Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
sábado, 31 de janeiro de 2009
Bolsa de Nova York tem pior janeiro da história
O índice Dow Jones terminou o mês com queda de 8,8% e o S&P 500, de 86%, enquanto a queda da bolsa Nasdaq, das empresas de alta tecnologia, perdeu 6,4%, bem menos do que os 9,9% de janeiro de 2008.
Secretário da saúde de Obama também devia imposto
Mais um problema para o presidente Barack Obama, se não bastassem as guerras e a crise econômica global: o ex-líder democrata no Senado Tom Daschle, nomeado para o Departamento da Saúde dos Estados Unidos, pagou mais de US$ 128 mil dólares em impostos atrasados depois da indicação.
Daschle seria o encarregado da reforma do sistema para garantir cobertura universal a todos os americanos. Mas deve enfrentar problemas para ser confirmado no cargo por causa dos impostos atrasados.
Daschle seria o encarregado da reforma do sistema para garantir cobertura universal a todos os americanos. Mas deve enfrentar problemas para ser confirmado no cargo por causa dos impostos atrasados.
Partido Republicano elege presidente negro
Em uma consequência direta da eleição de Barack Obama para a Presidência dos Estados Unidos, o Partido Republicano escolheu um negro.
O ex-vice-governador Michael Steele terá o desafio de reconstruir o partido, destroçado pelos ruinosos governos George W. Bush.
O ex-vice-governador Michael Steele terá o desafio de reconstruir o partido, destroçado pelos ruinosos governos George W. Bush.
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Rombo dos bancos pode chegar a US$ 5 tri
O novo secretário do Tesouro dos Estados Unidos estuda novas formas para limpar o balanço dos bancos. Pela estimativa do banco Goldman Sachs, o rombo pode chegar a US$ 5 trilhões.
Ontem, o presidente Barack Obama criticou duramente as empresas que deram bônus a seus diretores com o dinheiro do Programa de Alívio de Ativos Tóxicos.
Ontem, o presidente Barack Obama criticou duramente as empresas que deram bônus a seus diretores com o dinheiro do Programa de Alívio de Ativos Tóxicos.
PIB dos EUA cai em ritmo anual de 3,8%
Em razão da forte queda no consumo, o produto interno bruto dos Estados Unidos diminuiu num ritmo anual de 3,8% ao ano no último trimestre de 2008, acima da expectativa do mercado, que esperava uma queda de 5,5%.
Foi o maior recuo na produção da maior economia do mundo desde 1982. O presidente Barack Obama advertiu para o "desastre crescente" e o aprofundamento da recessão, pressionando o Senado a aprovar o plano de estímulo econômico, que já é estimado em quase US$ 900 bilhões.
Foi o maior recuo na produção da maior economia do mundo desde 1982. O presidente Barack Obama advertiu para o "desastre crescente" e o aprofundamento da recessão, pressionando o Senado a aprovar o plano de estímulo econômico, que já é estimado em quase US$ 900 bilhões.
Produção industrial japonesa tem queda recorde
Com a forte queda nas exportações, a produção industrial japonesa sofreu em dezembro uma queda recorde de 9,6%.
A segunda maior economia do mundo está em recessão há 14 meses, desde novembro de 2007, concluiu uma equipe de economistas de alto nível encarregada de examinar a situação do país. É a pior crise desde 1967.
O índice de desemprego cresceu de 3,9% para 4,4%, a maior alta em 31 anos, e tende a aumentar. Só hoje, as empresas japonesas anunciaram quase 30 mil demissões.
Por causa da redução nas exportações de produtos eletroeletrônicos, o Sony deve ter um prejuízo de US$ 2,39 bilhões no ano fiscal de 2008, que termina em 31 de março de 2009. Será o primeiro resultado negativo da Sony em 14 anos. A Toshiba espera um prejuízo de mais de US$ 1 bilhão.
A Nippon Eletric Company (NEC) vai demitir 20 mil empregados e a Hitachi, 7 mil.
A segunda maior economia do mundo está em recessão há 14 meses, desde novembro de 2007, concluiu uma equipe de economistas de alto nível encarregada de examinar a situação do país. É a pior crise desde 1967.
O índice de desemprego cresceu de 3,9% para 4,4%, a maior alta em 31 anos, e tende a aumentar. Só hoje, as empresas japonesas anunciaram quase 30 mil demissões.
Por causa da redução nas exportações de produtos eletroeletrônicos, o Sony deve ter um prejuízo de US$ 2,39 bilhões no ano fiscal de 2008, que termina em 31 de março de 2009. Será o primeiro resultado negativo da Sony em 14 anos. A Toshiba espera um prejuízo de mais de US$ 1 bilhão.
A Nippon Eletric Company (NEC) vai demitir 20 mil empregados e a Hitachi, 7 mil.
Senado afasta governador de Illinois
Por 59-0, o governador Rod Blagojevich, foi afastado do cargo ontem pelo Senado estadual de Illinois, nos Estados Unidos, no final de um processo de impeachment, sob a acusação de tentar vender a vaga aberta no Senado federal com a eleição de Barack Obama para presidente.
Pela Constituição dos EUA, quando um senador deixa o cargo no meio do mandato, cabe ao governador do estado que ele representa indicar o substituto.
Pela Constituição dos EUA, quando um senador deixa o cargo no meio do mandato, cabe ao governador do estado que ele representa indicar o substituto.
Desempregados nos EUA já são 4,77 milhões
O total de americanos recebendo seguro-desemprego se aproxima rapidamente de 5 milhões, e as grandes empresas dos Estados Unidos não param de anunciar novas demissões.
Ontem, a cafeteria Starbucks informou que vai fechar 300 lojas e demitir 6,7 mil funcionários.
Com queda de vendas tanto de seus produtos tradicionais quanto digitasis, a Kodak vai dispensar 3,5 mil a 4,5 mil empregados.
Já a Ford comunicou um prejuízo de US$ 14,6 bilhões no ano passado e vai demitir 1,2 mil.
Ontem, a cafeteria Starbucks informou que vai fechar 300 lojas e demitir 6,7 mil funcionários.
Com queda de vendas tanto de seus produtos tradicionais quanto digitasis, a Kodak vai dispensar 3,5 mil a 4,5 mil empregados.
Já a Ford comunicou um prejuízo de US$ 14,6 bilhões no ano passado e vai demitir 1,2 mil.
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
Economista quer estímulo verde de US$ 2 tri
O economista britânico Nicholas Stern, que fez um relatório para o Banco Mundial alertando para o custo econômico do aquecimento global, propõe agora um plano de estímulo global ecológico de US$ 2 trilhões para tirar a economia mundial da crise e reorientá-la para um modelo sustentável.
Seca destrói 43% da colheita de soja paraguaia
A pior seca em décadas deve provocar uma queda de 43% na safra de soja deste ano no Paraguai. O país é hoje o quarto exportador mundial, e boa parte da lavoura de soja é cultivada por brasileiros.
Em outubro, a expectativa era de uma colheita de 6,8 milhões de toneladas. Agora, a estimativa caiu para 3,8 milhões de toneladas.
Na Argentina, os produtores rurais estão insatisfeitos com as medidas do estado de emergência de seis meses decretado pela presidente Cristina Kirchner na segunda-feira. Quem perdeu metade da safra ou do rebanho terá direito a adiar por um ano o pagamento de impostos.
Mas os ruralistas querem mais a ameaçar fazer nova paralisação em protesto contra o governo, como fizeram no ano passado.
Em outubro, a expectativa era de uma colheita de 6,8 milhões de toneladas. Agora, a estimativa caiu para 3,8 milhões de toneladas.
Na Argentina, os produtores rurais estão insatisfeitos com as medidas do estado de emergência de seis meses decretado pela presidente Cristina Kirchner na segunda-feira. Quem perdeu metade da safra ou do rebanho terá direito a adiar por um ano o pagamento de impostos.
Mas os ruralistas querem mais a ameaçar fazer nova paralisação em protesto contra o governo, como fizeram no ano passado.
Alemanha tem 3,49 milhões de desempregados
A taxa de desemprego na Alemanha pulou de 7,4% em novembro para 8,3%. O total de desempregados chegou a 3,49 milhões, tornando a questão um tema central para as eleições deste ano.
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Câmara aprova plano anticrise de Obama
Apesar da oposição de toda a bancada republicana e do voto contrário de 11 deputados democratas, a Câmara dos Estados Unidos aprovou agora há pouco o plano de estímulo econômico do governo Barack Obama, de US$ 825 bilhões.
O projeto vai agora para o Senado, onde o presidente terá de usar todo seu poder de persuasão, já que os democratas não têm a maioria necessária para a aprovação.
Fiel a seus princípios ideológicos, a bancada republicana quer mais cortes de impostos e menos gastos públicos. O projeto prevê reduções de impostos de US$ 275 bilhões e investimentos públicos de US$ 550 bilhões.
O projeto vai agora para o Senado, onde o presidente terá de usar todo seu poder de persuasão, já que os democratas não têm a maioria necessária para a aprovação.
Fiel a seus princípios ideológicos, a bancada republicana quer mais cortes de impostos e menos gastos públicos. O projeto prevê reduções de impostos de US$ 275 bilhões e investimentos públicos de US$ 550 bilhões.
Investimento externo cai para um quinto do recorde
O investimento externo direto deve cair dos US$ 466 bilhões em 2008 para cerca de US$ 165 bilhões este ano, prevê o Instituto para as Finanças Internacionais, um centro de pesquisas do setor financeiro.
É uma queda para cerca de um quinto do valor recorde, atingido em 2007.
O investimento externo direto é aquele dinheiro que vem do exterior e é aplicado diretamente na produção.
É uma queda para cerca de um quinto do valor recorde, atingido em 2007.
O investimento externo direto é aquele dinheiro que vem do exterior e é aplicado diretamente na produção.
Desemprego pode atingir 230 milhões
Pelo menos 30 milhões de trabalhadores podem perder o emprego no mundo inteiro este ano. Se a situação econômica piorar, o total de demissões pode chegar a 51 milhões e o total de desempregados a 230 milhões ou 7,1% da população em idade de trabalhar, previu hoje a Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Mundo deve crescer apenas 0,5% este ano
O Fundo Monetário Internacional reduziu hoje suas projeções para a economia mundial em 2009, reduzindo a expectativa de crescimento mundial de 2,2%, dado da estimativa de novembro, para 0,5%.
Será o pior ano para a economia mundial desde o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945. Descontando os problemas da guerra, é o pior ano desde o fim da Grande Depressão (1929-39).
Todos os países do Grupo dos Sete terão queda na produção. A maior economia do mundo, os Estados Unidos, deve se contrair em 1,6%, o Japão em 2,6% e o Reino Unido em 2,8%.
Para o Brasil, a expectativa de crescimento baixou de 3% para 1,8%.
Será o pior ano para a economia mundial desde o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945. Descontando os problemas da guerra, é o pior ano desde o fim da Grande Depressão (1929-39).
Todos os países do Grupo dos Sete terão queda na produção. A maior economia do mundo, os Estados Unidos, deve se contrair em 1,6%, o Japão em 2,6% e o Reino Unido em 2,8%.
Para o Brasil, a expectativa de crescimento baixou de 3% para 1,8%.
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Índia reduz expectativa de crescimento
O banco central da Índia reduziu a expectativa de crescimento do país no ano fiscal de 2008, que termina em 31 de março de 2009, de 7,1% para 6,8% e manteve a taxa básica de juros inalterada em 5,5% ao ano.
A queda na perspectiva de crescimento significa que o Banco da Reserva da Índia deixa em aberto a possibilidade de novos cortes de juros.
Desde outubro, o banco central indiano cortou sua taxa básica em 3,5 pontos percentuais. Agora, recomendou aos bancos comerciais que aproveitem as baixas nos juros dos meses anteriores para repassarem a queda aos clientes, reduzindo seus spreads (margens de lucro).
A queda na perspectiva de crescimento significa que o Banco da Reserva da Índia deixa em aberto a possibilidade de novos cortes de juros.
Desde outubro, o banco central indiano cortou sua taxa básica em 3,5 pontos percentuais. Agora, recomendou aos bancos comerciais que aproveitem as baixas nos juros dos meses anteriores para repassarem a queda aos clientes, reduzindo seus spreads (margens de lucro).
Mais da metade das empresas dos EUA vê recessão
Mais da metade das empresas americanas prevê que a economia dos Estados Unidos tenha uma contração de mais de 1% este ano. Só 3% esperam crescimento acima de 1%.
A sondagem de janeiro da Associação Nacional de Economia Empresarial considera que esta é o pior clima para negócios desde que a pesquisa começou, em 1982, confirmando que a recessão se aprofundou no último trimestre de 2008.
O desemprego aumentou dramaticamente no último trimestre do ano passado, e a situação tende a se agravar nos próximos seis meses.
Cerca de 38% das empresas reduziram os gastos com capital, índice recorde na história da pesquisa. Para cada empresa que aumentou sua margem de lucro, cinco perderam parcialmente suas margens.
A sondagem de janeiro da Associação Nacional de Economia Empresarial considera que esta é o pior clima para negócios desde que a pesquisa começou, em 1982, confirmando que a recessão se aprofundou no último trimestre de 2008.
O desemprego aumentou dramaticamente no último trimestre do ano passado, e a situação tende a se agravar nos próximos seis meses.
Cerca de 38% das empresas reduziram os gastos com capital, índice recorde na história da pesquisa. Para cada empresa que aumentou sua margem de lucro, cinco perderam parcialmente suas margens.
Obama: os muçulmanos não são inimigos
O presidente Barack Obama escolheu um canal de televisão árabe para dar a primeira entrevista exclusiva depois da posse. Em entrevista à TV Al Arabiya, ele afirmou que "os americanos não são inimigos dos muculmanos".
Obama elogiou a Iniciativa de Paz Árabe, um plano proposto pelo sultão Abdula II, da Arábia Saudita, e aprovado pela Liga Árabe. Os países vizinhos reconheceriam Israel em troca da criação de um Estado Nacional palestino na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Mas, em última análise, observou, israelenses e palestinos precisam se entender. Os Estados Unidos podem apenas mediar.
Outra novidade interessante é a declaração de Obama de que a questão palestina não pode ser isolada de outros conflitos no mundo muçulmano, no Líbano, na Síria, no Irã, no Paquistão e no Afeganistão.
A entrevista coincide com a chegada ao Oriente Médio do enviado especial de Obama para a questão palestinas, o ex-presidente da Comissão das Forças Armadas do Senado dos EUA George Mitchell. Ele foi mediador no processo de paz na Irlanda do Norte, especialmente no desarmamento do Exército Republicano Irlandês (IRA), que lutava contra o domínio britânico na Irlanda do Norte.
Foi recebido pelo rejeicionismo dos radicais. Uma bomba matou um soldado israelense e o Exército de Israel voltou a invadir a Faixa de Gaza, numa operação limitada.
Obama elogiou a Iniciativa de Paz Árabe, um plano proposto pelo sultão Abdula II, da Arábia Saudita, e aprovado pela Liga Árabe. Os países vizinhos reconheceriam Israel em troca da criação de um Estado Nacional palestino na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. Mas, em última análise, observou, israelenses e palestinos precisam se entender. Os Estados Unidos podem apenas mediar.
Outra novidade interessante é a declaração de Obama de que a questão palestina não pode ser isolada de outros conflitos no mundo muçulmano, no Líbano, na Síria, no Irã, no Paquistão e no Afeganistão.
A entrevista coincide com a chegada ao Oriente Médio do enviado especial de Obama para a questão palestinas, o ex-presidente da Comissão das Forças Armadas do Senado dos EUA George Mitchell. Ele foi mediador no processo de paz na Irlanda do Norte, especialmente no desarmamento do Exército Republicano Irlandês (IRA), que lutava contra o domínio britânico na Irlanda do Norte.
Foi recebido pelo rejeicionismo dos radicais. Uma bomba matou um soldado israelense e o Exército de Israel voltou a invadir a Faixa de Gaza, numa operação limitada.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
FMI prevê crescimento de 1%-1,5% este ano
Em sua terceira revião para baixo da expectativa de crescimento da economia mundial para 2009, o Fundo Monetário Internacional estimou que haverá uma expansão de apenas 1% a 1,5%, a menor desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
As novas projeções serão divulgadas amanhã no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
As novas projeções serão divulgadas amanhã no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.
Obama dá controle sobre emissões aos estados
Em um primeiro passo para mudar a política ambiental dos Estados Unidos, o presidente Barack Obama passou aos estados a responsabilidade para regulamentar as emissões poluentes de veículos automotores.
A expectativa é que estados com forte consciência ecológica, como a Califórnia, introduzam padrões mais rígidos, forçando a indústria automobilística a produzir veículos mais eficientes energeticamente e menos poluentes.
A expectativa é que estados com forte consciência ecológica, como a Califórnia, introduzam padrões mais rígidos, forçando a indústria automobilística a produzir veículos mais eficientes energeticamente e menos poluentes.
Grandes empresas demitem 70 mil só hoje
O agravamento da crise econômica global provoca uma nova onda de demissões no mundo inteiro. Só hoje, grandes empresas dos Estados Unidos e da Europa anunciaram a dispensa de 70 mil trabalhadores.
Nos Estados Unidos, a fábrica de máquinas e equipamentos agrícolas Caterpillar anunciou 20 mil demissões. O laboratório Pfizer, o maior do mundo, vai comprar o Wyeth por US$ 68 bilhões e demitir um total de 19 mil empregados nas duas empresas.
A companhia de telecomunicações Sprint Nextel vai fechar 8 mil vagas, a empresa de material de construção e objetos para casa Home Depot vai cortar 7 mil postos de trabalho.
Já a General Motors vai demitir 2 mil funcionários.
Na Europa, o maior banco holandês, o ING (Internationale Nederlanden Groep), vai dispensar 7 mil trabalhadores. A empresa eletroeletrônica Philips vai eliminar 6 mil postos de trabalho e a siderúrgica Corus, 3,5 mil.
Nos Estados Unidos, a fábrica de máquinas e equipamentos agrícolas Caterpillar anunciou 20 mil demissões. O laboratório Pfizer, o maior do mundo, vai comprar o Wyeth por US$ 68 bilhões e demitir um total de 19 mil empregados nas duas empresas.
A companhia de telecomunicações Sprint Nextel vai fechar 8 mil vagas, a empresa de material de construção e objetos para casa Home Depot vai cortar 7 mil postos de trabalho.
Já a General Motors vai demitir 2 mil funcionários.
Na Europa, o maior banco holandês, o ING (Internationale Nederlanden Groep), vai dispensar 7 mil trabalhadores. A empresa eletroeletrônica Philips vai eliminar 6 mil postos de trabalho e a siderúrgica Corus, 3,5 mil.
domingo, 25 de janeiro de 2009
China festeja Ano Novo Lunar com medo da crise
Com rojões e fogos de artifício, os chineses celebraram apreensivos a chegada do Ano do Boi, que terá a festa de 60 anos da vitória da Revolução Comunista, em 1 de outubro, e marcará os 20 anos do massacre na Praça da Paz Celestial.
Ghosn prevê contração de 14% no mercado de carros
O empresário brasileiro Carlos Ghosn, presidente da fábrica de automóveis Nissan, espera uma queda de 14% nas vendas de automóveis este ano.
A Nissan deve ter um prejuizo de pelo menos US$ 1,1 bilhão no ano fiscal de 2008, que no Japão termina em 31 de março de 2009.
A Nissan deve ter um prejuizo de pelo menos US$ 1,1 bilhão no ano fiscal de 2008, que no Japão termina em 31 de março de 2009.
Toyota vai cortar produção em 20% este ano
A maior empresa fabricante de automóveis do mundo, a japonesa Toyota, anunciou hoje que vai reduzir a produção em 20% para se adaptar à queda da demanda causada pela crise econômica global.
Pela primeira vez em 77 anos de história, a Toyota terá prejuízo no ano fiscal de 2008, que termina em 31 de março de 2009, estimado em mais de US$ 1 bilhão.
Pela primeira vez em 77 anos de história, a Toyota terá prejuízo no ano fiscal de 2008, que termina em 31 de março de 2009, estimado em mais de US$ 1 bilhão.
Boca-de-urna dá vitória ao sim na Bolívia
As pesquisas de boca-de-urna indicam a vitória do sim no referendo para aprovar uma nova Constituição proposta pelo presidente Evo Morales para refundar a Bolívia, resgatando os direitos dos povos indígenas e implantando uma espécie de socialismo. Os percentuais variam de 50,6% a mais de 60% votos sim.
sábado, 24 de janeiro de 2009
Bolívia deve aprovar nova Constituição amanhã
Os bolivianos votam amanhã para aprovar ou rejeitar a nova Constituição proposta pelo presidente Evo Morales para introduzir o socialismo na Bolívia. As pesquisas indicam a vitória do sim, com cerca de 55% dos votos.
Ao receber hoje uma delegação da Organização dos Estados Americanos (OEA), Morales agradeceu aos países e instituições internacionais que vão fiscalizar a votação.
A consulta popular foi convocada depois de meses de conflito entre o governo e a oposição, que governa cinco dos nove departamentos do país e exige autonomia regional.
Morales cedeu parcialmente à reivindicação de autonomia, em troca da realização do plebiscito.
