes a 88% do produto interno bruto do país, de US$ 14,3 trilhões. Já os democratas argumentam que a reforma vai reduzir o déficit.
Nas próximas décadas, se aposentam os americanos da chamada geração baby boom, nascidos entre 1946 e 1964, época de maior prosperidade econômica do país. A pressão sobre os sistemas de saúde e de previdência social será enorme.
A reforma também dará cobertura a cerca de 31 milhões de pessoas que hoje não tem seguro-saúde nos EUA. Cerca de 15 milhões de imigrantes ilegais devem continuar sem proteção.
Hoje, os EUA são o país que mais gasta com saúde, cerca de 16% do PIB.
Obama foi ontem ao Congresso fazer pessoalmente um último apelo, voltado principalmente para o Partido Democrata. A oposição republicana deve votar em peso contra a medida.
Pelos últimos cálculos do escritório de contabilidade do Congresso, como está, a reforma custaria US$ 940 bilhões em dez anos.
Os republicanos alegam que o país não tem condições de pagar essa conta porque a dívida pública passa de US$ 12,6 trilhões, equivalentes a 88% do produto interno bruto do país, de US$ 14,3 trilhões. Já os democratas argumentam que a reforma vai reduzir o déficit.
Nas próximas décadas, se aposentam os americanos da chamada geração baby boom, nascidos entre 1946 e 1964, época de maior prosperidade econômica do país. A pressão sobre os sistemas de saúde e de previdência social será enorme.
A reforma também dará cobertura a cerca de 31 milhões de pessoas que hoje não tem seguro-saúde nos EUA. Cerca de 15 milhões de imigrantes ilegais devem continuar sem proteção.
Hoje, os EUA são o país que mais gasta com saúde, cerca de 16% do PIB.
Bernanke alerta para risco de gigantismo financeiro
O presidente do banco central dos Estados Unidos, Ben Bernanke considera “uma inconsciência que o destino da economia mundial esteja tão amarrado à fortuna de um número relativamente pequeno de empresas financeiras gigantescas".
Em palestra na Flórida, no sábado, Bernanke afirmou que, "se não conseguirmos mais nada depois desta crise, temos de garantir que nunca mais tenhamos de enfrentar uma situação dessas”.
Em palestra na Flórida, no sábado, Bernanke afirmou que, "se não conseguirmos mais nada depois desta crise, temos de garantir que nunca mais tenhamos de enfrentar uma situação dessas”.
BA cancela mil voos por greve
Os aeronautas da companhia aérea British Airways iniciaram hoje uma greve de três dias na luta para aumentar os salários e evitar demissões.
Cerca de 12 mil pilotos e funcionários de bordo da BA pararam de trabalhar à meia-noite de sexta-feira (21h pelo horário de Brasília).
A empresa treinou mil empregados para atuarem temporariamente como comissários de bordo, transferiu passageiros para voos de outras companhias e fretou voos para ver se consegue manter 60% do serviço, transportando 49 mil dos 70 mil passageiros que transporta todos os dias.
O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, pediu o fim da greve, que está sendo explorada politicamente pela oposição conservadora, favorita para ganhar as eleições parlamentares previstas para maio. Pelo primeira vez desde a vitória de Tony Blair em 1º de maio de 1997, os trabalhistas devem perder.
Uma nova greve da BA, de quatro dias, está marcada para começar em 27 de março para coincidir com a Semana Santa.
Cerca de 12 mil pilotos e funcionários de bordo da BA pararam de trabalhar à meia-noite de sexta-feira (21h pelo horário de Brasília).
A empresa treinou mil empregados para atuarem temporariamente como comissários de bordo, transferiu passageiros para voos de outras companhias e fretou voos para ver se consegue manter 60% do serviço, transportando 49 mil dos 70 mil passageiros que transporta todos os dias.
O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, pediu o fim da greve, que está sendo explorada politicamente pela oposição conservadora, favorita para ganhar as eleições parlamentares previstas para maio. Pelo primeira vez desde a vitória de Tony Blair em 1º de maio de 1997, os trabalhistas devem perder.
Uma nova greve da BA, de quatro dias, está marcada para começar em 27 de março para coincidir com a Semana Santa.
Papa pede perdão por pedofilia na Irlanda
Numa carta pastoral que é o primeiro documento oficial do Vaticano admitindo o envolvimento da Igreja Católica em escândalos de pedofilia, o papa Bento XVI pediu perdão às vítimas de abusos sexuais cometidos e acobertados por representantes da Igreja, e ordenou uma investigação em todas as dioceses irlandesas acusadas.
A carta de oito páginas será lida neste domingo em todas as paróquias da Irlanda. Mas as vítimas consideraram fraca a resposta oficial da Igreja, que só fala do problema na Irlanda, ignorando o papel do Vaticano no acobertamento dos crimes cometidos por padres, bispos e outros religiosos.
"Vocês sofreram muito e eu lamento profundamente", escreveu Bento XVI. "Expresso abertamente minha vergonha e meu remorso."
"Só posso compartilhar o horror e a sensação de traição que tantos devem ter experimentado ao saber desses atos pecaminosos e criminosos e a maneira como as autoridades da Igreja lidaram com eles na Irlanda", lamentou o Sumo Pontífice.
O catolicismo é um aspecto central da identidade nacional irlandesa. A Irlanda está em choque.
Em novembro de 2009, o Relatório Murphy concluiu que Igreja acobertou "obsessivamente"o abuso sexual de crianças na Arquidiocese de Dublin de 1975 a 2004.
Bento XVI admitiu que houve "graves erros de julgamento" e "um fracasso da liderança."
"Só uma ação decisiva realizada com total honestidade e transparência", prescreveu Sua Santidade, "será capaz de restaurar o respeito e a boa vontade do povo irlandês em relação à Igreja à qual consagraram suas vidas."
