O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pediu o apoio dos Estados Unidos contra a "tirania terrorista", do Irã. Mas não cedeu à exigência do governo Barack Obama de congelar a colonização dos territórios árabes ocupados, inclusive no Leste de Jerusalém, como precondição imposta pelos palestinos para o reinício das negociações de paz no Oriente Médio.
Ao sair de um encontro com Obama na Casa Branca, Netanyahu disse apenas que a Autoridade Nacional Palestina não deveria perder mais tempo com precondições e começar a negociar logo.
Desde que chegou aos EUA, Netanyahu deixou claro que não cederia diante da exigência de congelar as construções em Jerusalém. Em discurso no Comitê de Assuntos Públicos Americano-Israelente, o principal lobby israelense em Washington, o primeiro-ministro afirmou que "Jerusalém não é um assentamento, é nossa capital".
Netanyahu afirmou que "os judeus constroem há 3 mil anos em Jerusalém e vão continuar construindo Jerusalém". É um sinal de que o governo direitista de Israel se nega a negociar Jerusalém.
O Leste da cidade pertencia à Jordânia. Foi ocupado na Guerra dos Seis Dias, em 1967. É uma região conquistada à força, o que contraria o direito internacional.
Da plateia, uma pessoa gritou: "Isto é um ultraje e um crime de guerra contra os palestinos", antes de ser retirada pela polícia.
Netanyahu está mais preocupado com a ameaça de que o Irã faça a bomba atômica. O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, já disse muitas vezes que Israel deve ser varrido do mapa.
Em reunião com líderes do Congresso dos EUA, o chefe de governo israelense chamou o Irã de uma "tirania terrorista" capaz de dar armas nucleares a grupos fundamentalistas muçulmanos.
Mais tarde, Bibi Netanyahu foi para a Casa Branca se encontrar com Obama. Mas não cedeu na princpal exigência do governo americano para retomar imediatamente as negociações de paz.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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