Israel e o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) ignoraram hoje a resolução aprovada de madrugada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas por 14-0 para impor um cessar-fogo imediato e duradouro na Faixa de Gaza. Em duas semanas de guerras, pelo 795 palestinos e 13 israelenses foram mortos.
A abstenção dos Estados Unidos foi o sinal de que Israel não cumpriria a determinação da ONU, considerada "impraticável" pelo primeiro-ministro Ehud Olmert. O Hamas também rejeitou a trégua, alegando não ter sido consultado, embora tenha mantido contatos com o governo do Egito, que trabalha em outro plano de cessar-fogo.
Diante do risco para seus funcionários, tanto a ONU quanto o Crescente Vermelho, a Cruz Vermelha dos países muçulmanos, suspenderam as operações de socorro e distribuição de ajuda humanitária, retomadas depois de Israel dar garantias de segurança.
Em Genebra, a alta comissária da ONU para direitos humanos, Navi Pillai, fez um apelo a Israel e ao Hamas para que evitem ataques a crianças e prometeu investigar suspeitas de que Israel cometeu um crime de guerra ao colocar várias famílias em casa bombardeada em seguida.
Pelo menos 30 pessoas morreram no incidente. As crianças sobreviventes ficaram quatro dias ao lado dos cadáveres dos parentes mortos. O Exército de Israel nega ter conhecimento do fato e insinua que a culpa pode ser do Hamas.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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