Ao distribuir o documento na Santa Sé, em Roma, o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, teve de explicar a omissão de outros países onde há casos notórios de pedofilia, como a Áustria, a Holanda e a Alemanha, terra natal do cardeal Joseph Ratzinger.
Lombardi comentou que, como é a primeira vez que um papa aborda o abuso sexual de menores dentro da Igreja, o impacto deve ir muito além da Irlanda. Se for necessário, declarou que novas cartas serão escritas.
Para as vítimas, foi muito pouco: a Igreja pede perdão, fará seu próprio inquérito interno e pediu a colaboração de todos com as investigações criminais das autoridades irlandesas.
"Nenhum dos caminhos citados na carta leva a Roma", criticou Andrew Madden, uma das vítimas que agora lutam por justiça. "O papa não reconheceu o papel da hierarquia da Igreja Católica no acobertamento do abuso sexual de crianças.
A carta de oito páginas será lida neste domingo em todas as paróquias da Irlanda. Mas as vítimas consideraram fraca a resposta oficial da Igreja, que só fala do problema na Irlanda, ignorando o papel do Vaticano no acobertamento dos crimes cometidos por padres, bispos e outros religiosos.
"Vocês sofreram muito e eu lamento profundamente", escreveu Bento XVI. "Expresso abertamente minha vergonha e meu remorso."
"Só posso compartilhar o horror e a sensação de traição que tantos devem ter experimentado ao saber desses atos pecaminosos e criminosos e a maneira como as autoridades da Igreja lidaram com eles na Irlanda", lamentou o Sumo Pontífice.
O catolicismo é um aspecto central da identidade nacional irlandesa. A Irlanda está em choque.
Em novembro de 2009, o Relatório Murphy concluiu que Igreja acobertou "obsessivamente"o abuso sexual de crianças na Arquidiocese de Dublin de 1975 a 2004.
Bento XVI admitiu que houve "graves erros de julgamento" e "um fracasso da liderança."
"Só uma ação decisiva realizada com total honestidade e transparência", prescreveu Sua Santidade, "será capaz de restaurar o respeito e a boa vontade do povo irlandês em relação à Igreja à qual consagraram suas vidas."
Ao distribuir o documento na Santa Sé, em Roma, o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, teve de explicar a omissão de outros países onde há casos notórios de pedofilia, como a Áustria, a Holanda e a Alemanha, terra natal do cardeal Joseph Ratzinger.
Lombardi comentou que, como é a primeira vez que um papa aborda o abuso sexual de menores dentro da Igreja, o impacto deve ir muito além da Irlanda. Se for necessário, declarou que novas cartas serão escritas.
Para as vítimas, foi muito pouco: a Igreja pede perdão, fará seu próprio inquérito interno e pediu a colaboração de todos com as investigações criminais das autoridades irlandesas.
"Nenhum dos caminhos citados na carta leva a Roma", criticou Andrew Madden, uma das vítimas que agora lutam por justiça. "O papa não reconheceu o papel da hierarquia da Igreja Católica no acobertamento do abuso sexual de crianças.
Ban Ki Moon faz apelo direto no Oriente Médio
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon levou hoje pessoalmente o apelo dos Estados Unidos, da Rússia, da União Europeia e da ONU - o Quarteto pela paz no Oriente Médio - para que israelenses e palestinos iniciem imediatamente negociações.
No sábado, houve a primeira morte durante a atual onda de conflitos de rua entre jovens palestinos e as forças de segurança de Israel. Um árabe morreu perto de Nablus, na Cisjordânia.
A meta é acabar com as ocupações da Guerra dos Seis Dias, em 1967, e chegar a uma paz definitiva, com a criação de um país palestino independente dentro de dois anos.
Ban Ki Moon esteve primeiro em Ramalá, na Cisjordânia, sede do governo semiautônomo da Autoridade Nacional Palestina sobre parte desse território - a Faixa de Gaza é controlada pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -, onde se encontrou com o primeiro-ministro Salam Fayad.
Em entrevista coletiva, Ban disse que desta vez todas as questões fundamentais para um acordo definitivo devem ser discutidas:
• a questão dos refugiados palestinos desde as guerras de 1949;
• o futuro das colônias israelenses nos territórios árabes ocupados;
• as fronteiras definitivas de Israel e da Palestina; e
• o status de Jerusalém.
Para viabilizar o reinício imediato das negociações, o secretário-geral da ONU pediu a Israel o congelamento das construções nas colônias israelenses e aos palestinos que evitem ações radicais.
A bola agora está na quadra dele. Depois da ofensiva diplomática do Quarteto, cabe a Netanyahu dar o próximo passo. Mas, apesar da enorme pressão internacional, o primeiro-ministro israelense não está disposto a ceder nem na colonização do Leste de Jerusalém para dar reinício às negociações de paz.
No sábado, houve a primeira morte durante a atual onda de conflitos de rua entre jovens palestinos e as forças de segurança de Israel. Um árabe morreu perto de Nablus, na Cisjordânia.
A meta é acabar com as ocupações da Guerra dos Seis Dias, em 1967, e chegar a uma paz definitiva, com a criação de um país palestino independente dentro de dois anos.
Ban Ki Moon esteve primeiro em Ramalá, na Cisjordânia, sede do governo semiautônomo da Autoridade Nacional Palestina sobre parte desse território - a Faixa de Gaza é controlada pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -, onde se encontrou com o primeiro-ministro Salam Fayad.
Em entrevista coletiva, Ban disse que desta vez todas as questões fundamentais para um acordo definitivo devem ser discutidas:
• a questão dos refugiados palestinos desde as guerras de 1949;
• o futuro das colônias israelenses nos territórios árabes ocupados;
• as fronteiras definitivas de Israel e da Palestina; e
• o status de Jerusalém.
Para viabilizar o reinício imediato das negociações, o secretário-geral da ONU pediu a Israel o congelamento das construções nas colônias israelenses e aos palestinos que evitem ações radicais.
