domingo, 21 de março de 2010

Democratas dizem ter votos para reformar a saúde

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos deve votar hoje a reforma do sistema de saúde, projeto em que o presidente Barack Obama apostou todo o seu prestígio e é até agora sua maior proposta de política interna. O líder da bancada democrata garante ter os 216 votos necessários para aprovação.

Obama foi ontem ao Congresso fazer pessoalmente um último apelo, voltado principalmente para o Partido Democrata. A oposição republicana deve votar em peso contra a medida.

Pelos últimos cálculos do escritório de contabilidade do Congresso, como está, a reforma custaria US$ 940 bilhões em dez anos.

Os republicanos alegam que o país não tem condições de pagar essa conta porque a dívida pública passa de US$ 12,6 trilhões, equivalentes a 88% do produto interno bruto do país, de US$ 14,3 trilhões. Já os democratas argumentam que a reforma vai reduzir o déficit.

Nas próximas décadas, se aposentam os americanos da chamada geração baby boom, nascidos entre 1946 e 1964, época de maior prosperidade econômica do país. A pressão sobre os sistemas de saúde e de previdência social será enorme.

A reforma também dará cobertura a cerca de 31 milhões de pessoas que hoje não tem seguro-saúde nos EUA. Cerca de 15 milhões de imigrantes ilegais devem continuar sem proteção.

Hoje, os EUA são o país que mais gasta com saúde, cerca de 16% do PIB.

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