Um duplo atentado terrorista matou hoje 12 pessoas, entre elas nove policiais, na cidade de Kisliar, na república russa do Daguestão, no Norte do Cáucaso.
O governo da Rússia acredita que o ataque pode ter sido realizado pelo mesmo grupos que explodiu duas mulheres-bomba no metrô de Moscou, na segunda-feira, 29 de março de 2010. Enquanto os moscovitas enterram seus mortos, 71 pessoas continuam no hospital. Cinco estão em estado grave.
Hoje o líder rebelde checheno Doku Umarov reivindicou a autoria dos ataques na capital e ameaçou com novos atentados em represália contra a atuação do Exército da Rússia no Norte do Cáucaso.
Umarov, um dos senhores da guerra da Chechênia, declarou que "duas operações para matar infiéis e mandar um recado ao serviço federal de segurança foram realizadas em Moscou sob meu comando, e ameaçou realizar novos atentados".
Ele é um dos rebeldes que lutam para criar o Emirado Islâmico do Cáucaso, reunindo três repúblicas da Federação Russa que têm maioria muçulmana: a Inguchétia, a Chechênia e o Daguestão.
Durante nova reunião de emergência do governo russo, o ministro do Interior, Rachid Nurgaliev, contou que "o primeiro ataque aconteceu quando um carro furou uma barreira de trânsito, foi perseguido pela polícia e explodiu ao ser cercado, perto das sedes do Ministério do Interior e do Serviço Federal de Segurança".
Cerca de 20 minutos depois, em imagens registradas por um cinegrafista amador, um homem-bomba disfarçado de policial se aproximou da multidão atraída pela primeira explosão e se detonou.
Tanto o presidente Dimitri Medvedev quanto o primeiro-ministro Vladimir Putin acreditam que possa ter sido o mesmo grupo que atacou Moscou dois dias antes.
Putin afirmou que "não importa onde os atos criminosos sejam cometidos nem quem forem suas vítimas, são crimes contra a Rússia".
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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