Depois, foi a Jerusalém se reunir com o presidente de Israel, Shimon Peres. Na entrevista dos dois, Peres declarou que Israel está pronto para começar as negociações de paz definitivas. É uma velha aspiração de Peres, um dos negociadores dos acordos de Oslo, nos anos 90.
Naquela época, como líder do Partido Trabalhista depois do assassinato do primeiro-ministro Yitzhak Rabin, Peres perdeu as eleições para a direita liderada por Benjamin Netanyahu, que agora voltou a ser primeiro-ministro de Israel.
Tanto ontem como hoje, Netanyahu não parece disposto a acabar com a ocupação, devolver os territórios ocupados e permitir a criação de um Estado Nacional palestino.
Há pouco, o primeiro-ministro afirmou que Israel terá de manter uma presença militar no Rio Jordão. Isso significa do outro lado da Cisjordânia, junto à fronteira da Jordânia. É um sinal de que Netanyahu não pensa no fim da ocupação.
A bola agora está na quadra dele. Depois da ofensiva diplomática do Quarteto, cabe a Netanyahu dar o próximo passo. Mas, apesar da enorme pressão internacional, o primeiro-ministro israelense não está disposto a ceder nem na colonização do Leste de Jerusalém para dar reinício às negociações de paz.
sábado, 20 de março de 2010
Quarteto quer dois anos para paz na Palestina
O Quarteto - formado pelos Estados Unidos, a Rússia, a União Europeia e as Nações Unidas - condenou ontem em Moscou a ampliação das colônias israelenses no setor oriental de Jerusalém e deu um prazo de dois anos para um acordo de paz definitivo, com a criação de um Estado palestino.
A proposta do Quarteto é para o reinício imediato das negociações entre Israel e os palestinos, mesmo de forma indireta, se necessário. Os palestinos se recusam a negociar diretamente enquanto o governo israelense não congelar a colonização dos territórios ocupados, inclusive o setor árabe de Jerusalém.
Em conversa telefônica com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, ouviu outra recusa do chefe de governo de Israel de paralisar as obras em Jerusalém.
Netanyahu negocia por negociar, mas não dá a impressão de querer chegar a um acordo nem de aceitar a criação de uma Palestina independente.
A proposta do Quarteto é para o reinício imediato das negociações entre Israel e os palestinos, mesmo de forma indireta, se necessário. Os palestinos se recusam a negociar diretamente enquanto o governo israelense não congelar a colonização dos territórios ocupados, inclusive o setor árabe de Jerusalém.
Em conversa telefônica com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, ouviu outra recusa do chefe de governo de Israel de paralisar as obras em Jerusalém.
Netanyahu negocia por negociar, mas não dá a impressão de querer chegar a um acordo nem de aceitar a criação de uma Palestina independente.
sexta-feira, 19 de março de 2010
Ex-general culpa gays por massacre de Srebrenica
Em depoimento à Comissão das Forças Armadas do Senado, o general da reserva do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos John Sheehan atribuiu o fracasso das Nações Unidas de manter a segurança em Srebrenica, na Bósnia, declarada cidade sob proteção da ONU, “em parte, porque havia militares assumidamente gays” nas tropas holandesas que estavam na cidade.
• A Holanda repudiou o comentário como “totalmente sem sentido”.
Cerca de 8 mil muçulmanos bósnios foram mortos depois da queda de Srebrenica, em julho de 1995, no pior massacre ocorrido na Europa depois da Segunda Guerra Mundial.
O general estava atacando a proposta do presidente Barack Obama de acabar com a regra conhecida “não pergunte e não fale”, em que os gays são aceitos se não assumirem a homossexualidade.
Índia eleva juros pela primeira vez após crise
O banco central da Índia aumentou hoje a taxa básica de juros para 3,5% para enfrentar uma inflação que se aproxima de 10% ao ano.
É o segundo país do G-20 a aumentar os juros depois da crise. O primeiro foi a Austrália, que já aumentou duas vezes.
É o segundo país do G-20 a aumentar os juros depois da crise. O primeiro foi a Austrália, que já aumentou duas vezes.
China está criando "maior bolha da História"
A China está inflando a maior bolha da história, advertiu o analista James Rickards num evento em Hong Kong.
Fariñas equipara Lula a Fidel e Raúl Castro
O jornalista cubano Guillermo Coco Fariñas, em greve de fome desde 24 de fevereiro, acusou o presidente Lula de ser "tão assassino quanto Fidel e Raúl Castro".
Lula se negou a criticar o regime comunista de Cuba, apesar da morte do dissidente Orlando Zapata Tamayo em 23 de fevereiro, durante visita do presidente brasileiro à ilha.
Fariñas acrescentou que Lula "não é um democrata, é um oportunista".
Lula se negou a criticar o regime comunista de Cuba, apesar da morte do dissidente Orlando Zapata Tamayo em 23 de fevereiro, durante visita do presidente brasileiro à ilha.
Fariñas acrescentou que Lula "não é um democrata, é um oportunista".
Damas de Branco desafiam ditadura cubana
Pelo quarto dia seguido, as Damas de Branco marcharam pelas ruas de Havana para protestar contra a prisão de 75 pessoas, há sete anos, na chamada Primavera Negra; 53 continuam presos.
O regime comunista de Cuba atribui a onda de protestos de março de 2003 a uma campanha insuflada pelo então presidente dos Estados Unidos, George Walker Bush. E chama os dissidentes de "mercenários a serviço dos EUA".
Cerca de 30 mulheres vestidas de branco se reuniram numa igreja. Na saída, com flores nas mãos, marcharam pelas ruas da Velha Havana com determinação.
"Hoje faz sete anos que prenderam meus parentes. Não vamos deixar de marchar, aconteça o que acontecer", declarou a líder do movimento, Laura Pollán. "Estamos aqui para lembrar os 75 dissidentes, jornalistas e bibliotecários presos em 2003."
