No sábado, houve a primeira morte durante a atual onda de conflitos de rua entre jovens palestinos e as forças de segurança de Israel. Um árabe morreu perto de Nablus, na Cisjordânia.
A meta é acabar com as ocupações da Guerra dos Seis Dias, em 1967, e chegar a uma paz definitiva, com a criação de um país palestino independente dentro de dois anos.
Ban Ki Moon esteve primeiro em Ramalá, na Cisjordânia, sede do governo semiautônomo da Autoridade Nacional Palestina sobre parte desse território - a Faixa de Gaza é controlada pelo Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -, onde se encontrou com o primeiro-ministro Salam Fayad.
Em entrevista coletiva, Ban disse que desta vez todas as questões fundamentais para um acordo definitivo devem ser discutidas:
• a questão dos refugiados palestinos desde as guerras de 1949;
• o futuro das colônias israelenses nos territórios árabes ocupados;
• as fronteiras definitivas de Israel e da Palestina; e
• o status de Jerusalém.
Para viabilizar o reinício imediato das negociações, o secretário-geral da ONU pediu a Israel o congelamento das construções nas colônias israelenses e aos palestinos que evitem ações radicais.
Depois, foi a Jerusalém se reunir com o presidente de Israel, Shimon Peres. Na entrevista dos dois, Peres declarou que Israel está pronto para começar as negociações de paz definitivas. É uma velha aspiração de Peres, um dos negociadores dos acordos de Oslo, nos anos 90.
Naquela época, como líder do Partido Trabalhista depois do assassinato do primeiro-ministro Yitzhak Rabin, Peres perdeu as eleições para a direita liderada por Benjamin Netanyahu, que agora voltou a ser primeiro-ministro de Israel.
Tanto ontem como hoje, Netanyahu não parece disposto a acabar com a ocupação, devolver os territórios ocupados e permitir a criação de um Estado Nacional palestino.
Há pouco, o primeiro-ministro afirmou que Israel terá de manter uma presença militar no Rio Jordão. Isso significa do outro lado da Cisjordânia, junto à fronteira da Jordânia. É um sinal de que Netanyahu não pensa no fim da ocupação.
A bola agora está na quadra dele. Depois da ofensiva diplomática do Quarteto, cabe a Netanyahu dar o próximo passo. Mas, apesar da enorme pressão internacional, o primeiro-ministro israelense não está disposto a ceder nem na colonização do Leste de Jerusalém para dar reinício às negociações de paz.
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