Ao receber hoje uma delegação da Organização dos Estados Americanos (OEA), Morales agradeceu aos países e instituições internacionais que vão fiscalizar a votação.
A consulta popular foi convocada depois de meses de conflito entre o governo e a oposição, que governa cinco dos nove departamentos do país e exige autonomia regional.
Morales cedeu parcialmente à reivindicação de autonomia, em troca da realização do plebiscito.
Japão vai ajudar empresas não-financeiras
Diante do agravamento da crise econômica global, o Japão vai dar bilhões de dólares de ajuda a empresas não-financeiras. O Banco de Desenvolvimento do Japão vai comprar ações preferenciais de companhias em dificuldades.
A fábrica de automóveis Nissan espera perdas de pelo menos US$ 1,1 bilhão no ano fiscal de 2008, que no Japão termina em 31 de maio de 2009, e um corte de 21% na produção deste ano.
O prejuízo pode dobrar, dependendo das vendas de janeiro a março.
A fábrica de automóveis Nissan espera perdas de pelo menos US$ 1,1 bilhão no ano fiscal de 2008, que no Japão termina em 31 de maio de 2009, e um corte de 21% na produção deste ano.
O prejuízo pode dobrar, dependendo das vendas de janeiro a março.
Obama detalha plano de investimentos
Para pressionar o Congresso dos Estados Unidos, o presidente Barack Obama anunciou hoje detalhes do Plano de Recuperação e Reinvestimento proposto para tirar o país da crise. Ele espera que o projeto seja aprovado até 16 de fevereiro.
Em seu programa de rádio, transmitido também via Internet, o presidente advertiu que "o potencial de toda uma geração de americanos pode ser desperdiçado", se o governo não tomar medidas urgentes e radicais para retomar o crescimento econômico.
Os objetivos centrais são gerar ou manter 3 a 4 milhões de empregos e lançar os alicerces para o futuro desenvolvimento dos EUA, com cortes de impostos de US$ 275 bilhões e investimentos de US$ 550 bilhões em energia, comunicações, transportes, saúde e educação.
Hoje, Obama destacou os seguintes pontos:
- Dobrar a geração de energias alternativas
- Construir uma rede elétrica de 5 mil km
- Dar acesso a Internet banda-larga para milhões de americanos
- Modernizar milhares de quilômetros de estradas
- Aumentar a segurança de 90 portos melhorando a rede de comunicações
- Oferecer novas opções de transporte de massa para milhões de americanos
- Economizar US$ 2 bilhões por ano tornando os prédios públicos mais eficientes energeticamente.
- Melhorar o isolamento térmico de 2,5 milhões de casas
- Informatizar todos os prontuários médicos em 5 anos
- Garantir o seguro-saúde de 8 milhões de americanos sob risco de perder a cobertura
- Modernizar 10 mil escolas
- Investir em bolsas de estudos para baratear a universidade para 7 milhões
- Dar US$ 2,5 mil em isenções de impostos para 4 milhões de universitários
- Triplicar o número de bolsas para pesquisa científica
Obama disse que os americanos poderão fiscalizar o uso do dinheiro público via Internet através do site recovery.gov
Em seu programa de rádio, transmitido também via Internet, o presidente advertiu que "o potencial de toda uma geração de americanos pode ser desperdiçado", se o governo não tomar medidas urgentes e radicais para retomar o crescimento econômico.
Os objetivos centrais são gerar ou manter 3 a 4 milhões de empregos e lançar os alicerces para o futuro desenvolvimento dos EUA, com cortes de impostos de US$ 275 bilhões e investimentos de US$ 550 bilhões em energia, comunicações, transportes, saúde e educação.
Hoje, Obama destacou os seguintes pontos:
- Dobrar a geração de energias alternativas
- Construir uma rede elétrica de 5 mil km
- Dar acesso a Internet banda-larga para milhões de americanos
- Modernizar milhares de quilômetros de estradas
- Aumentar a segurança de 90 portos melhorando a rede de comunicações
- Oferecer novas opções de transporte de massa para milhões de americanos
- Economizar US$ 2 bilhões por ano tornando os prédios públicos mais eficientes energeticamente.
- Melhorar o isolamento térmico de 2,5 milhões de casas
- Informatizar todos os prontuários médicos em 5 anos
- Garantir o seguro-saúde de 8 milhões de americanos sob risco de perder a cobertura
- Modernizar 10 mil escolas
- Investir em bolsas de estudos para baratear a universidade para 7 milhões
- Dar US$ 2,5 mil em isenções de impostos para 4 milhões de universitários
- Triplicar o número de bolsas para pesquisa científica
Obama disse que os americanos poderão fiscalizar o uso do dinheiro público via Internet através do site recovery.gov
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Fidel comenta a própria morte
Ao reescrever sua coluna no jornal oficial Granma, o ex-presidente cubano Fidel Castro falou de sua própria morte, dizendo que os dirigentes do regime comunista de Cuba não devem deixar de tomar medidas de combate à crise por causa de "minhas opiniões, meu estado de saúde e até minha morte".
O comandante da revolução está afastado de todas as suas funções desde 31 de julho de 2006, quando teve de ser operado com urgência por causa de uma hemorragia abdominal. Em 24 de fevereiro de 2008, seu irmão, Raúl Castro, que já era ministro de Defesa, foi eleito presidente e primeiro-ministro pela Assembléia Nacional.
No trecho em que comentou a posse de Barack Obama nos Estados Unidos, Fidel voltou a falar na sua morte ao escrever que talvez não tenha o privilégio de estar aqui dentro quatro anos, quando acabar o primeiro governo Obama.
O comandante da revolução está afastado de todas as suas funções desde 31 de julho de 2006, quando teve de ser operado com urgência por causa de uma hemorragia abdominal. Em 24 de fevereiro de 2008, seu irmão, Raúl Castro, que já era ministro de Defesa, foi eleito presidente e primeiro-ministro pela Assembléia Nacional.
No trecho em que comentou a posse de Barack Obama nos Estados Unidos, Fidel voltou a falar na sua morte ao escrever que talvez não tenha o privilégio de estar aqui dentro quatro anos, quando acabar o primeiro governo Obama.
Índia reduz previsão de crescimento
O governo da Índia reduziu sua estimativa de crescimento para o ano fiscal de 2008, que termina em 31 de março de 2009, de 7,7% para 7,1%. A expectativa para 2009 é de expansão de 7% a 7,5%.
Ao comentar as previsões, o Conselho de Assessores Econômicos do primeiro-ministro Manmohan Singh atribuiu a queda no crescimento a "dolorosos ajustes às mudanças abruptas na economia internacional, à crise financeira global e à recessão mais profunda do que previsto nos países indústrias no segundo semestre de 2008".
Em outubro de 2008, a produção industrial da Índia diminuiu 0,4%. Foi a primeira queda em 15 anos. As exportações caíram 12% na comparação com outubro de 2007.
A Índia, terceira maior economia da Ásia, depois do Japão e da China, é um dos países que mais crescem hoje no mundo. Já é considerada uma potência mundial em software e serviços de informática. Em 2007, o produto interno bruto avançou 9%.
O conselho espera um primeiro semestre difícil este, com retomada do crescimento forte na segunda metade do ano por razões como "uma economia agrária que não está em crise, uma situação de pagamentos externos confortável, a resistência das empresas indianas e um consumo interno forte".
Ao comentar as previsões, o Conselho de Assessores Econômicos do primeiro-ministro Manmohan Singh atribuiu a queda no crescimento a "dolorosos ajustes às mudanças abruptas na economia internacional, à crise financeira global e à recessão mais profunda do que previsto nos países indústrias no segundo semestre de 2008".
Em outubro de 2008, a produção industrial da Índia diminuiu 0,4%. Foi a primeira queda em 15 anos. As exportações caíram 12% na comparação com outubro de 2007.
A Índia, terceira maior economia da Ásia, depois do Japão e da China, é um dos países que mais crescem hoje no mundo. Já é considerada uma potência mundial em software e serviços de informática. Em 2007, o produto interno bruto avançou 9%.
O conselho espera um primeiro semestre difícil este, com retomada do crescimento forte na segunda metade do ano por razões como "uma economia agrária que não está em crise, uma situação de pagamentos externos confortável, a resistência das empresas indianas e um consumo interno forte".
PIB britânico tem maior queda desde 1980
O Reino Unido está oficialmente em recessão pela primeira vez desde 1991, depois de quedas no produto interno bruto de 0,6% no terceiro trimestre e de 1,5% no final de 2008. Esta última foi a maior desde 1980.
Em Londres, o primeiro-ministro Gordon Brown disse estar fazendo tudo para tirar o país da crise, cortando impostos e juros, aumentando os gastos públicos e socorrendo o setor financeiro
A situação do país é gravíssima, com risco de estatização dos bancos e temores de que o Tesouro não consiga bancar os planos de estabilização. O país inteiro iria à bancarrota. Já é chamado de "uma Islândia à beira do Tâmisa".
Depois que o governo anunciou o segundo plano de socorro aos bancos, na segunda-feira, a libra caiu ao menor nível em 23 anos. A oposição conservadora já diz que o país terá de recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI), como fez em 1967 e 1976.
Em Londres, o primeiro-ministro Gordon Brown disse estar fazendo tudo para tirar o país da crise, cortando impostos e juros, aumentando os gastos públicos e socorrendo o setor financeiro
A situação do país é gravíssima, com risco de estatização dos bancos e temores de que o Tesouro não consiga bancar os planos de estabilização. O país inteiro iria à bancarrota. Já é chamado de "uma Islândia à beira do Tâmisa".
Depois que o governo anunciou o segundo plano de socorro aos bancos, na segunda-feira, a libra caiu ao menor nível em 23 anos. A oposição conservadora já diz que o país terá de recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI), como fez em 1967 e 1976.
Escândalo do leite dá pena de morte na China
Dois homens foram condenados à morte na China pelo escândalo de contaminação do leite por melamina, uma substância para fraudar o teor de proteína do leite. Cerca de 300 mil crianças ficaram doentes e pelo menos seis morreram de problemas renais por terem ingerido leite ou derivados contaminados.
A presidente da empresa Sanlu, que está no centro do escândalo, pegou prisão perpétua.
A presidente da empresa Sanlu, que está no centro do escândalo, pegou prisão perpétua.
General Nkunda é preso
O general rebelde Laurent Nkunda, que luta contra o Exército do Congo em nome da defesa do povo tútsi, foi preso agora há pouco quando tentava entrar em Ruanda.
Em agosto de 2008, o general renegado reiniciou a guerra civil da República Democrática com o pretexto de proteger o povo tútsi da milícia da etnia hutu responsável pela morte de 800 mil pessoas no genocídio em Ruanda, de abril a junho de 1994.
A milícia genocida Interahamwe refugiou-se no Congo, deflagrando uma guerra civil em que morreram 5,4 milhões de africanos de vários países.
Agora, Nkunda invocou uma suposta aliança do Exército do Congo com a Frente Democrática pela Libertação de Ruanda para justificar o ataque. Ele tinha o apoio do governo tútsi de Ruanda.
Mais de 150 mil pessoas fugiram de suas casas desde agosto, provocando uma catástrofe humanitária na província de Kivu do Norte, perto da fronteira de Ruanda.
O Congo e Ruanda foram pressionados a resolver o conflito, e o ex-presidente da Nigéria Olusegun Obasanjo foi nomeado mediador. Ele esperava sucesso rápido nas negociações de paz, mas esbarrou na intransigência do general rebelde.
Sob pressão internacional, os dois países chegaram a um acordo e decidiram capturar Nkunda. Ele foi preso ao entrar em Ruanda. O Congo pede sua extradição para processá-lo por violações dos direitos humanos e crimes de guerra.
Em agosto de 2008, o general renegado reiniciou a guerra civil da República Democrática com o pretexto de proteger o povo tútsi da milícia da etnia hutu responsável pela morte de 800 mil pessoas no genocídio em Ruanda, de abril a junho de 1994.
A milícia genocida Interahamwe refugiou-se no Congo, deflagrando uma guerra civil em que morreram 5,4 milhões de africanos de vários países.
Agora, Nkunda invocou uma suposta aliança do Exército do Congo com a Frente Democrática pela Libertação de Ruanda para justificar o ataque. Ele tinha o apoio do governo tútsi de Ruanda.
Mais de 150 mil pessoas fugiram de suas casas desde agosto, provocando uma catástrofe humanitária na província de Kivu do Norte, perto da fronteira de Ruanda.
O Congo e Ruanda foram pressionados a resolver o conflito, e o ex-presidente da Nigéria Olusegun Obasanjo foi nomeado mediador. Ele esperava sucesso rápido nas negociações de paz, mas esbarrou na intransigência do general rebelde.
Sob pressão internacional, os dois países chegaram a um acordo e decidiram capturar Nkunda. Ele foi preso ao entrar em Ruanda. O Congo pede sua extradição para processá-lo por violações dos direitos humanos e crimes de guerra.
Hillary promete nova era na política externa americana
A secretária Hillary Clinton iniciou seu trabalho ontem no Departamento de Estado anunciando uma nova era para a política externa dos Estados Unidos.
“O presidente Obama deu o tom, o compromisso com o respeito aos valores americanos. A política externa tem três pilares: defesa, diplomacia e desenvolvimento. As últimas duas são essenciais para alcançar os objetivos de longo prazo dos EUA, para garantir o futuro dos EUA. Nas audiências no Congresso, falei muito de poder inteligente. Atrás do poder inteligente, há pessoas inteligentes, e essas pessoas são vocês”, declarou Hillary, convocando os funcionários a um debate permanente.
Ele defendeu a busca de “instrumentos e soluções do século 21. Quero que pensem além dos padrões normais. Não há nada que eu goste mais do que um bom debate.”
À tarde, Obama foi ao Departamento de Estado, onde Hillary nomeou dois enviados especiais.
O ex-senador George Mitchell, ex-presidente da Comissão das Forças Armadas do Senado, terá de usar todo o seu talento como um dos principais mediadores da paz na Irlanda do Norte para aproximar outros inimigos inconciliáveis: israelenses e palestinos.
Já o embaixador Richard Holbrooke, negociador do Acordo de Paz de Dayton, entre Sérvia, Croácia e Bósnia-Herzegovina, em 1995, será encarregado do Afeganistão e do Paquistão, dois países-chaves na luta contra o terrorismo dos fundamentalistas muçulmanos.
“O presidente Obama deu o tom, o compromisso com o respeito aos valores americanos. A política externa tem três pilares: defesa, diplomacia e desenvolvimento. As últimas duas são essenciais para alcançar os objetivos de longo prazo dos EUA, para garantir o futuro dos EUA. Nas audiências no Congresso, falei muito de poder inteligente. Atrás do poder inteligente, há pessoas inteligentes, e essas pessoas são vocês”, declarou Hillary, convocando os funcionários a um debate permanente.
Ele defendeu a busca de “instrumentos e soluções do século 21. Quero que pensem além dos padrões normais. Não há nada que eu goste mais do que um bom debate.”
À tarde, Obama foi ao Departamento de Estado, onde Hillary nomeou dois enviados especiais.
O ex-senador George Mitchell, ex-presidente da Comissão das Forças Armadas do Senado, terá de usar todo o seu talento como um dos principais mediadores da paz na Irlanda do Norte para aproximar outros inimigos inconciliáveis: israelenses e palestinos.
Já o embaixador Richard Holbrooke, negociador do Acordo de Paz de Dayton, entre Sérvia, Croácia e Bósnia-Herzegovina, em 1995, será encarregado do Afeganistão e do Paquistão, dois países-chaves na luta contra o terrorismo dos fundamentalistas muçulmanos.
Sony anuncia prejuízo de US$ 2,9 bilhões
A empresa eletroeletrônica japonesa Sony admitiu ontem que espera ter um prejuízo operacional de US$ 2,9 bilhões no ano fiscal de 2008, que no Japão termina em 31 de março de 2009.
É o primeiro resultado negativo da empresa em 14 anos, fruto da queda na venda de aparelhos eletroeletrônicos por causa da crise econômica global, do fortalecimento da moeda japonesa, o yene e da concorrência de outros produtos, como o iPod e o iPhone da Apple, que ontem anunciou faturamento e lucro recordes no final do ano passado.
É o primeiro resultado negativo da empresa em 14 anos, fruto da queda na venda de aparelhos eletroeletrônicos por causa da crise econômica global, do fortalecimento da moeda japonesa, o yene e da concorrência de outros produtos, como o iPod e o iPhone da Apple, que ontem anunciou faturamento e lucro recordes no final do ano passado.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Japão terá dois anos de recessão
O Banco do Japão previu hoje que a segunda maior economia do mundo vá encolher 1,8% no ano fiscal de 2008, que termina em 31 de março, e 2% em 2009.
A segunda maior economia do mundo está deprimida pela crise, com uma queda de 35% nas exportações e a volta da deflação que estagnou o Japão nos anos 90.
Alguns analistas prevêem uma queda de 10% do produto interno bruto no último trimestre de 2008. Seria o pior resultado desde 1974, quando o país, que importa todo o petróleo que consome, estava sob o impacto da primeira crise do petróleo.
A segunda maior economia do mundo está deprimida pela crise, com uma queda de 35% nas exportações e a volta da deflação que estagnou o Japão nos anos 90.
Alguns analistas prevêem uma queda de 10% do produto interno bruto no último trimestre de 2008. Seria o pior resultado desde 1974, quando o país, que importa todo o petróleo que consome, estava sob o impacto da primeira crise do petróleo.
Obama decreta fim de prisões clandestinas
Em mais um passo para desmontar a herança maldita de George W. Bush, o presidente Barack Obama decretou o fim da tortura, do centro de detenção na base naval de Guantânamo, em Cuba, e das prisões clandestinas da Agência Central de Inteligência (CIA) instaladas durante o governo anterior na chamada guerra contra o terrorismo, expressão que o atual governo evita.
"Os Estados Unidos não torturam", declarou o presidente, ao assinar os decretos, sob o aplauso do vice-presidente Joe Biden e de outros assessores.
No discurso de posse, Obama lembrou que os fundadores do país enfrentam perigos muito maiores e fizeram uma Constituição e uma carta de direitos.
Cabe agora ao Departamento da Justiça decidir o destino dos 250 suspeitos de terrorismo que continuam presos no enclave americano em Cuba, uma herança da Guerra da Independência de Cuba (1898-99).
Mas o departamento ainda não tem títular. O secretário designado, Eric Holder, enfrenta resistência de republicanos no Senado pelo mesmo motivo: a tortura. Eles não querem admitir que as práticas usadas em interrogatórios durante o governo Bush eram formas de tortura.
"Os Estados Unidos não torturam", declarou o presidente, ao assinar os decretos, sob o aplauso do vice-presidente Joe Biden e de outros assessores.
No discurso de posse, Obama lembrou que os fundadores do país enfrentam perigos muito maiores e fizeram uma Constituição e uma carta de direitos.
Cabe agora ao Departamento da Justiça decidir o destino dos 250 suspeitos de terrorismo que continuam presos no enclave americano em Cuba, uma herança da Guerra da Independência de Cuba (1898-99).
Mas o departamento ainda não tem títular. O secretário designado, Eric Holder, enfrenta resistência de republicanos no Senado pelo mesmo motivo: a tortura. Eles não querem admitir que as práticas usadas em interrogatórios durante o governo Bush eram formas de tortura.
Crescimento da China cai para 6,8% ao ano
A China acaba de anunciar oficialmente a primeira estimativa para o crescimento do produto interno bruto em 2008, uma expansão de 9% com uma queda no ritmo de crescimento para 6,8% ao ano no último trimestre.
É a primeira taxa abaixo de 10% em seis anos, sinal de que a crise chegou à economia que mais cresceu no mundo nas três últimas décadas.
Este ano deve ser pior. A expectativa é que 15 milhões de chineses percam o emprego. Será um problema para o governo. Da crise da Ásia de 1997-98 até 2002, 35 milhões de chineses perderam o empregos e o regime comunista soube conter o problema social.
É a primeira taxa abaixo de 10% em seis anos, sinal de que a crise chegou à economia que mais cresceu no mundo nas três últimas décadas.
Este ano deve ser pior. A expectativa é que 15 milhões de chineses percam o emprego. Será um problema para o governo. Da crise da Ásia de 1997-98 até 2002, 35 milhões de chineses perderam o empregos e o regime comunista soube conter o problema social.
Hamas pede para ser incluído no diálogo
Em mais um pronunciamento exaltado, de seu exílio em Damasco, na Síria, o dirigente máximo do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, do árabe), Khaled Mechal, declarou vitória no conflito contra Israel e pediu para ser incluído no diálogo proposto pelo novo presidente dos Estados Unidos Barack Obama.
Reino Unido tem 1,92 milhão de desempregados
O Reino Unido, a quinta maior economia do mundo, perdeu 131 mil empregos em setembro, outubro e novembro do ano passado. Isso elevou o número total de desempregados para 1,92 milhão. É o maior desde 1997, quando o Partido Trabalhista voltou ao poder depois de 18 anos de thatcherismo.
A situação da economia britânica tornou-se dramática com o megaprejuízo de 28 bilhões de libras (US$ 42 bilhões) revelado na segunda-feira pelo Royal Bank of Scotland, o recorde para uma empresa britânica.