Logo o grupo foi cercado por uma multidão de partidários da ditadura militar cubana, que gritavam: "Esta rua é de Fidel". Pelo jeito, Fidel Castro é o dono de tudo por lá, da rua, do povo, do país.
As Damas de Branco responderam: "Zapata vive!, Zapata vive!", em homenagem a Orlando Zapata Tamayo, o dissidente morto por uma greve de fome durante a visita do presidente Lula, muito criticado internacionalmente por ter se omitido.
Os defensores do regime contra-atacaram: "O povo unido jamais será vencido". As mulheres não se intimidaram: "Democracia, democracia!"
Em seguida, agentes do povo vestidos a paisana em carros particulares enfiaram uma mulher para dentro do carro diante das câmeras da televisão estrangeira. Foi uma cena típica de um regime fascista.
A massa interrompeu então a marcha, forçando as Damas de Branco a entrarem na casa de uma das mulheres do grupo. Atrás das grades, elas continuaram gritando: "Viva os direitos humanos!" e "Zapata vive!
O regime comunista de Cuba atribui a onda de protestos de março de 2003 a uma campanha insuflada pelo então presidente dos Estados Unidos, George Walker Bush. E chama os dissidentes de "mercenários a serviço dos EUA".
Cerca de 30 mulheres vestidas de branco se reuniram numa igreja. Na saída, com flores nas mãos, marcharam pelas ruas da Velha Havana com determinação.
"Hoje faz sete anos que prenderam meus parentes. Não vamos deixar de marchar, aconteça o que acontecer", declarou a líder do movimento, Laura Pollán. "Estamos aqui para lembrar os 75 dissidentes, jornalistas e bibliotecários presos em 2003."
Logo o grupo foi cercado por uma multidão de partidários da ditadura militar cubana, que gritavam: "Esta rua é de Fidel". Pelo jeito, Fidel Castro é o dono de tudo por lá, da rua, do povo, do país.
As Damas de Branco responderam: "Zapata vive!, Zapata vive!", em homenagem a Orlando Zapata Tamayo, o dissidente morto por uma greve de fome durante a visita do presidente Lula, muito criticado internacionalmente por ter se omitido.
Os defensores do regime contra-atacaram: "O povo unido jamais será vencido". As mulheres não se intimidaram: "Democracia, democracia!"
Em seguida, agentes do povo vestidos a paisana em carros particulares enfiaram uma mulher para dentro do carro diante das câmeras da televisão estrangeira. Foi uma cena típica de um regime fascista.
A massa interrompeu então a marcha, forçando as Damas de Branco a entrarem na casa de uma das mulheres do grupo. Atrás das grades, elas continuaram gritando: "Viva os direitos humanos!" e "Zapata vive!
quinta-feira, 18 de março de 2010
Israel bombardeia seis alvos na Faixa de Gaza
A Força Aérea de Israel bombardeiou seis alvos na Faixa de Gaza na madrugada desta sexta-feira. Foi uma retaliação a um foguete disparado de Gaza que matou um agricultor tailandês que trabalhava em Israel.
UE pode apoiar ajuda do FMI à Grécia
Assessores jurídicos da chanceler Angela Merkel convenceram-na de que o recurso ao FMI é a única saída compatível com o Tratado de Maastricht, que criou a união monetária europeia, e a própria Constituição da Alemanha.
O primeiro-ministro George Papandreou negou hoje que a Grécia pretenda recorrer ao FMI no início de abril, mas pressionou a UE a definir claramente seu apoio ao país na próxima semana, alegando que não poderá cumprir a meta de redução do déficit com as taxas de juros que o mercado está cobrando da Grécia.
Os motoristas de táxi e postos de gasolina gregos fazem greve.
EUA insistem em descolar iuã do dólar
Os EUA insistiram hoje que a China deve descolar sua moeda do dólar para não ter uma vantagem competitiva desleal no comércio internacional. Como a China tem um grande saldo comercial e taxas de crescimento muito maiores do que os EUA, a valorização do iuã seria uma consequência natural.
quarta-feira, 17 de março de 2010
Cunhado de Netanyahu chama Obama de antissemita
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, repudiou hoje as declarações de seu cunhado Hagai Ben-Artzi, que chamou o presidente Barack Obama de antissemita em uma entrevista de rádio porque os Estados Unidos estão pressionando o governo israelense a congelar a colonização dos territórios árabes ocupados.
Hoje Israel tentou contornar o atrito diplomático com os EUA, mas a secretária de Estado, Hillary Clinton, manteve a exigência de congelamento da construção de 1,6 mil moradias no setor árabe de Jerusalém.
A Cisjordânia e o acesso à Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, foram reabertos, mas isso não acalmou os jovens palestinos. Numa rotina que se torna diária, jovens palestinos apedrejam a polícia israelense, que reagiu com bombas de gás para não inflamar ainda mais a situação.
É a intifada de volta às ruas, depois da primeira, iniciada em 1987, e a segunda, iniciada em 2000, que para alguns palestinos mais radicais continua.
Pelo menos 15 israelenses e 40 palestinos saíram feridos. Cerca de 60 árabes foram presos.
Durante manifestação na Síria, onde os grupos radicais palestinos têm sede, o comandante da Jihad (Guerra Santa) Islâmica para a Libertação da Palestina, Ramadan Shallah, declarou que as ameaças a Jerusalém não deixam dúvidas de que a paz é falsa e o inimigo é criminoso.
Hoje Israel tentou contornar o atrito diplomático com os EUA, mas a secretária de Estado, Hillary Clinton, manteve a exigência de congelamento da construção de 1,6 mil moradias no setor árabe de Jerusalém.
A Cisjordânia e o acesso à Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém, foram reabertos, mas isso não acalmou os jovens palestinos. Numa rotina que se torna diária, jovens palestinos apedrejam a polícia israelense, que reagiu com bombas de gás para não inflamar ainda mais a situação.
É a intifada de volta às ruas, depois da primeira, iniciada em 1987, e a segunda, iniciada em 2000, que para alguns palestinos mais radicais continua.
