A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos deve votar hoje a reforma do sistema de saúde, projeto em que o presidente Barack Obama apostou todo o seu prestígio e é até agora sua maior proposta de política interna. O líder da bancada democrata garante ter os 216 votos necessários para aprovação.
Obama foi ontem ao Congresso fazer pessoalmente um último apelo, voltado principalmente para o Partido Democrata. A oposição republicana deve votar em peso contra a medida.
Pelos últimos cálculos do escritório de contabilidade do Congresso, como está, a reforma custaria US$ 940 bilhões em dez anos.
Os republicanos alegam que o país não tem condições de pagar essa conta porque a dívida pública passa de US$ 12,6 trilhões, equivalentes a 88% do produto interno bruto do país, de US$ 14,3 trilhões. Já os democratas argumentam que a reforma vai reduzir o déficit.
Nas próximas décadas, se aposentam os americanos da chamada geração baby boom, nascidos entre 1946 e 1964, época de maior prosperidade econômica do país. A pressão sobre os sistemas de saúde e de previdência social será enorme.
A reforma também dará cobertura a cerca de 31 milhões de pessoas que hoje não tem seguro-saúde nos EUA. Cerca de 15 milhões de imigrantes ilegais devem continuar sem proteção.
Hoje, os EUA são o país que mais gasta com saúde, cerca de 16% do PIB.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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