No mesmo dia, o primeiro-ministro Gordon Brown anunciou o segundo plano de salvação do setor financeiro, com um investimento direto do Tesouro de até 50 bilhões de libras e a compra dos títulos incobráveis, os papéis podres em poder das instituições financeiras.
Brown não fixou um valor. Os economistas estimaram que o custo total para os contribuintes pode chegar a 200 bilhões de libras (US$ 300 bilhões). E o mercado não teve a menor reação favorável.
No centro financeiro de Londres, já há dúvidas sobre a capacidade do governo britânico de bancar os planos de estabilização de Gordon Brown. Até mesmo nos Estados Unidos, jornal o conservador The Wall Street Journal admite a possibilidade de estatização dos bancos, o que parece um anátema para o capitalismo liberal americano.
A situação da economia britânica tornou-se dramática com o megaprejuízo de 28 bilhões de libras (US$ 42 bilhões) revelado na segunda-feira pelo Royal Bank of Scotland, o recorde para uma empresa britânica.
No mesmo dia, o primeiro-ministro Gordon Brown anunciou o segundo plano de salvação do setor financeiro, com um investimento direto do Tesouro de até 50 bilhões de libras e a compra dos títulos incobráveis, os papéis podres em poder das instituições financeiras.
Brown não fixou um valor. Os economistas estimaram que o custo total para os contribuintes pode chegar a 200 bilhões de libras (US$ 300 bilhões). E o mercado não teve a menor reação favorável.
No centro financeiro de Londres, já há dúvidas sobre a capacidade do governo britânico de bancar os planos de estabilização de Gordon Brown. Até mesmo nos Estados Unidos, jornal o conservador The Wall Street Journal admite a possibilidade de estatização dos bancos, o que parece um anátema para o capitalismo liberal americano.
Bank of America perde US$ 20 bi em dois dias
Nos dois primeiros dias da semana, o Bank of America, um dos mais importantes dos Estados Unidos, perdeu US$ 20 bilhões em valor de mercado, quase tanto quando os US$ 24 bilhões que recebeu de ajuda do governo federal na semana passada para concluir a compra do banco Merrill Lynch.
O governo Barack Obama começa preocupado com novo agravamento da crise bancária, depois que o segundo pacote anunciado pelo governo britânico teve pequeno impacto, e estuda novas opções de resgate. Deve agir rapidamente para estabilizar o setor injetando capital e assumindo prejuízos.
A questão que o WSJ coloca hoje é se a solução será estatizar os bancos, o que parece inaceitável pelos EUA mas na prática já acontece no Reino Unido.
Hoje o secretário do Tesouro designado por Obama, Timothy Geithner, foi questionado na audiência de confirmação na Comissão de Finanças do Senado por não ter pago US$ 34 mil de imposto, logo ele, que será responsável pela Receita Federal dos EUA. Mas os senadores da oposição republicana consideram que esse é um pecado menor diante da gravidade da crise.
Geithner prometeu uma ação rápida e decisiva para conter a crise financeira e lançar o programa de retomada do crescimento.
A Comissão de Finanças da Câmara aprovou hoje a liberação de US$ 350 bilhões, a segunda parcela do Plano de Estabilização Financeira de US$ 700 bilhões do governo Bush. É um programa que o povo americano não gosta, que dá dinheiro público aos bancos que lucraram tanto no período de crescimento econômico.
Além disso, o Congresso já recebeu o programa de estímulo ao crescimento de Obama, estimado em US$ 825 bilhões, sendo US$ 275 bilhões em cortes de impostos e US$ 550 bilhões em obras de infraestrutura. É mais do que US$ 1,5 trilhão.
Para honrar a promessa de campanha de transparência e honestidade, Obama congelou hoje os salários dos altos funcionários da Casa Branca e introduziu um código de ética do serviço público para impedir a chamada porta giratória através da qual funcionários se transformam em lobistas, defensores de grupos de interesse, e depois voltam ao governo ou usam seus contatos para obter vantagens e informação privilegiada.
A partir de agora, haverá prazos de desincompatibilização. Até agora, um funcionário poderia trabalhar dois anos na Presidência, pedir demissão e arrumar um emprego no setor privado para explorar seus contatos no governo.
Obama disse hoje que considera fundamental a Lei de Liberdade de Informação para dar transparência às atividades do governo. Ele prometeu abrir as contas do governo na Internet, sobretudo do US$ 1,5 trilhão.
O governo Barack Obama começa preocupado com novo agravamento da crise bancária, depois que o segundo pacote anunciado pelo governo britânico teve pequeno impacto, e estuda novas opções de resgate. Deve agir rapidamente para estabilizar o setor injetando capital e assumindo prejuízos.
A questão que o WSJ coloca hoje é se a solução será estatizar os bancos, o que parece inaceitável pelos EUA mas na prática já acontece no Reino Unido.
Hoje o secretário do Tesouro designado por Obama, Timothy Geithner, foi questionado na audiência de confirmação na Comissão de Finanças do Senado por não ter pago US$ 34 mil de imposto, logo ele, que será responsável pela Receita Federal dos EUA. Mas os senadores da oposição republicana consideram que esse é um pecado menor diante da gravidade da crise.
Geithner prometeu uma ação rápida e decisiva para conter a crise financeira e lançar o programa de retomada do crescimento.
A Comissão de Finanças da Câmara aprovou hoje a liberação de US$ 350 bilhões, a segunda parcela do Plano de Estabilização Financeira de US$ 700 bilhões do governo Bush. É um programa que o povo americano não gosta, que dá dinheiro público aos bancos que lucraram tanto no período de crescimento econômico.
Além disso, o Congresso já recebeu o programa de estímulo ao crescimento de Obama, estimado em US$ 825 bilhões, sendo US$ 275 bilhões em cortes de impostos e US$ 550 bilhões em obras de infraestrutura. É mais do que US$ 1,5 trilhão.
Para honrar a promessa de campanha de transparência e honestidade, Obama congelou hoje os salários dos altos funcionários da Casa Branca e introduziu um código de ética do serviço público para impedir a chamada porta giratória através da qual funcionários se transformam em lobistas, defensores de grupos de interesse, e depois voltam ao governo ou usam seus contatos para obter vantagens e informação privilegiada.
A partir de agora, haverá prazos de desincompatibilização. Até agora, um funcionário poderia trabalhar dois anos na Presidência, pedir demissão e arrumar um emprego no setor privado para explorar seus contatos no governo.
Obama disse hoje que considera fundamental a Lei de Liberdade de Informação para dar transparência às atividades do governo. Ele prometeu abrir as contas do governo na Internet, sobretudo do US$ 1,5 trilhão.
Senado aprova Hillary para secretária de Estado
Por 94-2, o plenário do Senado dos Estados Unidos aprovou no início da noite a indicação de Hillary Rodham Clinton para secretária de Estado do governo Barack Obama.
A ex-primeira-dama substitui Condoleezza Rice como chefe da diplomacia americana.
A ex-primeira-dama substitui Condoleezza Rice como chefe da diplomacia americana.
Alemanha tem pior recessão desde 1945
O governo da Alemanha, quarta maior economia do mundo, previu hoje uma queda de 2,25% no produto interno bruto deste ano de 2009, depois de um crescimento de 1,3% no ano passado.
Com a crise, o total de desempregados chegou a 3,1 milhões. A expectativa é que 500 mil pessoas percam o emprego em 2009. A taxa de desemprego deve subir de 7,8% da população economicamente ativa no fim do ano passado para 8,4%.
A crise será o foco da campanha para as eleições parlamentares de 27 de setembro, que devem escolher os partidos para formar um novo governo.
No momento, há uma grande aliança dos dois maiores partidos alemães, a União Democrata-Cristã (CDU) da primeira-ministra Angela Merkel e o Partido Social-Democrata (SPD) do ministro do Exterior Frank-Walter Steinmeier.
A conservadora CDU gostaria de formar o governo com os liberais-democratas do FDP, mas talvez a coalizão não consiga maioria na Câmara Federal da Alemanha. O parceiro ideal do SPD é Os Verdes, o partido ecologista, na chamada coligação verde-vermelha.
Há um partido novo na jogada, A Esquerda, que reúne a dissidência da social-democracia liderada pelo ex-ministro das Finanças Oskar Lafontaine e o antigo Partido Comunista da Alemanha Oriental, reformado para se adaptar aos tempos modernos.
Assim, no momento, o mais provável parece uma reedição da grande aliança. A crise vai pesar na Alemanha e isso vai se refletir nas urnas quando chegar o outono no Hemisfério Norte.
Com a crise, o total de desempregados chegou a 3,1 milhões. A expectativa é que 500 mil pessoas percam o emprego em 2009. A taxa de desemprego deve subir de 7,8% da população economicamente ativa no fim do ano passado para 8,4%.
A crise será o foco da campanha para as eleições parlamentares de 27 de setembro, que devem escolher os partidos para formar um novo governo.
No momento, há uma grande aliança dos dois maiores partidos alemães, a União Democrata-Cristã (CDU) da primeira-ministra Angela Merkel e o Partido Social-Democrata (SPD) do ministro do Exterior Frank-Walter Steinmeier.
A conservadora CDU gostaria de formar o governo com os liberais-democratas do FDP, mas talvez a coalizão não consiga maioria na Câmara Federal da Alemanha. O parceiro ideal do SPD é Os Verdes, o partido ecologista, na chamada coligação verde-vermelha.
Há um partido novo na jogada, A Esquerda, que reúne a dissidência da social-democracia liderada pelo ex-ministro das Finanças Oskar Lafontaine e o antigo Partido Comunista da Alemanha Oriental, reformado para se adaptar aos tempos modernos.
Assim, no momento, o mais provável parece uma reedição da grande aliança. A crise vai pesar na Alemanha e isso vai se refletir nas urnas quando chegar o outono no Hemisfério Norte.
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quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
Obama suspende processos em Guantânamo
Como primeira medida de seu governo, o presidente Barack Obama determinou a suspensão por 120 dos processos dos suspeitos de terrorismo nos tribunais militares de exceção instalados pelo governo George W. Bush na base naval de Guantânamo, um enclave americano em Cuba.
A partir de 11 de janeiro de 2002, os Estados Unidos levaram prisioneiros da guerra contra o terrorismo para Guantânamo, deixando-os num limbo jurídico para lhes negar os direitos previstas nas Convenções de Genebra. Restam cerca de 250 presos.
O governo Obama pretende resolver os problemas jurídicos em um ano para fechar definitivamente o centro de detenção de Guantânamo.
A partir de 11 de janeiro de 2002, os Estados Unidos levaram prisioneiros da guerra contra o terrorismo para Guantânamo, deixando-os num limbo jurídico para lhes negar os direitos previstas nas Convenções de Genebra. Restam cerca de 250 presos.
O governo Obama pretende resolver os problemas jurídicos em um ano para fechar definitivamente o centro de detenção de Guantânamo.
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Inflação britânica cai para 3,1% ao ano
Em outro sinal da queda do consumo e do agravamento da crise, o governo do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte revelou hoje que a taxa anual de inflação no varejo caiu de 4,1% para 3,1%, a maior queda de um mês para outro desde 1992.
Agora à noite, o presidente do Banco da Inglaterra, Mervyn King, admitiu que estão se esgotando os instrumentos à disposição do banco. O principal instrumento, a taxa básica de juros, caiu de 5,5% para 1,5% ao ano desde setembro.
O próximo passo será tomar medidas "não-convencionais", como, por exemplo, imprimir dinheiro, aumentar a quantidade de moeda em circulação.
Agora à noite, o presidente do Banco da Inglaterra, Mervyn King, admitiu que estão se esgotando os instrumentos à disposição do banco. O principal instrumento, a taxa básica de juros, caiu de 5,5% para 1,5% ao ano desde setembro.
O próximo passo será tomar medidas "não-convencionais", como, por exemplo, imprimir dinheiro, aumentar a quantidade de moeda em circulação.
Encomendas à indústria desabam na Itália
As encomendas à indústria da Itália caíram 26,7% em novembro de 2008, na comparação com o mesmo mês em 2009.
Obama assume cobrando responsabilidade
Sob um céu azul e diante de mais de 2 milhões de pessoas reunidas na Esplanada Nacional, entre o Memorial de Lincoln e o Capitólio, Barack Obama tomou posse hoje, 20 de janeiro de 2009, como 44º presidente dos Estados Unidos com um discurso duro e contundente, adequado a este momento de crise.
Obama convocou a nação a colocar de lado a ganância, a irresponsabilidade e "nosso fracasso coletivo em tomar decisões difíceis" para enfrentar as tempestades furiosas da recessão e da guerra.
"Nossa nação está em guerra contra uma rede de violência e ódio. Nossa economia está bastante enfraquecida, consequência da ganância e irresponsabilidade de alguns, e do nosso fracasso coletivo em tomar decisões difíceis", diagnosticou Obama.
"Casas foram perdidas; empregos destruídos; empresas fechadas. Nossa saúde custa muito caro; nossas escolas levam muitos ao fracasso; e cada dia traz mais indícios de que a maneira como usamos energia fortalece nossos adversários e ameaça o planeta.
"Estes são os indicadores da crise", declarou o presidente. "Mais difícil de medir mas não menos profunda é a queda da confiança, o medo de que o declínio dos EUA."
"Os desafios que enfrentamos são reais, são sérios e são muitos, mas vamos encará-los", afirmou Obama.
Em um recado aos políticos, "neste dia, proclamamos o fim das picuinhas e falsas promessas, das recriminações e dos dogmas surrados que há tanto tempo sufocam nossa política".
A força dos EUA, no discurso de Obama, vem do espírito de liberdade que construiu o país: "É hora de reafirmar nosso espírito de resistência; de construir uma história melhor; de levar adiante essa dádiva preciosa passada de geração em geração: a promessa feita por Deus de que todos são iguais, todos são livres e todos merecem uma chance de buscar a felicidade plena."
Na visão de Obama, esse sonho americano não se realiza sem muito esforço: "A grandeza nunca é dada. Precisa ser conquistada. Nossa jornada nunca foi de buscar atalhos e se contentar com pouco. Não é um caminho para corações fracos, que preferem o lazer ao trabalho ou procuram apenas os prazeres da riqueza e da fama. Ao contrário, foram os que correram riscos e fizeram coisas que nos levaram à prosperidade e à liberdade."
Diante da pior crise dos últimos 70 anos, é hora de mudar: "Continuamos sendo a nação mais próspera e mais poderosa da Terra. Nossos trabalhadores não são menos produtivos do que quando começou a crise. Nossas mentes não são menos criativas. Nossa capacidade não diminuiu. Mas a era de rejeitar mudanças, de proteger interesses mesquinhos e adiar decisões desagradáveis - esse tempo com certeza passou. A partir de hoje, temos de nos levantar, sacudir a poeira e começar o trabalho de reconstruir os EUA".
Em primeiro lugar, está a crise: "A situação econômica pede uma ação rápida e ousada. Vamos agir - e não só para criar novos empregos, mas para lançar as bases para o crescimento. Vamos construir estradas e pontes, redes elétricas e digitais que alimentem o comércio e nos unam."
Obama deu uma cutucada no agora ex-presidente George Walker Bush, que proibiu a ajuda federal a pesquisas com células-tronco embrionárias por razões religiosas: "Vamos restaurar o verdadeiro lugar da ciência, e usar as maravilhas tecnológicas para melhorar a qualidade dos tratamentos de saúde e seus custos. Vamos aproveitar o sol, os ventos e o solo para abastecer nossos carros e movimentar nossas fábricas", uma declaração de apoio às fontes alternativas de energia, inclusive os biocombustíveis.
Sobre o tamanho do Estado, argumentou que "a questão não é se o governo é grande demais ou pequeno demais, é se funciona, se ajuda as famílias a encontrar empregos e salários decentes, tratamento de saúde que possam pagar e uma aposentadoria digna".
Também assumiu o compromisso de governar publicamente com dados divulgados na Internet: "Quem administra o dinheiro público deve prestar contas - gastar sabiamente, mudar maus hábitos e trabalhar à luz do dia- porque só assim será restaurada a confiança básica entre o povo e o governo."
O mercado precisa ser regulamentado pelo Estado: "A questão não é se o mercado é uma força do bem ou do mal. Seu poder de gerar riqueza e expandir a liberdade é incomparável, mas esta crise lembrou que, sem um olhar vigilante, o mercado pode sair de controle."
Ele também defendeu uma melhor distribuição da renda: "O sucesso de nossa economia dependeu não apenas do tamanho do produto interno bruto, mas do alcance de nossa prosperidade."
Em segurança e defesa, Obama negou os pressupostos da Doutrina Bush de guerras preventivas para combater o terrorismo: "Rejeitamos o falso dilema entre nossa segurança e nossos ideais. Os pais da pátria, diante de perigos que mal podemos imaginar, produziram uma Carta que garante o Estado de Direito e os direitos humanos. Esses ideais ainda iluminam o mundo. Não vamos abandoná-los."
Depois de prometer uma política externa baseada no liberalismo, ele mandou um recado ao resto do mundo: "Aos povos e governos que nos assistem hoje: saibam que os Estados Unidos são amigos de toda nação e todo homem, mulher e criança que busque um futuro de paz e prosperidade".
O unilateralismo de Bush também foi criticado: "Nosso poderio sozinho não basta para nos proteger, nem nos dá o direito de fazermos o que quisermos. Nossa segurança emana da justiça de nossa causa, da força de nosso exemplo e do equilíbrio de qualidades como a humildade e o controle."
Outros desafios centrais, além da crise econômica, são as guerras herdadas do governo Bush: "Vamos começar responsavelmente a devolver o Iraque a seu povo, e a forjar uma paz duramente conquistada no Afeganistão."
A proposta de um "poder inteligente", prometido pela secretária de Estado, Hillary Cinton, na audiência de confirmação no Senado, mistura força e diplomacia na esperança de resolver os problemas mais intratáveis, como o programa nuclear do Irã: "Com velhos amigos e ex-inimigos, vamos trabalhar incansavelmente para reduzir a ameaça nuclear e combater o aquecimento do planeta."
O próximo recado foi aos extremistas muçulmanos ligados ideologicamente à rede terrorista Al Caeda: "Para quem quer alcançar seus objetivos através do terror e do massacre de inocentes, dizemos que nosso espírito é mais forte e não pode ser quebrado. Vocês não vão sobreviver a nós; vamos derrotá-los".
Em seguida, estendeu a mão ao Islã: "Com o mundo muçulmano, queremos buscar um novo caminho baseado no respeito e no interesse mútuos."
Não faltou uma advertência contra o anti-americanismo, tão comum na América Latina: "Àqueles líderes que tentam semear o conflito ou acusar o Ocidente pelos problemas de suas sociedades - saibam que o povo vai julgá-los pelo que puderem construir, não pelo que destruírem."
Obama prometeu ajuda para o desenvolvimento: "Aos povos dos países pobres, prometemos trabalhar juntos para fazer suas terras produzirem e a água limpa fluir; para alimentar corpos e mentes famintas. E para as nações que como nós gozam de relativa fartura, dizemos que não podemos ser mais indiferentes ao que acontece fora de nossas fronteiras; nem podemos consumir os recursos do planeta sem ver as consequências."
No fim de mais um discurso brilhante, o novo presidente cobrou responsabilidade de todos os americanos: "Por mais que o governo possa e deva fazer, é na fé e na determinação do povo americano que esta nação se apóia. Nossos desafios podem ser novos. Os instrumentos que usamos para enfrentá-los podem ser ser novos. Mas os valores de que depende nosso sucesso - trabalho duro e honestidade, coragem e jogo limpo, tolerância e curiosidade, lealdade e patriotismo - são antigos. Eles tem sido a força silenciosa do progresso através da História."
Para terminar, acenou com um período de dificuldades seguido de grandes realizações: "Neste inverno de durezas, com esperança e virtude, vamos enfrentar mais uma vez as correntes geladas e resistir às tempestades à frente. Com os olhos firmes no horizonte e a graça de Deus, vamos à frente a grande dádiva da liberdade e entregá-la com segurança às futuras gerações."
Obama convocou a nação a colocar de lado a ganância, a irresponsabilidade e "nosso fracasso coletivo em tomar decisões difíceis" para enfrentar as tempestades furiosas da recessão e da guerra.
"Nossa nação está em guerra contra uma rede de violência e ódio. Nossa economia está bastante enfraquecida, consequência da ganância e irresponsabilidade de alguns, e do nosso fracasso coletivo em tomar decisões difíceis", diagnosticou Obama.
"Casas foram perdidas; empregos destruídos; empresas fechadas. Nossa saúde custa muito caro; nossas escolas levam muitos ao fracasso; e cada dia traz mais indícios de que a maneira como usamos energia fortalece nossos adversários e ameaça o planeta.
"Estes são os indicadores da crise", declarou o presidente. "Mais difícil de medir mas não menos profunda é a queda da confiança, o medo de que o declínio dos EUA."
"Os desafios que enfrentamos são reais, são sérios e são muitos, mas vamos encará-los", afirmou Obama.
Em um recado aos políticos, "neste dia, proclamamos o fim das picuinhas e falsas promessas, das recriminações e dos dogmas surrados que há tanto tempo sufocam nossa política".