Pelo menos 15 israelenses e 40 palestinos saíram feridos. Cerca de 60 árabes foram presos.
Durante manifestação na Síria, onde os grupos radicais palestinos têm sede, o comandante da Jihad (Guerra Santa) Islâmica para a Libertação da Palestina, Ramadan Shallah, declarou que as ameaças a Jerusalém não deixam dúvidas de que a paz é falsa e o inimigo é criminoso.
Igreja pede perdão por pedofilia na Irlanda
No Dia de São Patrício, padroeiro da Irlanda, o cardeal-primaz do país, Sean Brady, pediu desculpas pelos escândalos de pedofilia na Igreja Católica. Mas rejeitou as pressões para renunciar ao cargo e prometeu fazer uma reflexão profunda nas próximas semanas.
Há 40 anos, Brady participou de encontros em que crianças vítimas de abuso sexual foram pressionadas a ficar em silêncio.
"Queria dizer a quem quer que tenha sido ferido por uma falha que peço perdão do fundo do meu coração. Também peço desculpas a todos que se sentiram abandonados", implorou o cardel durante o sermão.
"Olhando para trás", prosseguiu o cardel Brady, "tenho vergonha de não ter honrado sempre os valores que professo e nos quais acredito. Eu me arrependo diante da minha Igreja por aqueles que foram feridos pelo abuso."
Há 40 anos, Brady participou de encontros em que crianças vítimas de abuso sexual foram pressionadas a ficar em silêncio.
"Queria dizer a quem quer que tenha sido ferido por uma falha que peço perdão do fundo do meu coração. Também peço desculpas a todos que se sentiram abandonados", implorou o cardel durante o sermão.
"Olhando para trás", prosseguiu o cardel Brady, "tenho vergonha de não ter honrado sempre os valores que professo e nos quais acredito. Eu me arrependo diante da minha Igreja por aqueles que foram feridos pelo abuso."
Préval rebate acusações de corrupção
O presidente René Préval, considerou "arrogantes" as críticas do governo dos Estados Unidos denunciando "a corrupção generalizada em todos os níveis e setores do governo" do Haiti.
A reconstrução do país foi estimada hoje em US$ 11,5 bilhões que o governo haitiano deve pedir numa conferência internacional a ser realizada no fim do mês em Nova York.
Até agora, 80% a 90% da ajuda internacional foram canalizados através de organizações não governamentais.
"Existe corrupção no Haiti?", questionou Préval. "Sim. Existe corrupção nos EUA? Sim. O governo dos EUA está combatendo a corrupção? Sim. O governo do Haiti também. Só que os recursos são diferentes."
Com essa lógica, o presidente haitiano pretende convencer o resto do mundo a criar um fundo sob controle do governo para administrar a reconstrução do país.
Tudo indica que não vai levar. No ranking da Transparência Internacional, o Haiti aparece como décimo-terceiro país mais corrupto do mundo.
A reconstrução do país foi estimada hoje em US$ 11,5 bilhões que o governo haitiano deve pedir numa conferência internacional a ser realizada no fim do mês em Nova York.
Até agora, 80% a 90% da ajuda internacional foram canalizados através de organizações não governamentais.
"Existe corrupção no Haiti?", questionou Préval. "Sim. Existe corrupção nos EUA? Sim. O governo dos EUA está combatendo a corrupção? Sim. O governo do Haiti também. Só que os recursos são diferentes."
Com essa lógica, o presidente haitiano pretende convencer o resto do mundo a criar um fundo sob controle do governo para administrar a reconstrução do país.
Tudo indica que não vai levar. No ranking da Transparência Internacional, o Haiti aparece como décimo-terceiro país mais corrupto do mundo.
Merkel admite expulsar países da união monetária
Em debate na Câmara do Parlamento da Alemanha, a primeira-ministra Angela Merkel considerou inevitável a possibilidade de exclusão da união monetária de países que repetidamente violem as regras.
Merkel disse hoje ao Bundestag que a Grécia não precisa recorrer ao Fundo Monetário Internacional porque o ministro das Finanças, Wolfgang Schaeuble, já apresentou as propostas necessárias para evitar uma moratória na zona do euro.
Mas alertou: "No futuro, precisamos de uma clásula no tratado que torne possível, como último recurso, excluir um país da Eurozona, se as condições de participação não forem cumpridas repetidas vezes. De outra forma", conclui a primeira-ministra alemã, "a cooperação é impossível".
Merkel disse hoje ao Bundestag que a Grécia não precisa recorrer ao Fundo Monetário Internacional porque o ministro das Finanças, Wolfgang Schaeuble, já apresentou as propostas necessárias para evitar uma moratória na zona do euro.
Mas alertou: "No futuro, precisamos de uma clásula no tratado que torne possível, como último recurso, excluir um país da Eurozona, se as condições de participação não forem cumpridas repetidas vezes. De outra forma", conclui a primeira-ministra alemã, "a cooperação é impossível".
Banco Mundial eleva previsão para China
O Banco Mundial aumentou hoje sua previsão de crescimento da China neste ano para 9,5%, com menos investimentos públicos do que ano passando, mas retomada das exportações, forte crescimento do mercado imobiliário e bom aumento do consumo.
Em Bruxelas, o diretor-geral do Fundo Monetário Internacional, Dominque Strauss-Kahn, observou que a moeda chinesa está subvalorizada. Em tom cauteloso, recomendou a valorização para evitar inflação e superaquecimento da economia.
Em Bruxelas, o diretor-geral do Fundo Monetário Internacional, Dominque Strauss-Kahn, observou que a moeda chinesa está subvalorizada. Em tom cauteloso, recomendou a valorização para evitar inflação e superaquecimento da economia.
Partidários de Thaksin jogam sangue na Tailândia
Mais de 100 mil de partidários do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, condenado por corrupção e exilado, jogaram 300 litros de sangue hoje no portão da sede do governo da Tailândia, em Bangkok.
