sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Obama adverte para risco de anos de recessão

Em uma pressão direta sobre o Congresso, o presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu ontem, 8 de janeiro de 2009, em palestra na Universidade George Mason, na Geórgia, urgência para a aprovação do seu plano de US$ 800 bilhões para a recuperação da economia americana, advertindo que a inação pode levar a uma recessão que se arraste por anos.

Obama alertou que é necessária uma ação rápida, antes que a taxa de desemprego chegue a 10%. Ele observou que para cada US$ 1 trilhão a menos que os EUA produzam cada família americana ganha menos US$ 1 mil por mês.

O futuro presidente prometeu uma devolução de imposto de renda para 95% dos trabalhadores americanos e deu garantias aos estados para não prejudicar serviços públicos como segurança, saúde e educação.

A proposta de Obama prevê dobrar em três anos a produção de energia de fontes alternativas e renováveis. "O governo já gastou muito dinheiro", disse o futuro presidente americanos. "Vamos investir no que funciona, sem preocupações ideológicas. O importante é criar empregos e promover o crescimento da economia."

Com o déficit público federal previsto em US$ 1,186 trilhão no ano fiscal de 2009, Obama prometeu abrir as contas do plano de recuperação: "As decisões de investimento público serão transparentes. Todo americano poderá fiscalizar na Internet onde o governo está gastando seu dinheiro. Vamos eliminar o gasto desnecessário e inútil. Precisamos fazer os investimentos do futuro para reduzir o déficit quando o crescimento recomeçar. Um programa de estímulo sem emendas parlamentares para financiar projetos eleitoreiros neste momento de emergência."

Sem ser muito específico, descreveu o que considera mais urgente: "Evitar a retomada de casas de famílias honestas. Evitar mais falências no setor financeiro. Melhorar a regulamentação financeira. Construir uma economia do século 21. O país precisa de um senso comum acima das diferenças partidárias, precisa recuperar o espírito com que enfrentou guerras e adversidades. 2009 será um novo recomeço para os EUA."

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