A força dos EUA, no discurso de Obama, vem do espírito de liberdade que construiu o país: "É hora de reafirmar nosso espírito de resistência; de construir uma história melhor; de levar adiante essa dádiva preciosa passada de geração em geração: a promessa feita por Deus de que todos são iguais, todos são livres e todos merecem uma chance de buscar a felicidade plena."
Na visão de Obama, esse sonho americano não se realiza sem muito esforço: "A grandeza nunca é dada. Precisa ser conquistada. Nossa jornada nunca foi de buscar atalhos e se contentar com pouco. Não é um caminho para corações fracos, que preferem o lazer ao trabalho ou procuram apenas os prazeres da riqueza e da fama. Ao contrário, foram os que correram riscos e fizeram coisas que nos levaram à prosperidade e à liberdade."
Diante da pior crise dos últimos 70 anos, é hora de mudar: "Continuamos sendo a nação mais próspera e mais poderosa da Terra. Nossos trabalhadores não são menos produtivos do que quando começou a crise. Nossas mentes não são menos criativas. Nossa capacidade não diminuiu. Mas a era de rejeitar mudanças, de proteger interesses mesquinhos e adiar decisões desagradáveis - esse tempo com certeza passou. A partir de hoje, temos de nos levantar, sacudir a poeira e começar o trabalho de reconstruir os EUA".
Em primeiro lugar, está a crise: "A situação econômica pede uma ação rápida e ousada. Vamos agir - e não só para criar novos empregos, mas para lançar as bases para o crescimento. Vamos construir estradas e pontes, redes elétricas e digitais que alimentem o comércio e nos unam."
Obama deu uma cutucada no agora ex-presidente George Walker Bush, que proibiu a ajuda federal a pesquisas com células-tronco embrionárias por razões religiosas: "Vamos restaurar o verdadeiro lugar da ciência, e usar as maravilhas tecnológicas para melhorar a qualidade dos tratamentos de saúde e seus custos. Vamos aproveitar o sol, os ventos e o solo para abastecer nossos carros e movimentar nossas fábricas", uma declaração de apoio às fontes alternativas de energia, inclusive os biocombustíveis.
Sobre o tamanho do Estado, argumentou que "a questão não é se o governo é grande demais ou pequeno demais, é se funciona, se ajuda as famílias a encontrar empregos e salários decentes, tratamento de saúde que possam pagar e uma aposentadoria digna".
Também assumiu o compromisso de governar publicamente com dados divulgados na Internet: "Quem administra o dinheiro público deve prestar contas - gastar sabiamente, mudar maus hábitos e trabalhar à luz do dia- porque só assim será restaurada a confiança básica entre o povo e o governo."
O mercado precisa ser regulamentado pelo Estado: "A questão não é se o mercado é uma força do bem ou do mal. Seu poder de gerar riqueza e expandir a liberdade é incomparável, mas esta crise lembrou que, sem um olhar vigilante, o mercado pode sair de controle."
Ele também defendeu uma melhor distribuição da renda: "O sucesso de nossa economia dependeu não apenas do tamanho do produto interno bruto, mas do alcance de nossa prosperidade."
Em segurança e defesa, Obama negou os pressupostos da Doutrina Bush de guerras preventivas para combater o terrorismo: "Rejeitamos o falso dilema entre nossa segurança e nossos ideais. Os pais da pátria, diante de perigos que mal podemos imaginar, produziram uma Carta que garante o Estado de Direito e os direitos humanos. Esses ideais ainda iluminam o mundo. Não vamos abandoná-los."
Depois de prometer uma política externa baseada no liberalismo, ele mandou um recado ao resto do mundo: "Aos povos e governos que nos assistem hoje: saibam que os Estados Unidos são amigos de toda nação e todo homem, mulher e criança que busque um futuro de paz e prosperidade".
O unilateralismo de Bush também foi criticado: "Nosso poderio sozinho não basta para nos proteger, nem nos dá o direito de fazermos o que quisermos. Nossa segurança emana da justiça de nossa causa, da força de nosso exemplo e do equilíbrio de qualidades como a humildade e o controle."
Outros desafios centrais, além da crise econômica, são as guerras herdadas do governo Bush: "Vamos começar responsavelmente a devolver o Iraque a seu povo, e a forjar uma paz duramente conquistada no Afeganistão."
A proposta de um "poder inteligente", prometido pela secretária de Estado, Hillary Cinton, na audiência de confirmação no Senado, mistura força e diplomacia na esperança de resolver os problemas mais intratáveis, como o programa nuclear do Irã: "Com velhos amigos e ex-inimigos, vamos trabalhar incansavelmente para reduzir a ameaça nuclear e combater o aquecimento do planeta."
O próximo recado foi aos extremistas muçulmanos ligados ideologicamente à rede terrorista Al Caeda: "Para quem quer alcançar seus objetivos através do terror e do massacre de inocentes, dizemos que nosso espírito é mais forte e não pode ser quebrado. Vocês não vão sobreviver a nós; vamos derrotá-los".
Em seguida, estendeu a mão ao Islã: "Com o mundo muçulmano, queremos buscar um novo caminho baseado no respeito e no interesse mútuos."
Não faltou uma advertência contra o anti-americanismo, tão comum na América Latina: "Àqueles líderes que tentam semear o conflito ou acusar o Ocidente pelos problemas de suas sociedades - saibam que o povo vai julgá-los pelo que puderem construir, não pelo que destruírem."
Obama prometeu ajuda para o desenvolvimento: "Aos povos dos países pobres, prometemos trabalhar juntos para fazer suas terras produzirem e a água limpa fluir; para alimentar corpos e mentes famintas. E para as nações que como nós gozam de relativa fartura, dizemos que não podemos ser mais indiferentes ao que acontece fora de nossas fronteiras; nem podemos consumir os recursos do planeta sem ver as consequências."
No fim de mais um discurso brilhante, o novo presidente cobrou responsabilidade de todos os americanos: "Por mais que o governo possa e deva fazer, é na fé e na determinação do povo americano que esta nação se apóia. Nossos desafios podem ser novos. Os instrumentos que usamos para enfrentá-los podem ser ser novos. Mas os valores de que depende nosso sucesso - trabalho duro e honestidade, coragem e jogo limpo, tolerância e curiosidade, lealdade e patriotismo - são antigos. Eles tem sido a força silenciosa do progresso através da História."
Para terminar, acenou com um período de dificuldades seguido de grandes realizações: "Neste inverno de durezas, com esperança e virtude, vamos enfrentar mais uma vez as correntes geladas e resistir às tempestades à frente. Com os olhos firmes no horizonte e a graça de Deus, vamos à frente a grande dádiva da liberdade e entregá-la com segurança às futuras gerações."
Discurso de Gettysburg
O discurso do presidente Abraham Lincoln no meio da Guerra da Secessão (1861-65), depois da sangrenta Batalha de Gettysburg, durante a Guerra Civil Americana, deflagrada pela separação dos estados do Sul, que não aceitavam a abolição da escravatura, é considerado o melhor discurso político da História dos Estados Unidos. Será uma inspiração para Barack Obama no dia de hoje:
“Há 87 anos, nossos país criaram neste continente uma nova nação, concebida na liberdade e dedicada à proposição de que todos os homens são iguais.
“Agora, nós estamos engajados numa grande guerra civil, testando se aquela nação, ou qualquer nação assim concebida e dedicada, pode ter longa duração. Nós estamos num grande campo de batalha desta guerra. Viemos dedicar uma parte desta terra como local de repouso eterno para os que deram suas vidas para que esta nação viva. É totalmente adequado e apropriado que façamos isso.
“Mas, num sentido mais amplo, nós não podemos dedicar... não podemos consagrar... não podemos santificar... este solo. Os homens corajosos, vivos e mortos, que lutaram aqui o consagraram muito além do nosso poder de acrescentar ou diminuir algo.
"O mundo dará pouca atenção e não vai se lembrar por muito tempo do que dissermos aqui, mas não pode se esquecer nunca do que eles fizeram aqui. Cabe a nós, os vivos, nos dedicarmos ao trabalho inacabado daqueles que lutaram até aqui para adiantá-lo. Cabe a nós aqui nos dedicarmos à grande tarefa deixada diante de nós... que daquelas mortes honradas tiremos uma devoção crescente à causa pela qual eles deram a última medida de sua devoção; que decidamos aqui que aquelas mortes não foram em vão; que esta nação, sob Deus, tenha um novo nascimento da liberdade; e que o governo do povo, pelo povo e para o povo não desapareça da face da Terra.”
19 de novembro de 1863
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Obama pinta parede no dia de Luther King jr.
À espera da cerimônia de posse amanhã a partir das 14h (horário de Brasília) como o 44º presidente dos Estados Unidos, Barack Obama festejou o feriado em homenagem a Martin Luther King jr., o maior líder do movimento pelos direitos civis dos negros americanos, fazendo trabalho comunitário num abrigo para sem-teto em Washington.
Visitar um abrigo no meio do rigoroso inverno no Hemisfério Norte, com temperatura de dois graus negativos prevista para a hora da posse, foi mais um gesto midiático do presidente eleito e quase empossado. Obama fez pose e disse brincando ter desenvolvido uma técnica especial para pintar paredes, mas antes mandou o recado: "Quando a gente trabalha junto, consegue realizar mais."
Em 1963, aos pés da estátua de Lincoln, o presidente que abolira a escravidão em 1862, Luther King jr. fez seu mais famoso discurso, Eu Tenho um Sonho. Entre outras coisas, disse que sonhava com o dia em que seus filhos seriam julgados não pela cor da pele mas pelo caráter.
Para 69% dos negros americanos, o sonho do Dr. King está realizado. Mas não é tanto assim. Obama joga fora o peso do passado escravagista prometendo criar uma União "mais perfeita" onde todos sejam realmente iguais. Esse é o sonho de Obama, de seu já famoso discurso sobre racismo, considerado pelo cientista político mexicano Jorge Castañeda como a segunda maior peça de oratória da história polícia dos EUA.
O primeiro é o discurso de Abraham Lincoln em Gettysburg, em 1863, em plena Guerra da Secessão (1861-65), a guerra civil americana, diante de um campo depois da batalha. Como Lincoln também saiu de Chicago para a Casa Branca, o Discurso de Gettysburg (traduzido logo acima) será uma das inspirações de Obama nesta terça-feira, 20 de janeiro de 2009.
As outras inspirações de Obama são Franklin Delano Roosevelt, o presidente que enfrentou a Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial e entrou para a História como vencedor nos dois casos, e John Fitzgerald Kennedy (1961-63), o jovem presidente que enfrentou a Crise dos Mísseis em Cuba (1962) e o Bloqueio de Berlim (1963), durante a Guerra Fria, e decidiu mandar o homem à Lua.
Roosevelt lançou um Plano de 100 Dias e disse no discurso de posse do primeiro de seus quatro governos, em 20 de janeiro de 1933: "A única coisa que temos a temer é o medo em si".
Em uma era de grande prosperidade, em 1961, Kennedy disse: "Não pergunte o que seu país pode fazer por você. Pergunte-se o que você pode fazer pelo seu país".
Diante da crise atual, Obama não pode repetir o discurso de Kennedy, mas deve captar seu princípio: o dever do cidadão de fazer algum trabalho comunitário, de contribuir diretamente para o bem-estar social. É o que Obama fez hoje ao pintar a parede num abrigo em Washington.
Visitar um abrigo no meio do rigoroso inverno no Hemisfério Norte, com temperatura de dois graus negativos prevista para a hora da posse, foi mais um gesto midiático do presidente eleito e quase empossado. Obama fez pose e disse brincando ter desenvolvido uma técnica especial para pintar paredes, mas antes mandou o recado: "Quando a gente trabalha junto, consegue realizar mais."
Em 1963, aos pés da estátua de Lincoln, o presidente que abolira a escravidão em 1862, Luther King jr. fez seu mais famoso discurso, Eu Tenho um Sonho. Entre outras coisas, disse que sonhava com o dia em que seus filhos seriam julgados não pela cor da pele mas pelo caráter.
Para 69% dos negros americanos, o sonho do Dr. King está realizado. Mas não é tanto assim. Obama joga fora o peso do passado escravagista prometendo criar uma União "mais perfeita" onde todos sejam realmente iguais. Esse é o sonho de Obama, de seu já famoso discurso sobre racismo, considerado pelo cientista político mexicano Jorge Castañeda como a segunda maior peça de oratória da história polícia dos EUA.
O primeiro é o discurso de Abraham Lincoln em Gettysburg, em 1863, em plena Guerra da Secessão (1861-65), a guerra civil americana, diante de um campo depois da batalha. Como Lincoln também saiu de Chicago para a Casa Branca, o Discurso de Gettysburg (traduzido logo acima) será uma das inspirações de Obama nesta terça-feira, 20 de janeiro de 2009.
As outras inspirações de Obama são Franklin Delano Roosevelt, o presidente que enfrentou a Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial e entrou para a História como vencedor nos dois casos, e John Fitzgerald Kennedy (1961-63), o jovem presidente que enfrentou a Crise dos Mísseis em Cuba (1962) e o Bloqueio de Berlim (1963), durante a Guerra Fria, e decidiu mandar o homem à Lua.
Roosevelt lançou um Plano de 100 Dias e disse no discurso de posse do primeiro de seus quatro governos, em 20 de janeiro de 1933: "A única coisa que temos a temer é o medo em si".
Em uma era de grande prosperidade, em 1961, Kennedy disse: "Não pergunte o que seu país pode fazer por você. Pergunte-se o que você pode fazer pelo seu país".
Diante da crise atual, Obama não pode repetir o discurso de Kennedy, mas deve captar seu princípio: o dever do cidadão de fazer algum trabalho comunitário, de contribuir diretamente para o bem-estar social. É o que Obama fez hoje ao pintar a parede num abrigo em Washington.
Brown lança segundo pacote para salvar bancos
Depois de declarar que entrou na política para lutar contra o desemprego e que seria irresponsável ficar parado em meio à pior crise dos últimos 70 anos, o primeiro-ministro Gordon Brown lançou nesta segunda-feira o segundo pacote de ajuda aos grandes bancos britânicos, no valor inicial de 50 bilhões de libras (US$ 75 bilhões). Mas pode chegar a US$ 300 bilhões dependendo do tamanho do rombo no sistema financeiro, que não para de crescer.
Hoje o Royal Bank of Scotland anunciou um prejuízo de 28 bilhões de libras (US$ 42 bilhões de dólares), o maior de uma empresa britânica até agora.
Brown alegou que não colocaria em risco ainda maior os empregos e as vidas da população diante do que chamou de "irresponsabilidade de uns poucos banqueiros". Estão aí fortes candidatos a alvo da vigorosa imprensa sensacionalista britânica: quem são os gatos gordos que continuam ganhando fortuna enquanto suas companhias recebem ajuda do governo para não quebrar?
Hoje o Royal Bank of Scotland anunciou um prejuízo de 28 bilhões de libras (US$ 42 bilhões de dólares), o maior de uma empresa britânica até agora.
Brown alegou que não colocaria em risco ainda maior os empregos e as vidas da população diante do que chamou de "irresponsabilidade de uns poucos banqueiros". Estão aí fortes candidatos a alvo da vigorosa imprensa sensacionalista britânica: quem são os gatos gordos que continuam ganhando fortuna enquanto suas companhias recebem ajuda do governo para não quebrar?
UE terá contração de 1,8% em 2009
A economia dos 27 países da União Européia como um todo deve perder 1,8% em 2009 enquanto o conjunto dos 16 países da UE que adotam o euro como moeda deve ter uma contração de 1,9%, anunciou hoje a Comissão Européia.
domingo, 18 de janeiro de 2009
Americanos recebem Obama com fé e paciência
Depois da catastrófica presidência de George Walker Bush e no meio da pior crise econômica em 70 anos, os americanos esperam a posse de Barack Obama como 44º presidente dos Estados Unidos nesta terça-feira com fé e paciência.
É o que indica uma pesquisa publica hoje The New York Times.
É o que indica uma pesquisa publica hoje The New York Times.
Hamas aceita trégua imposta por Israel
O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) aceitou neste domingo a trégua imposta por Israel depois de 22 dias de guerra na Faixa de Gaza, mas deu um prazo de uma semana para a retirada total das forças israelenses do território palestino.
Seus dirigentes anunciaram o cessar-fogo como uma vitória, deram-lhe o prazo de um ano e prometeram se rearmar neste período.
Seus dirigentes anunciaram o cessar-fogo como uma vitória, deram-lhe o prazo de um ano e prometeram se rearmar neste período.
Israel anuncia cessar-fogo unilateral em Gaza
O primeiro-ministro Ehud Olmert anunciou no sábado à noite que Israel interromperia sua operação militar contra o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) na Faixa de Gaza às duas horas da madrugada de domingo, 18 de janeiro de 2009, 22h de sábado pelo horário de Brasília.
Olmert declarou que não houve acordo com o Hamas, mas Israel recebeu garantias dos Estados Unidos e do Egito de que o contrabando de armas para o Hamas através da fronteira da Faixa de Gaza com o Egito será coibido.
Por enquanto, as forças israelenses vão permanecer na Faixa de Gaza. Se o Hamas disparar foguetes contra o território de Israel, a ofensiva poderá ser reiniciada.
Em 22 dias de guerra, pelo menos 1,2 mil palestinos e 13 israelenses foram mortos.
Olmert declarou que não houve acordo com o Hamas, mas Israel recebeu garantias dos Estados Unidos e do Egito de que o contrabando de armas para o Hamas através da fronteira da Faixa de Gaza com o Egito será coibido.
Por enquanto, as forças israelenses vão permanecer na Faixa de Gaza. Se o Hamas disparar foguetes contra o território de Israel, a ofensiva poderá ser reiniciada.
Em 22 dias de guerra, pelo menos 1,2 mil palestinos e 13 israelenses foram mortos.
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
EUA têm menor inflação desde 1954
Os preços no varejo nos Estados Unidos caíram 0,7% em dezembro, na comparação com o mês anterior. No ano inteiro, o crescimento de preços foi de apenas 0,1%, o menor desde 1954, o que se deve principalmente à queda de 75% no preço do barril de petróleo desde o recorde de US$ 147,50, em julho de 2008.
Mas o núcleo da inflação, excluídos os preços de energia e de alimentos, ficou em 1,8% no ano, sinal de que a economia americana não enfrenta uma deflação generalizada. O Comitê de Mercado Aberto da Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA, persegue informalmente uma meta inflacionária de 1% a 2% ao ano.
Mas o núcleo da inflação, excluídos os preços de energia e de alimentos, ficou em 1,8% no ano, sinal de que a economia americana não enfrenta uma deflação generalizada. O Comitê de Mercado Aberto da Reserva Federal (Fed), o banco central dos EUA, persegue informalmente uma meta inflacionária de 1% a 2% ao ano.
Citi e Bank ofAmerica revelam grandes prejuízos
O Citigroup e o Bank of America, dois dos maiores bancos americanos, revelaram hoje grandes prejuízos no último trimestre de 2009.
Antes da divulgação do prejuízo de US$ 2,39 bilhões, o BofA conseguiu uma ajuda de emergência de US$ 20 bilhões do Tesouro dos Estados Unidos para concluir a compra do bancos de investimentos Merrill Lynch, que teve um prejuízo de US$ 15,3 bilhões e garantias para se livrar de uma carteira com US$ 118 bilhões em títulos incobráveis, os chamados papéis podres.
Por sua vez, o Citi teve um prejuízo de US$ 8,3 bilhões nos últimos três meses, resolveu se dividir, acabando com o modelo de negócios de supermercado financeiro, que tenta atender a todos os clientes.
Antes da divulgação do prejuízo de US$ 2,39 bilhões, o BofA conseguiu uma ajuda de emergência de US$ 20 bilhões do Tesouro dos Estados Unidos para concluir a compra do bancos de investimentos Merrill Lynch, que teve um prejuízo de US$ 15,3 bilhões e garantias para se livrar de uma carteira com US$ 118 bilhões em títulos incobráveis, os chamados papéis podres.
Por sua vez, o Citi teve um prejuízo de US$ 8,3 bilhões nos últimos três meses, resolveu se dividir, acabando com o modelo de negócios de supermercado financeiro, que tenta atender a todos os clientes.
Piloto que salvou avião vira herói nos EUA
Voar, mas sem os pássaros: Chesley Sullenberger, de 57 anos, é o novo herói americano.
Sully, como é mais conhecido o piloto do vôo 1549 da US Airways, está sendo louvado como o herói do “milagre da Baía de Hudson”. Ontem, seu Airbus 320 bateu num bando de gansos logo depois de decolar do Aeroporto de La Guardia, em Nova York, com destino a Charlotte, na Carolina do Norte, com 150 passageiros e cinco tripulantes.
As duas turbinas devem ter sugado as aves e entrado em pane. Com os dois motores pifados, Sullunberger teve de usar toda a sua experiência de 40 anos de vôo de ex-piloto de aviões de caça. Ele fez uma curva, passou por cima da ilha de Manhattan e escolheu o Rio Hudson como pista de pouso de emergência.
Em pousos de emergência na água, raramente a aeronave fica intacta. Com as águas do rio em torno de zero grau, as pessoas sobreviveriam no máximo 5 a 10 minutos. Mas ele conseguiu pousar e o avião flutuou por causa do ar dentro do compartimento de carga.
