O general rebelde Laurent Nkunda, que luta contra o Exército do Congo em nome da defesa do povo tútsi, foi preso agora há pouco quando tentava entrar em Ruanda.
Em agosto de 2008, o general renegado reiniciou a guerra civil da República Democrática com o pretexto de proteger o povo tútsi da milícia da etnia hutu responsável pela morte de 800 mil pessoas no genocídio em Ruanda, de abril a junho de 1994.
A milícia genocida Interahamwe refugiou-se no Congo, deflagrando uma guerra civil em que morreram 5,4 milhões de africanos de vários países.
Agora, Nkunda invocou uma suposta aliança do Exército do Congo com a Frente Democrática pela Libertação de Ruanda para justificar o ataque. Ele tinha o apoio do governo tútsi de Ruanda.
Mais de 150 mil pessoas fugiram de suas casas desde agosto, provocando uma catástrofe humanitária na província de Kivu do Norte, perto da fronteira de Ruanda.
O Congo e Ruanda foram pressionados a resolver o conflito, e o ex-presidente da Nigéria Olusegun Obasanjo foi nomeado mediador. Ele esperava sucesso rápido nas negociações de paz, mas esbarrou na intransigência do general rebelde.
Sob pressão internacional, os dois países chegaram a um acordo e decidiram capturar Nkunda. Ele foi preso ao entrar em Ruanda. O Congo pede sua extradição para processá-lo por violações dos direitos humanos e crimes de guerra.
Este é o blog do jornalista Nelson Franco Jobim, Mestre em Relações Internacionais pela London School of Economics, ex-correspondente do Jornal do Brasil em Londres, ex-editor internacional do Jornal da Globo e da TV Brasil, ex-professor de jornalismo e de relações internacionais na UniverCidade, no Rio de Janeiro. Todos os comentários, críticas e sugestões são bem-vindos, mas não serão publicadas mensagens discriminatórias, racistas, sexistas ou com ofensas pessoais.
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