No protesto chamado de sacrifício pela democracia, eles foram convidados a doar sangue. Uma maré vermelha foi despejada na sede do governo para pressionar o primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva a pedir demissão e convocar eleições antecipadas.
Homem mais rico da Tailândia, Thaksin comprou a empresa telefônica nacional durante as privatizações e a vendeu por US$ 1,9 bilhão para a Singapore Telecom. Entre outros acusações, foi denunciado por não pagar impostos sobre essa transação.
Apesar de estar exilado, Thaksin ainda é a figura dominante da política tailandesa. O banho de sangue foi da turma dele.
Thaksin já era rico quando entrou na política como um populista de direita e criou o partido Thai Rak Thai (Tailandeses Amam Tailandeses). Com muito dinheiro e um estilo paternalista de empresário bem-sucedido numa sociedade tradicionalista e autoritária, tornou-se um fenômeno eleitoral.
Como primeiro-ministro, de 2001 a 2006, Thaksin tornou-se o primeiro primeiro-ministro tailandês a completar um mandato e conseguiu reduzir a pobreza na zona rural pela metade. Foi derrubado num golpe militar, por causa das denúncias de corrupção.
A maioria dos participantes das manifestações de hoje é gente do interior, que chegou a Bangkok em ônibus contratado pelo Movimento das Camisas Vermelhas.
Abhisit está no poder desde 17 de novembro de 2008, depois de uma revolta do Movimento das Camisas Amarelas, apoiado pelo rei Bhumibol Adulyadej e pelas Forças Armadas. Rejeitou qualquer possibilidade de renunciar.
No protesto chamado de sacrifício pela democracia, eles foram convidados a doar sangue. Uma maré vermelha foi despejada na sede do governo para pressionar o primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva a pedir demissão e convocar eleições antecipadas.
Homem mais rico da Tailândia, Thaksin comprou a empresa telefônica nacional durante as privatizações e a vendeu por US$ 1,9 bilhão para a Singapore Telecom. Entre outros acusações, foi denunciado por não pagar impostos sobre essa transação.
Apesar de estar exilado, Thaksin ainda é a figura dominante da política tailandesa. O banho de sangue foi da turma dele.
Thaksin já era rico quando entrou na política como um populista de direita e criou o partido Thai Rak Thai (Tailandeses Amam Tailandeses). Com muito dinheiro e um estilo paternalista de empresário bem-sucedido numa sociedade tradicionalista e autoritária, tornou-se um fenômeno eleitoral.
Como primeiro-ministro, de 2001 a 2006, Thaksin tornou-se o primeiro primeiro-ministro tailandês a completar um mandato e conseguiu reduzir a pobreza na zona rural pela metade. Foi derrubado num golpe militar, por causa das denúncias de corrupção.
A maioria dos participantes das manifestações de hoje é gente do interior, que chegou a Bangkok em ônibus contratado pelo Movimento das Camisas Vermelhas.
Abhisit está no poder desde 17 de novembro de 2008, depois de uma revolta do Movimento das Camisas Amarelas, apoiado pelo rei Bhumibol Adulyadej e pelas Forças Armadas. Rejeitou qualquer possibilidade de renunciar.
Governo do Haiti quer controlar reconstrução
O governo do Haiti adverte que a conferência de 31 de março em Nova York pode ser um fracasso se não for criado um fundo sob o controle do governo, claro. Até agora, 80% a 90% da ajuda foram distribuídos através de organizações não governamentais porque o governo não é confiável.
Há dois meses, um terremoto arrasou a região próxima a Porto Príncipe, a capital haitiana, matando mais de 200 mil pessoas. Centenas de milhões de dólares foram prometidos, mas eles não chegam ao governo, que se mostrou totalmente inoperante depois do tremor.
Hoje, houve uma reunião preparatória em São Domingos, na República Dominicana. O primeiro-ministro haitiano, Jean-Max Bellerive, advertiu que, "sem a criação de um fundo para administrar os recursos, a conferência de NY pode ser um fracasso".
O problema é que o Haiti é o 13º país mais corrupto do mundo no ranking da organização não governamental Transparência Internacional. Há o temor de que o dinheiro seja desviado.
Depois do terremoto da Nicarágua, em 1972, o ditador Anastasio Somoza embolsou a maior parte da ajuda internacional. Quando foi derrubado pela Revolução Sandinista, em 1979, a capital, Manágua, continuava semidestruída.
O Banco Interamericano de Desenvolvimento estima em US$ 8 bilhões a US$ 14 bilhões o custo total da reconstrução do Haiti.
Há dois meses, um terremoto arrasou a região próxima a Porto Príncipe, a capital haitiana, matando mais de 200 mil pessoas. Centenas de milhões de dólares foram prometidos, mas eles não chegam ao governo, que se mostrou totalmente inoperante depois do tremor.
Hoje, houve uma reunião preparatória em São Domingos, na República Dominicana. O primeiro-ministro haitiano, Jean-Max Bellerive, advertiu que, "sem a criação de um fundo para administrar os recursos, a conferência de NY pode ser um fracasso".
O problema é que o Haiti é o 13º país mais corrupto do mundo no ranking da organização não governamental Transparência Internacional. Há o temor de que o dinheiro seja desviado.
Depois do terremoto da Nicarágua, em 1972, o ditador Anastasio Somoza embolsou a maior parte da ajuda internacional. Quando foi derrubado pela Revolução Sandinista, em 1979, a capital, Manágua, continuava semidestruída.
O Banco Interamericano de Desenvolvimento estima em US$ 8 bilhões a US$ 14 bilhões o custo total da reconstrução do Haiti.
terça-feira, 16 de março de 2010
Enviado de Obama adia visita a Israel em protesto
O enviado especial do presidente Barack Obama para a paz entre israelenses e os palestinos, o ex-senador americano George Mitchell, adiou a visita que faria hoje a Israel em protesto contra o apoio do governo israelense à expansão das colônias no setor ocupado de Jerusalém.