Com água gelada pela cintura, o novo herói americano foi até o fundo do avião e só saiu depois de ter certeza de que todos os passageiros e tripulantes estavam salvos; 75 passageiros com pequenas lesões ou hipotermia leve foram tratados em hospitais.
Tanto o Departamento de Segurança Interna quanto a Autoridade Federal de Aviação dos EUA afastaram logo a possibilidade de terrorismo. A autoridade nacional de segurança de transportes está investigando o acidente. Parte dos relatos sobre um choque com um bando de gansos, o que parou as duas turbinas, não restando ao heróico piloto outra alternativa além de um pouso de emergência.
Sully, como é mais conhecido o piloto do vôo 1549 da US Airways, está sendo louvado como o herói do “milagre da Baía de Hudson”. Ontem, seu Airbus 320 bateu num bando de gansos logo depois de decolar do Aeroporto de La Guardia, em Nova York, com destino a Charlotte, na Carolina do Norte, com 150 passageiros e cinco tripulantes.
As duas turbinas devem ter sugado as aves e entrado em pane. Com os dois motores pifados, Sullunberger teve de usar toda a sua experiência de 40 anos de vôo de ex-piloto de aviões de caça. Ele fez uma curva, passou por cima da ilha de Manhattan e escolheu o Rio Hudson como pista de pouso de emergência.
Em pousos de emergência na água, raramente a aeronave fica intacta. Com as águas do rio em torno de zero grau, as pessoas sobreviveriam no máximo 5 a 10 minutos. Mas ele conseguiu pousar e o avião flutuou por causa do ar dentro do compartimento de carga.
Com água gelada pela cintura, o novo herói americano foi até o fundo do avião e só saiu depois de ter certeza de que todos os passageiros e tripulantes estavam salvos; 75 passageiros com pequenas lesões ou hipotermia leve foram tratados em hospitais.
Tanto o Departamento de Segurança Interna quanto a Autoridade Federal de Aviação dos EUA afastaram logo a possibilidade de terrorismo. A autoridade nacional de segurança de transportes está investigando o acidente. Parte dos relatos sobre um choque com um bando de gansos, o que parou as duas turbinas, não restando ao heróico piloto outra alternativa além de um pouso de emergência.
Israel deve declarar cessar-fogo amanhã
Isarel fechou um acordo com os Estados Unidos para impedir o contrabando de armas para o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) na Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito e o gabinete de guerra deve aprovar amanhã uma declaração unilateral de cessar-fogo.
Em três semanas de guerras, pelo menos 1.105 palestinos e 13 israelenses foram mortos. Mais de 5 mil palestinos saíram feridos.
Em três semanas de guerras, pelo menos 1.105 palestinos e 13 israelenses foram mortos. Mais de 5 mil palestinos saíram feridos.
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
BCE baixa taxa básica de juros para 2% ao ano
O Banco Central da Europa reduziu hoje a taxa básica de juros dos 16 países que usam o euro como moeda para 2% ao ano. Desde outubro, houve cortes acumulados de 2,25 pontos percentuais.
Ao fazer o anúncio na sede do BCE em Frankfurt, na Alemanha, o presidente do banco, Jean-Claude Trichet, ex-presidente do Banco da França, reconheceu que a incerteza econômica é enorme.
Com a queda na atividade econômica e o aumento do desemprego, o consumo diminui. Assim, acrescentou Trichet, não há risco de inflação no momento.
O índice de crescimento de preços da zona do euro está em 1,6% ao ano, abaixo da meta inflacionária do BCE, de 2% ao ano. Isso deu margem ao banco para cortar os juros.
Ao fazer o anúncio na sede do BCE em Frankfurt, na Alemanha, o presidente do banco, Jean-Claude Trichet, ex-presidente do Banco da França, reconheceu que a incerteza econômica é enorme.
Com a queda na atividade econômica e o aumento do desemprego, o consumo diminui. Assim, acrescentou Trichet, não há risco de inflação no momento.
O índice de crescimento de preços da zona do euro está em 1,6% ao ano, abaixo da meta inflacionária do BCE, de 2% ao ano. Isso deu margem ao banco para cortar os juros.
Investimento externo na China caiu em dezembro
O investimento externo direto teve um aumento de 63,6% em 2008 na China. Mas caiu 5,7% em dezembro, indicando uma tendência declinante por causa da crise econômica global.
Mães pobres correm 300 vezes mais risco
A mortalidade na gravidez e no parto é o indicador social que revela a maior diferença entre países ricos e países pobres. No Níger, uma de cada sete mulheres morre, enquanto na Islândia o risco de uma mãe morrer é de uma em 47,6 mil.
Esses números estarrecedores são do relatório anual do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Situação das Crianças no Mundo 2009, divulgado hoje em Joanesburgo, na África do Sul. E tem mais.
No mundo inteiro, cerca de 1,5 mil mulheres morrem por dia de problemas da gravidez ou do parto. Em um ano, são 500 mil mães ou candidatas que morrem; 95% das mortes acontecem na África e na Ásia.
Só a Índia é responsável por 22% do total. No Afeganistão, 75% dos bebês de mães que morrem no parto não chegam a completa um ano.
"É uma tragédia humana desnecessária", observou a diretora executiva do Unicef, Ann Veneman, acrescentando que o desafio da saúde materno-infantil vai além das Metas do Milênio, de reduzir à metade a mortalidade de mães e crianças até 2015.
Esses números estarrecedores são do relatório anual do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Situação das Crianças no Mundo 2009, divulgado hoje em Joanesburgo, na África do Sul. E tem mais.
No mundo inteiro, cerca de 1,5 mil mulheres morrem por dia de problemas da gravidez ou do parto. Em um ano, são 500 mil mães ou candidatas que morrem; 95% das mortes acontecem na África e na Ásia.
Só a Índia é responsável por 22% do total. No Afeganistão, 75% dos bebês de mães que morrem no parto não chegam a completa um ano.
"É uma tragédia humana desnecessária", observou a diretora executiva do Unicef, Ann Veneman, acrescentando que o desafio da saúde materno-infantil vai além das Metas do Milênio, de reduzir à metade a mortalidade de mães e crianças até 2015.
EUA têm mais deflação no atacado
O índice de preços ao produtor nos Estados Unidos caiu 1,9% em dezembro nos Estados Unidos. Em todo o ano de 2009, a deflação foi de 0,9%, a maior desde 2001, quando o país também estava em recessão.
Israel bombardeia QG da ONU na Faixa de Gaza
Israel bombardeou hoje o quartel-general das Nações Unidas na Faixa de Gaza, além de um hospital e um centro de imprensa.
Inicialmente, o ministro da Defesa, Ehud Barak, pediu desculpas, alegando que o ataque à ONU fora um "erro". Depois, o primeiro-ministro Ehud Olmert declarou que havia militantes atacando as forças israelenses de dentro da sede da ONU na cidade de Gaza. A ONU desmentiu.
Inicialmente, o ministro da Defesa, Ehud Barak, pediu desculpas, alegando que o ataque à ONU fora um "erro". Depois, o primeiro-ministro Ehud Olmert declarou que havia militantes atacando as forças israelenses de dentro da sede da ONU na cidade de Gaza. A ONU desmentiu.
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
Hamas está prestes a aceitar trégua
O Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) aceitou em princípio uma proposta de trégua feita pelo Egito. Amanhã, o alto assessor do Ministério da Defesa de Israel Amos Gilad vai ao Cairo. O Exército israelense acredita que a máquina militar do Hamas está perto do colapso. Isso divide o governo.
Israel voltou a bombardear a Faixa de Gaza por terra, mar e ar, atacando 60 alvos. Sob a cobertura da escuridão, os soldados iraelenses aproveitaram para avançar. Os combates foram mais intensos no Norte do território palestino e na cidade de Gaza. As forças de elite de Israel já estariam lutando a 1,5 km do centro da cidade.
Pelo menos 18 foguetes palestinos disparados pelo Hamas atingiram o território israelense. O país também foi alvo de três foguetes lançados do Líbano.
As autoridades de Israel estão divididas. Enquanto o primeiro-ministro Ehud Olmert e o serviço secreto interno, o Shin Bet, querem aproveitar o momento para infligir um castigo ainda maior ao Hamas, o ministro da Defesa, Ehud Barak, seria a favor de uma trégua de uma semana para dar ajuda humanitária aos palestinos e gostaria de negociar um cessar-fogo antes da posse de Barack Obama na Presidência dos Estados Unidos na próxima terça-feira, 20 de janeiro de 2009.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, chegou hoje ao Egito e vai amanhã a Israel pressionar por um cessar fogo imediato. Em entrevista hoje no Cairo, o Hamas vociferou contra a agressão israelense, mas tudo indica que deve concordar com a trégua.
Israel voltou a bombardear a Faixa de Gaza por terra, mar e ar, atacando 60 alvos. Sob a cobertura da escuridão, os soldados iraelenses aproveitaram para avançar. Os combates foram mais intensos no Norte do território palestino e na cidade de Gaza. As forças de elite de Israel já estariam lutando a 1,5 km do centro da cidade.
Pelo menos 18 foguetes palestinos disparados pelo Hamas atingiram o território israelense. O país também foi alvo de três foguetes lançados do Líbano.
As autoridades de Israel estão divididas. Enquanto o primeiro-ministro Ehud Olmert e o serviço secreto interno, o Shin Bet, querem aproveitar o momento para infligir um castigo ainda maior ao Hamas, o ministro da Defesa, Ehud Barak, seria a favor de uma trégua de uma semana para dar ajuda humanitária aos palestinos e gostaria de negociar um cessar-fogo antes da posse de Barack Obama na Presidência dos Estados Unidos na próxima terça-feira, 20 de janeiro de 2009.
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki Moon, chegou hoje ao Egito e vai amanhã a Israel pressionar por um cessar fogo imediato. Em entrevista hoje no Cairo, o Hamas vociferou contra a agressão israelense, mas tudo indica que deve concordar com a trégua.
Suprema Corte derruba argumento da tecnicalidade
A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu hoje aceitar provas mesmo quando coletadas com erros de polícia, derrubando o argumento de falhas técnicas no processo.
Por 5 a 4, os ministros do Supremo Tribunal Federal americano rejeitaram as chamadas "tecnicalidades", seguidamente invocadas pelos advogados para obter a anualção de processos.
No caso específico, um homem foi preso por porte de armas e drogas com base num mandado de prisão vencido meses antes. A Suprema Corte considerou que isso não eximiu o réu de culpa pelo crime cometido, colocando a Justiça acima de uma pequena irregularidade.
A sentença deixou claro que a decisão seria outra se houvesse violação da lei ou da Constituição de forma sistemática como instrumento cotidiano da ação policial.
Por 5 a 4, os ministros do Supremo Tribunal Federal americano rejeitaram as chamadas "tecnicalidades", seguidamente invocadas pelos advogados para obter a anualção de processos.
No caso específico, um homem foi preso por porte de armas e drogas com base num mandado de prisão vencido meses antes. A Suprema Corte considerou que isso não eximiu o réu de culpa pelo crime cometido, colocando a Justiça acima de uma pequena irregularidade.
A sentença deixou claro que a decisão seria outra se houvesse violação da lei ou da Constituição de forma sistemática como instrumento cotidiano da ação policial.
Eurozona fica em recessão no primeiro semestre
Os 16 países da zona do euro devem ter crescimento negativo no primeiro semestre do ano, previu hoje a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A recuperação viria na segunda metade do ano.
China é terceira maior economia do mundo
Com a revisão da taxa de crescimento de 2007 para 13%, a economia da China se tornou a terceira maior do mundo já naquele ano, com produto interno bruto (total da produção nacional menos as importações) de US$ 3,76 trilhões, superando a Alemanha, com US$ 3,4 trilhões.
Nos últimos 30 anos, a economia chinesa cresceu 10 vezes, no maior e mais rápido desenvolvimento da História. Depois de cinco anos com taxas de crescimento acima de 10%, deve ter crescido cerca de 8% em 2008 e este ano deve ficar entre 5% a 7%.
Nos últimos 30 anos, a economia chinesa cresceu 10 vezes, no maior e mais rápido desenvolvimento da História. Depois de cinco anos com taxas de crescimento acima de 10%, deve ter crescido cerca de 8% em 2008 e este ano deve ficar entre 5% a 7%.
Vendas no varejo têm queda recorde nos EUA
Em mais um sinal de aprofundamento da recessão, as vendas no varejo tiveram uma queda recorde de 2,7% em dezembro nos Estados Unidos, depois de baixarem 2,2% em novembro, revelou hoje o Departamento de Comério. É o quinto mês seguido de queda e o pior índice em 16 anos de pesquisa.
O resultado ficou muito abaixo da expectativa dos economistas, que era de uma queda de 1,2%. Isso significa que o consumidor americano preferiu poupar no Natal de 2008.
O resultado ficou muito abaixo da expectativa dos economistas, que era de uma queda de 1,2%. Isso significa que o consumidor americano preferiu poupar no Natal de 2008.
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Comércio exterior da China cai pelo segundo mês
As exportações da China caíram em dezembro pelo segundo mês seguido. Foram -2,2%, depois de uma queda de 2,8% em outubro.
Mas o saldo comercial chinês continuou positivo. Foi de US$ 39 bilhões em novembro, abaixo do recorde de US$ 40 bilhões em novembro, graças a uma queda de 2,13% nas importações.
Os economistas observam que a tendência não deve mudar em curto prazo, já que os principais parceiros comerciais da China entraram em recessão com a crise econômica global.
A expectativa da filial chinesa do banco alemão Deutsche Bank é de um crescimento máximo de 6% nas exportações da China em 2009. Com a crise, desde outubro, houve uma queda significativa nas encomendas à indústria.
Ao mesmo tempo, o mercado interno não substitui as exportações. A venda de carros na China caiu 11,6% em dezembro, mas fechou o ano com expansão de 6,7%.
O governo tenta reduzir a dependência do mercado internacional e fortalecer o mercado interno com um programa de estímulo de US$ 586 bilhões que inclui obras de infraestrutura e a reconstrução da área atingida pelo terremoto de Sichuã, em maio de 2008.
Mas o saldo comercial chinês continuou positivo. Foi de US$ 39 bilhões em novembro, abaixo do recorde de US$ 40 bilhões em novembro, graças a uma queda de 2,13% nas importações.
Os economistas observam que a tendência não deve mudar em curto prazo, já que os principais parceiros comerciais da China entraram em recessão com a crise econômica global.
A expectativa da filial chinesa do banco alemão Deutsche Bank é de um crescimento máximo de 6% nas exportações da China em 2009. Com a crise, desde outubro, houve uma queda significativa nas encomendas à indústria.
Ao mesmo tempo, o mercado interno não substitui as exportações. A venda de carros na China caiu 11,6% em dezembro, mas fechou o ano com expansão de 6,7%.
O governo tenta reduzir a dependência do mercado internacional e fortalecer o mercado interno com um programa de estímulo de US$ 586 bilhões que inclui obras de infraestrutura e a reconstrução da área atingida pelo terremoto de Sichuã, em maio de 2008.
Alemanha aprova plano de estímulo de US$ 67 bi
A grande coalizão de democratas-cristãos e social-democratas que forma o governo da Alemanha aprovou um plano de estímulo de 50 bilhões de euros (US$ 67 bilhões), sendo 18 bilhões em cortes de impostos e outros 18 bi em investimentos públicos.
Sony terá prejuízo de US$ 1,1 bilhão no ano fiscal
Pela primeira vez em 14 anos, a empresa eletroeletrônica Sony, um dos símbolos da excelência tecnológica da indústria japonesa, terá prejuízo. Neste ano fiscal no Japão, que termina em 31 de março, a Sony deve perder US$ 1,1 bilhão.
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Bush admite erro ao declarar vitória no Iraque
Ao tentar melhorar sua imagem diante da História, na sua última entrevista coletiva como presidente dos Estados Unidos, o presidente George Walker Bush admitiu que errou ao cantar vitória declarando "missão cumprida" no Iraque em 1º de maio de 2003, menos de um mês depois da queda de Saddam Hussein, em 9 de abril.
Bush já reconheceu que outra grande decepção foi não ter encontrado as supostas armas de destruição em massa usadas como justificativa para a invasão do Iraque, em março de 2003.
Em vez da crise econômica, o atual presidente disse que o maior desafio de seu sucessor é um possível atentado terrorista contra os EUA, um novo 11 de Setembro.
Bush já reconheceu que outra grande decepção foi não ter encontrado as supostas armas de destruição em massa usadas como justificativa para a invasão do Iraque, em março de 2003.
Em vez da crise econômica, o atual presidente disse que o maior desafio de seu sucessor é um possível atentado terrorista contra os EUA, um novo 11 de Setembro.
Bush abandonou ideologia diante da crise
Em sua última entrevista coletiva como presidente dos Estados Unidos, o presidente George W. Bush admitiu que abandonou a ortodoxia econômica liberal e partiu para a intervenção do Estado na economia diante do alerta dado por assessores de que a crise atual poderia ser pior do que a Grande Depressão (1929-39).
Israel vê sinais de divisão no Hamas
Israel mantém a ofensiva na expectativa de que a liderança do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) esteja prestes a ceder. No décimo-sexto dia de guerra, o total de mortos chega a 900 palestinos e 13 israelenses.
O Egito defende um sistema de monitoramento da fronteira com soldados turcos para impedir o contrabando de armas para Gaza.
Leia mais no jornal The New York Times.
O Egito defende um sistema de monitoramento da fronteira com soldados turcos para impedir o contrabando de armas para Gaza.
Leia mais no jornal The New York Times.
Economia dos EUA não avançou sob Bush
Na sua última entrevista coletiva como presidente dos Estados Unidos, George Walker Bush acaba de admitir que mudou suas posições ideológicas sobre economia quando foi alertado por assessores de que a atual crise poderia ser pior do que a Grande Depressão (1929-39). Mas os avanços foram poucos, sobretudo na solução dos problemas estruturais da maior economia do mundo.
Leia mais no The Washington Post.
Leia mais no The Washington Post.
domingo, 11 de janeiro de 2009
Guerra em Gaza provoca Obama
Diante da guerra entre Israel e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) na Faixa de Gaza, o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou hoje que está "muito mais determinado" a lutar pela paz no Oriente Médio.
"Quando você vê civis, israelenses o palestinos, feridos e em dificuldades, parte o coração", declarou o presidente eleito ao programa This Week, da rede de televisão ABC, neste domingo. "Obviamente, me deixa muito mais determinado a tentar romper esse impasse que já dura décadas."
Obama rejeitou a crítica de que ficou calado muito tempo em relação ao conflito Israel-Hamas. Ele alegou que, "se há uma área em que o princípio de que só há um presidente de cada vez, é a política externa. Não podemos ter dois governos mandando duas mensagens num momento de crise."
O que Obama disse estar fazendo agora é preparando a equipe para que a partir do primeiro dia de governo, 20 de janeiro, tenhamos as pessoas mais qualificadas se engajando imediatamente no processo de paz no Oriente Médio como um todo, entrando em contato com todos os atores para criar uma abordagem estratégica que garanta que israelenses e palestinos atinjam seus objetivos".
"Quando você vê civis, israelenses o palestinos, feridos e em dificuldades, parte o coração", declarou o presidente eleito ao programa This Week, da rede de televisão ABC, neste domingo. "Obviamente, me deixa muito mais determinado a tentar romper esse impasse que já dura décadas."
Obama rejeitou a crítica de que ficou calado muito tempo em relação ao conflito Israel-Hamas. Ele alegou que, "se há uma área em que o princípio de que só há um presidente de cada vez, é a política externa. Não podemos ter dois governos mandando duas mensagens num momento de crise."
O que Obama disse estar fazendo agora é preparando a equipe para que a partir do primeiro dia de governo, 20 de janeiro, tenhamos as pessoas mais qualificadas se engajando imediatamente no processo de paz no Oriente Médio como um todo, entrando em contato com todos os atores para criar uma abordagem estratégica que garanta que israelenses e palestinos atinjam seus objetivos".
EUA não apoiaram ataque israelense ao Irã
O governo George W. Bush rejeitou no ano passado um pedido de Israel para fornecer bombas para explodir fortalezas subterrâneas (bunkers) que seriam usadas num bombardeio contra a principal central nuclear do Irã.
Seria uma tentativa de impedir que o regime fundamentalista iraniano, que ameaça, nas palavras de seu presidente, Mahmoud Ahmadinejad, "varrer Israel do mapa", tenha armas nucleares.
Leia mais no jornal The New York Times.
Seria uma tentativa de impedir que o regime fundamentalista iraniano, que ameaça, nas palavras de seu presidente, Mahmoud Ahmadinejad, "varrer Israel do mapa", tenha armas nucleares.
Leia mais no jornal The New York Times.
Irã dribla restrições à importação de tecnologia
O Irã está empresas de fachada ou aliados para importar tecnologia militar dos Estados Unidos, o que está proibido pelo regime de sanções imposto pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas por causa da forte suspeita de que o regime dos aiatolás esteja desenvolvendo armas nucleares, revela hoje o jornal americano The Washington Post.
sábado, 10 de janeiro de 2009
Piratas somalianos soltam superpetroleiro
Depois de receberem um pagamento de resgate estimado em US$ 3 milhões, os piratas da Somália libertaram o maior navio seqüestrado até hoje, o superpetroleiro saudita Sirius Star.
