A Conferência Internacional para a Reconstrução do Haiti realizada hoje em Nova York terminou com promessas de ajuda de US$ 5,3 bilhões nos próximos dois anos, acima dos US$ 3,8 bilhões que era a meta do encontro.
Num prazo mais longo, o total prometido ao Haiti chega a US$ 9,9 bilhões, declarou o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon. Mas a porta-voz para assuntos humanitários, Elizabeth Byrs, lembrou que até agora só foram obtidos 48% dos US$ 1,4 bilhão de ajuda de emergência que a ONU pediu em fevereiro, um mês depois do terremoto que matou mais de 200 mil pessoas.
Ao abrir a conferência, co-presidida pelo Brasil e os Estados Unidos, Ban afirmou que o objetivo é "criar um novo Haiti, um trabalho de construção nacional numa escala que não é vista a gerações".
Em nome dos EUA, a secretária de Estado, Hillary Clinton, prometeu US$ 1,15 bilhão. A União Europeia ofereceu US$ 1,7 bilhão. O Brasil, representado pelo ministro das Relações Exteriores, embaixador Celso Amorim, doou US$ 172 milhões.
Quem está sob enorme pressão é o presidente haitiano, René Préval. O primeiro-ministro Jean-Max Bellerive quer bilhões para fechar o orçamento deste ano, mas a sociedade internacional teme o desvio do dinheiro num dos países mais corruptos do mundo, com uma pequena elite e uma imensa maioria miserável.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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