O Reino Unido, a quinta maior economia do mundo, perdeu 131 mil empregos em setembro, outubro e novembro do ano passado. Isso elevou o número total de desempregados para 1,92 milhão. É o maior desde 1997, quando o Partido Trabalhista voltou ao poder depois de 18 anos de thatcherismo.
A situação da economia britânica tornou-se dramática com o megaprejuízo de 28 bilhões de libras (US$ 42 bilhões) revelado na segunda-feira pelo Royal Bank of Scotland, o recorde para uma empresa britânica.
No mesmo dia, o primeiro-ministro Gordon Brown anunciou o segundo plano de salvação do setor financeiro, com um investimento direto do Tesouro de até 50 bilhões de libras e a compra dos títulos incobráveis, os papéis podres em poder das instituições financeiras.
Brown não fixou um valor. Os economistas estimaram que o custo total para os contribuintes pode chegar a 200 bilhões de libras (US$ 300 bilhões). E o mercado não teve a menor reação favorável.
No centro financeiro de Londres, já há dúvidas sobre a capacidade do governo britânico de bancar os planos de estabilização de Gordon Brown. Até mesmo nos Estados Unidos, jornal o conservador The Wall Street Journal admite a possibilidade de estatização dos bancos, o que parece um anátema para o capitalismo liberal americano.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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