Comércio interior chinês diminui
As exportações da China caíram 2,8% em dezembro, na comparação com o ano anterior, para US$111,16 bilhões,enquanto as importações diminuíram 21,3% no mesmo período, para US$72,18 billhões.
O saldo comercial chinês em dezembro ficou em US$38,98 bilhões, um pouco abaixo do recorde atingido em novembro de 2008, de US$ 40,09 bilhões.
Na média das previsões, 12 economistas ouvidos pela agência de notícias Dow Jones esperavam uma queda de 3,8% nas exportações. O resultado foi melhor do que esperado, mas pior do que a queda de 2,2% em novembro, na comparação com novembro de 2007, a primeira queda nas exportações chinesas desde junho de 2001.
A expectativa de queda nas importações chinesas era de 19,1%, depois de uma baixa de 17,9% em novembro, o primeiro declínio desde fevereiro de 2005.
O saldo comercial chinês em dezembro ficou em US$38,98 bilhões, um pouco abaixo do recorde atingido em novembro de 2008, de US$ 40,09 bilhões.
Na média das previsões, 12 economistas ouvidos pela agência de notícias Dow Jones esperavam uma queda de 3,8% nas exportações. O resultado foi melhor do que esperado, mas pior do que a queda de 2,2% em novembro, na comparação com novembro de 2007, a primeira queda nas exportações chinesas desde junho de 2001.
A expectativa de queda nas importações chinesas era de 19,1%, depois de uma baixa de 17,9% em novembro, o primeiro declínio desde fevereiro de 2005.
UE e Rússia assinam acordo do gás
A União Européia e a Rússia assinaram hoje um acordo para monitorar a passagem do gás natural russo exportado para a Europa através de um gasoduto que passa pela Ucrânia. Em 1º de janeiro, a Rússia cortou o suprimento para a Ucrânia e toda a Europa foi prejudicada.
Os países da UE importam da Rússia 25% do gás natural que consomem; 80% vão através da Ucrânia. Pelo menos 15 países foram afetados. Em pleno inverno rigoroso no Hemisfério Norte, 12 ficaram sem nenhum gás em estoque.
Para resolver o problema, serão instalados observadores para monitorar a passagem do gás. Afinal, a Rússia acusou a Ucrânia de desviar e roubar gás russo.
Na realidade, é mais um capítulo da Guerra do Gás, em que o primeiro-ministro Vladimir Putin, ainda o homem-forte do Kremlin, recorre a um nacionalismo energético para punir a ex-república soviética por se aproximar do Ocidente.
Os países da UE importam da Rússia 25% do gás natural que consomem; 80% vão através da Ucrânia. Pelo menos 15 países foram afetados. Em pleno inverno rigoroso no Hemisfério Norte, 12 ficaram sem nenhum gás em estoque.
Para resolver o problema, serão instalados observadores para monitorar a passagem do gás. Afinal, a Rússia acusou a Ucrânia de desviar e roubar gás russo.
Na realidade, é mais um capítulo da Guerra do Gás, em que o primeiro-ministro Vladimir Putin, ainda o homem-forte do Kremlin, recorre a um nacionalismo energético para punir a ex-república soviética por se aproximar do Ocidente.
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Israel e Hamas ignoram trégua aprovada pela ONU
Israel e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) ignoraram hoje a resolução aprovada de madrugada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas por 14-0 para impor um cessar-fogo imediato e duradouro na Faixa de Gaza. Em duas semanas de guerras, pelo 795 palestinos e 13 israelenses foram mortos.
A abstenção dos Estados Unidos foi o sinal de que Israel não cumpriria a determinação da ONU, considerada "impraticável" pelo primeiro-ministro Ehud Olmert. O Hamas também rejeitou a trégua, alegando não ter sido consultado, embora tenha mantido contatos com o governo do Egito, que trabalha em outro plano de cessar-fogo.
Diante do risco para seus funcionários, tanto a ONU quanto o Crescente Vermelho, a Cruz Vermelha dos países muçulmanos, suspenderam as operações de socorro e distribuição de ajuda humanitária, retomadas depois de Israel dar garantias de segurança.
Em Genebra, a alta comissária da ONU para direitos humanos, Navi Pillai, fez um apelo a Israel e ao Hamas para que evitem ataques a crianças e prometeu investigar suspeitas de que Israel cometeu um crime de guerra ao colocar várias famílias em casa bombardeada em seguida.
Pelo menos 30 pessoas morreram no incidente. As crianças sobreviventes ficaram quatro dias ao lado dos cadáveres dos parentes mortos. O Exército de Israel nega ter conhecimento do fato e insinua que a culpa pode ser do Hamas.
A abstenção dos Estados Unidos foi o sinal de que Israel não cumpriria a determinação da ONU, considerada "impraticável" pelo primeiro-ministro Ehud Olmert. O Hamas também rejeitou a trégua, alegando não ter sido consultado, embora tenha mantido contatos com o governo do Egito, que trabalha em outro plano de cessar-fogo.
Diante do risco para seus funcionários, tanto a ONU quanto o Crescente Vermelho, a Cruz Vermelha dos países muçulmanos, suspenderam as operações de socorro e distribuição de ajuda humanitária, retomadas depois de Israel dar garantias de segurança.
Em Genebra, a alta comissária da ONU para direitos humanos, Navi Pillai, fez um apelo a Israel e ao Hamas para que evitem ataques a crianças e prometeu investigar suspeitas de que Israel cometeu um crime de guerra ao colocar várias famílias em casa bombardeada em seguida.
Pelo menos 30 pessoas morreram no incidente. As crianças sobreviventes ficaram quatro dias ao lado dos cadáveres dos parentes mortos. O Exército de Israel nega ter conhecimento do fato e insinua que a culpa pode ser do Hamas.
EUA perderam 524 mil empregos em dezembro
A maior economia do mundo destruiu 524 mil postos de trabalho em dezembro. O total de vagas eliminadas no ano passado nos Estados Unidos chega a 2,6 milhões. É o maior número depois da Segunda Guerra Mundial.
A taxa de desemprego subiu para 7,2%, a maior em 16 anos. Mais de 11 milhões de americanos estão desempregados.
A taxa de desemprego subiu para 7,2%, a maior em 16 anos. Mais de 11 milhões de americanos estão desempregados.
Obama quer romper isolamento do Hamas
Em uma mudança na política externa dos Estados Unidos, o presidente eleito, Barack Obama, pretende abandonar a política de isolamento do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), negociando com o grupo extremista palestino e os dois países que o apóiam: o Irã e a Síria.
A revelação foi feita por membros da equipe do futuro presidente americano ao jornal inglês The Guardian.
A revelação foi feita por membros da equipe do futuro presidente americano ao jornal inglês The Guardian.
Obama adverte para risco de anos de recessão
Em uma pressão direta sobre o Congresso, o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu ontem, 8 de janeiro de 2009, em palestra na Universidade George Mason, na Geórgia, urgência para a aprovação do seu plano de US$ 800 bilhões para a recuperação da economia americana, advertindo que a inação pode levar a uma recessão que se arraste por anos.
Obama alertou que é necessária uma ação rápida, antes que a taxa de desemprego chegue a 10%. Ele observou que para cada US$ 1 trilhão a menos que os EUA produzam cada família americana ganha menos US$ 1 mil por mês.
O futuro presidente prometeu uma devolução de imposto de renda para 95% dos trabalhadores americanos e deu garantias aos estados para não prejudicar serviços públicos como segurança, saúde e educação.
A proposta de Obama prevê dobrar em três anos a produção de energia de fontes alternativas e renováveis. "O governo já gastou muito dinheiro", disse o futuro presidente americanos. "Vamos investir no que funciona, sem preocupações ideológicas. O importante é criar empregos e promover o crescimento da economia."
Com o déficit público federal previsto em US$ 1,186 trilhão no ano fiscal de 2009, Obama prometeu abrir as contas do plano de recuperação: "As decisões de investimento público serão transparentes. Todo americano poderá fiscalizar na Internet onde o governo está gastando seu dinheiro. Vamos eliminar o gasto desnecessário e inútil. Precisamos fazer os investimentos do futuro para reduzir o déficit quando o crescimento recomeçar. Um programa de estímulo sem emendas parlamentares para financiar projetos eleitoreiros neste momento de emergência."
Sem ser muito específico, descreveu o que considera mais urgente: "Evitar a retomada de casas de famílias honestas. Evitar mais falências no setor financeiro. Melhorar a regulamentação financeira. Construir uma economia do século 21. O país precisa de um senso comum acima das diferenças partidárias, precisa recuperar o espírito com que enfrentou guerras e adversidades. 2009 será um novo recomeço para os EUA."
Obama alertou que é necessária uma ação rápida, antes que a taxa de desemprego chegue a 10%. Ele observou que para cada US$ 1 trilhão a menos que os EUA produzam cada família americana ganha menos US$ 1 mil por mês.
O futuro presidente prometeu uma devolução de imposto de renda para 95% dos trabalhadores americanos e deu garantias aos estados para não prejudicar serviços públicos como segurança, saúde e educação.
A proposta de Obama prevê dobrar em três anos a produção de energia de fontes alternativas e renováveis. "O governo já gastou muito dinheiro", disse o futuro presidente americanos. "Vamos investir no que funciona, sem preocupações ideológicas. O importante é criar empregos e promover o crescimento da economia."
Com o déficit público federal previsto em US$ 1,186 trilhão no ano fiscal de 2009, Obama prometeu abrir as contas do plano de recuperação: "As decisões de investimento público serão transparentes. Todo americano poderá fiscalizar na Internet onde o governo está gastando seu dinheiro. Vamos eliminar o gasto desnecessário e inútil. Precisamos fazer os investimentos do futuro para reduzir o déficit quando o crescimento recomeçar. Um programa de estímulo sem emendas parlamentares para financiar projetos eleitoreiros neste momento de emergência."
Sem ser muito específico, descreveu o que considera mais urgente: "Evitar a retomada de casas de famílias honestas. Evitar mais falências no setor financeiro. Melhorar a regulamentação financeira. Construir uma economia do século 21. O país precisa de um senso comum acima das diferenças partidárias, precisa recuperar o espírito com que enfrentou guerras e adversidades. 2009 será um novo recomeço para os EUA."
ONU aprova resolução de cessar-fogo em Gaza
Por 14-0, com a abstenção dos Estados Unidos, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou agora uma resolução exigindo um cessar-fogo imediato e durável entre Israel e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas). A resolução promete ajuda de emergência aos 1,5 milhão de palestinos da Faixa de Gaza e medidas para evitar novos ataques de foguetes contra Israel.
Ao justificar a abstenção, a secretária de Estado, Condoleezza Rice, acaba de declarar que "Gaza nunca mais deve ser usada como base para lançamento de foguetes contra a população civil de Israel". Ela defendeu ainda a criação de um Estado palestino como única solução para esta guerra sem fim.
Ao justificar a abstenção, a secretária de Estado, Condoleezza Rice, acaba de declarar que "Gaza nunca mais deve ser usada como base para lançamento de foguetes contra a população civil de Israel". Ela defendeu ainda a criação de um Estado palestino como única solução para esta guerra sem fim.
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Liga Árabe anuncia acordo na ONU para cessar fogo
A Liga Árabe anunciou agora há pouco ter chegado a um acordo com os Estados Unidos, a França e o Reino Unido para a apresentação de uma resolução conjunta pedindo um cessar-fogo imediato e de longa duração no conflito entre Israel e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) na Faixa de Gaza.
O projeto deve ser aprovado em breve por unanimidade.
O projeto deve ser aprovado em breve por unanimidade.
UE anuncia acordo sobre gás mas Rússia recua
Em uma reviravolta surpreendente na Guerra do Gás, horas depois do colapso das negociações em Bruxelas entre as ex-repúblicas soviéticas da Rússia e da Ucrânia, a União Européia anunciou que o primeiro-ministro Vladimir Putin, homem-forte da Rússia, concordou com as condições para colocar monitores do gasoduto em território ucraniano. Mas, no último momento, a Rússia desistiu.
A Rússia suspendeu o fornecimento de gás natural à Ucrânia em 1º de janeiro, alegando atrasos no pagamento e desacordo quanto ao preço da mercadoria em 2009. Ontem, cortou totalmente o envio de gás, deixando 12 países europeus com os estoques no fim em pleno inverno no Hemisfério Norte, com temperaturas negativas em quase todo o continente.
Para justificar o corte para todo o continente, a empresa estatal Gazprom, que detém o monopólio do gás na Rússia, acusou a Ucrânia de roubar gás russo. Ontem, a UE encontrou a fórmula de colocar observadores junto ao gasoduto.
Putin insistiu na presença de fiscais russos. A UE argumentou que não poderia obrigar a Ucrânia, um país soberano, a aceitar representantes de terceiros países.
A Rússia suspendeu o fornecimento de gás natural à Ucrânia em 1º de janeiro, alegando atrasos no pagamento e desacordo quanto ao preço da mercadoria em 2009. Ontem, cortou totalmente o envio de gás, deixando 12 países europeus com os estoques no fim em pleno inverno no Hemisfério Norte, com temperaturas negativas em quase todo o continente.
Para justificar o corte para todo o continente, a empresa estatal Gazprom, que detém o monopólio do gás na Rússia, acusou a Ucrânia de roubar gás russo. Ontem, a UE encontrou a fórmula de colocar observadores junto ao gasoduto.
Putin insistiu na presença de fiscais russos. A UE argumentou que não poderia obrigar a Ucrânia, um país soberano, a aceitar representantes de terceiros países.
Banco da Inglaterra corta juros para 1,5% ao ano
O Banco da Inglaterra, banco central do Reino Unido, cortou hoje sua taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual para 1,5%, a menor taxa desde a fundação do banco, em 1694.
Desde o início de outubro, quando uma recessão longa e profunda começou a parecer inevitável, o Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra, cortou a taxa básica em 3,5 pontos. O presidente do banco, Mervyn King, considera esta a pior crise bancária no Reino Unido desde o início da Primeira Guerra Mundial, em 1914.
A questão é se esse corte de juros será repassado aos compradores da casa própria com dificuldade para pagar, que estão na origem da crise dos dois lados do Oceano Atlântico. Cerca de 40% dos financiamentos no Reino Unido têm juros variáveis que deveriam cair com a redução da taxa básica do banco central britânico.
O jornal conservador Daily Telegraph noticiou hoje que o ministro das Finanças, Alastair Darling, estaria cogitando imprimir mais dinheiro para fazer a economia britânica andar.
Desde o início de outubro, quando uma recessão longa e profunda começou a parecer inevitável, o Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra, cortou a taxa básica em 3,5 pontos. O presidente do banco, Mervyn King, considera esta a pior crise bancária no Reino Unido desde o início da Primeira Guerra Mundial, em 1914.
A questão é se esse corte de juros será repassado aos compradores da casa própria com dificuldade para pagar, que estão na origem da crise dos dois lados do Oceano Atlântico. Cerca de 40% dos financiamentos no Reino Unido têm juros variáveis que deveriam cair com a redução da taxa básica do banco central britânico.
O jornal conservador Daily Telegraph noticiou hoje que o ministro das Finanças, Alastair Darling, estaria cogitando imprimir mais dinheiro para fazer a economia britânica andar.
Zona do euro está em recessão
Em conjunto, a economia dos 15 países que usam o euro como moeda entrou oficialmente em recessão. No terceiro trimestre de 2008, o produto regional bruto da eurozona caiu 0,2%, depois de uma contração de 0,2% no segundo trimestre, confirmou hoje a Eurostat, o instituto oficial de estatísticas da União Européia.
A UE, que tem 27 países, também sofreu uma queda na produção de 0,2% no terceiro trimestre do ano passado, tinha ficado estagnada no segundo trimestre.
Como os economistas convencionaram que dois trimestres consecutivos de crescimento negativo caracterizam uma recessão, a Eurozona está em recessão mas a UE como um todo ainda não, pelo menos oficialmente.
A UE, que tem 27 países, também sofreu uma queda na produção de 0,2% no terceiro trimestre do ano passado, tinha ficado estagnada no segundo trimestre.
Como os economistas convencionaram que dois trimestres consecutivos de crescimento negativo caracterizam uma recessão, a Eurozona está em recessão mas a UE como um todo ainda não, pelo menos oficialmente.
Foguetes libaneses atingem Norte de Israel
Pelo menos dois foguetes disparados do Líbano caíram hoje no Norte de Israel, ferindo duas pessoas. A milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá (Partido de Deus) negou qualquer responsabilidade, mas aumenta o risco de que seja aberta uma nova frente de luta contra Israel para aliviar a pressão sobre o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) na Faixa de Gaza.
No décimo terceiro dia de guerra, o total de palestinos mortos passou de 760 e o de israelenses chegou a 13, nove soldados e quatro civis.
Apesar das negociações para um cessar-fogo permanente, Israel intensificou os bombardeios hoje a 60 alvos do Hamas. O Exército israelense caça guerrilheiros nas cidades do território palestino.
Pelo menos 20 foguetes palestinos caíram hoje no Sul de Israel, mas a maior preocupação israelense foi o lançamento de foguetes libaneses contra o Norte do país.
Em visita à região atingida no Sul, o primeiro-ministro Ehud Olmert afirmou que Israel contra-atacou o Líbano imediatamente e está em alerta.
Como ontem, Israel suspendeu a ofensiva por três horas no início da tarde para permitir a entrada de ambulâncias e de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Mas a agência das Nações Unidas para os refugiados palestinos parou a distribuição depois de dois motoristas de caminhão foram mortos por Israel.
Durante a trégua de hoje, as equipes de socorro resgataram pelo menos 15 corpos, vários esmagados por tanques, e um bebê de cinco meses, encontrado morto, queimado e mutilado por cães. Outras crianças foram encontradas morrendo de fome ao lado das mães mortas.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha e do Crescento Vermelho acusou Israel de violar o Direito Internacional e as Convenções de Genebra ao impedir o socorro aos feridos.
Na frente diplomática, o primeiro-ministro palestino, Salam Fayad, apelou à sociedade internacional para acabar com a catástrofe.
Os países árabes querem aprovar até amanhã uma resolução no Conselho de Segurança da ONU impondo uma trégua, mas os Estados Unidos ameaçam vetar. Sexta-feira é a folga religiosa semanal dos muçulmanos. Os governos árabes aliados do Ocidente temem protestos cada vez mais violentos, alegando que o Oriente Médio está numa situação pré-revolucionária.
No décimo terceiro dia de guerra, o total de palestinos mortos passou de 760 e o de israelenses chegou a 13, nove soldados e quatro civis.
Apesar das negociações para um cessar-fogo permanente, Israel intensificou os bombardeios hoje a 60 alvos do Hamas. O Exército israelense caça guerrilheiros nas cidades do território palestino.
Pelo menos 20 foguetes palestinos caíram hoje no Sul de Israel, mas a maior preocupação israelense foi o lançamento de foguetes libaneses contra o Norte do país.
Em visita à região atingida no Sul, o primeiro-ministro Ehud Olmert afirmou que Israel contra-atacou o Líbano imediatamente e está em alerta.
Como ontem, Israel suspendeu a ofensiva por três horas no início da tarde para permitir a entrada de ambulâncias e de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Mas a agência das Nações Unidas para os refugiados palestinos parou a distribuição depois de dois motoristas de caminhão foram mortos por Israel.
Durante a trégua de hoje, as equipes de socorro resgataram pelo menos 15 corpos, vários esmagados por tanques, e um bebê de cinco meses, encontrado morto, queimado e mutilado por cães. Outras crianças foram encontradas morrendo de fome ao lado das mães mortas.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha e do Crescento Vermelho acusou Israel de violar o Direito Internacional e as Convenções de Genebra ao impedir o socorro aos feridos.
Na frente diplomática, o primeiro-ministro palestino, Salam Fayad, apelou à sociedade internacional para acabar com a catástrofe.
Os países árabes querem aprovar até amanhã uma resolução no Conselho de Segurança da ONU impondo uma trégua, mas os Estados Unidos ameaçam vetar. Sexta-feira é a folga religiosa semanal dos muçulmanos. Os governos árabes aliados do Ocidente temem protestos cada vez mais violentos, alegando que o Oriente Médio está numa situação pré-revolucionária.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
Guerra do gás deixa a Europa no frio
É mais um capítulo da Guerra do Gás entre a Rússia e a ex-república soviética Ucrânia. No meio de um inverno rigoroso no Hemisfério Norte, com temperaturas negativas, a companhia estatal russa Gazprom cortou completamente hoje, 7 de janeiro de 2009, o fornecimento de gás natural a países da União Européia através de um gasoduto que passa pela Ucrânia.
A suspensão afetou 17 países do continente. Na Áustria, Bósnia-Herzegovina, Bulgária, Croácia, Grécia, Hungria, Macedônia, Romênia, República Tcheca, Romênia e Sérvia, os estoques de gás natural russo acabaram. Na Alemanha, na França e na Itália, estão chegando ao fim.
