quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Foguetes libaneses atingem Norte de Israel

Pelo menos dois foguetes disparados do Líbano caíram hoje no Norte de Israel, ferindo duas pessoas. A milícia fundamentalista xiita libanesa Hesbolá (Partido de Deus) negou qualquer responsabilidade, mas aumenta o risco de que seja aberta uma nova frente de luta contra Israel para aliviar a pressão sobre o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) na Faixa de Gaza.

No décimo terceiro dia de guerra, o total de palestinos mortos passou de 760 e o de israelenses chegou a 13, nove soldados e quatro civis.

Apesar das negociações para um cessar-fogo permanente, Israel intensificou os bombardeios hoje a 60 alvos do Hamas. O Exército israelense caça guerrilheiros nas cidades do território palestino.

Pelo menos 20 foguetes palestinos caíram hoje no Sul de Israel, mas a maior preocupação israelense foi o lançamento de foguetes libaneses contra o Norte do país.

Em visita à região atingida no Sul, o primeiro-ministro Ehud Olmert afirmou que Israel contra-atacou o Líbano imediatamente e está em alerta.

Como ontem, Israel suspendeu a ofensiva por três horas no início da tarde para permitir a entrada de ambulâncias e de ajuda humanitária na Faixa de Gaza. Mas a agência das Nações Unidas para os refugiados palestinos parou a distribuição depois de dois motoristas de caminhão foram mortos por Israel.

Durante a trégua de hoje, as equipes de socorro resgataram pelo menos 15 corpos, vários esmagados por tanques, e um bebê de cinco meses, encontrado morto, queimado e mutilado por cães. Outras crianças foram encontradas morrendo de fome ao lado das mães mortas.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha e do Crescento Vermelho acusou Israel de violar o Direito Internacional e as Convenções de Genebra ao impedir o socorro aos feridos.

Na frente diplomática, o primeiro-ministro palestino, Salam Fayad, apelou à sociedade internacional para acabar com a catástrofe.

Os países árabes querem aprovar até amanhã uma resolução no Conselho de Segurança da ONU impondo uma trégua, mas os Estados Unidos ameaçam vetar. Sexta-feira é a folga religiosa semanal dos muçulmanos. Os governos árabes aliados do Ocidente temem protestos cada vez mais violentos, alegando que o Oriente Médio está numa situação pré-revolucionária.

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