O maior acelerador de partículas do mundo quebrou hoje seu próprio, realizando a maior colisão de alta energia, cerca de 7 trilhões de eletronvolts, numa tentativa de simular o Big Bang, a grande explosão que criou o Universo há 13 bilhões e 700 milhões de anos.
Dois feixes de prótons, a partícula de carga positiva no núcleo do átomo, foram acelerados a quase 300 mil quilômetros por segundo, a velocidade da luz, em sentidos contrários e se chocaram, produzindo "mais de meio milhão de eventos" que agora serão analisados por especialistas, inclusive brasileiros que colaboram com o projeto.
O Grande Colisor de Hádrons, nome da máquina criada pelo homem para tentar reproduzir a criação do Universo, é um túnel circular com 27km de circunferência. Está instalado a cem metros de profundidade na fronteira entre a Suíça e a França, onde fica o Centro Europeu de Pesquisas Nucleares.
Às 8h de hoje pelo horário de Brasília, os quatro sensores gigantes do acelerador detectaram as colisões dos feixes de partículas lançados em sentidos opostos.
Na sala de controle, os cientistas vibraram. Foram décadas de trabalho para chegar até aqui.
O porta-voz do Projeto Atlas, Dave Charlton, afirmou que "é um marco, mas apenas um começando. Estamos pegando a estrada rumo a novas descobertas" na eterna busca para desvender os segredos da intimidade do átomo e da imensidão do universo.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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