O presidente da União Européia, José Manuel Durão Barroso, fez um apelo aos primeiros-ministros da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Yulia Timochenko, para que cheguem a um acordo e resolvam o problema.
A UE se ofereceu para fazer um monitoramento da passagem do gás pela Ucrânia, já que a Rússia acusa o governo ucraniano de desviar e roubar o gás destinado à UE.
Duramente afetada pela crise econômica global, a Rússia pressiona a Ucrânia para aumentar o preço do gás para US$ 450 por mil metros cúbicos, duas vezes mais do que o governo de Kiev está disposto a pagar.
A Guerra do Gás é também um instrumento da política externa de Putin para restaurar o poder imperial perdido com o fim da União Soviética. A URSS tinha um império interior, as repúblicas que a formavam, como a Ucrânia, e um império exterior, os países-satélites do bloco soviético, como a Polônia e a Tcheco-Eslováquia.
O antigo império interior, hoje chamado de exterior próximo, é o alvo prioritário das políticas imperalistas de Putin. Mas geralmente elas atingem também os antigos satélites. Eles se lembram assim da amarga dependência que ainda tem em relação a Moscou.
A suspensão afetou 17 países do continente. Na Áustria, Bósnia-Herzegovina, Bulgária, Croácia, Grécia, Hungria, Macedônia, Romênia, República Tcheca, Romênia e Sérvia, os estoques de gás natural russo acabaram. Na Alemanha, na França e na Itália, estão chegando ao fim.
O presidente da União Européia, José Manuel Durão Barroso, fez um apelo aos primeiros-ministros da Rússia, Vladimir Putin, e da Ucrânia, Yulia Timochenko, para que cheguem a um acordo e resolvam o problema.
A UE se ofereceu para fazer um monitoramento da passagem do gás pela Ucrânia, já que a Rússia acusa o governo ucraniano de desviar e roubar o gás destinado à UE.
Duramente afetada pela crise econômica global, a Rússia pressiona a Ucrânia para aumentar o preço do gás para US$ 450 por mil metros cúbicos, duas vezes mais do que o governo de Kiev está disposto a pagar.
A Guerra do Gás é também um instrumento da política externa de Putin para restaurar o poder imperial perdido com o fim da União Soviética. A URSS tinha um império interior, as repúblicas que a formavam, como a Ucrânia, e um império exterior, os países-satélites do bloco soviético, como a Polônia e a Tcheco-Eslováquia.
O antigo império interior, hoje chamado de exterior próximo, é o alvo prioritário das políticas imperalistas de Putin. Mas geralmente elas atingem também os antigos satélites. Eles se lembram assim da amarga dependência que ainda tem em relação a Moscou.
Melanoma dobra o risco de outros cânceres
Quem fez tratamento para melanoma, um tipo grave de câncer de pele, corre duas vezes mais risco de ter outros tumores malignos.
Uma pesquisa da universidade Queen's, na Irlanda do Norte, constatou uma incidência duas vezes maior de reincidência de câncer em pacientes com melanoma.
A exposição excessiva ao sol, principal causa dos cânceres de pele, é fator de risco também para outros tipos da doença.
Uma pesquisa da universidade Queen's, na Irlanda do Norte, constatou uma incidência duas vezes maior de reincidência de câncer em pacientes com melanoma.
A exposição excessiva ao sol, principal causa dos cânceres de pele, é fator de risco também para outros tipos da doença.
Israel e Hamas estudam proposta de trégua
Israel e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) aceitaram hoje em princípio uma proposta de trégua na Faixa de Gaza feita pelo Egito, que ficaram de examinar em detalhes. Em 12 dias de guerra, pelo menos 693 pessoas morreram e outras 3,1 mil foram feridas.
Durante três horas, no início da tarde pelo horário local, Israel suspendou o ataque, permitindo a entrada na zona de guerra de ambulâncias e 80 caminhões com ajuda humanitária, mas não de jornalistas. As equipes médicas reclamaram que foi muito pouco tempo
Com os canhões em silêncio, os moradores de Gaza, cerca de 1,5 milhão de pessoas, aproveitaram para fazer compras e enterrar os mortos. O funeral de algumas das 42 vítimas do ataque a uma escola administrada pela ONU virou um protesto contra Israel.
Do outro lado da fronteira, foguetes palestinos voltaram a atingir o Sul de Israel. O ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, um dos favoritos para a eleição de 10 de fevereiro, foi obrigado a procurar um abrigo. Com o fim da trégua, Israel voltou a bombardear as cidades de Gaza e Rafah, matando pelo menos três crianças de uma mesma família no Norte.
Apesar da negociação para um cessar-fogo, o Conselho de Guerra de Israel autorizou o ministro da Defesa, general Ehud Barak, a lançar a terceira fase da ofensiva militar contra o grupo fundamentalista palestino, uma guerra urbana para caçar guerrilheiros do Hamas, seus foguetes, arsenais e bases de lançamento.
Durante três horas, no início da tarde pelo horário local, Israel suspendou o ataque, permitindo a entrada na zona de guerra de ambulâncias e 80 caminhões com ajuda humanitária, mas não de jornalistas. As equipes médicas reclamaram que foi muito pouco tempo
Com os canhões em silêncio, os moradores de Gaza, cerca de 1,5 milhão de pessoas, aproveitaram para fazer compras e enterrar os mortos. O funeral de algumas das 42 vítimas do ataque a uma escola administrada pela ONU virou um protesto contra Israel.
Do outro lado da fronteira, foguetes palestinos voltaram a atingir o Sul de Israel. O ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, um dos favoritos para a eleição de 10 de fevereiro, foi obrigado a procurar um abrigo. Com o fim da trégua, Israel voltou a bombardear as cidades de Gaza e Rafah, matando pelo menos três crianças de uma mesma família no Norte.
Apesar da negociação para um cessar-fogo, o Conselho de Guerra de Israel autorizou o ministro da Defesa, general Ehud Barak, a lançar a terceira fase da ofensiva militar contra o grupo fundamentalista palestino, uma guerra urbana para caçar guerrilheiros do Hamas, seus foguetes, arsenais e bases de lançamento.
EUA perderam 693 mil empregos em dezembro
O relatório oficial de emprego do governo dos Estados Unidos sai daqui a dois dias, mas uma empresa privada já calculou: em dezembro, o setor privado eliminou 693 mil vagas de emprego. No ano passado, os americanos perderam mais de 2,4 milhões de empregos.
Na Alemanha, o índice de desemprego cresceu de 7,1% para 7,4% em dezembro. O total de desempregados passa de 3,1 milhões.
E as demissões continuam no mundo inteiro. A fábrica de alumínio Alcoa (Aluminium Company of America) vai dispensar 13,5 mil funcionários. Na Itália, a Fábrica Italiana de Automóveis de Turismo (Fiat) anunciou 2 mil demissões. Já a rede varejista britânica Marks & Spencer vai fechar 27 lojas e mandar embora 1,23 mil empregados.
O presidente eleito dos EUA, Barack Obama, ofereceu US$ 7 bilhões para os estados fortalecerem seus programas de seguro-desemprego.
A Intel, maior fabricante mundial de chips para computadores, teve uma queda de vendas de 23% no último trimestre do ano passado. E o grupo Time Warner vai dar baixa em títulos incobráveis, papéis podres que valiam US$ 25 bilhões.
Para estimular o crescimento, o governo da China distribuiu licenças de telefonia celular de terceira geração, que dá acesso à Internet e permite assistir televisão. Isso vai exigir obras de infra-estrutura.
A Bolsa de Tóquio teve alta de 1,7% graças às empresas eletroeletrônicas, mas Mumbai caiu 7,3% por causa de uma fraude de US$ 1,6 bilhão na Satyam Computer Services, a quarta maior exportadora de programas de computador da Índia.
Depois de vários dias de alta, as principais bolsas da Europa fecharam em baixa, com quedas de 2,8% em Londres, 1,8% em Frankfurt e 1,5% em Paris. Nos Estados Unidos, o Índice Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais ações da Bolsa de Nova York, caiu 2,7% e a bolsa Nasdaq, das empresas de alta tecnologia, perdeu 3%.
Na Alemanha, o índice de desemprego cresceu de 7,1% para 7,4% em dezembro. O total de desempregados passa de 3,1 milhões.
E as demissões continuam no mundo inteiro. A fábrica de alumínio Alcoa (Aluminium Company of America) vai dispensar 13,5 mil funcionários. Na Itália, a Fábrica Italiana de Automóveis de Turismo (Fiat) anunciou 2 mil demissões. Já a rede varejista britânica Marks & Spencer vai fechar 27 lojas e mandar embora 1,23 mil empregados.
O presidente eleito dos EUA, Barack Obama, ofereceu US$ 7 bilhões para os estados fortalecerem seus programas de seguro-desemprego.
A Intel, maior fabricante mundial de chips para computadores, teve uma queda de vendas de 23% no último trimestre do ano passado. E o grupo Time Warner vai dar baixa em títulos incobráveis, papéis podres que valiam US$ 25 bilhões.
Para estimular o crescimento, o governo da China distribuiu licenças de telefonia celular de terceira geração, que dá acesso à Internet e permite assistir televisão. Isso vai exigir obras de infra-estrutura.
A Bolsa de Tóquio teve alta de 1,7% graças às empresas eletroeletrônicas, mas Mumbai caiu 7,3% por causa de uma fraude de US$ 1,6 bilhão na Satyam Computer Services, a quarta maior exportadora de programas de computador da Índia.
Depois de vários dias de alta, as principais bolsas da Europa fecharam em baixa, com quedas de 2,8% em Londres, 1,8% em Frankfurt e 1,5% em Paris. Nos Estados Unidos, o Índice Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais ações da Bolsa de Nova York, caiu 2,7% e a bolsa Nasdaq, das empresas de alta tecnologia, perdeu 3%.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Preço de casas cai na França e no Reino Unido
Em uma queda recorde, os preços dos imóveis residenciais baixaram, na média, 15,9% no ano passado no Reino Unido.
Na França, os preços dos imóveis residenciais usados caíram 7,5% no segundo semestre, na comparação com os primeiros seis meses do ano.
Na França, os preços dos imóveis residenciais usados caíram 7,5% no segundo semestre, na comparação com os primeiros seis meses do ano.
Obama teme déficits trilionários
Os Estados Unidos podem ter déficits públicos de US$ 1 trilhão por ano durante os próximos anos, admitiu hoje o presidente eleito Barack Obama.
Toyota reduz produção no Japão
A Toyota, maior fabricante de automóveis do mundo, vai suspender a produção de suas 12 fábricas no Japão durante 11 dias a mais em fevereiro e março, na expectativa de esvaziar os pátios lotados de carros à espera de compradores. Já tinha decidido parar em três dias úteis de janeiro.
O anúncio vem um dia depois da divulgação dos dados sobre o comércio de automóveis leves nos Estados Unidos em dezembro, com redução de 37% nas vendas da Toyota.
Em dezembro, a empresa admitiu que teria em 2008 o primeiro ano de prejuízo desde que se tornou uma companhia aberta, com ações cotadas em bolsa de valores.
O anúncio vem um dia depois da divulgação dos dados sobre o comércio de automóveis leves nos Estados Unidos em dezembro, com redução de 37% nas vendas da Toyota.
Em dezembro, a empresa admitiu que teria em 2008 o primeiro ano de prejuízo desde que se tornou uma companhia aberta, com ações cotadas em bolsa de valores.
Israel mata 43 árabes refugiados em escola
Tanques de Israel que participam de uma ofensiva militar contra o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) bombardearam hoje, 6 de janeiro de 2009, uma escola administrada pelas Nações Unidas no campo de refugiados de Jabalia, na Faixa de Gaza, matando pelo menos 43 pessoas e ferindo outras cem.
Diante de mais essa tragédia, o atual governo dos Estados Unidos passou a defender um cessar-fogo imediato e o presidente eleito, Barack Obama, rompeu o silêncio. Lamentou as mortes de civis e prometeu trabalhar intensamente pela paz no Oriente Médio desde o primeiro dia de seu governo. Ele toma posse em 20 de janeiro.
Na frente diplomática, o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, rejeitou o apelo do presidente da França, Nicolas Sarkozy, por uma trégua imediata: "Não podemos aceitar um acordo que permita ao Hamas continuar disparando foguetes contra Israel. O Hamas deve parar só parar de jogar foguetes. Não deve ter capacidade de lançar foguetes.", seis
Durante a noite, o Exército de Israel aproveitou a escuridão para avançar por dentro do território palestino rumo ao Sul. Três soldados israelense foram mortos por fogo amigo, disparado por um tanque de seu Exército.
De madrugada, Israel atacou Khan Younis, a segunda maior cidade da Faixa de Gaza.
O território palestino tem hoje a maior densidade populacional do mundo. Cerca de 1,5 milhão de palestinos vivem em 360 quilômetros quadrados. Isso multiplica os riscos para a população civil.
Ao amanhecer, a Marinha de Israel matou 10 palestinos ao bombardear a praia em Deir al-Balah, na região central da Faixa de Gaza.
Enquanto o presidente francês chegava a Damasco para se encontrar com o ditador da Síria, Bachar Assad, cinco palestinos foram mortos pelo bombardeio israelense em duas escolas administradas pelo ONU usadas como abrigo para refugiados, uma na Cidade de Gaza e outra no sul do território. Havia 450 pessoas refugiadas na primeira, a Escola Asma, no campo de refugiados de Chati, fugindo do bombardeio a outras áreas da cidade, na expectativa da proteção da ONU.
O Exército de Israel anuncia a morte de um oficial. Já são 10 israelenses mortos, seis militares e quatro civis, em contraste com pelo menos 635 palestinos, além dos 2,7 mil feridos. Israel afirma que 130 mortos eram guerrilheiros do Hamas.
Pouco depois, um foguete palestino atinge Gedera, 45km ao norte da Faixa de Gaza. Ao longo do dia, mais de 30 foguetes palestinos cairiam em território israelense. São armas rudimentares, mas matam.
O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, agora enviado especial do Quarteto (EUA, ONU, UE e Rússia) para a paz no Oriente Médio, declara que o cessar-fogo imediato depende de uma ação que impeça o contrabando de armas para o Hamas na Faixa de Gaza através de túneis clandestinos.
Em Damasco, Sarkozy pede a Assad que pressione o Hamas a aceitar um cessar-fogo. Mas o líder sírio aproveita a oportunidade para denunciar "um Holocausto" supostamente cometido por Israel em Gaza no que chamou de "agressão criminosa" e defendeu a legitimidade do Hamas, que venceu as eleições legislativas palestinas de 25 de janeiro de 2005.
Assad estava inflexível, desafiando a pretensão francesa de atrair a Síria de volta às negociações de paz no Oriente Médio para isolar o Irã em sua rejeição total a Israel.
Na Praça de São Pedro, no Vaticano, o papa Bento XVI reza pelos "esforços dos que buscam ajudar israelenses e palestinos a se sentar ao redor de uma mesa e conversar".
O diretor da agência da ONU para os refugiados palestinos, John ging protesta: "É uma tragédia horrível que piora a cada instante. Chegamos a um estágio de uma desumanidade visível e chocante pela natureza dos ferimentos, a brutalidade e amplitude" da ofensiva israelense.
A Cruz Vermelha fala em uma "crise humanitária total".
Sarkozy chega a Beirute, na sua luta diplomática por um cessar-fogo que seja aceitável para Israel. Também vai voltar ao Cairo para rever o ditador do Egito, Hosni Mubarak.
No início da tarde, 12 membros de uma mesma família, sendo sete crianças, morrem no bombardeio a uma casa.
Ao receber uma delegação da União Européia, o presidente de Israel, Shimon Peres, declara não estar preocupado com a imagem internacional do país: "A Europa deve abrir os olhos. Nós não fazemos relações públicas. Nós combatemos o terrorismo e temos todo o direito de defender nossos cidadãos."
Os serviços médicos palestinos afirmam que 35 foram mortos na manhã desta terça-feira, 6 de janeiro de 2009, na Faixa de Gaza.
A França anuncia uma ajuda de emergência aos palestinos de 3 milhões de euros: um milhão para a agência da ONU para os refugiados palestinos, um milhão para o Programa Mundial de Alimentos da ONU e um milhão para organizações não-governamentais locais. Ou seja: nada para o governo do Hamas em Gaza.
Um tanque israelense dispara dois morteiros contra outra escola da ONU usada como abrigo, desta vez no campo de refugiados de Jabaliya, no Norte da Faixa de Gaza. É uma tragédia. Pelo menos 43 pessoas morrem e outras cem saem feridas.
O total de palestinos mortos chega a 635, com 2,9 mil feridos, pelos números das autoridades médicas palestinas.
A Liga Árabe acusa os EUA de vetar projetos de resolução exigindo um cessar-fogo no Conselho de Segurança da ONU para "permitir a agressão de Israel".
Em comunicado, o Exército do Líbano informa que seis aviões de guerra israelenses violaram o espaço aéreo libanês na manhã desta terça-feira.
Diante da tragédia na escola, os EUA exigem "um cessar-fogo imediato em Gaza que seja durável, viável e sem limite de tempo". A secretária de Estado, Condoleezza Rice, vai ao Conselho de Segurança da ONU defender esta posição em uma reunião de emergência.
O Exército de Israel afirma fazer tudo para proteger os civis e acusa o Hamas de usar a população civil como escudo humano. Mas ONGs israelenses e a própria Cruz Vermelha dizem que é impossível passar com uma ambulância sem ser atacado por helicópteros Apache israelenses. Três clínicas ambulantes de uma instituição beneficente dinamarquesa (DanChurchAid) foram bombardeadas e destruídas pelos soldados israelenses.
Quebrando o silêncio, o presidente eleito Barack Obama disse estar preocupado com a situação dos civis e prometeu trabalhar desde a posse, em 20 de janeiro de 2009, pela paz no Oriente Médio.
No início da noite, quando o Conselho de Segurança se reuniu, o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, anuncia a abertura de um corredor de ajuda humanitária.
Diante de mais essa tragédia, o atual governo dos Estados Unidos passou a defender um cessar-fogo imediato e o presidente eleito, Barack Obama, rompeu o silêncio. Lamentou as mortes de civis e prometeu trabalhar intensamente pela paz no Oriente Médio desde o primeiro dia de seu governo. Ele toma posse em 20 de janeiro.
Na frente diplomática, o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, rejeitou o apelo do presidente da França, Nicolas Sarkozy, por uma trégua imediata: "Não podemos aceitar um acordo que permita ao Hamas continuar disparando foguetes contra Israel. O Hamas deve parar só parar de jogar foguetes. Não deve ter capacidade de lançar foguetes.", seis
Durante a noite, o Exército de Israel aproveitou a escuridão para avançar por dentro do território palestino rumo ao Sul. Três soldados israelense foram mortos por fogo amigo, disparado por um tanque de seu Exército.
De madrugada, Israel atacou Khan Younis, a segunda maior cidade da Faixa de Gaza.
O território palestino tem hoje a maior densidade populacional do mundo. Cerca de 1,5 milhão de palestinos vivem em 360 quilômetros quadrados. Isso multiplica os riscos para a população civil.
Ao amanhecer, a Marinha de Israel matou 10 palestinos ao bombardear a praia em Deir al-Balah, na região central da Faixa de Gaza.
Enquanto o presidente francês chegava a Damasco para se encontrar com o ditador da Síria, Bachar Assad, cinco palestinos foram mortos pelo bombardeio israelense em duas escolas administradas pelo ONU usadas como abrigo para refugiados, uma na Cidade de Gaza e outra no sul do território. Havia 450 pessoas refugiadas na primeira, a Escola Asma, no campo de refugiados de Chati, fugindo do bombardeio a outras áreas da cidade, na expectativa da proteção da ONU.
O Exército de Israel anuncia a morte de um oficial. Já são 10 israelenses mortos, seis militares e quatro civis, em contraste com pelo menos 635 palestinos, além dos 2,7 mil feridos. Israel afirma que 130 mortos eram guerrilheiros do Hamas.
Pouco depois, um foguete palestino atinge Gedera, 45km ao norte da Faixa de Gaza. Ao longo do dia, mais de 30 foguetes palestinos cairiam em território israelense. São armas rudimentares, mas matam.
O ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair, agora enviado especial do Quarteto (EUA, ONU, UE e Rússia) para a paz no Oriente Médio, declara que o cessar-fogo imediato depende de uma ação que impeça o contrabando de armas para o Hamas na Faixa de Gaza através de túneis clandestinos.
Em Damasco, Sarkozy pede a Assad que pressione o Hamas a aceitar um cessar-fogo. Mas o líder sírio aproveita a oportunidade para denunciar "um Holocausto" supostamente cometido por Israel em Gaza no que chamou de "agressão criminosa" e defendeu a legitimidade do Hamas, que venceu as eleições legislativas palestinas de 25 de janeiro de 2005.
Assad estava inflexível, desafiando a pretensão francesa de atrair a Síria de volta às negociações de paz no Oriente Médio para isolar o Irã em sua rejeição total a Israel.
Na Praça de São Pedro, no Vaticano, o papa Bento XVI reza pelos "esforços dos que buscam ajudar israelenses e palestinos a se sentar ao redor de uma mesa e conversar".
