O enviado especial do presidente Barack Obama para a paz entre israelenses e os palestinos, o ex-senador americano George Mitchell, adiou a visita que faria hoje a Israel em protesto contra o apoio do governo israelense à expansão das colônias no setor ocupado de Jerusalém.
Em Washington, o porta-voz da Casa Branca negou que haja uma crise entre os dois países, declarando que o vice-presidente Joe Biden reafirmou na semana passada o "compromisso inabalável" dos EUA com a segurança de Israel.
Durante visita à Irlanda, a secretária de Estado, Hillary Clinton, também insistiu que a relação com Israel é inabalável. É por isso que um governo direitista israelense como o de Benjamin Netanyahu não se preocupa com as críticas dos EUA. O apoio está garantido.
Mas o jornal liberal israelense Haaretz criticou o primeiro-ministro Netanyahu. Perguntou se, diante da ameaça nuclear do Irã, colonizar o Leste de Jerusalém é mais importante do que garantir o apoio dos EUA.
No Dia da Raiva nos territórios ocupados, convocado pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), centenas de palestinos enfrentaram a polícia em vários pontos do setor árabe de Jerusalém, ocupado na Guerra dos Seis Dias, em 1967.
Os jovens árabes que ameaçam deflagrar uma terceira intifada (revolta das pedras) fizeram barricadas de fogo com pneus para bloquear ruas e atacaram com pedradas. A polícia respondeu com bombas de gás e perseguiu os manifestantes pelas ruas da Cidade Velha de Jerusalém.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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