Em Washington, o porta-voz da Casa Branca negou que haja uma crise entre os dois países, declarando que o vice-presidente Joe Biden reafirmou na semana passada o "compromisso inabalável" dos EUA com a segurança de Israel.
Durante visita à Irlanda, a secretária de Estado, Hillary Clinton, também insistiu que a relação com Israel é inabalável. É por isso que um governo direitista israelense como o de Benjamin Netanyahu não se preocupa com as críticas dos EUA. O apoio está garantido.
Mas o jornal liberal israelense Haaretz criticou o primeiro-ministro Netanyahu. Perguntou se, diante da ameaça nuclear do Irã, colonizar o Leste de Jerusalém é mais importante do que garantir o apoio dos EUA.
No Dia da Raiva nos territórios ocupados, convocado pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), centenas de palestinos enfrentaram a polícia em vários pontos do setor árabe de Jerusalém, ocupado na Guerra dos Seis Dias, em 1967.
Os jovens árabes que ameaçam deflagrar uma terceira intifada (revolta das pedras) fizeram barricadas de fogo com pneus para bloquear ruas e atacaram com pedradas. A polícia respondeu com bombas de gás e perseguiu os manifestantes pelas ruas da Cidade Velha de Jerusalém.
Em Washington, o porta-voz da Casa Branca negou que haja uma crise entre os dois países, declarando que o vice-presidente Joe Biden reafirmou na semana passada o "compromisso inabalável" dos EUA com a segurança de Israel.
Durante visita à Irlanda, a secretária de Estado, Hillary Clinton, também insistiu que a relação com Israel é inabalável. É por isso que um governo direitista israelense como o de Benjamin Netanyahu não se preocupa com as críticas dos EUA. O apoio está garantido.
Mas o jornal liberal israelense Haaretz criticou o primeiro-ministro Netanyahu. Perguntou se, diante da ameaça nuclear do Irã, colonizar o Leste de Jerusalém é mais importante do que garantir o apoio dos EUA.
No Dia da Raiva nos territórios ocupados, convocado pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), centenas de palestinos enfrentaram a polícia em vários pontos do setor árabe de Jerusalém, ocupado na Guerra dos Seis Dias, em 1967.
Os jovens árabes que ameaçam deflagrar uma terceira intifada (revolta das pedras) fizeram barricadas de fogo com pneus para bloquear ruas e atacaram com pedradas. A polícia respondeu com bombas de gás e perseguiu os manifestantes pelas ruas da Cidade Velha de Jerusalém.
Reforma financeira fortalece Fed
A proposta de reforma da regulamentação financeira apresentada pelo senador democrata Christopher Dodd ao Congresso dos Estados Unidos mantém o papel da Reserva Federal (Fed), o banco central americano, como órgão fiscalizador dos grandes bancos e lhe dá um papel de liderança na supervisão do risco sistêmico.
Portugal vai vender estatais para pagar dívida
O governo português quer vender 17 estatais para equilibrar o orçamento e evitar uma crise da dívida pública como a da Grécia.
No ano passado, o déficit orçamentário de Portugal foi de 9,3% do produto interno bruto. O primeiro-ministro José Sócrates prometeu reduzi-lo para 2,8% até 2013, mas os analistas de mercado consideraram o prazo muito longo.
No ano passado, o déficit orçamentário de Portugal foi de 9,3% do produto interno bruto. O primeiro-ministro José Sócrates prometeu reduzi-lo para 2,8% até 2013, mas os analistas de mercado consideraram o prazo muito longo.
EUA ameaçam declarar China "manipuladora do câmbio"
Em carta ao governo Barack Obama, 130 deputados Câmara dos EUA pediram que a China seja declarada “manipuladora do câmbio”, o que abriria caminho para uma confrontação maior entre as duas principais economias do mundo.
Um projeto biparditário foi apresentado ao Senado pelo democrata Charles Schummer e a para que o Tesouro faça relatórios semestrais para apontar países que estejam manipulando o câmbio para aumentar a competitividade dos seus produtos no comércio internacional.
É a chamada desvalorização competitiva. Os países que manipulam o câmbio poderiam ser acusados de "protecionismo cambial".
Um dos autores do projeto de lei, o senador democrata por Nova York Charles Schumer, declarou que "a China não está interessada no livre comércio, mas, sim, em manipular o câmbio numa política mercantilista, de nacionalismo econômico, para aumentar seu poder e influência.
Construção de casas novas cai 5,9% nos EUA
Com a onda de frio, a construção de casas novas caiu 5,9% em fevereiro nos EUA, a maior queda em décadas, projetando um total anual de 575 mil casas.
Em janeiro, essa projeção era de 622 mil casas, a maior em 14 meses.
Lula encontra processo de paz estagnado
Israel, sendo um fruto do Holocausto plantado numa terra hostil, aprendeu a não confiar em nada mais do que na sua própria força e de suas alianças para sobreviver. Quando o povo judeu precisou da sociedade internacional, durante a Segunda Guerra Mundial, o resto do mundo o ignorou.
Sem Estado, não há Exército. Sem Exército, o povo judeu quase foi exterminado. A segurança é o eterno dilema de Israel. Seria resolvido com a paz com os palestinos.
Por isso, a direita israelense finalmente aceitou a contra-gosto as negociações, depois da Guerra do Golfo de 1991, quando, no mesmo ano, o presidente Goerge Bush, pai, organizou a Conferência de Madri, em 30 e 31 de outubro para lançar o processo de paz no Oriente Médio.
Mas o atual governo e o establishment israelense não estão preocupados com os palestinos, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) ou a milícia fundamentalista xiita Hesbolá , que não podem destruir Israel. A ameaça é programa nuclear do Irã.