O diretor da agência da ONU para os refugiados palestinos, John ging protesta: "É uma tragédia horrível que piora a cada instante. Chegamos a um estágio de uma desumanidade visível e chocante pela natureza dos ferimentos, a brutalidade e amplitude" da ofensiva israelense.
A Cruz Vermelha fala em uma "crise humanitária total".
Sarkozy chega a Beirute, na sua luta diplomática por um cessar-fogo que seja aceitável para Israel. Também vai voltar ao Cairo para rever o ditador do Egito, Hosni Mubarak.
No início da tarde, 12 membros de uma mesma família, sendo sete crianças, morrem no bombardeio a uma casa.
Ao receber uma delegação da União Européia, o presidente de Israel, Shimon Peres, declara não estar preocupado com a imagem internacional do país: "A Europa deve abrir os olhos. Nós não fazemos relações públicas. Nós combatemos o terrorismo e temos todo o direito de defender nossos cidadãos."
Os serviços médicos palestinos afirmam que 35 foram mortos na manhã desta terça-feira, 6 de janeiro de 2009, na Faixa de Gaza.
A França anuncia uma ajuda de emergência aos palestinos de 3 milhões de euros: um milhão para a agência da ONU para os refugiados palestinos, um milhão para o Programa Mundial de Alimentos da ONU e um milhão para organizações não-governamentais locais. Ou seja: nada para o governo do Hamas em Gaza.
Um tanque israelense dispara dois morteiros contra outra escola da ONU usada como abrigo, desta vez no campo de refugiados de Jabaliya, no Norte da Faixa de Gaza. É uma tragédia. Pelo menos 43 pessoas morrem e outras cem saem feridas.
O total de palestinos mortos chega a 635, com 2,9 mil feridos, pelos números das autoridades médicas palestinas.
A Liga Árabe acusa os EUA de vetar projetos de resolução exigindo um cessar-fogo no Conselho de Segurança da ONU para "permitir a agressão de Israel".
Em comunicado, o Exército do Líbano informa que seis aviões de guerra israelenses violaram o espaço aéreo libanês na manhã desta terça-feira.
Diante da tragédia na escola, os EUA exigem "um cessar-fogo imediato em Gaza que seja durável, viável e sem limite de tempo". A secretária de Estado, Condoleezza Rice, vai ao Conselho de Segurança da ONU defender esta posição em uma reunião de emergência.
O Exército de Israel afirma fazer tudo para proteger os civis e acusa o Hamas de usar a população civil como escudo humano. Mas ONGs israelenses e a própria Cruz Vermelha dizem que é impossível passar com uma ambulância sem ser atacado por helicópteros Apache israelenses. Três clínicas ambulantes de uma instituição beneficente dinamarquesa (DanChurchAid) foram bombardeadas e destruídas pelos soldados israelenses.
Quebrando o silêncio, o presidente eleito Barack Obama disse estar preocupado com a situação dos civis e prometeu trabalhar desde a posse, em 20 de janeiro de 2009, pela paz no Oriente Médio.
No início da noite, quando o Conselho de Segurança se reuniu, o primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, anuncia a abertura de um corredor de ajuda humanitária.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
Vendas de carros desabam nos EUA
As vendas de automóveis caíram mais de 30% em dezembro nos Estados Unidos, encerrando um dos piores anos para a indústria automobilística americana. Duas empresas - a General Motors e a Chrysler, só escaparam da falência no final do ano graças a uma ajuda de emergência de US$ 17,4 bilhões liberada pelo presidente George W. Bush.
Os números divulgados hoje mostram a dificuldade que a indústria terá para apresentar planos de recuperação viáveis até 31 de março. Confira a queda de vendas das principais empresas:
GM: -31%
Ford: -32%
Honda: -35%
Toyota -37%
Chrysler: -53%
Será mais um desafio para o presidente eleito Barack Obama, que esteve hoje no Congresso encaminhando a tramitação do seu plano para tirar o país da crise e gerar 3milhões de empregos, que pode chegar a US$ 850 bilhões.
Uma das novidades é que US$ 300 bilhões serão tirados de isenções e cortes de impostos para empresas e a classe média.
No Japão, a venda de carros novos caiu 6,5% em 2008, o pior ano para a indústria automobilística japonesa desde 1974.
Os números divulgados hoje mostram a dificuldade que a indústria terá para apresentar planos de recuperação viáveis até 31 de março. Confira a queda de vendas das principais empresas:
GM: -31%
Ford: -32%
Honda: -35%
Toyota -37%
Chrysler: -53%
Será mais um desafio para o presidente eleito Barack Obama, que esteve hoje no Congresso encaminhando a tramitação do seu plano para tirar o país da crise e gerar 3milhões de empregos, que pode chegar a US$ 850 bilhões.
Uma das novidades é que US$ 300 bilhões serão tirados de isenções e cortes de impostos para empresas e a classe média.
No Japão, a venda de carros novos caiu 6,5% em 2008, o pior ano para a indústria automobilística japonesa desde 1974.
Israel parte para a guerra urbana em Gaza
No décimo dia de uma ofensiva contra o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), o Exército de Israel dividiu a Faixa de Gaza em três e cercou a Cidade de Gaza, dando início à guerra urbana para localizar arsenais, túneis secretos e bases de lançamento de foguetes do grupo fundamentalista palestino. Pelo menos 555 palestinos e cinco israelenses morreram desde o início deste conflito.
O avanço israelense ocorre sob pesado bombardeio aéreo, naval e terrestre. Desde a invasão do território palestino por terra no sábado, os soldados israelenses cortaram a Faixa de Gaza em três e cercaram a principal cidade.
A guerra é mais intensa no Norte de Gaza, de onde militantes palestinos lançaram mais de 3 mil foguetes desde que Israel se retirou da Faixa de Gaza, há três anos e quatro meses.
Ao rejeitar uma trégua, o ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, afirmou que o Hamas está "sofrendo um duro golpe". Mas os radicais palestinos mantêm uma atitude desafiadora. Hoje, lançaram mais de 30 foguetes contra Israel, atingindo inclusive um jardim de infância, onde não houve feridos porque estava vazio.
Em Gaza, os hospitais não conseguem atender aos 2,7 mil feridos.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, iniciou hoje no Egito uma missão de paz pelo Oriente Médio. Depois, esteve em Ramala, na Cisjordânia, onde se encontrou com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.
Abbas, que fala amanhã no Conselho de Segurança das Nações Unidas, exigiu o fim imediato do que chamou de "agressão israelense" e a reabertura das fronteiras do território ocupado.
Em todo o mundo muçulmano, os protestos se multiplicam. Hoje, foram mais violentos no Líbao, onde a milicia fundamentalista xiita Hesbolá (Partido de Deus) pode abrir uma segunda frente de combate para tentar diminuir a pressão de Israel sobre o Hamas.
O avanço israelense ocorre sob pesado bombardeio aéreo, naval e terrestre. Desde a invasão do território palestino por terra no sábado, os soldados israelenses cortaram a Faixa de Gaza em três e cercaram a principal cidade.
A guerra é mais intensa no Norte de Gaza, de onde militantes palestinos lançaram mais de 3 mil foguetes desde que Israel se retirou da Faixa de Gaza, há três anos e quatro meses.
Ao rejeitar uma trégua, o ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, afirmou que o Hamas está "sofrendo um duro golpe". Mas os radicais palestinos mantêm uma atitude desafiadora. Hoje, lançaram mais de 30 foguetes contra Israel, atingindo inclusive um jardim de infância, onde não houve feridos porque estava vazio.
Em Gaza, os hospitais não conseguem atender aos 2,7 mil feridos.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, iniciou hoje no Egito uma missão de paz pelo Oriente Médio. Depois, esteve em Ramala, na Cisjordânia, onde se encontrou com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas.
Abbas, que fala amanhã no Conselho de Segurança das Nações Unidas, exigiu o fim imediato do que chamou de "agressão israelense" e a reabertura das fronteiras do território ocupado.
Em todo o mundo muçulmano, os protestos se multiplicam. Hoje, foram mais violentos no Líbao, onde a milicia fundamentalista xiita Hesbolá (Partido de Deus) pode abrir uma segunda frente de combate para tentar diminuir a pressão de Israel sobre o Hamas.
Morales muda comandantes militares
Em uma medida inesperada, o presidente Evo Morales mudou hoje os principais comandantes militares da Bolívia, a três semanas do referendo que deve aprovar uma nova Constituição para implantar suas reformas socializantes.
Morales estaria insatisfeito com o comandante-em-chefe das Forças Armadas, general Luis Trigo, que criticou a "influência estrangeira" durante o conflito do governo central com os departamentos governados pela oposição, que lutam por autonomia regional, no ano passado.
Na época, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ofereceu ajuda militar a Morales, caso o conflito degenerasse numa guerra civil. O general Trigo declarou que qualquer força estrangeira seria considerada inimiga.
Sem admitir qualquer problema, o presidente agradeceu às Forças Armadas por defenderem a unidade nacional e a soberania da Bolívia diante do que chamou de "provocações e agressões internas e externas".
O novo comandante, contra-almirante José Luis Cabas Villegas, jurou lealdade ao governo e ao país. Ele vem da Marinha, a arma mais fraca, já que o país não tem saída para o mar, mantendo apenas uma força naval simbólica estacionada no Lago Titicaca.
Morales estaria insatisfeito com o comandante-em-chefe das Forças Armadas, general Luis Trigo, que criticou a "influência estrangeira" durante o conflito do governo central com os departamentos governados pela oposição, que lutam por autonomia regional, no ano passado.
Na época, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, ofereceu ajuda militar a Morales, caso o conflito degenerasse numa guerra civil. O general Trigo declarou que qualquer força estrangeira seria considerada inimiga.
Sem admitir qualquer problema, o presidente agradeceu às Forças Armadas por defenderem a unidade nacional e a soberania da Bolívia diante do que chamou de "provocações e agressões internas e externas".
O novo comandante, contra-almirante José Luis Cabas Villegas, jurou lealdade ao governo e ao país. Ele vem da Marinha, a arma mais fraca, já que o país não tem saída para o mar, mantendo apenas uma força naval simbólica estacionada no Lago Titicaca.
Israel quer restaurar credibilidade militar
Depois do fracasso contra a milícia fundamentalista xiita Hesbolá, no Líbano, em 2006, as Forças Armadas de Israel prepararam a campanha contra o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), na Faixa de Gaza, para recuperar a credibilidade, argumenta o professor Lawrence Freedman, do Departamento de Guerra do King's College de Londres.
domingo, 4 de janeiro de 2009
Exército de Israel divide Gaza em duas
O Exército de Israel dividiu hoje a Faixa de Gaza em duas, cercou a Cidade de Gaza e matou pelo menos mais três líderes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas).
Em Teerã, o presidente do parlamento do Irã, Ari Larijani, repetiu a ameaça feita ontem por líderes do grupo extremista palestino de "transformar Gaza num cemitério" para os soldados de Israel.
Há vários conflitos: o primeiro é o conflito árabe-israelense, a questão palestina, um povo sem pátria porque até hoje não foi criado o Estado árabe previsto na decisão das Nações Unidas. Isso criou uma guerra sim e um problema de refugiados desde a fundação de Israel, em 1948.
Na Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel ocupou a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, assumindo o controle de todo o território histórico da Palestina, entregue pela Liga das Nações ao Império Britânico no final da Primeira Guerra Mundial, que os extremistas israelenses consideram o território sagrado da Grande Israel.
Além deste conflito, há o conflito ou a guerra civil interna do Islã sobre qual é a verdadeira interpretação do Corão, contrapondo fundamentalistas e secularistas. Isso alinha a guerra Israel x Hamas na luta dos EUA e seus aliados contra o jihadismo, a guerra de George W. Bush contra o terrorismo.
O Hamas é um partido de orientação religiosa que se opõe à Fatah do presidente palestino, Mahmoud Abbas, e boicota as negociações de paz da Autoridade Nacional Palestina com Israel e os Estados Unidos. Mas suas diferenças com a Organização para a Libertação da Palestina, que é laica, não são religiosas, são políticas.
Em algum momento, será necessário negociar com o Hamas. A viagem que o presidente da França, Nicolas Sarkozy inicia nesta segunda-feira ao Oriente Médio, passando por Israel, a Cisjordânia, a Jordânia, o Líbano e a Síria mostra a intenção de buscar um acordo amplo para tornar a paz entre árabes e israelenses. É evidente a intenção de atrair a Síria e isolar o Irã.
Israel, por sua vez, realiza eleições gerais em fevereiro. O líder da oposição direitista, o ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, liderava as pesquisas pregando uma invasão a Gaza para acabar com os ataques do Hamas.
Desde que Israel deixou a Faixa de Gaza e retirou os 8 mil colonos instalados no território palestino, em 2005, mais de 3 mil foguetes disparados de lá atingiram o território israelense. Mesmo durante os últimos seis meses de trégua encerrada em 19 de dezembro, um a dois foguetes caíam diariamente no Sul de Israel.
O ministro da Defesa, Ehud Barak, também ex-primeiro-ministro, é candidato a voltar à chefia do governo como líder do Partido Trabalhista. A ministra do Exterior, Tzipi Livni, é candidata pelo partido Kadima (Avante), do atual primeiro-ministro Ehud Olmert, que renunciou em meio a um escândalo de corrupção envolvendo financiadores de campanhas eleitorais.
A maioria da população israelense (52%) é a favor da continuação da ofensiva até o fim dos ataques de foguetes da Faixa de Gaza.
Há ainda a disputa pela liderança regional entre EUA e Irã, que se manifesta no apoio iraniano a grupos como o Hamas e a milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá (Partido de Deus).
O Irã foi o maior beneficiário da invasão americana ao Iraque, que derrubou seu inimigo e levou ao poder um governo da maioria xiita, que tem uma afinidade histórica, política e cultural com o país vizinho. É uma potência regional e está desenvolvendo armas nucleares.
Ao desafiar Israel e resistir a uma ofensiva israelense de 12 de julho a 14 de agosto de 2006, o Hesbolá quebrou o mito da invencibilidade israelense e se fortaleceu como líder da oposição libanesa. Tanto para o Hesbolá como para o Hamas, tudo é feito em nome de uma resistência que iguala seus adversários políticos a lacaios de Israel e dos EUA.
Esta invasão israelense à Faixa de Gaza, iniciada no sábado, 3 de janeiro de 2009, visa também a restaurar a credibilidade das Forças Armadas de Israel, abalada pela desastrosa campanha no Líbano, já sob o governo Olmert.
O primeiro-ministro demissionário, à espera apenas das próximas eleições para entregar o cargo com desonra ao sucessor, tenta melhorar sua imagem na História. Mas mesmo que obtenha uma vitória militar, o ganho moral e político pode ir para o inimigo, como aconteceu com o Hesbolá há dois anos e meio.
Em Teerã, o presidente do parlamento do Irã, Ari Larijani, repetiu a ameaça feita ontem por líderes do grupo extremista palestino de "transformar Gaza num cemitério" para os soldados de Israel.
Há vários conflitos: o primeiro é o conflito árabe-israelense, a questão palestina, um povo sem pátria porque até hoje não foi criado o Estado árabe previsto na decisão das Nações Unidas. Isso criou uma guerra sim e um problema de refugiados desde a fundação de Israel, em 1948.
Na Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel ocupou a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, assumindo o controle de todo o território histórico da Palestina, entregue pela Liga das Nações ao Império Britânico no final da Primeira Guerra Mundial, que os extremistas israelenses consideram o território sagrado da Grande Israel.
Além deste conflito, há o conflito ou a guerra civil interna do Islã sobre qual é a verdadeira interpretação do Corão, contrapondo fundamentalistas e secularistas. Isso alinha a guerra Israel x Hamas na luta dos EUA e seus aliados contra o jihadismo, a guerra de George W. Bush contra o terrorismo.
O Hamas é um partido de orientação religiosa que se opõe à Fatah do presidente palestino, Mahmoud Abbas, e boicota as negociações de paz da Autoridade Nacional Palestina com Israel e os Estados Unidos. Mas suas diferenças com a Organização para a Libertação da Palestina, que é laica, não são religiosas, são políticas.
Em algum momento, será necessário negociar com o Hamas. A viagem que o presidente da França, Nicolas Sarkozy inicia nesta segunda-feira ao Oriente Médio, passando por Israel, a Cisjordânia, a Jordânia, o Líbano e a Síria mostra a intenção de buscar um acordo amplo para tornar a paz entre árabes e israelenses. É evidente a intenção de atrair a Síria e isolar o Irã.
Israel, por sua vez, realiza eleições gerais em fevereiro. O líder da oposição direitista, o ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, liderava as pesquisas pregando uma invasão a Gaza para acabar com os ataques do Hamas.
Desde que Israel deixou a Faixa de Gaza e retirou os 8 mil colonos instalados no território palestino, em 2005, mais de 3 mil foguetes disparados de lá atingiram o território israelense. Mesmo durante os últimos seis meses de trégua encerrada em 19 de dezembro, um a dois foguetes caíam diariamente no Sul de Israel.
O ministro da Defesa, Ehud Barak, também ex-primeiro-ministro, é candidato a voltar à chefia do governo como líder do Partido Trabalhista. A ministra do Exterior, Tzipi Livni, é candidata pelo partido Kadima (Avante), do atual primeiro-ministro Ehud Olmert, que renunciou em meio a um escândalo de corrupção envolvendo financiadores de campanhas eleitorais.
A maioria da população israelense (52%) é a favor da continuação da ofensiva até o fim dos ataques de foguetes da Faixa de Gaza.
Há ainda a disputa pela liderança regional entre EUA e Irã, que se manifesta no apoio iraniano a grupos como o Hamas e a milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá (Partido de Deus).
O Irã foi o maior beneficiário da invasão americana ao Iraque, que derrubou seu inimigo e levou ao poder um governo da maioria xiita, que tem uma afinidade histórica, política e cultural com o país vizinho. É uma potência regional e está desenvolvendo armas nucleares.
Ao desafiar Israel e resistir a uma ofensiva israelense de 12 de julho a 14 de agosto de 2006, o Hesbolá quebrou o mito da invencibilidade israelense e se fortaleceu como líder da oposição libanesa. Tanto para o Hesbolá como para o Hamas, tudo é feito em nome de uma resistência que iguala seus adversários políticos a lacaios de Israel e dos EUA.
Esta invasão israelense à Faixa de Gaza, iniciada no sábado, 3 de janeiro de 2009, visa também a restaurar a credibilidade das Forças Armadas de Israel, abalada pela desastrosa campanha no Líbano, já sob o governo Olmert.
O primeiro-ministro demissionário, à espera apenas das próximas eleições para entregar o cargo com desonra ao sucessor, tenta melhorar sua imagem na História. Mas mesmo que obtenha uma vitória militar, o ganho moral e político pode ir para o inimigo, como aconteceu com o Hesbolá há dois anos e meio.
Rússia aumenta preço do gás e acusa Ucrânia
A companhia estatal Gazprom, que detém o monopólio do gás na Rússia, aumentou o preço do gás para US$ 450 para cada mil metros cúbicos e acusou a Ucrânia de desviar gás enviado a outros países da Europa.
Terrorista suicida mata 37 no Iraque
Um atentado terrorista suicida matou pelo menos 37 pessoas e feriu outras 79 durante uma peregrinação de xiitas no Nortoeste de Bagdá.
Os xiitas estão preparando a principal festa religiosa de seu calendário, a Achura, que comemora o martírio do imã Hussain, neto do profeta Maomé, no ano 680 depois de Cristo.
A mulher-bomba se infiltrou entre os peregrinos que chegavam a um santuário xiita no bairro Kadímia, na capital do Iraque. Eles faziam fila para serem revistados pela polícia quando a terrorista se detonou.
Os xiitas estão preparando a principal festa religiosa de seu calendário, a Achura, que comemora o martírio do imã Hussain, neto do profeta Maomé, no ano 680 depois de Cristo.
A mulher-bomba se infiltrou entre os peregrinos que chegavam a um santuário xiita no bairro Kadímia, na capital do Iraque. Eles faziam fila para serem revistados pela polícia quando a terrorista se detonou.
sábado, 3 de janeiro de 2009
Líder da oposição ganha eleição em Gana
Num segundo turno muito disputado, o líder oposicionista John Atta Mills foi eleito presidente de Gana, derrotando o candidato do governo por uma pequena margem, anunciou hoje a comissão eleitoral ganense.
Mills conquistou 50,23% dos votos válidos, 4.521.032, contra 49,77%, 4.480.446 votos do candidato oficial Nana Akufo-Addo, revelou o presidente da Comissão Eleitoral, Kwadwo Afari-Gyan.
Gana, o primeiro país africano e se tornar independente do colonialismo, em 1957, é tido como um dos modelos de sucesso da África, sob o presidente John Kufouor, que deixa o cargo depois de exercer dois mandatos.
Mills conquistou 50,23% dos votos válidos, 4.521.032, contra 49,77%, 4.480.446 votos do candidato oficial Nana Akufo-Addo, revelou o presidente da Comissão Eleitoral, Kwadwo Afari-Gyan.
Gana, o primeiro país africano e se tornar independente do colonialismo, em 1957, é tido como um dos modelos de sucesso da África, sob o presidente John Kufouor, que deixa o cargo depois de exercer dois mandatos.
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