A China considerou "totalmente errada" a decisão da empresa de Internet Google de mudar os servidores de seu serviço de busca para Hong Kong para evitar a censura.
O regime comunista chinês acusou a companhia de "violar um compromisso" escrito quando o Google entrou na China. Seus censores já bloqueiam o acesso a temas sensíveis para o governo.
Esse conflito começou há dois meses, quando o Google denunciou pirataria cibernética para roubar segredos empresariais e violar o correio eletrônico de dissidentes políticos.
Havia uma expectativa de que a empresa pudesse encerrar suas operações na China. Mas não quis deixar um mercado de 384 milhões de internautas, o maior do mundo.
Ontem, anunciou a transferência do serviço de busca para Hong Kong, uma região autônoma com plena liberdade de expressão garantida pelo acordo em que o Reino Unido devolveu a antiga colônia britânica à China em 1997.
Hoje, o Conselho de Estado acusou o Google de violar a legislação chinesa e de politizar uma questão comercial. O porta-voz do Ministério do Exterior chinês também tratou o problema como comercial, "a não ser que queiram politizar a questão".
Durante a noite, os fãs chineses do Google chegaram a fazer vigília luminosa junto à sede da empresa, torcendo para que não saia da China.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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