O governo da Alemanha, quarta maior economia do mundo, previu hoje uma queda de 2,25% no produto interno bruto deste ano de 2009, depois de um crescimento de 1,3% no ano passado.
Com a crise, o total de desempregados chegou a 3,1 milhões. A expectativa é que 500 mil pessoas percam o emprego em 2009. A taxa de desemprego deve subir de 7,8% da população economicamente ativa no fim do ano passado para 8,4%.
A crise será o foco da campanha para as eleições parlamentares de 27 de setembro, que devem escolher os partidos para formar um novo governo.
No momento, há uma grande aliança dos dois maiores partidos alemães, a União Democrata-Cristã (CDU) da primeira-ministra Angela Merkel e o Partido Social-Democrata (SPD) do ministro do Exterior Frank-Walter Steinmeier.
A conservadora CDU gostaria de formar o governo com os liberais-democratas do FDP, mas talvez a coalizão não consiga maioria na Câmara Federal da Alemanha. O parceiro ideal do SPD é Os Verdes, o partido ecologista, na chamada coligação verde-vermelha.
Há um partido novo na jogada, A Esquerda, que reúne a dissidência da social-democracia liderada pelo ex-ministro das Finanças Oskar Lafontaine e o antigo Partido Comunista da Alemanha Oriental, reformado para se adaptar aos tempos modernos.
Assim, no momento, o mais provável parece uma reedição da grande aliança. A crise vai pesar na Alemanha e isso vai se refletir nas urnas quando chegar o outono no Hemisfério Norte.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Alemanha tem pior recessão desde 1945
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