O grande dilema hoje em Israel é atacar ou não atacar o Irã. Talvez seja tarde demais para parar o programa nuclear iraniano. Na semana passada, uma reportagem do jornal New York Times afirmava que o Irã tinha exposto um grande número de alvos, como se quisesse que fossem atacados.
Israel considera a questão iraniana uma ameaça à sua existência. Na semana passada, no Sul do Irã, Ahmadinejad, voltou a falar em aniquilar Israel e disse que a guerra contra o terror é uma desculpa dos EUA para tomar os recursos do Golfo Pérsico. Prometeu cortar a mão de quem tocar nessas riquezas.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, à direita de Ariel Sharon, que jaz moribundo ligado a aparelhos desde 4 de janeiro de 2006, empurra as negociações com a barriga para ganhar tempo e manter o status quo.
Bibi, como é conhecido em Israel, disse recentemente que Israel nunca vai poder abandonar o Rio Jordão, por questões de segurança. Ora, o Rio Jordão fica do outro lado da Cisjordânia. Assim a ocupação não acaba.
A Cisjordânia, e com ela o setor árabe de Jerusalém, pertencia à Jordânia até a Guerra dos Seis Dias, em junho de 1967, quando Israel tomou também as Colinas do Golã, da Síria, e a Faixa de Gaza, do Egito.
Jerusalém e o Golã foram anexados, mas a sociedade internacional não reconhece isso porque a Carta da ONU veda a guerra de conquista.
Sharon foi o arquifalcão, envolvido em diversos episódios caracterizáveis como crimes de guerra, da matança de 69 pessoas em Khan Younis, na Faixa de Gaza, em 1950, ao massacre de 1,2 mil palestinos nos campos de refugiados de Sabra e Chatila, em Beirute, em 18 de setembro de 1982.
Como general, Sharon sabia que a segurança de Israel definitivamente depende de uma paz permanente, com a fixação de fronteiras permanents. Por isso, deixou o partido direitista Likud para formar o Kadima (Avante).
Depois de um acidente vascular cerebral, foi substituído pelo vice, Ehud Olmert, ex-prefeito de Jerusalém, que naufragou num escândalo de corrupção eleitoral, deixando como herdeira Tzipi Livni. Ela estava disposta a negociar a paz com os palestinos, mas perdeu as eleições para Netanyahu, que não teve dificuldade de formar o governo com os trabalhistas, partido histórico da construção de Israel, que governou ininterruptamente até 1974.
O atual líder trabalhista é o ex-primeiro-ministro Ehud Barak, hoje ministro da Defesa. Ele tentou fazer a paz às pressas no fim do governo Clinton, na segunda conferência de Camp David, no ano 2000.
Mas Arafat preferiu confiar em Bush, achando que os republicanos seriam mais favoráveis aos árabes.
Bill Clinton foi o mais pró-israel de todos os presidentes dos EUA. Sua mulher, a secretária de Estado, Hillary Clinton, ex-senadora por Nova York segue a linha.
Assim, quando Hillary considera o anúncio de construção de 1,6 mil moradias no setor árabe de Jerusalém durante a visita do presidente Joe Biden a Israel um insulto e um "tapa na cara" dos EUA, está falando sério.
Barak, o mais laureado general do Exército de Israel, é da turma que estaria seriamente preocudo com o programa nuclear do Irã. Em 1981, Israel destruiu o reator nuclear de Osirak, no Iraque, com apoio do governo Reagan, e acabou com o programa nuclear de Saddam Hussein.
Operacionalmente, foi muito fácil.
Hoje, no Irã, seria uma situação completamente diferente. Para começar, as instalações nucleares estão dispersas e podem ser profundas.
Pela primeira vez na sua história recente, pelo menos desde a vitória sobre Nasser em 1967, Israel se sente incapaz de garantir sua própria segurança.
Pela primeira vez na sua história recente, pelo menos desde a vitória sobre Nasser em 1967, Israel se sente incapaz de garantir sua própria segurança.
Este é o drama. O governo direitista não está preocupado com a questão palestina. Não está interessado nem acredita que mude em nada o problema existencial da segurança. Nisso, diverge do resto do espectro políico, que está convencido de que a paz é a maior garantia de segurança, sem esquecer o Irã.
O sistema político israelense se baseia no voto proporcional sem cláusula de barreira. O resultado é um parlamento extremamente fragmentado que forma governos frágeis. Já há algum tempo, o primeiro-ministro é escolhido por voto direto, mas isso acabou enfraquecendo os grandes partidos na Knesset, o parlamento israelense.
Nas últimas eleições, em 2009, nenhum partido chegou a eleger 30 deputados entre 120 cadeiras. O anúncio sobre ampliação de colônias em Jerusalém foi feito pelo partido ultrarreligioso Shas, que controla o ministério do Interior.
Nos últimos anos, partidos de imigrantes ganharam peso como Beiteinu Yisrael, do ministro do Exterior, Avigdor Lieberman, que beira o fascismo.
Lieberman boicotou o discurso do presidente Lula no Parlamento de Israel porque o presidente não foi ao túmulo do austríaco Theodor Herzl, o pai do sionismo, que é a luta pela criação de um Estado Nacional para o povo judeu.
O movimento sionista nasceu no fim do século 19, uma época de grande perseguição e massacres de judeus na Europa Oriental.
Na época, uma comissão de rabinos de Viena foi ao Oriente Médio e escreveu: "A noiva é linda, mas infelizmente está comprometida com outro homem".
Esse é o drama irresolvido da criação de Israel. Havia outro povo vivendo naquela terra que até hoje não teve seus direitos nacionais reconhecidos.
Há quatro questões que pegam no processo de paz:
• as fronteiras definitivas de Israel e da futura Palestina;
• o direito de retorno dos palestinos expulsos de suas casas e terras pela criação de Israel;
• o futuro das colônias israelenses nos territórios ocupados (tem de sair, mas um pouco da terra eles vão tomar);
• e o status de Jerusalém, que os dois países reivindicam como capital.
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