quarta-feira, 31 de março de 2010

Terror contra Rússia ataca no Daguestão

Um duplo atentado terrorista matou hoje 12 pessoas, entre elas nove policiais, na cidade de Kisliar, na república russa do Daguestão, no Norte do Cáucaso.

O governo da Rússia acredita que o ataque pode ter sido realizado pelo mesmo grupos que explodiu duas mulheres-bomba no metrô de Moscou, na segunda-feira, 29 de março de 2010. Enquanto os moscovitas enterram seus mortos, 71 pessoas continuam no hospital. Cinco estão em estado grave.

Hoje o líder rebelde checheno Doku Umarov reivindicou a autoria dos ataques na capital e ameaçou com novos atentados em represália contra a atuação do Exército da Rússia no Norte do Cáucaso.

Umarov, um dos senhores da guerra da Chechênia, declarou que "duas operações para matar infiéis e mandar um recado ao serviço federal de segurança foram realizadas em Moscou sob meu comando, e ameaçou realizar novos atentados".

Ele é um dos rebeldes que lutam para criar o Emirado Islâmico do Cáucaso, reunindo três repúblicas da Federação Russa que têm maioria muçulmana: a Inguchétia, a Chechênia e o Daguestão.

Durante nova reunião de emergência do governo russo, o ministro do Interior, Rachid Nurgaliev, contou que "o primeiro ataque aconteceu quando um carro furou uma barreira de trânsito, foi perseguido pela polícia e explodiu ao ser cercado, perto das sedes do Ministério do Interior e do Serviço Federal de Segurança".

Cerca de 20 minutos depois, em imagens registradas por um cinegrafista amador, um homem-bomba disfarçado de policial se aproximou da multidão atraída pela primeira explosão e se detonou.

Tanto o presidente Dimitri Medvedev quanto o primeiro-ministro Vladimir Putin acreditam que possa ter sido o mesmo grupo que atacou Moscou dois dias antes.

Putin afirmou que "não importa onde os atos criminosos sejam cometidos nem quem forem suas vítimas, são crimes contra a Rússia".

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